A Garota

Capitulo 15 - Mudanças


O dia passou super rápido depois de tudo que conversei com o Eduardo, quando deu cinco horas da tarde, fechei meu computador e peguei rumo ao carro, Armando já me esperava.

– Boa tarde. - digo.

– Boa tarde, Bia. - ele diz sorrindo e eu entro, mais uma vez esperaria Eduardo, que tormento, coloco meu fone de ouvido e fui ouvindo a mesma música que vim até chegar em casa, desci do carro com Eduardo, e Armando foi pro estacionamento da casa, sim eram tão ricos que tinham um estacionamento exclusivo aos seguranças naquela mansão, quando ia entrar, Eduardo segurou meu braço.

– Leu meu papel? - ele pergunta.

– Eu deveria ler? - pergunto.

– Sim, poxa. - falou ele com ar de derrota.

– Se eu li ou não, é desnecessário, fui. - digo entrando deixando-o com cara de tonto no portão, entro na minha casa e Ana está andando.

– Princesinha da mamãe, dando seus passinhos?- eu digo.

– Mamãe. - ela diz a frase completa, e a pego no colo.

– Agora sim. - eu digo e dou um beijo em sua testa.

– Oi Leila. - digo e desço Ana do meu colo e vou abraçá-la.

– Olá, Bia. - ela diz sorrindo

– Está dispensada se quiser. - eu digo.

– Tudo bem, tchau. - ela diz e me dá um beijo no rosto e um beijo no rosto da Ana e sai, fui tão sem educação que nem a levei na porta.

– Bebê, cute-cute da mamãe. - faço voz de bebê pra brincar com ela, a pego no colo e subo, ela vê o quatro nosso na parede.

– Mamãe e papai. - ela diz e aponta com os dedinhos.

– E Ana. - eu digo e aponto.

– Eu. - ela diz rindo.

– Sim amor, você. - digo e a encho de beijos - Já tomou banho, princesa?- digo.

– Titia deu banho e eu. - ela dizia toda enrolada.

– Mamãe, vai tomar banho. - eu digo deixando-a no chão pra brincar e saio, deixando a porta aberta pra eu ouvir seu choro caso ela chorasse.

Estou lá me ensaboando, quando vejo duas mãozinhas pequeninas no Box de vida, era Ana, abro devagar e ela cai sentada, acho que com a dor do seu bumbum ela começou a rir pra não chorar.

– Sossega bebê. - eu falo e ela desfaz o sorriso.

Termino de tomar banho e ela ficava encarando, terminei me enrolei na toalha e a peguei no colo, caminhei até a cama onde a deixei e fui pegar roupa.

– Quietinho amor. - falo séria e ela sorri.

Vou até o closet, pego a minha roupa quando me viro pra vestir ela tinha descido da cama e estava rindo deitada no chão.

– Ana. - eu digo e logo caio na gargalhada.

– Mamãe ama, eu. - ela diz sorrindo.

– Sim, mamãe ama garotinha debochada. - digo me arrumando, penteio meu cabelo e ela começa a querer pegar minhas coisas, não curtia que as pessoas mexessem nas minhas coisas, ela puxou o fio da chapinha que caiu com tudo no chão, ela me olha assustada.

– Ops. - ela diz.

– Dá pra mamãe, dá. - digo e pego o fio.

– Não. - ela diz.

– Dá sim. - eu digo e pego da mão dela e ela começa a chorar - Calma, sem lágrimas. - a pego no colo e começo balançá-la.

– Mamãe não ama mais. - ela diz com bico.

– Mamãe ama, mas não pode tem bicho papão. - eu digo.

– Papão? - ela diz e arqueia a sobrancelha e desfaz o bico.

– Sim, papão. - eu falo séria.

– Tem papão não. - ela fala com voz de choro.

– Ali tem papão ele te morde. - eu digo e fiz sinal com a mão, ela derrama uma lágrima a abraço, aquela manha toda era sono, não deu nem quinze minutos comigo a balançando e ela dormiu no meu ombro, a coloco na cama , forro com os travesseiros e vou preparar algo pra comer, foi quando o meu celular fez o '' bip'' da mensagem, abro e era o febrônio do Eduardo, enchendo o saco no WhatsApp.

– Vai uma e meia? - ele pergunta.

– Onde? - me faço de desentendida.

– No jardim, serio mesmo que não leu o papel? - ele pergunta.

– Li sim, só queria te fazer de mais idiota do que já é, deu certo. HAHAHAHA. - digo e sorrio com a mensagem.

– Boba. - ele coloca uma carinha de bravo.

– Só lamento pra, você Duda. - eu digo.

– Fala que vai, por favor? - ele diz.

– Não. - eu falo.

– Como você é chata. - ele coloca uma carinha de triste.

– To saindo, flw. - eu respondo.

– Não ficou chateada comigo, ficou? - perguntou ele.

– Não, eu deveria ficar? - pergunto.

– Lógico que não, tudo o que eu não quero ver é você chateada. - ele diz.

– Dispenso das suas frases de twitter. - eu falo.

– Por incrível que pareça... Eu inventei. - ele diz.

– Por isso saiu essa bosta. HAHAHA. - eu digo.

– Grossa. - ele disse.

– Tchau Eduardo, boa noite. - mando um macaquinho de olhos fechados.

– Não vai mesmo? Está certinha Beatriz?. - ele pergunta.

– Querido acredite, eu sempre estou certa, dois beijos pro teu recalque. - eu digo e jogo o celular de lado, não me contenho e olho o celular de novo tinha.

– Eu te amo. - ele falava, colocou um monte de coração colorido e um macaquinho.

– E eu, sou virgem. - falei, olhei no celular batiam oito horas da noite.

Sai do celular e fui preparar algo pra mim comer, fiquei até quase nove horas comendo, fiquei na sala assistindo televisão sempre atenta as horas, fiquei assistindo um filme super chato que eu male má sabia o nome. Quando deu meia noite e cinqüenta, meu coração começou a acelerar, eu decidi ir à esse jardim, eu sabia que ele me esperaria... Subi coloquei uma roupa de frio, porque estava sereno, não teria importância em deixar Ana por alguns minutinhos sozinha, coloquei minha sapatilha, escovei os dentes pra garantir e sai. Caminhei com o rabinho entre as pernas e morrendo de preocupação por Ana estar sozinha... Terminei a trilha e escutei barulho de arbustos se mexendo, deu vontade de voltar correndo, comecei a cantar música de Deus baixinho quando vejo o arbusto se partindo e por alguns segundos tapei os olhos, quando abri era Eduardo.

– Que susto, idiota. - eu falei e dei um soco de leve em seu braço.

– Você disse que não vinha. - ele falou.

– E quem disse que eu vim? - minto.

– Você não está aqui? - ele diz rindo.

– Vim só beber água na casa do motorista. - que mentira feia.

– O que tem haver o motorista com nosso encontro. - ele diz sem entender.

– Acredite, eu não vim aqui pra te ver e nem ter um dos seus encontros que você tem com todas que encontra, eu só vim pedir água pro Armando, tchau! - eu digo, quando ia saindo ele me puxou e ficou bem próximo da minha boca.

– Eu sei que leu o papel, eu sei que sorri também eu vi tudo nas câmeras querida, e outra... Você não resiste, a mim. - ele diz com sua voz provocante.

– Menos Duda, bem menos você não é tudo isso não. - eu falo.

– Lógico que sou todas morrem por mim. - ele sorri.

– Ainda bem que antes da minha mãe morrer ela deixou claro que eu não sou todas. - falo irônica

– Eu sei que não, por isso quero você e não outras. - ele me encara.

– Para de mentir, por favor... Eu não vou acreditar em você e no que sente por mim. - eu falo.

– Eu não estou mentindo, eu nunca menti eu só demonstrei de forma errada os meus sentimentos, nós da família Almeida Campos demonstramos nosso amor de um jeito bem diferente. - ele diz e segura meu rosto.

– Duas ou três em um mês? - eu pergunto e arqueio a sobrancelha.

– Não.- ele diz e abaixa a cabeça.

– Sinto muito, mas esse tipo de amor eu não quero pra mim, eu não quero ser só mais uma de suas namoradas ingênuas, que se interessam somente pelo seu dinheiro... Eu não sou assim, eu não preciso de bens materiais e muito menos sua fortuna bem feita, eu quero alguém que me entenda, me ame, e que me faça bem e não saia com uma ou outra. - eu dizia e ele ouvia com atenção.

– Então, eu não sou o suficiente pra você? - ele disse com os olhos cheios de lágrimas.

– Não assim, me fazendo sofrer. - eu digo e saio andando, ele vem atrás de mim em silêncio, entramos em casa escuto a porta fechar e ele para frente à minha frente.

– Você me ama?- ele pergunta.

– Sim... Mas o que adianta eu demonstrar tudo que sinto, fazer mil e uma coisas por ti, sendo que no final da noite você sempre volta correndo pros seus amores fracassados , com as suas namoradas? - eu disse segurando as lágrimas.

– Eu sei que você quer chorar. - ele diz.

– Eu não sou tão fraca, assim. - eu digo.

– Mas chorou uma vez. - ele fala.

– Não significa que irei chorar novamente. - eu digo um pouco seca.

– Nos dá uma chance de sermos felizes. - ele diz.

– Me demonstre que mudou que não me quer apenas pra satisfazer suas vontade, mostre pra mim que você é outro Eduardo, que eu tento esquecer o que o idiota antigo fez, mas além de me amar Duda ame a si mesmo e ame Ana. - eu digo.

– Tudo bem, como quiser... To indo nessa. - ele diz e me dá um beijo no rosto.

– Boa noite. - eu falo, o levo até a porta... Quando chegamos na porta ele me beija com vontade, era ótimo seu gosto, tudo o que eu queria era não parar.

– Talvez seja o último se eu não conseguir mudar. - ele fala e sai, fecho a porta e penso em tudo, subo pro meu quarto e apago completamente.

Acordei no outro dia com o celular despertando, hora do trabalho... Caminhei até o banheiro me despi, e tomei um banho rápido lavei meus cabelos, sai coloquei um vestido que ficava um palmo apenas acima do joelho, calcei minha sandália cheia de brilhos, fiz um trança no meu cabelo passei um lápis de olho forte e uma sombra rosa clara passei meu batom rosa escuro eu estava parecendo uma bonequinha. Peguei minha bolsa e caminhei até ao quarto de Ana, ela ainda dormia e Leila estava velando seu sono.

– Bom dia, Leila. - digo.

– Bom dia, Bia. - ela diz, sorri pra mim e não tira os olhos de Ana.

– Porque tanto olha pra ela? - eu digo e sorrio.

– Ela se parece com você quando dorme. - ela diz.

– Parece mesmo? - pergunto.

– Sim. - ela diz e sorri.

– Que linda, infelizmente tenho que acabar nosso papo aqui o dever me chama, tchau. - dou um beijo em seu rosto e um beijo no rosto de Ana e assim, saio.

Chego ao carro e Armando esperava.

– Bom dia, Armando. - digo e dou um sorriso.

– Bom dia, Bia. - ele diz e retribui o sorriso.

– Vamos ter que esperar o Duda? - pergunto.

– Não, porém fiquei sabendo que ele vai se atrasar a namoradinha feia dele está ai. - ele diz e eu reviro os olhos.

– Também não gosta dela? - pergunto.

– Ela é uma antipática metida a besta, mas, por favor, não conte a ninguém que te falei porque é capaz de eu perder meu serviço. - ele fala.

– Pode ficar tranqüilo, confie em mim. - digo sorrindo.

– E você gosta dela? - ele pergunta.

– Não. - digo.

– Tem motivos? - perguntou.

– Sim, o Duda é pai da minha filha e eu o amo e ele diz me amar, porém está com ela. - eu digo e ele arregala os olhos.

– Você já é mãe? - ele pergunta incrédulo.

– Sou sim, sei que sou nova ( E QUE TAMBÉM A ANA NÃO SAIU DE MIM ), mas certas coisas acontecem em nossa vida e no começo parece ser o fim do mundo, aquela coisa pequena vem ao mundo só vem pra fazer bem e ainda tem mães que abandonam um ser ingênuo daquele. - vou falando.

– Verdade, eu também fui pai cedo. - ele diz.

– Com quantos anos? - pergunto e ele dá partida pro trabalho.

– Aos dezessete, eu fui um burro meu pai nunca me falou nada sobre sexo, nunca tive apoio de ninguém entendo, eu não sabia nem o que era uma camisinha. - ele fala.

– Assim é complicado, antes de meus pais morrerem eu tinha essas conversas com minha mãe, eu tinha vergonha, mas ela sempre puxava o tal assunto. - falo.

– Assim é complicado, quantos anos tem sua filha? - pergunta.

– Um aninho, e o seu filho quantos anos tem? - ele diz.

– Tem dezoito. - ele diz e sorri.

– Entendi... E você, tem essas conversas com ele? - eu pergunto.

– Tenho sim, ele me chama de careta, mas a realidade é que todo cuidado é pouco no mundo em que vivemos. - ele diz e eu nem me dou conta que estamos parados em frente ao serviço - Esta entregue. - ele sorri, desce e abre a porta pra mim.

– Obrigada, quero voltar a falar contigo. - falei.

– Quando quiser, sou velho, mas sou legal. - ele fala.

– Haha, tenho que ir , beijo. - digo e saio.

Vou direto pra minha sala não cumprimento ninguém, vejo que em cima tem alguns papeis com o nome do Eduardo, eram papeis de negócios dos supermercados, acho que ele não estaria em sua sala agora então deixei o papel de lado e fui até a sala do senhor Robert, bati na porta e ele me mandou entrar, estava sozinho dessa vez.

– Com licença. - eu digo.

– Olá Bia, entre. - ele diz sorri.

– Vim ver se tem algo pra eu assinar ou até mesmo fazer. - digo.

– Só alguns papeis pra assinar, mas sente-se quero conversar com você. - ele diz me oferecendo a cadeira, eu sento e meu coração começa a bater mais forte será que eu fiz algo que lhe desagradou? Será que ele viu o que estava acontecendo na sala do Eduardo? Acho que vou ser demitida, minhas mãos começaram a ficar geladas, ele sentou-se de frente a mim - Você tem base do que quero falar com você? - perguntou ele.

– Não exatamente. - eu digo.

– Sobre você e meu filho. - ele fala na lata, engulo seco.

– O que tem a gente? - pergunto.

– Eu fiquei sabendo sobre vocês, o caso que vocês tiveram. - ele disse.

– A sim... - digo.

– Esse é o motivo de você trabalhar aqui, não sei se já tiveram a oportunidade de lhe contar, mas isso aqui foi tudo uma armação, Eduardo pediu para que eu lhe contratasse para você se mudar pra cá e ele tentar se aproximar de você e não ficar longe da filha também, e eu te contratei estou amando seu trabalho, mas queria que soubesse e acreditasse em tudo que eu te dizer... O Eduardo ama você. - ele fala.

– Que tipo de amor é esse senhor Robert? - eu pergunto.

– Como assim?- ele pergunta.

– O Eduardo já pisou muitas vezes na bola comigo, ele chegou a me trair com a ex namorada dele a Sofia, e eu peguei... Todas as vezes que temos nossas discussões no outro dia ele aparece namorando outra, ele me faz sofrer. - eu digo.

– Eu entendo como que é, e estou ao seu favor... Eduardo já namorou muitas vezes querida, só Deus sabe com quantas ele já teve um relacionamento e quantas supostamente sofreu por ele , porém ele te encontrou... Ele só fala de você e da Ana lá em casa, aquela criança é encantadora. - ele diz e sorri sincero.

– Ele namora senhor Robert, como uma pessoa pode gostar de duas ao mesmo tempo? - eu pergunto.

– Ele largou hoje pela manhã da namorada dele que só queria o dinheiro dele também, várias só quer o dinheiro eu acredito que você seja diferente, ele me disse hoje que quer lutar por você, sem namorar com ninguém a não ser você, ele me disse que quer lutar pela sua confiança e que no fim disso tudo, quer se casar. - ele diz e eu engulo seca a parte do '' casar''.

– Eu mandei ele mudar. - eu falei.

– Você acredita na mudança dele? - ele pergunta.

– Não sei se deveria acreditar, mas eu quero muito dar uma chance a nós mesmos, eu passei todo esse tempo sofrendo sem namorar com ninguém, sem me apaixonar por ninguém, sei que sempre vai ser ele. - eu digo com os olhos cheios de lágrimas.

– Porque seus olhos se enchem de lágrimas, quando diz essas coisas? - ele me pergunta.

– Porque eu amo o seu filho e lembro de tudo que já passamos melhor dizendo tudo que eu já passei por causa dele... E não é fácil. - digo e seco as lágrimas.

– Então dê adeus ao sofrimento e permita que ele te mostre que vai mudar. - ele diz.

– Faz tempo, que estou permitindo. - eu digo e a porta se abre, era ele Eduardo.

– Bom dia, pai. - Eduardo diz.

– Bom dia, filho. - ele diz e sorri.

– Bom dia, Bia. - Eduardo diz e abre um sorriso branco pra mim.

– Bom dia, Duda. - eu falo - Bom, tenho que ir pra minha sala onde está os papeis senhor Robert? - pergunto.

– Aqui querida. - ele diz e me entrega.

– Obrigada, licença. - digo.

– Bia? - Robert fala.

– Oi? - digo.

– Pense bem em tudo que conversamos, vai dar tudo certo não deixe tudo que você sente escapar pelos vãos de seus dedos. - Robert diz e sorri.

– Tudo bem. - abaixo a cabeça e assim saio.

Vou pra minha mesa e fico pensando em tudo que o senhor Robert tinha me dito, eu queria muito dar uma chance ao Duda e assim acabar com esse sofrimento idiota , mas ao mesmo tempo eu tinha medo de sofrer, começo a assinar os papeis e quando termino os levo até a sala de Duda, bato e ele me manda entrar.

– Duda, aqui estão os papeis. - digo e o entrego.

– Obrigado, Bia. - ele diz.

– Quando terminar de assinar, leve os até a minha mesa pra eu continuar os procedimentos, por favor? - pergunto.

– Sente aí, eu assino isso tudo rapidinho e você já leva. - ele diz.

– Ok. - digo, sento e ele começa a assinar.

– Duda?- digo tirando sua concentração.

– Oi? - ele disse ainda sem me olhar.

– Posso te fazer uma pergunta? - falo.

– Pode, qual? - ele fala.

– Porque não me contou que isso tudo era armadilha?- eu falei.

– Meu pai te contou a verdade? - ele diz e deixa a caneta de lado.

– Sim. - falei.

– Fofoqueiro... Bom respondendo, eu só não te contei tudo porque eu tinha certeza que você não viria justamente por minha causa, eu acho que você não gostaria de me ver nem pintado de ouro depois de tudo que aconteceu com a gente, mas você sempre supre as minhas expectativas. - ele diz atento.

– Entendi. - digo, abaixo a cabeça e ele, volta a escrever.

– O que mais meu pai te contou? - ele pergunta curioso.

– Ele não me disse mais nada, só disse que você me amava mesmo sendo todo errado, que é isso que é aquilo. - falei.

– Pelo menos nisso ele está certo. - ele diz sorrindo.

– Hum. - digo sem dar continuidade no papo.

Ficamos em silêncio até que ele terminasse de assinar , quando ele terminou levantou da cadeira deu a volta em sua mesa , eu levantei e ele ficou bem pertinho de mim.

– Aqui. - ele diz e me entrega o papel.

– Obrigada. - digo e ele passa as mãos no meu cabelo, acaricia meu rosto.

– Você largou da sua namorada, não é? - pergunto.

– Sim, meu pai te contou? - ele fala.

– Sim... - não dou continuidade.

– Agora você pode ser minha, lembra? - ele diz sorrindo.

– Idiota. - digo e respiro fundo.

– Eu quero realmente mudar, te reconquistar, te fazer tão completa a ponto de você não precisar olhar pra outros homens. - ele diz e dá um beijo no canto da minha boca.

– Eu não tenho olhos para outros homens, quando existe apenas um em minha vida. - eu digo e o encarei.

– É bom saber disso, eu demorei pra notar que meus olhos e meu coração seriam exatamente da Beatriz Chaddad, procurei você em outras, mas nenhuma se compara você realmente é diferente. - ele me fala.

Depois de ouvir isso, senti um alívio porque mesmo não querendo acabei acreditando por um ponto em seu amor por mim, quando íamos nos beijar, alguém bate na porta dou um pulo.

– Tenho que ir. - digo, dou um selinho rápido e saio, ao chegar na porta noto que é o pai de Eduardo.

– Olá Bia. - ele diz e sorri.

– Oi senhor Robert. - digo com um pouco de vergonha.

– Atrapalhei vocês?- ele pergunta.

– Lógico que não, vim só trazer esses papéis para que seu filho assinasse. - digo toda vermelha.

– Não precisa ficar com vergonha, eu não me importaria se tivesse acontecido algo, eu aceitaria de boa... Mas como você disse, não rolou nada não é? - ele diz meio desconfiado.

– Sim, quer dizer não..não rolou nada, licença. - digo escolhendo as palavras e volto pra minha sala, sento-me na cadeira com as pernas bambas, se a porta estivesse destrancada ele teria aberto a porta e visto nós dois naquele climão de tirar o fôlego, depois disso tudo o dia passou super rápido, quando vi já eram cinco da tarde, quando ia chegando ao elevador a moça da faxina apareceu.

– Oi Bia. - ela diz.

– Olá. - digo.

– Acho que você não me conhece, meu nome é Joice. - ela diz e me dá um beijo no rosto.

– Olá, Joice. - digo sorrindo.

– Eu sabia que você sairia essa hora e vim te fazer um convite, pode? - ela diz.

– Claro. - digo.

– Hoje às oito horas a turma do serviço irá a um pub que tem aqui pertinho vamos? Assim você conhece todo o pessoal e quem sabe não faz amizades. - ela diz.

– Eu tenho que ver com a babá da minha filha se ela pode ficar com ela. - digo.

– Você já é mãe? - ela pergunta e me olha assustada.

– Sou sim, de uma menininha. - digo.

– Que linda. - ela diz sorrindo.

– Então, me passa seu celular se eu não for te ligo e me passa o endereço do pub. - digo.

– Claro. - ela diz e me passa tudo certinho.

– Até mais então, foi um prazer lhe conhecer. - digo, dou um beijo em seu rosto e saio quando o elevador chega. Logo desço e Armando já me espera.

– Oi. - digo.

– Olá Bia. - ele sorri pra mim, abre a porta e eu entro no carro.

Não conversamos o caminho todo, chegamos até a minha casa ele estacionou e abriu a porta pra mim.

– Está tudo bem, Bia? - ele pergunta.

– Está sim, acho que vou precisar de você as oito, tudo bem? - digo.

– Sim, só perguntei por que veio o caminho todo em silêncio e você sempre fala. - ele diz rindo.

– A eu estou meio pensativa com algumas coisas que aconteceram no trabalho hoje, o Duda largou da bruaca. - digo sorrindo.

– Que ótimo, agora vocês podem ficarem juntos se quiser. - ele diz.

– Não é tão fácil assim. - digo, desfaço o sorriso.

– Vocês ainda vão acabar juntos, eu tenho certeza que se amam. - ele diz e sorri entrando no estacionamento.

– É, pode ser , tchau até depois. - digo e entro , logo chego na minha casa e encontro Ana andando de um lado pro outro - Oi bebê da mamãe. - digo a pegando no colo, dou um beijo em seu rosto e a desço.

– Oi mamãe. - ela diz sorrindo.

– Cadê a titia? - pergunto e ela não responde, vou até a cozinha e encontro Leila preparando suco pra por na mamadeira de Ana.

– Oi Leila. - digo.

– Olá Bia. - ela diz.

– Posso te pedir um favor? - digo.

– Claro, qual? - pergunta.

– Tem como você ficar com a Ana pra mim essa noite? A turma do trabalho vai a um pub que tem aqui por perto e me chamaram pra ir. - digo.

– Claro que fico, mas por favor hoje mantenha seu celular carregado. - ela diz e sorri lembrando daquele dia.

– Tudo bem. - falo e subo pro meu quarto e escolho a roupa que vou, opto por uma blusa cinza regata básica e uma saia de cós alto azul, não muito curta e um pouco rodada que vem de acompanho um cintinho marrom simples. Depois de tudo organizado, vou pro banheiro me desfaço das roupas que usei as coloco no cesto de roupas sujas, ligo o chuveiro e tomo um banho calmo e relaxado. Saio depois de quase quinze minutos , coloco uma lingerie preta e a roupa, calço uma sapatilha azul escura e chapo meu cabelo, passo uma maquiagem preta esfumaçada totalmente linda, passo um batom vermelho na minha boca , pego meu celular e bato uma foto e coloco a seguinte legenda: #Partiu. Foi uma legenda simples que deu quase cinqüenta curtidas em uma única foto, pego dinheiro e minha bolsa de mão , passo perfume e saio.

– Que linda que você está. - Leila diz quando chego lá embaixo.

– Obrigada Leila. - sorri agradecida.

Pego Ana no colo e a abraço.

– Ninda . - Ana diz e a dou beijo na bochecha.

– Obrigada princesinha da mamãe. - digo sorrindo - Bom vou indo, amo vocês. - entrego Ana pra Leila e assim saio, rumo ao pub.


Por: Projeto de Puta

Meu relacionamento com o Eduardo estava indo super bem, até aquela mulherzinha estranha resolver vir pra Brasília, eu sei que Eduardo nunca seria capaz de me amar porque eu também não o amo, queria mesmo o dinheiro e também estava carente, qualquer coisa que aparecesse eu pegaria e ai me aparece um rico, agarrei com todas as forças que tinha, Eduardo terminou comigo logo pela manhã e eu já liguei pro meu amante, o Bryan conheci ele em São Paulo, ele também tem uma ex que era insuportável e me contou muitas coisas só não me disse o nome dela e eu não sei porque, tínhamos os pensamentos iguais e ainda por cima odiávamos as mesmas pessoas, por acaso, o que eu faria agora? Era somente tentar destruir junto com Bryan o relacionamento de Eduardo, ele o odeia.

Por: Beatriz

Chego ao pub, despeço-me do Armando e digo que quando desse a hora de ir embora eu ligaria pra ele, ele concordou e eu entrei a procura da Joice, logo a encontro dando moral a um barman, me aproximo sem querer atrapalha-los mas já atrapalhando.

– Olá. - digo e toco seu braço.

– Olá, Bia. - ela diz e me abraça.

– Desculpe atrapalha-los. - digo sorrindo.

– Fica tranquila, vem vou te apresentar ao pessoal. - ela diz, sorri e me puxa pelo braço, a acompanho e chegamos a uma mesa que pelas contas tinham umas cinco pessoas - Começando pelas meninas, essa aqui é Alice - ela aponta pra uma loira alta, essa aqui é Rafaela. - aponta pra uma mulher que eu tenho certeza que não daria muito bem comigo, nariz empinado e não fez questão de me cumprimentar, um pouco alta e aparentava ter seus trinta anos.

– Olá. - a Alice diz e Rafaela não faz questão de mexer os lábios.

– Agora os meninos... Esse aqui é Patrick ela aponta pra um moço dos olhos cor de mel que estava super bem vestido, barba por fazer eu já havia visto ele no primeiro dia de trabalho ele me comeu com os olhos e aparentava ter seus vinte e sete anos por ai, esse aqui é Carlos ela aponta pra um moço não muito bonito, meio fortinho me parecia ser legal mas eu não pegaria e pelos cálculos parecia ter seus quase trinta anos, e esse aqui é Pablo, esse era lindo, alto com o corpo bem definido, barba por fazer, cabelo arrepiado um sorriso branco feito leite , seu perfume era muito bom também. Ela me apresenta e todos me dão um beijo no rosto.

– Prazer, sou a Beatriz - digo.

– Sente-se - O Pablo diz e eu sento, ficamos conversando até eu perceber que os olhos das mulheres da mesa correm pra entrada, acompanho e vejo que era Eduardo entrando sozinho no pub, gelo.

– Não acredito que o chefinho perfeito veio. - A Rafaela diz.

– Pois é amiga, ele veio olha como ele é lindo. - A Alice diz e eu reviro os olhos

'' Ele é lindo, mas é meu, vadias!"

Quando Eduardo me vê, se aproxima da nossa mesa.

– Oi, anjo. - ele diz e me dá um beijo bem no canto da minha boca.

'' CHUPEM RECALCADAS''

– Oi, amor. - digo sorrindo e as baranga me encaram.

– Como assim, amor e anjo?- Rafaela pergunta seca.

– Vai me dizer que você não contou a elas, querida? - ele disse e eu olhei sem entender.

– Não, amor. - entro em seu jogo.

– Bia é minha namorada, temos uma filha juntos não sabiam não? - ele diz e se senta ao meu lado, deixando todos ali boquiabertos.

– Não sabia chefinho. - Alice diz.

– Por favor, querida, o chame de Eduardo ou senhor Eduardo, chefinho somente eu a noite posso chamar. - digo sorrindo provocativa, ela me fuzila com os olhos.

– Como quiser, foi mal, licença. - ela se levanta e sai junto com suas amigas.

– Vou chegar naquela morena ali. - Pablo aponta pra uma moça no bar.

– E eu na amiga. - Patrick diz.

– E eu vou ao banheiro, não quero segurar vela. - Carlos diz e todos se retiram, deixando eu e o Eduardo a sós.

– Você é louco? - eu pergunto sorrindo.

– Por você. - ele diz.

– Que história essa de namoro, as meninas me odeiam eu acho. - digo.

– Você se importa? Eu vi o jeito que olhou pra elas quando elas me secaram. - ele sorriu.

– É, faz sentido. - digo tomando um pouco da minha coca que tinha chegado.