A Garota
Capitulo 16 - Doces Sonhos
Depois da história toda que o Eduardo inventou no pub, a conversa não foi mais a mesma e eu me sentia meio constrangida com aquele tanto de olhar de matança, principalmente das mulheres, quando deram onze horas, resolvo ir embora e Duda ainda está lá tentando animar aquele povo.
– Bom tenho que ir, acho que a babá da minha filha está cansada e precisa descansar, assim como eu... Tenham uma boa noite. - digo.
– Eu te levo amor. - Eduardo diz e segura meu braço.
– Não precisa se importar meu anjo. - digo e dou uma piscadinha.
– Aqui não tem mais animação às pessoas resolveram se calar depois da notícia. - ele diz e olha pra eles.
– Não precisa se importar chefe, estamos bem. - Joice diz.
– Mas quem disse que eu estou me importando? - Eduardo diz sorrindo e ela se cala, com vergonha.
– Poxa Duda, não precisava tratá-la dessa maneira. - eu digo tentando tirá-la do constrangimento, ela me fuzila com o olhar.
– Desculpe-me Joice, mas vamos meu amor eu te levo em casa. - ele diz, se levanta, deixa uma quantia em dinheiro na mesa pra pagar o que bebeu, entrelaça nossas mãos eu dou um sorriso... Quando chegamos ao estacionamento tiro com cuidado suas mãos das minhas.
– Porque tirou? - ele pergunta.
– O nosso teatro, já acabou. - digo.
– Se Deus e você quiser isso não vai precisar ser mais, teatro. - ele diz e dá uma piscadinha e destrava o carro, entro e fico quieta, ele passa o cinto e resolve ligar o som e começa a tocar '' Caso indefinido do Cristiano Araújo."
Sinto meus olhos se enchendo de lágrimas, aquela música nos definia tínhamos um caso indefinido e nada mais... Quando vi estávamos em frente nossa casa, tiro o cinto e desço, fecho a porta e quando eu vou sair, ele para a minha frente impedindo minha passagem, meu coração bate mais forte.
– Gostei da nossa noite. - ele diz.
– Eu também gostei, mesmo com todas aquelas mulheres querendo me matar mentalmente. - digo rindo e ele olha no fundo dos meus olhos.
– Elas me querem. - ele diz.
– Já ficou com alguma? - pergunto.
– Dali não, só você. - ele diz.
– Entendi. - falo tentando andar.
– Espere. - ele diz e segura meus braços.
– Diga. - o encaro.
– Você percebeu que não consegue ficar mais que cinco minutos perto de mim? Por quê? - ele faz as perguntas.
– Consigo sim- dou um sorriso fraco - Lembra da noite em que dançamos juntos? Que nos conhecemos e que eu sem querer acabei me apaixonando por você. - falo relembrando o dia, fecho meus olhos.
Sinto seu dedo contornando minha boca, ele segura o meu rosto abro os olhos e noto que sua boca está bem próxima da minha.
– Realmente, aquela noite é inesquecível para os dois. - ele diz e sorri.
– Pra você, também? - pergunto.
– Sim, foi o dia em que conheci a pessoa que eu mais amo nesse mundo. - ele fala.
– Já nos conhecíamos. - faço pouco caso.
– Mas eu ainda não era apaixonado por ti. - ele diz.
– E agora, é? - pergunto.
– Você ainda tem dúvidas? - seus olhos brilham pra mim e ele cola nossos lábios um no outro, passo minhas mãos em volta ao seu pescoço e correspondo o beijo perfeito, sua língua entra em sintonia perfeita com a minha , como eu o amo... Paramos com selinhos.
– Vamos, pra dentro? - ele pergunta.
– Na minha casa, ou na sua? - faço cara de safada.
– No jardim. - ele diz, sorri e me puxa pro jardim.
Sentamos ao banco grande e macio que ali tinha , e continuamos a nos beijar até ele ir me deitando devagar naquela maciez, vai beijando meu pescoço com intensidade.
– Vamos ser pegos. - digo baixinho.
– Só não fazer muito, barulho. - ele diz e volta a beijar meu pescoço e vai descendo, coloca suas mãos em minha cintura e aperta ela devagar, se desfaz do meu cinto e o joga no chão, dou um sorriso... Ele volta a me beijar e cola seus lábios nos meus e deita por cima de mim, e o resto sabem oque aconteceu (sem detalhes gente, pois tem crianças que leem a fic u.u)
Assim foi o resto da nossa noite até dar três e meia da manhã, corpo e alma.
Quando deram três e meia da manhã, resolvo entrar porque começou a esfriar.
– Duda? - digo.
– Oi. - ele diz e me encara.
– Por favor, não me faz mais sofrer não. - digo.
– Eu não quero a verdade é que nunca quis fazê-la sofrer, quero corrigir os meus erros e te fazer minha pra sempre. - ele diz, se curva e passa as mãos em meu rosto.
– Eu já sou sua... Querendo ou não, o cupido me acertou em cheio você. - digo sorrindo.
– Não quero te fazer mais chorar de tristeza, somente de felicidade prometo tentar mudar. - ele diz.
– Eu espero sua mudança. - digo,respiro fundo e ele me dá um selinho.
– Vou te levar até a porta. - ele diz e sorri.
– Tudo bem, não mora muito longe. - levanto, chego a porta me viro e dou um beijo rápido nele - Boa noite. - dou risada.
– Boa noite, meu amor. - ele diz, me dá um selinho se vira e vai.
O vejo de longe indo, entro e encosto à porta, dou sorrisos de felicidade eu queria mesmo gritar, mas não pegaria bem quase quatro horas da manhã eu gritando feito louca, subo pro quarto de Ana e ela dorme feito um anjo, Leila dormia ao seu lado, a balanço.
– Leila? - falo baixinho e ela acorda meio grogue.
– Oi. - ela diz e sorri.
– Pode ir se quiser, desculpe-me a demora eu estava com o Duda. - digo sorrindo.
– Safados. - ela diz e levanta, me dá um beijo no rosto e se vai, me aproximo do berço de Ana, ela mexia as mãos.
– Minha princesa, em breve serei eu, você e o papai. - digo e dou um beijo em sua testa e vou pro meu quarto, onde me jogo na cama e fico pensando e dando risada, que noite, que perfeição, que vida linda, depois de muito tempo, adormeço sem tomar banho mesmo, porque sou porquinha.
Acordei no outro dia e resolvo ligar pra Viviane, ela logo atende.
– Lembrou das amigas?- ela diz rindo.
– Bom dia amiga, não estou tendo tempo. - digo.
– Então deu certo o trabalho?- ela fala.
– Não se faça de desentendida porque eu já sei de toda verdade, mesmo querendo te bater, eu te amo. - digo sorrindo.
– Ai foi tudo ideia do Duda. - ela se defende.
– Eu sei amiga, não estou brava. - digo.
– Que bom, mas você me parece mais feliz, o que houve? - ela pergunta.
– Estamos nos entendendo. - digo e começamos a gritar no telefone.
– SÉRIO? - ela diz.
– Sim. - eu disse rindo.
– Ai gente, graças a mim, sou a cupida de Bidu, me amem, mas e você não devia ir trabalhar, agora? - ela pergunta rindo.
– Meu deus, vou ligar pro Duda e dizer que não vou hoje, quero resolver as coisas da escola, quero voltar a estudar. - digo.
– Está certinha, então você não vem mais pra cá? - ela pergunta triste.
– Vou pra te ver, agora pra morar... Acho que não. - digo e dou risada.
– Agora é a minha vez, de te contar uma novidade. - ela diz.
– Conta, conta! - falo desesperada.
– Vou ser, mamãe. - ela sorri.
– Como assim, ta me trollando? - pergunto.
– Não idiota, estou grávida fiz o teste ontem. - ela diz toda animada.
– Parabéns amiga, e o Mathias já sabe? - pergunto.
– Sim, ele está todo bobo. - ela diz.
– Quando vão casar? - pergunto.
– Devido à gravidez, daqui dois meses vamos nos casar senão meus pais encrencam. - ela diz.
– Está certo, se vocês se amam não entendo o porquê da demora. - eu digo.
– Queríamos ter a certeza do nosso amor. - ela diz.
– E já não tem? - pergunto.
– Mais do que nunca. - ela dá risada.
– Quero ser madrinha, ta ligada? - pergunto.
– Ok, verei porque sou uma amiga muito difícil. - ela sorri.
– Não falo mais nada, bom vou desligar foi ótimo falar com você, qualquer coisa me liga, te amo fica com Deus futura mamãe. - digo.
– Ok amiga, obrigada mamãe responsável. - ela diz rindo e desliga.
Estava muito feliz por Viviane, finalmente criou juízo e vai se casar e vai até ser mãe, o cupido acertou em cheio ela e o Mathias assim como talvez tenha acertado eu e o Duda.
Vou pro banheiro, tomo um banho rápido saio coloco uma roupa simples penteio meu cabelo e vou até ao quarto de Ana, Leila já tinha chegado e Ana está mamando, quando me vê tira a mamadeira da boca.
– Mamãe, mamãe. - ela diz e estende os bracinhos.
– Bom dia, pequena. - digo, a pego no colo e a encho de beijos.
– Bom dia, Bia. - Leila diz.
– Bom dia, Leila. - digo.
– Você e o Duda, são terríveis encontrei seu sutiã no jardim, está em cima do sofá. - ela diz e eu coro de vergonha.
– Puta que pariu o sutiã, eu esqueci. - digo e começo a rir, estava muito vermelha.
– Sorte que foi eu quem encontrou, se fosse o senhor Robert estariam pegos. - ela diz rindo.
– Nunca mais faço isso no Jardim. - digo rindo.
– Bom mesmo. - ela diz e sorri.
– Vou à casa do Duda, avisar que não irei trabalhar pra resolver as coisas de escola, depois volto. - digo.
– Vai lá. - ela diz, me dá um beijo no rosto e eu saio.
Desço as escadas quase voando, pego rumo a sua casa aperto a campainha e a projeto de puta atende, toda banhada na beleza, como assim o que ela estava fazendo aqui?
– Cadê o Duda? - pergunto irritada.
– Na cozinha, o que quer com ele? - a projeto de puta pergunta.
– Não é da tua conta. - digo, entro e vou pra cozinha, ele está andando de um lado pro outro irritado - Duda? - digo.
– Bia - ele diz e me olha - Não é nada do que você está pensando - ele diz.
– O que ela está fazendo aqui? - pergunto e cruzo os braços, esperando a resposta.
– Veio tentar nos destruir. - ele diz.
– Hum, vim avisar que não vou trabalhar hoje tenho algumas coisas pra fazer, avise seu pai, tenha um bom dia. - digo e saio sem olhar pra trás.
Chego à porta e a projeto de puta está lá sem reação, olho em seus olhos e ela me encara.
– O que foi, garota? - a projeto de puta pergunta.
– Só vou te dar um recado... Se achar que vai acabar com o meu relacionamento com o Duda, você está muito enganada. - eu disse.
– Se toca o que ele iria querer com você, uma sem peito e bunda?- ela pergunta e me olha com cara de deboche.
– O que ele vai querer eu não sei, pergunta o que ele quis ontem a noite no jardim, ele vai te responder, peito e bunda não é tudo trouxa. - digo e saio andando de nariz erguido.
Volto pra minha casa irritada, bato a porta com tudo e Leila desse correndo.
– O que aconteceu? - ela pergunta e me encara.
– Aquela biscate de quinta categoria estava na casa do Duda. - digo e bufo irritada.
– Você pegou alguma coisa? - ela pergunta e arregala os olhos.
– Não - digo.
– Então por que o stress? - ela pergunta.
– Não sei, ela me incomoda, odeio ela tenho medo do Duda preferir ela do que eu. - digo.
– Para de ser idiota, volta naquela casa agora aproveita que ela esta lá e lasca um beijão na boca dele e mostra quem é que manda. - ela diz rindo.
– Para, não é assim. - eu digo.
– Vai esperar ela beijar? - ela pergunta.
– É, você tem razão. - digo e saio correndo.
Chego quase voando à casa dele, abro a porta com tudo e corro pra cozinha, ela está dando em cima dele e ele está recuando, dou a volta na mesa e o faço olhar pra mim.
– Não rolou nada aqui. - ele diz.
– Xiu. - eu digo e lasco um beijo na boca dele, lógico ele corresponde e segura em minha cintura, demora uma eternidade pra parar e quando paramos, ela nos olha com cara de tacho - Vai ciscar em outro território querida, isso tudo já é meu. - digo e dou um selinho nele.
– Idiotas. - a projeto de puta diz e sai com os olhos cheios de lágrimas.
Escuto a porta bater com força, deu vontade de correr e segurar naqueles cabelos tingidos e dar tanto na cara dela pra ela aprender, mas quando eu ia fazer isso Duda me segurou.
– Eu te odeio Eduardo. - eu disse.
– Me prova - ele fala e eu o beijo novamente, ficamos quase quinze minutos nos beijando só paramos por falta de fôlego.
– Entendeu como eu te odeio? - pergunto.
– Me odeia de novo, por favor? - ele diz sorrindo.
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