O dia em que Sasuke voltou de viagem era de sol. O calor se fazia presente em Konoha e deixava todos transpirando. Num pé e noutro dentro de sua loja, Sakura também transpirava, não só de calor, mas também de nervoso. Principalmente, de ansiedade. Ela finalmente colocará um ponto final num relacionamento que nunca deveria ter existido. Quando a moça viu Sasuke passar pela porta da Full of Songs tão cheio de si, Sakura o esperou pacientemente até que ele ficasse de frente pra ela.

— Oi, meu amor. – Disse Sasuke, puxando Sakura para um abraço que não foi retribuído.

— Oi. Nós precisamos conversar, Sasuke. – Disse séria, após se afastar do noivo e Sasuke pareceu confuso.

— Por acaso, eu fiz alguma coisa errada e não sei? – Perguntou o Uchiha e Sakura balançou a cabeça em sinal negativo.

— Na verdade, eu que vou fazer uma coisa, mas não é errada. Pelo contrário, é a coisa mais certa que eu poderia fazer. – Anunciou e Sasuke continuou sem entender.

— Aonde você quer chegar?

— Melhor subirmos. Lá em casa, com privacidade, poderemos falar melhor. – Sakura puxou o Uchiha pela mão e ele a seguiu obediente.

Assim que Sasuke e Sakura estavam lado a lado no sofá da sala da casa dos Haruno, ela começou a se explicar.

— Sei que parece estranho, mas você vai ver que eu tenho razão em pedir privacidade. – Começou Sakura.

— Espero que seja por uma boa razão.

— E é. Não está perdendo seu precioso tempo. – Afirmou Sakura, ao observar Sasuke olhando para o relógio impaciente.

— Seja breve, Sakura. Eu só passei aqui pra te dar um beijo e já tinha que ir para o escritório da empresa.

— Bem, vou ser direta. Nosso noivado acaba aqui, Sasuke. – Disse já retirando o anel da mão direita e entregando ao Uchiha que não o pegou de volta.

— O que? – Franziu o cenho e Sakura suspirou.

— Você mesmo disse que não tem tempo a perder. Pegue esse anel e entenda que não há nada entre nós mais. – Insistiu colocando o anel na mão do moreno.

— O que aconteceu enquanto eu estava fora? Porque eu não consigo entender esta sua atitude.

— Sasori voltou. – Resumiu e Sasuke entendeu tudo. Então, era o ruivo maldito que havia voltado para “roubar” a sua Sakura.

— Você está louca de jogar o que temos pro ar por causa de um cara como ele. Sakura, ele veio de férias de novo? Vai te comer por vinte e nove dias e no último te jogar fora como fez da última vez. – Sasuke foi cruel e Sakura deu um tapa na cara dele.

— Não me ofenda! – Rosnou e Sasuke ficou furioso.

— QUE MERDA VOCÊ PENSA QUE É PRA ME BATER?

— Você precisa entender que não pode ofender as pessoas por capricho, Sasuke.

— EU SÓ FALEI A VERDADE! MAS QUE MERDA! ESSE CARA NÃO TE AMA!

— Ele ama e, por isso, voltou.

— E você acreditou em tudo que ele disse?

— Você sabe que eu não deixei de amar Sasori esse tempo todo.

— Sakura, você está cometendo um grave erro.

— Cuide de sua vida, Sasuke. Eu só te faria infeliz insistindo na nossa relação. Desde o princípio ela não deveria ter acontecido. Fui fraca, covarde, tive medo de assumir meus sentimentos por Sasori.

— E aí ele volta te prometendo mundos e fundos e você acredita?

— Ele disse que vamos tentar. É só isso. Vou dar uma chance ao amor.

— Você sabe que agindo desta forma estará me perdendo para sempre, não é mesmo?

— Nunca fui sua dona, Sasuke. Da mesma forma, como você não é meu.

— Eu te odeio, Sakura. – Sasuke disse após se levantar.

— Um dia vai me agradecer por ter feito isso. Impedi que você fosse infeliz.

— Você só fala besteiras, tola! – Cuspiu Sasuke e saiu da casa de Sakura.

Sasuke saiu da casa da rosada furioso. Ele passou pela loja como um foguete e na rua começou a chorar. Por mais que ele não a amasse e nem quisesse esse casamento – a não ser para satisfazer as vontades do pai – Sasuke estava com o ego ferido. Mais uma vez o ruivo maldito havia tirado a mulher que ele elegera para ser sua. Transtornado, Sasuke sabia onde encontrar Sasori e, por isso, foi até o hostel tirar satisfações. Não deixaria as coisas tão barato.

— O que está fazendo aqui, Sasuke? – Perguntou Sasori e a resposta que obteve foi um soco no rosto. Seu nariz começou a sangrar.

— Isso é pra você aprender a não se meter com a mulher dos outros. – Disparou o Uchiha, enquanto esperava o ruivo se recompor.

— PORRA! TÁ MALUCO PRA ME BATER? EU NÃO TE FIZ NADA! – gritou Sasori.

— Nada? Você vem até minha cidade, rouba a minha mulher e diz que não me fez nada? – Disse idignado.

— Sakura esperou até agora para terminar com você de uma maneira decente! Eu e ela nem nos beijamos para não comprometer a sua imagem. Ela prezou por você esse tempo todo! – Disse Sasori.

— Não me faça de otário, ruivo maldito! Eu sei muito bem suas intenções com a Sakura! – Grunhiu Sasuke.

— Eu amo a Sakura. Não me envergonho dos meus sentimentos. – Disparou Sasori, já tentando limpar o sangue do nariz.

— Pois devia. É muita audácia da sua parte sair do fim de mundo que deve ser a sua casa para afrontar um Uchiha!

— Eu não quero afrontar ninguém! Eu nem sabia que você estava com a Sakura quando cheguei aqui! Eu vim atrás do meu amor, só isso!

— Você me paga, ruivo maldito!

— Eu não vou brigar com você! – Sasori se esquivou do soco que Sasuke tentou lhe dar.

— Vamos ver até quando você escapa! – Ele tentou novamente e Sasori se defendeu.

— Eu sei me defender, Sasuke! Você só acertou o primeiro porque eu estava distraído. Já briguei muito na rua!

— Não mais que eu! – Bradou Sasuke.

Os dois continuaram lutando até que Konan chegou no hostel porque tinha ido ver como Sasori estava e quando ouviu o bate-boca sabia que Sasuke estava lá.

— Chega dessa arruaça! – Pediu Konan apartando os dois com ajuda de alguns funcionários do hostel – estão brigando feito moleques!

— Ele quer roubar a minha noiva! – Disse Sasuke.

— Eu já disse que não to roubando ninguém de ninguém! Mas que merda! – Rebateu Sasori.

— Sasuke, sai daqui! Você tá de cabeça cheia! Melhor esfriar isso aí e recuperar a razão! Se a Sakura terminou com você, basta aceitar. – Aconselhou Konan.

— Você sabia de tudo! Você é cúmplice desse ruivo! – Disparou Sasuke magoado.

— Sasuke, você sempre soube que a Sakura só ficou com você pra esquecer o Sasori e ela não conseguiu. Agora ele tá de volta. Eles vão tentar. Entende isso, poxa! Se você amasse mesmo a Sakura, ia querer que ela fosse feliz não?

— Ela tinha que ser feliz COMIGO e não com esse mané, imbecil, ruivo maldito! – Cuspiu o Uchiha.

— Tirem o Sasuke daqui! – Konan pediu e retiraram o Uchiha a força do hostel.

— Pronto, Sasori! Seu pesadelo foi embora! – Disse Konan já de volta com gelo para o machucado do ruivo.

— Obrigado, Konan. Ele é um imbecil. – Disse colocando o gelo em cima do machucado.

— Ele deve estar revoltado pela decisão da Sakura, mas uma hora passa.

— Konan, será que a discussão com a Sakura foi feia? – Perguntou preocupado.

— Deve ter sido, mas ele não bateria nela. Fique tranquilo.

— Eu quero ir vê-la.

— Melhor dar um jeito nesse seu machucado e aí você vai.

— Ok.

[...]

Após o sangramento do nariz ser estancado, Sasori lavou o rosto. Ainda ficou vermelho e um pouco inchado, mas estava bem. O Uchiha não tinha quebrado nada. Sasori quase correu até a Full of Songs. Assim que pôs os pés no local, Sakura o avistou e ficou surpresa ao encontrá-lo machucado.

— Sasori, o que fizeram com você? – Perguntou chocada ao ver o amado machucado.

— Sasuke foi até o hostel, discutimos e ele me deu um soco. – Resumiu Sasori.

— Tudo isso por minha causa. – Sakura que se culpou.

— Calma! Eu to bem! Ele foi um estúpido, mas eu to legal. Ele só queria me intimidar pra que eu me afastasse de você. Eu não vou te largar! – Sasori abraçou Sakura que beijou o novo namorado sem hesitar.

— Eu vou cuidar de você! Vem! – Sakura puxou Sasori pelo braço e o levou até sua casa. Ela obrigou que ele se deitasse em sua cama e colocou mais gelo no machucado.

— Não era necessário, Sakura. – Disse Sasori.

— Seu olho ta inchado! Precisa sim! – Insistiu a rosada e o ruivo sorriu.

— Obrigado por cuidar de mim.

— É o mínimo que podia fazer uma vez que você se encontra nesse estado por minha causa.

— Sakura, por você eu levava quantas surras fossem necessárias! Ele pode até tentar me matar que eu não ligo. – Jurou Sasori.

— Você é um louco de dizer essas coisas! Tem que poupar sua vida! Não precisa se arriscar por mim! Eu te amo e vou ficar do seu lado. – Disse Sakura e beijou Sasori.

Enquanto os dois se beijavam, Sasori colocou as mãos por debaixo da blusa da amada e acariciou. Enquanto aprofundavam o beijo, Sasori arrancou o sutiã de Sakura e começou a massagear os seios da amada, que logo começou a gemer. Não demorou muito e ele arrancou a blusa dela também. Em seguida, Sasori deitou por cima de Sakura e começou a chupar seus seios. Por um momento, Sakura procurou por uma camisinha na cômoda ao lado de sua cama. Não demorou muito e ambos estavam nus e entregues ao prazer.

Há tempo sem sentirem um ao outro tão próximos, o casal transou sem pensar num amanhã. Sakura ansisava sentir Sasori dentro dela. Enquanto tudo que Sasori queria era ouvir Sakura gemendo seu nome e pedindo para que fosse mais fundo e mais rápido. Pedidos, que ele não negaria de jeito algum. Precisava tanto dela, quanto ela precisava dele. Após alçarem o ápice, os dois se abraçaram e sorriram.

— Eu senti tanto a sua falta. – Comentou Sakura e em seguida beijou o peitoral definido do amado.

— Eu também, Sakura. A partir de agora, vamos ficar juntos. Nada nem ninguém vai nos separar. – Prometeu Sasori.

— Eu confio em você.

— Obrigado pelo voto de confiança e por me deixar ser seu amor.