A Garota

Capitulo 11 - Sonhar, nunca desistir


O tempo passou voando ao lado dele, eu não estava bem queria minha casa, mas ele tinha o direito de curtir a Ana e como ele não sabia onde era a casa de Viviane eu tive que ficar, mas já passei o endereço então quando ele viesse vê-la, ele que fosse lá.

– Já voltou pro seu apartamento? - ele pergunta.

– Não, e talvez nem volte. - eu digo.

– Vai ficar pra sempre na casa da Viviane?- ele pergunta e me olha confuso.

– Não, vou arrumar outro apartamento que não seja naquele condomínio, porque lá passei várias coisas ruins. - eu digo pra ver se ele se toca.

– Já voltou pra escola?- ele disse.

– Vou pensar se volto. - eu respondo.

– Deveria voltar, agora eu estudo cedo e trabalho a tarde assim como você fazia, é bem cansativo. - ele disse.

– Eu sei como é. - falo sem dar continuidade.

– Mas volta a estudar sim, não somos nada sem o estudo. - ele diz.

– Avá. - eu falei.

– Só estou filosofando, eu mudei muito Bia. - ele diz.

– Eu percebi! - dei fim ao assunto e voltou ao silêncio constrangedor.

Ele começou a brincar com Ana e eu coloquei meu fone de ouvido, não tinha o porquê de participar da brincadeira, eu estava novamente com o coração partido, sou uma fraca. Começou a tocar a música: Back For Good- Take That

Sinto meus olhos se enchendo de lágrimas, eu não queria chorar, aliás, eu não podia chorar, eu tinha que ser forte de fazer igual a tradução da música diz, deixar pra trás agora... Tentar deixar pra trás o que eu passei as dores, as infelicidades, deixar pra trás um dos motivos da minha insônia... Eduardo! Quando deram seis horas da tarde, eu precisava ir embora.

– Eduardo, tenho que ir. - eu digo.

– Mas já? - ele pergunta.

– Sim. - eu falo.

– Posso ficar um pouco mais com ela? Eu venho só semana que vem. - ele diz.

– Ela está meio resfriada, não pode ficar no sereno. - eu disse.

– Quando cair a noite por si só, eu a levo, prometo. - ele diz.

– Mas não tem nem roupa aqui. - eu digo.

– Não tem problema, só quero brincar um pouco mais com ela.-ele diz.

– Ok, é na casa da Viviane, por favor. - eu falo, dou um beijo na testa de Ana e vou embora, pego o primeiro táxi e a minha maior vontade agora era de chorar, porque chorar sendo que ele está tão bem, tão feliz sem mim? Cheguei em casa, paguei a corrida e entrei, Viviane estava se pegando no sofá com Mathias.

– Vão pro quarto. - eu digo sorrindo falso e subo pro meu quarto, fecho a porta e deito na cama, fiquei observando o quadro que havia ganhado quando Eduardo foi embora, aquela foto me trazia boas lembranças, lembranças que não voltam mais. Fiquei virando de um lado para o outro pensando em tudo que estava acontecendo.

– Você tem, outra... - eu dizia pro teto, como se ele me respondesse.

Coloquei meu fone de ouvido e começou a tocar: Bad Day - Daniel Powter.

O meu dia estava ruim, igual a musica ela me descrevia por completo, fiquei pensando, até ouvir a campainha tocar, ela tocou três vezes ai eu percebi que Mathias e Viviane não estavam em casa, desci as escadas rapidamente e dei de topa com Viviane, que foi comigo abrir a porta, era Eduardo.

– Oi. - ele disse.

– Oi Eduardo, entra. - Viviane disse de longe mandou e ele entrou.

– Aqui a bebê. - ele diz e me entrega Ana.

– Eu e Mathias estávamos lá em cima falando de você - Viviane fala.

– O que falavam de mim?- ele pergunta e sorri.

– Como a Bia não chegou com a Ana, a gente já tinha raciocinado que você a trazia e queríamos que você jantasse com nós, vamos pedir pizza. - ela diz.

– Adoro pizza, eu topo. - ele diz.

– Quando tem que voltar pra Brasília?- Mathias pergunta.

– Amanhã, eu vou passar a noite no meu antigo apartamento. - ele diz.

– Entendo, Mathias liga pra pizzaria, o que acham de assistir filme de terror?- Viviane pergunta.

– Por mim tudo bem. - Eduardo diz.

– Então, enquanto Mathias liga na pizzaria, Eduardo sobe e pega colchões e travesseiros , eu e a Bia vamos escolher o filme. - Viviane jogou as ordens.

– Tudo bem. - falei e cada um foi pra um lado e eu fiquei sozinha com Viviane e Ana na sala.

– Eu te mato!- falei baixo.

– Porque me matar? Você está amando.- ela diz.

– Amiga, o Eduardo está namorando.- eu disse e ela começa a tossir.

– Eita, mas e vocês dois, o nós da história? - ela pergunta.

– Não existe e não vai mais existir. - digo um pouco cedo.

– Eu sei que está sofrendo.- ela disse.

– Fazer o que não é? - eu digo.

– Eu e o Mathias vamos corrigir essa situação. - ela diz rindo.

– Não se intrometam. - eu disse e Eduardo entrou na sala.

– Intrometer no que garotas? - ele pergunta jogando as coisas no chão.

– Na minha, menstruação. - eu disse seca.

– Credo - ele diz e Viviane começa a rir da idiotice que eu falei, logo começo a rir também, que bosta.

Separamos o filme, invocação do mal e depois se desse tempo assistiríamos a órfã, depois de escolher subi pro quarto com Ana para dar um banho nela e tomar um banho também, enchi sua banheira e coloquei o sabonete, o xampu e o condicionador do lado , separei uma roupinha simples de ficar em casa, ela pegaria no sono rápido, a deixei na cama e fui no banheiro rapidamente desligar a banheira, a levei pra cima da minha cama, forrei com uma tolha , tirei toda a roupa de Ana e comecei a banha-la, e ela cada dia mais esperta fazendo suas artes, até xixi na banheira quando terminava ela fazia, e toda vez que ela fazia xixi ela acabava gargalhando, e hoje não foi diferente.

– Ana!- eu disse rindo e ela gargalhou, tinha acabado de fazer xixi.

– Ma...ma - ela disse rindo.

– Não pode fazer xixi na água porquinha. - falei e apertei seu nariz de leve - Você sabia que a mamãe te ama? - eu disse fazendo cócegas.

– Ma..ma, ama. - ela repetiu.

– Que graça, sim mamãe ama essa princesa que está fazendo um aninho hoje. - eu dei um beijinho em seu nariz e ela grudou suas mãos no meu cabelo - Ai Ana, não puxa não. - eu disse sofrendo pra levantar, senti que algo me observava me virei e era Eduardo encostado no batente da porta.

– Oi, de novo. - ele disse e sorriu.

– Faz tempo que está aí?- eu pergunto.

– Desde a hora que a Ana fez xixi na água. - ele disse rindo.

– O que quer?- eu digo meio seca.

– Viviane me mandou vir aqui buscar o controle remoto do DVD, ai eu vi essa cena linda e não quis atrapalhá-las. - ele disse.

– Está ali em cima. - apontei pro criado mudo, ele caminhou até ele, pegou o controle e viu nosso quadro na parede.

– Você ainda, o tem. - ele diz.

– Sim, não deveria ter? - pergunto.

– Sim deveria, mas pensei que depois de tudo que nos aconteceu, você tinha o jogado fora. - ele falou.

– Não - eu falo seca e volto atenção pra Ana, coloco a fralda nela, passo talco em seu corpo e começo a vestir sua roupinha, tão pequenina, a coloco no meu colo e penteio de leve seu cabelo e ele ainda me olha.

– Acho que já pegou o controle, e já pode descer. - eu disse pra ele se tocar.

– É tem razão. - ele disse.

– Então, vai - eu falei.

– Eu acho que você ficou bolada quando eu te contei que estava namorando. - ele disse.

– Me responde uma coisa? - eu pergunto.

– O que? - ele diz.

– O que você pensou que eu fosse?- eu disse.

– Não entendi o porquê desta pergunta. - ele fala.

– O que você achou que eu era Eduardo? Qualquer pra você? - eu disse.

– Não, eu não te achei nada disso. - ele diz e arregala os olhos.

– Porque você fez isso comigo, então? - eu disse.

– Isso o quê? - ele pergunta se fazendo de desentendido.

– Isso porra, destrói meu coração em quantas partes quiser, me faz acreditar no seu amor, diz que vai voltar e não volta, não dá nem satisfação da sua vida se está vivo ou se não está, eu te liguei não sei quantas vezes pra te perguntar se estava bem e o que você fez? Recusou todas as minhas chamadas, acho que foi porque não queria conflito com tua namorada, mas não eu não ia falar com a gente e você deveria por na tua cabeça que temos uma filha Eduardo, e que aconteça o que acontecer com ela eu vou ter que te ligar você não tem que se esconder, eu não sou a única que sente isso, a Ana também sente. Porra, a criança acorda todos os dias te chamando, não que eu te queira ao meu lado, não que eu te queira como namorado, mas você é pai, custa pelo menos duas vezes na semana ligar pra saber se pelo menos sua filha está viva, está bem de saúde, custa? Vai gastar todos os seus créditos pedir informação sobre sua filha, acha que não, e que gaste é tua obrigação saber como ela está, eu estou sendo pai e mãe ao mesmo tempo dela, por mais que ela não entenda, ela sente a sua falta, ela deve sonhar com você também, assim como eu sempre sonho pra minha infelicidade.

– Pai e mãe ao mesmo tempo não, eu deixo dinheiro toda semana na sua conta pra bancá-la, comprar as coisas que ela precisa - ele diz.

– Você não entende, não é dinheiro Eduardo, eu não preciso do teu dinheiro, eu falo de amor, carinho... Você mesmo disse que não queria ser ausente na vida da menina e olha só, fazia um mês que você não tinha nem ao menos notícia dela, falta amor Eduardo, isso que falta. AMOR! - eu disse peguei Ana no colo e desci aquelas escadas enormes em menos de dois segundos, estava irritada, perturbada.

Fui pra cozinha, tomei um copo de água e enchi a mamadeira da Ana de suco,e voltei pra sala me sentei no sofá e vi que Eduardo estava deitado já, Viviane e Mathias tinham sumido, depois de quase cinco minutos com Eduardo na sala e Ana brincando com os dedinhos dos pés, tentando come-los eles apareceram, a pizza chegou e comemos assistimos o filme, Mathias estava agarrado com Viviane, ela estava com medo e eu estava abraçada com Ana, quando passava aquelas cenas feias de terror eu tapava seus olhinhos, do nada me deu vontade de ir ao banheiro.

– Vivi, segura Ana pra mim? - pergunto.

– Sim. - ela diz pegando Ana do meu colo.

Subi pro banheiro fiz as minhas necessidades, dei descarga, lavei as mãos e quando abri a porta dei de topa com Eduardo, me encarando.

'' SOCORRO'''

– O que foi filhote de cruz credo? - digo seca.

– Podemos conversar? - ele pergunta.

– Deveríamos? - eu digo.

– Sim. - ele diz.

– Não deveríamos, não - eu falo e saio andando ele segura meu braço.

– Por favor, uma conversa. - ele diz quase implorando.

– Me dê um motivo, pra conversar com você. - eu falo cruzando os braços.

– Você me ama. - ele disse.

– Me deixa. - eu digo seca.

– Bia, vamos ser civilizados é uma conversa e não um convite pra te comer. - ele diz, perdeu a paciência.

– Eu não quero falar com você, civilizado ou não civilizado, você não é nem louco de pedir pra me comer. - eu digo e reviro os olhos.

– Deixa eu te comer? - ele diz rindo.

– Vai se ferrar. - eu quase gritei, ele me arrastou até o meu quarto, e me jogou na parede.

– Sai daqui. - eu gritei.

– Me ouve. - ele disse.

– Eu vou gritar. - eu disse.

– Eu te beijo. - ele disse.

– Duda, sai daqui. - eu disse.

– Eu passei todo esse tempo pensando em você, todo esse tempo querendo te ter ao meu lado, eu chorei por você uma semana seguida porque eu te amava e ainda te amo, só estou namorando pra curar minha carência, mas eu te amo - ele disse deixando suas lágrimas, caírem.

– Você me parece feliz. - digo e dou de ombros.

– Porra, eu não estou feliz, você não está vendo?- ele disse apontando pros seus olhos que caiam lágrimas.

– Eu só vejo lágrimas. - eu disse.

– Qual é o teu problema? - ele disse tirando suas mãos da parede.

– Eu é que pergunto, qual é o teu problema? Uma hora você está feliz com a outra, outra hora você está triste porque sente minha falta, uma hora você é todo fofo, outra caramba, você parece um gelo de tão frio, o que quer fazer comigo, o que quer de mim? - eu disse segurando as lágrimas.

– O teu coração!- ele diz.

– O meu coração você já tem, por pouco tempo. - eu digo fria.

– Porque, seu coração vai ser de outro? - ele disse.

– Todos nós temos a chance de tentar ser feliz outra vez. - eu digo

– Mas eu sou a sua felicidade, você é a minha felicidade. - ele fala.

– Você não é a minha felicidade, Eduardo. - digo de cabeça baixa.

– Olha nos meus olhos e diga que eu não sou a tua felicidade e vice-versa. - ele diz e me faz encará-lo.

– Você não é a minha felicidade, Eduardo. - eu minto.

– Mentirosa!- ele diz.

– Sabe o que acontece? Acontece é que estou cansada Duda. - eu digo.

– Cansada, do quê? - ele pergunta.

– Cansada de eu te dar o meu amor e você simplesmente joga-lo no lixo, cansada de receber juras, promessas que saem da sua boca e você não cumprir nenhuma, uma hora é que você vai voltar e vamos ser felizes para sempre e o que acontece? Você não volta você me engana, me deixa sofrendo ai quando resolve voltar, tem uma namorada, acha que eu sou uma criança? Eu sei o que é certo e o que é errado, e se tem uma coisa que eu não faço , são promessas, eu estou cansada de você vir, dizer que me ama me fazer acreditar olha que você consegue fazer a idiota aqui acreditar, e voltar pra outra, sério Eduardo isso cansa, mas eu não acredito mais, eu cansei de dar chances e nunca ser valorizada. - eu tentei sair dali, e ele segurou meu rosto.

– Me perdoa. - ele diz.

– Nosso assunto, é Ana apenas. - eu disse, passei por debaixo de seu braço e saí andando, deixando-o sozinho.

A noite tinha terminado pra mim, ali, desci as escadas rapidamente, cheguei lá embaixo tinha um pedaço de pizza no meu prato, eu não estava mais com fome e perdi totalmente o ânimo de assistir aquela porcaria de filme de terror, que nem se quer dá tanto medo.

– Que bom que, voltou amiga. - Viviane disse.

– Eu só voltei pra dar boa noite. - falei sem ânimo e Eduardo desce as escadas.

– Já vai dormir? está tão cedo. - ela disse.

– Estou com sono amiga. - minto.

– Ana também dormiu, olha. - ela diz e aponta pra Ana em sua coxa.

– Vou levá-la, também. - falei.

– Ok, boa noite. - eu abaixo e ela me dá um beijo no meu rosto e um no rosto de Ana, dou um beijo no rosto de Mathias e ele dá um beijo no rosto de Ana, sobrou Eduardo eu não o beijaria.

– Boa noite, Duda até semana que vem. - disse seca.

– Boa noite. - ele disse, eu me abaixei pra ele dar um beijo no rosto de Ana, quando ele ia me dar um beijo no rosto eu sai, deixando-o no vácuo, subi pro meu quarto e coloquei Ana na cama, hoje ela dormira comigo porque está um pouco frio e dá dó deixa-la dormir sozinha, fui pro banheiro me despi tomei um banho super rápido , sai coloquei meu pijama de vaquinha e deitei , abracei minha filha, pensei um pouco dei um beijo em sua testa e dormi.

Acordei no outro dia com um pouco de dor de cabeça e meu estômago doía, acho que a pizza de ontem não me fez uma boa digestão, olhei pro lado e Ana dormia feito um anjo, como sempre forrei os travesseiros em sua volta e fui pro banheiro tomar banho, demorei um pouco, saí enrolada na toalha quando chego no quarto , dou de topa com Eduardo.

– Você é louca, deixar a menina sozinha na cama Beatriz? - ele quase gritava, me assusto.

– O que está fazendo aqui? - eu disse grossa.

– Eu dormi aqui, isso não vem ao caso, obrigado... Porque deixou a menina aqui? - ele pergunta.

– Porque eu fui tomar banho seu idiota e ela tava dormindo, você não queria que eu a acordasse pra ir me ver tomando banho, ou queria? - eu disse.

– Tanto faz, não a deixando sozinha. - ele diz, e olhava pra garota.

– Olha, sai daqui que na minha vida e na vida da minha filha quem manda sou eu, ela caiu da cama? Não, ela ta chorando, não? Então não vem pagar de pai responsável não porque não fui eu quem a abandonei por um mês. - falei jogando as palavras em sua cara.

– Para de bater na mesma tecla, trocentas vezes, isso é irritante -ele disse.

– Se não quer que eu bata na mesma tecla, eu vou bater é nessa tua cara de cachorro que caiu na mudança, saí daqui. - falei e taquei uma almofada nele, o tirei de lá jogando coisas nele, quando ia jogar um vaso ele saiu.

– Você é uma louca! - o escutei gritando no corredor.

Por fim, me vesti era muita coisa pra uma garota que mal acabou de acordar, nem pra me trocar eu tinha paz, tranquei a porta e vesti uma roupa simples que eu encontrei, coloquei meus chinelos e Ana acordou.

– Bom dia, coisa linda. - digo sorrindo.

– Ma...ma, ama. - ela diz

– Sim, mamãe ama. - eu sorrio e vou encher a banheira dela, logo volto, tiro toda sua roupa e dou banho nela, já pronto coloco um macacão escrito "Mocinha da mamãe", era tão fofa, depois coloquei presilha no cabelo dela, passei sua colônia e ela estava pronta, descemos, chegamos à cozinha estavam todos sentando, em exceto os pais de Viviane.

– Onde estão seus pais? - pergunto.

– Viajando, por uma semana, a casa é nossa. - ela diz pulando.

– Sua doida. - eu digo rindo e me sento, senti a falta de Eduardo, mas não perguntaria dele, acho que Viviane leu meus pensamentos.

– Está no banheiro - ela diz pra que somente eu entenda.

Logo o brutamonte chega, senta-se e se serve me sirvo também e como devagar tratando de Ana que bate palminhas enquanto come, logo termino e vou pra sala com ela, forro o chão e a deixo no chão, vai que ela dá a louca de querer engatinhas ou andar, coloco uns travesseiros a sua volta, dou sua galinha pintadinha, seu mordedor e sua boneca pra que ela brincasse e mais umas bugigangas, ela fica quietinha brincando, soltava pum de vez em quando e começava a gargalhar, fiquei encostada no sofá observando-a, até que o encosto do Eduardo chega.

– Não acredito que ela senta. - ele diz maravilhado.

– Não, ela rola, não está vendo. - eu digo irônica.

– Eu falei pra mim, e não pra você. - ele diz.

– Falta de maturidade, é tudo - eu digo e reviro os olhos.

– Esquece o drama e fica comigo, eu te amo. - ele diz se aproximando, eu coloco a mão na frente.

– Drama o caramba, ta doendo e muito e não é você que esta sentindo, idiota. - eu falo.

– Eu estou sentindo, mas já passou da hora de tentar sermos felizes. - eu digo.

– Não quero ser feliz com você. - eu falo.

– No fundo você quer. - ele diz.

– Eu vivo o raso e não o fundo, porque não sei nadar e lá a gente afoga. - eu falo.

– Que idiotice. - ele diz e revira os olhos.

– Idiotice é você ficar querendo chances comigo, quando já me machucou. Escuta... Você não tem que ir embora? Sua namorada deve estar morrendo de saudades de você. - eu digo.

– Já falei com ela, e ela entendeu e está louca pra conhecer Ana. - ele diz e sorri com a vitória.

– Se depender de mim essa lambisgoia não vai conhecer minha filha, nunca - eu digo.

– Por quê? - ele diz.

– Ela não pode sair da cidade com você, sem a minha permissão. - eu falo.

– Você me dá a permissão. - ele diz.

– Nem que me paguem um milhão de dólares! - eu digo reviro os olhos e saio andando, deixando-o com Ana.