Rin voltou para casa com a ideia de visitar Kagome e ver como estava a futura mamãe. Banhou-se e arrumou-se e, finalmente, caminhou até o centro do vilarejo. Lá estava Kagome brincando com alguma crianças. Sua barriga não estava evidente ainda, obviamente, mas todos a tratavam com um cuidado imenso, especialmente InuYasha.

– Kagome, não fique nesse sol. Não faz bem!

– InuYasha, eu estou grávida e não doente em estado terminal! - Rin soltou uma risadinha.

– Kagome-chan, aceite as preocupações de seu marido. - implicou Sango.

– Eu entendo que ele esteja preocupado, mas ele não pode me tratar como se eu fosse feito de cristal e pudesse quebrar a qualquer momento. - Sango riu e se voltou para mim.

– Rin-chan, como está? - perguntou a exterminadora.

– Muito bem. Vim visitar Kagome-chan e a todos vocês.

– Kaede-sama estava dizendo que você não vem mais aqui... - disse Kagome.

– À propósito, onde ele está? - perguntou Rin.

– Ela foi chamada para visitar uma amiga de infância.

– Que pena, gostaria de vê-la. - Rin mostrou descontentamento no rosto.

– Ela deve estar voltando ao entardecer, fique conosco e espere por ela. - sugeriu Sango.

– Ficarei sim...

– Vamos dar um passeio? Eu aproveito e pego um kimono que eu encomendei. - Sango falou.

– Vamos sim! - responderam Kagome e Rin ao mesmo tempo e se entreolharam soltando risadas pela coincidência.

As três pegaram o kimono de Sango e caminharam até um lugar mais tranquilo... era por volta das duas da tarde. As três sentaram e começaram a conversar sobre assuntos cotidianos:

– Onde está o onii-san? - perguntou Kagome e Rin riu ao ouvir o jeito que ela chamava o Sesshoumaru.

– Acho que já disse a vocês que o clã dele está com muitos problemas. Ele está indo lá com muita frequência.

– Que pena, você se sente muito sozinha, não é? - perguntou Sango.

– Com certeza, Sesshoumaru é minha companhia desde que eu era pequena. - Rin falou entristecida.

– Vocês formam um casal tão lindo. - falou Kagome com os olhos brilhando.

– Nossa, obrigada. - respondeu Rin um tanto envergonhada.

A tarde caía enquanto as três amigas conversavam. Depois, elas voltaram ao vilarejo e Rin foi para casa. Uma semana se passou e Sesshoumaru ainda não havia regressado. Rin estava preocupada. Tentava se distrair o máximo para que o tempo passasse mais rápido. Ela ia na casa de Kaede-sama com muita frequência, mas sempre voltava para seu lar no final de tarde e esperava o lorde. Quando percebia que ele não voltaria naquele dia, acabava dormindo, vencida pelo cansaço.

Naquela manhã Rin acordou com alguém chamando seu nome desesperadamente.

– Rin-sama! Rin-sama! Rin-sama! - Rin correu e viu que havia um garotinho parado na frente de sua porta exasperado.

– O que está acontecendo? - perguntou a exterminadora.

– Youkai, Rin-sama. Um youkai enorme na nossa vila. Por favor, vamos rápido.

– Sim. Vou pegar minhas armas. - Rin correu e foi rapidamente para a vila.

O youkai estava lá, pisoteando barracas, quebrando tudo. Então, ele pegou uma criança e a ergueu. A menininha que estava presa ao youkai chorava e gritava.

– Solte-a agora! - falou Rin com autoridade.

– Quem é você para me dar ordens? - perguntou o youkai.

– Eu sou a exterminadora Rin e eu ORDENO que você solte esta criança. Ela não tem culpa de nada.

– Ordena? - ele deu uma risada. - Por que você não salvar essa pirralha?

– Se você está pedindo... - Rin voou e com um golpe perfeito cortou a mão do youkai que estava segurando a garota. Rin colocou a menina no chão.

– Imbecil! Você cortou minha mão. - gritou o youkai.

– Bom, só assim você soltaria aquela menina.

– Você vai morrer.

– Não tenho tanta certeza disso. - falou Rin com sarcasmo.

A luta durou nem dez minutos. O youkai caiu morto e todos aclamaram Rin que se sentia extremamente cansada. Depois a mãe da garotinha que foi salva pela exterminadora se aproximou dizendo:

– Obrigada, Rin-sama, por salvar minha filha.

– Não foi nada. - falou Rin ofegante.

– Está sentindo alguma coisa?

– Você poderia me trazer água, por favor? - perguntou Rin.

– Claro. Espere um pouco. - mal a mãe da menina terminou de dizer isso, Rin caiu desmaiada. Todos ficaram preocupados com a jovem que estava pálida e inconsciente. Rin não demorou muito pra acordar, ainda se sentia fatigada e sua cabeça doía.

– Está melhor? - perguntou a mãe da garota.

– Sim, sim. Muito obrigada. - mentiu. Ela se levantou com certa dificuldade e foi embora.

À noite, a exterminadora notou que seus tornozelos estavam levemente inchados, mas concluiu que tudo isso fora do esforço que tinha feito pela manhã. Mais três dias se passaram e ela ainda se sentia cansada e estava começando a estranhar aquela sensação de cansaço o tempo todo. Já perto de anoitecer, Rin se surpreendeu com uma forte dor que aparecia “rasgar” seu abdômen e passava para o tórax. Era uma dor horrível, e ela chorava se sentindo sozinha. Quando a dor diminuiu, ela conseguiu dormir um pouco. Dormir era um ponto de fuga para aquele momento. Foi nesse instante que Sesshoumaru chegou à casa e viu que ela estava dormindo. Percebeu que tinham lágrimas em seu rosto. Acariciou seus cabelos e a jovem acordou. Ela abraçou ele com força e as lágrimas continuavam descendo sem freio. Era um choro silencioso, mas desesperado.

– Aconteceu alguma coisa? - perguntou o lorde preocupado.

O sangue sumiu de seu rosto, a garota novamente ficou pálida e desmaiou nos braços de Sesshoumaru.