Carlos Daniel aconchegou-me em seus braços e nos levou ate o andar de baixo. Meu corpo queimava de desejo, minha boca colada em seu pescoço, saboreando de sua pele, o queria mais que nunca.

Minhas pernas estavam envolvidas em sua cintura, e meus braços o agarravam firme, me prendendo a seu corpo.

Assim que chegamos à sala, com cuidado ele me deitou sobre o tapete, ficando ajoelhado dentre minhas pernas, podia sentir o calor da lareira nos aquecer. O contraste de sua pele com a luz daquelas chamas era fascinante. Seu corpo moreno coberto com gotículas de água contornando seus músculos, fez com que aquele latejar se intensificasse em meu ponto mais intimo. Meu desejo estava dominando-me.

— Quero você... – Sussurrei colando minha boca na sua, enquanto deslizava minhas unhas em suas costas.

— Sabe o que esta provocando em mim senhora Bracho? – Ele disse com a voz rouca pressionando o quadril contra o meu, fazendo-me sentir sua excitação pulsar contra a minha.

— Estou louca para descobrir. – afirmei puxando-o para beijá-lo, gemendo em sua boca quando mais uma vez ele pressionou seu quadril ao meu.

— Esta tão... Tão desejosa... – ele sussurrou afastando a boca da minha e descendo seus lábios em meu pescoço – Tão cheirosa, tão minha...

— Sua... Apenas sua... – disse fechando os olhos quando sua boca sugou um de meus seios.

— Só minha, para sempre minha... – ele colou a boca na minha novamente, tomando posse de meus lábios de uma maneira que me deixou completamente ofegante quando nos separamos.

Meus olhos se abriram e encontraram os seus, escuros e penetrantes, meu peito inchou de amor e minha mão acariciou sua nuca.

— Te amo tanto. – sussurrei enquanto continuávamos com o olhar fixo um no outro.

— Amor meu. – sua boca buscou outra vez a minha, incendiando-me.

Carlos Daniel estava disposto a explorar-me completamente, seus lábios traçavam caminhos tortuosos nos pontos mais sensíveis do meu corpo. Suas mãos acariciavam-me afetuosas e impiedosas. Eu apenas deixava ele me amar, deixava ele me entregar aquele prazer, aquela paixão que somente ele era capaz de me dar.

Meu corpo vibrava e meu coração batia acelerado...

Meus gemidos se misturavam com o crepitar das chamas, e minhas mãos agarravam os fios daquele tapete macio com tanta força, que parecia que eu iria arrancá-los a qualquer momento.

Eu me contorcia embaixo dele, enquanto suas mãos da maneira mais carnal pressionavam meus seios, minhas coxas e minha cintura... Podia sentir sua ereção quente, pulsando em meu ventre.

Sabia que Carlos Daniel deliciava-se em minha pele, beijando cada centímetro por onde passava. Com cuidado, ele afastou o corpo alguns centímetros do meu, outra vez encontrei seu olhar, ele me beijou, e lentamente deslizou ate minha parte mais intima, gemi alto quando ele beijou suavemente minha feminilidade, e logo depois sugou meu sexo de uma maneira alucinante.

Uma de minhas mãos voou ate sua cabeça e a pressionou contra meu sexo. Sua língua deslizou ali, explorando-me intimamente, dedicando longos minutos em me dar prazer. Logo, todo meu corpo se contorceu, minha respiração se tornou pesada, meus batimentos intensos, e atingi o ápice do prazer, gemendo seu nome.

Carlos Daniel ainda beijou minha intimidade por alguns minutos antes de deitar-se ao meu lado e me puxar para seu peito, eu ainda estava sobre o efeito alucinante daquele prazer, e ele deslizava as mãos em minhas costas esperando que minha respiração se normalizasse.

— É tão perfeita, Paulina. – ele sussurrou com a voz rouca, beijando o alto de minha cabeça.

Ergui meu olhar encontrando o dele, seus olhos brilhavam intensos, ele sorriu beijando a ponta de meu nariz.

— Adoro te ter assim. – sussurrou ainda com o olhar de encontro ao meu.

Eu queria retribuir aquele prazer. Queria dar a ele o mesmo que ele sempre me dava, queria que nos tornássemos ainda mais cúmplices e entregues. Queria sentir seu gosto assim como ele sempre sentia o meu.

O deixando um pouco assustado, rapidamente me sentei sobre ele, com uma perna de cada lado em sua cintura, sentindo seu membro clamar por mim.

— Quero fazer-lhe algo. – disse inclinando meu corpo sobre o dele deslizando minhas mãos por seu peito. A luz da chamas em contraste com sua pele o fazia ainda mais desejável.

— Já me fazes tanto meu amor. – ele sorriu firmando suas mãos em minha cintura.

— Mas hoje, quero te surpreender. – sussurrei em seu ouvido e logo mordi o lóbulo de sua orelha.

— Me surpreendes a cada instante vida minha. – ele gemeu com meu ato e beijou meu pescoço.

Apenas sorri e deslizei minha boca ate encontrar a sua, o beijei lentamente, demorando o máximo que nossos pulmões suportaram, e logo depois segui beijando seu peito, sentindo como seu coração estava acelerado.

Sabia que o surpreenderia, apesar de sermos tão cúmplices e intensos em nossa relação, eu nunca havia feito o que iria fazer, não porque nunca quis, mas porque sentia medo e insegurança, medo de não agradá-lo e insegurança em não saber direito o que fazer.

Mas naquele dia, naquele momento em que nossas vidas estavam caminhando para algo tão importante quanto ao nosso primeiro bebê, eu me senti segura e disposta a retribuir a ele tudo o que sempre me deu, desde o primeiro dia que me fez sua. E eu queria aquilo, queria senti-lo completamente, queria descobrir seu gosto.

Desci meus lábios por sua barriga, e quando Carlos Daniel notou o que eu faria puxou-me delicadamente para cima, conectando nossos olhares, não pude deixar de corar com seu olhar surpreso sobre o meu.

— Lina... – ele gemeu clamando-me quase como uma sentença, senti meu coração martelar em meus ouvidos.

Não disse nada, apenas continuei, voltando a beijar seu tórax, deslizando meu corpo para baixo, e lentamente, me sentei sobre ele, segurando logo em seguida seu membro em minha mão, estava tão rígido e quente que me fascinei quando movi minha mão em sua extensão.

Eu já havia o segurado assim, mas nunca o havia visto tão excitado, movimentei mais uma vez minha mão em seu sexo. Um gemido agudo saiu de sua garganta, me senti ainda mais motivada a continuar ate onde queria.

Acariciei seu sexo alguns minutos, observando o contraste perfeito de minha pele clara com sua pele morena, e bastante atenta a cada reação de seu corpo, olhei em seu rosto, ele tinha os olhos fechados e os lábios entreabertos, e decidida levei minha boca de encontro ao seu membro.

A reação de Carlos Daniel foi imediata, ele gemeu alto e seu corpo vibrou, beijei a ponta de seu sexo, senti seu corpo se tencionar quando ele ergueu a cabeça para me olhar. A sensação era diferente, ele era macio, mas ao mesmo tempo rígido, duro. Com mais segurança em meus atos o beijei totalmente, deslizando minha língua por sua extensão, saboreando-me de seu gosto indescritível.

Os gemidos de Carlos Daniel indicavam que eu estava no caminho certo, que eu estava dando a ele o prazer que queria, e aos poucos comecei a movimentar minha boca em sua ereção, sugando-o e lambendo-o, e quando pensei em intensificar ainda mais minhas caricias ele puxou delicadamente meu rosto. O tempo todo ele me observara.

— Não imagina o quanto desejei isso. – ele afirmou assim que afastei minha boca de seu sexo, automaticamente corei outra vez – E não imaginas o quanto fico louco de desejo te vendo assim. Provocou-me tanta coisa Paulina, tanta sensação.

— Voce faz isso sempre, apenas quero lhe mostrar tudo o que provocas em mim. – afirmei olhando-o atentamente.

— Minha linda, - ele sorriu puxando-me para cima ate que eu ficasse sobre ele – agora preciso te amar, quero lhe dar todo o prazer e carinho que mereces.

— Te amo... – sussurrei buscando seus lábios – me faça sua, me ame...

Lentamente ele me virou sobre o tapete, ficando sobre mim, e ainda beijando-me, encaixou-se entre minhas pernas, minhas mãos entrelaçaram em seus cabelos, e suprimi um gemido quando ele me penetrou lentamente. Nossos lábios sempre se encontrando, saboreando do gosto do outro, com calma ele se moveu sobre mim, tão lento e torturante que deslizei minhas unhas em suas costas, arranhando-o.

Carlos Daniel continuou amando-me daquela maneira lenta e prazerosa, seus movimentos mantinham um ritmo constante, um vai e vem perfeito, algo avassalador.

A lareira iluminava nossos corpos suados sobre aquele tapete, dois corpos que se amavam intensamente.

Naquele dia nos amamos devagar, com calma, desfrutando inteiramente do outro, e quando chegamos juntos ao extremo, ficamos por longos minutos abraçados. Com minha cabeça sobre o peito de Carlos Daniel eu observava as chamas naquela lareira que havia testemunhado nosso ato de amor.

— Lina? – Carlos Daniel me chamou acariciando minha face.

Apenas gemi em resposta, me sentia cansada, mas completamente realizada.

— Vamos subir? Voce não disse que tomaríamos um banho? – sua voz estava carregada de carinho.

Gemi outra vez, ele sorriu e se levantou me pegando logo em seguida em seus braços.

— Acho que te cansei demais senhora Bracho. – ele disse beijando-me carinhosamente.

— Adoro quando me cansas assim. – sorri agarrando-me a ele.

— E adoro te cansar.

Tomamos um banho rápido, o contrario do que eu havia planejado, mas estava cansada demais para querer mais que isso. Carlos Daniel enrolou-me em um roupão felpudo e quentinho, e me levou ate a cama.

— Descanse minha vida.

Apenas acenei em concordância, ele beijou levemente meus lábios e me cobriu, logo depois se deitou ao meu lado e me aconcheguei em seu peito, sentindo seu cheiro, seu coração. Rapidamente adormeci, cansada, mas imensamente feliz.