A Força dos Otakus

Conselho de Guerra


Fazer um conselho de guerra com 13 pessoas é beeem complicado, principalmente pela dificuldade de fazer com o que os outros se escutem, e era isso o que estávamos fazendo. Desde de que nós lutamos contra aquele batalhão de soldados do exército tomamos o lugar onde estava acontecendo o evento.

Trouxemos os poucos feridos para um sala com ar-condicionado, que provavelmente não ia durar mais que dois dias, improvisamos umas macas e deixamos um casal de "ninjas médicos" tomando conta deles.

Ok, então estávamos na situação de 13 concordando com a gente e dois que apesar do esforço dos ninjas-médicos tinham desmaiado, ou algo assim, então deles não se tinha opnião.

Com exceção aos dois ninjas médicos, todos os 11 otakus que concordaram em ficar participaram da reunião. Eu era o único com uma zampakutou, mas tínhamos 4 ninjas (dois médicos), 2 alquimistas (Hiro era um deles), Tetsuo e seu mamodo, uma maga (Yue) e 1 Code Gueass, e dois feridos, dos quais um eu sabia que tinha um Death Note.

Ou seja, erámos pessoas diferentes, alguns nunca tinha se visto na vida sentados no chão, em um círculo improvisado, para um conselho de guerra, e ninguém começava a falar. Aí, eu meio que tomei a fala do silêncio:

– Nós vimos o que passamos, e para todos os efeitos somos os únicos que ganhamos isso, - toquei na zampakutou - então eu acho que nosso primeiro movimento seria definir pontos onde provavelmente têm otakus, começando, claro, por amigos e parentes, amanhã é Segunda-feira, portanto ir a algumas escolas é bem cabível, a maioria tem um bom número de otakus.

Todos anuíram, mas nenhum comentário. Até que Yue decidiu falar também:

– Vamos nos dividir em duplas, 1 trio, o trio vai consistir em um ninja médico, o Sr.Geass e mais alguém que esteja apto a lutar, para ficar e defender o que agora é nossa QG, ok?

Marco, o cara do code gueass aceitou e foi falar com os ninjas médicos. O cara apto a lutar acabou sendo um dos ninjas, um tal de Lucas, acho.

Nas duplas eu fiquei com Tetsuo e seu mamodo, que acabou não entrando na contagem, Gurin. Ficamos responsáveis por visitar três casas. Quando saímos na rua quase parecemos normais, por sorte acho que deu pra disfarçar a minha espada e o livro de Tetsuo, apesar do mamodo dele chamar atenção.

Ele tinha aqueles olhos grandes de mamodo, o cabelos branco, roupa cinza com azul, nas mãos e nos braços possuia uns símbolos em preto que eu supûs ser da língua do mundo dos mamodos.

A primeira casa que visitamos, era a casa de um amigo meu, Luis, então ele deixou eu entrar e conversar com ele. Ele era o Otaku da escola com quem eu conversava de vez em quando, não tinha conseguido ir pra a convenção porque ficou de castigo, mas sabia da existência dela, então meio que não estranhou a minha zampakutou e o caderno estranhamente familiar de Tetsuo. Amãe dele nos recebeu muito bem, principalmente o Gurin (apesar dele ter dito que ela ainda estava brava).

Tivemos uma conversa rápida com ele contando o que aconteceu, ele gargalhou, então nos criamos uma desculpa qualquer e o levamos para longe da mãe dele. Lá Tetsuo e eu demonstramos nossos poderes, foi aí que eu percebi uma coisa.

Eu tinha esquecido o nome de todas as zampakutous de Bleach, só não aquelas que até agora eu havia tido necessidade de usar, Hyorinmaru e, a mais recente, Tobiume. Admito, que fiquei surpreso em ver isso, mas não demonstrei.

Mesmo acreditando, Luis disse que nunca ia conseguir convencer a mãe a deixar ele sair, então, nos perguntamos se tinha algo que podia denunciar que ele fosse Otaku, ele respondeu o óbvio:

– Fora meu quarto, o IP do meu computador, minha mãe, meus conhecidos e o doujinshi que eu enviei ano passado para uma dessas revistas de anime/mangá.

– Ótimo, essas revistas devem ter sido os primeiros alvos do governo, se brincar eles estão se baseando nas informações retiradas delas.

Vamos esperar alguém chegar aqui, um soldado ou algo assim, aí poderemos investir, a convenção não é longe daqui e eles atacaram a pouco tempo, devem estar mandando mais soldados para cobrir a área.

– Ótimo, mas porque diabos eles estão fazendo isso?

– Não faço ideia, a única coisa que conseguimos saber foi que nosso país está em guerra contra o Japão e o governo federal têm medo de espiões, né Tetsuo?

– É, deve ser isso aí mesmo.

Tetsuo estava brincando com o mamodo dele, apesar de ter uma aparência séria Gurin não deixava de ser uma criança e Tetsuo finalmente estava voltando ao normal. Infelizmente, eu ainda estava no modo tenso.

Finalmente um soldado apareceu no portão da casa de Luis, estávamos mais afastados então fiz sinal e nós nos escondemos.

Vi o soldado falando com a mãe de Luis e ela apontado para onde estávamos.

Assim que ele seguiu na direção acenada pela mãe do Luis, minha mão desceu para zampakutou, senti o cabo dela ficando levemente frio e o horizonte branco. Sabia o que fazer.

– Henken, Sanjyuugurin.

O soldado olhou para nós e apontou seu fuzil, antes que dissesse qualquer coisa, eu sussurrei:

– Mae, Sode no Shirayuki. Tsugi no mae, Hakuren, Hakuren. Os meus disparos, passaram de raspão pelas mãos dele de modo que ele ficou preso ao fuzil e o outro foi nas suas pernas.

– Desculpa Tetsuo, tinha que ser rápido. - Falei ao me virar e me deparar com um Tetsou desanimado.

– Luis chame sua mãe, vamos resolver isso.