A Crazy Anime History

Capítulo 8 - Caçadores X Garotas de outro mundo 2


Yui:

Não que eu já não conhecesse os dois examinadores, mas era bem diferente vê-los ao - vivo. Quero dizer o Buhara era MUITO maior do que eu pensava. Ele era ENORME!(Nem me senti uma formiga nessa hora.) e tinha uma tremenda cara de faminto. E perdi algum tempo pesando se ele e o gula não eram parentes. Mas pior do que descobrir que existem pessoas milhares de vezes maior que você é descobrir que existem mulheres que são milhares de vezes mais bonitas que você. Isso acaba com qualquer uma. Menchi era uma Hunter Gourmet, porém poderia ser modelo da ”Victoria Secret” sem problema algum... Droga. Ela usava uma bota de salto preta, com laços (não que eu goste de laços) um micro short jeans, top por baixo de uma blusa transparente o que fez os mais de 50 homens ali presentes babarem até ficarem desidratados.

Como se não bastasse essa maravilhosa situação ainda teríamos que agüentar o temperamento ”super gentil” da Hunter...

–Não esperava ver tanta gente. – comentou a examinadora. –Mais isso não interessa porque quando esse exame acabar teremos muito menos da metade presente... Bem odeio cortar o barato de vocês senhores, mas para seguir em frente... Vocês terão que cozinhar...

Houve muitos cochichos de incredulidade.

–É isso mesmo senhores...-continuou Menchi depois que as vozes se acalmaram um pouco.- E isso não é tudo...Vocês terão que satisfazer a ele...

Ela apontou para o segundo examinador sentado atrás do sofá no qual ela se encontrava sentada.

–Para a primeira parte... - começou o gigantesco homem. - eu quero que vocês cozinhem... Um porco selvagem encontrado nessa floresta. Ele deve ser cozido em fogo baixo junto com ervas também encontradas na floresta.

–Não tenho boas lembranças daquele porco. – falou minha prima se encolhendo ao meu lado. Mentirosa.

–Ah você é muito fácil!-exclamou Menchi repreendendo o companheiro. – Mas tudo bem eles ainda tem que passar por mim... Todos a seus postos? A segunda fase do exame Hunter começa... AGORA!COMESSEM!

Ela bateu no gongo e de repente o campo ficou vazio... A não ser... Por nós.

–O que? Cadê todo mundo?-perguntei a minha prima.

–Foram todos atrás do porco!

–E o que agente faz?

–Corremos atrás do porco!

–Mas e o seu pé?- perguntei preocupada.

–NÃO SE IMPORTE COM MEU PÉ!COMECE A CORRER!-gritou ela. -E não se esqueça ele possui o ponto fraco atrás do focinho!

Eu assenti e nós saímos em busca do porco que outrora quase nos matou. Entramos na floresta com cautela. Pelos menos eu, não queria dar de cara com aquele porco de novo tão cedo. Não que eu estivesse com medo (ok, talvez só um pouquinho), mas sim porque tinha receio de sermos atacadas e que Karin não pudesse correr rápido o suficiente. E eu como uma boa prima-irmã jamais a deixaria para trás o que resultaria na morte imediata das duas... Isso não é nada saudável.

Mas o que poderíamos fazer? Para passar na prova teríamos que confronta-lo. O problema era saber como! Não tínhamos nenhuma noção de luta, ou defesa pessoal! E nem pensem na alquimia que eu fiz agora pouco, pois aquilo provavelmente foi um golpe de sorte, um resquício do outro mundo pelo qual passamos. Ok, ai vocês vão pensar “vocês ainda podem gritar SOCORRO e esperar que o kora, Gon, Killua e Leorio as salvem”, mas isso está TOTALMENTE FORA DE COGITAÇÃO! Eu me recuso a ser salva novamente! Eu quero ação e aventura! E claro... Matar aquela maldita vaca por eu ter que correr tanto!

Falando em correr... Nós estávamos correndo... De novo!

–Eu não aguento mais correr!- comentei parando para descansar.

–Não precisa mais. Olha! – falou minha prima apontando para um casal de porcos que descansava tranquilamente na clareira. – Lembre-se o ponto fraco é atrás do focinho.

–Isso eu já sei. O problema é chegar atrás do focinho!

–Cada uma pega um pedaço de madeira e... ATACA!-ela gritou... Atraindo a atenção dos porcos.

Eles nós olharam e começaram a arrastar as patas no chão como se fossem touros em uma tourada.

–Eu odeio dizer isso, mas... CORRE! -gritei loucamente jogando as mãos para o ar.

Nós estávamos indo muito bem no plano corra até que o porco desista de você, mas de repente... A vida é uma caixinha de surpresas... Não, não tem nada a ver com o Joseph Climber. O que eu mais temia aconteceu...

–AIIII!- eu ouvi minha prima gritar antes de cair de dor.

–Karin! Você está bem?

–Me ajuda!

Bem que eu poderia dizer suba nas minhas costas eu te carrego, porém devo informá-los de que minha prima é duas vezes mais alta que eu o que significa sem chances nem de tirá-la do chão. Eu sabia que aquilo ia acontecer como diria o Kora “isso era provável de acontecer”, mas ao invés de desistir de tudo para o bem da minha prima eu fui egoísta e quis continuar aquela prova idiota. A culpa era minha se íamos morrer pisoteadas (o que era a pior morte para quem tem síndrome de baixeza aguda). Porém se fosse para morremos ali eu morreria lutando por nossas vidas. Como na ultima vez em que nos encontrávamos na mesma situação eu me pus entre Karin e os javalis que corriam como loucos em nossa direção.

–YUI O QUE VOCÊ VAI FAZER?SAIA DAÍ SALVE-SE!-gritou minha prima mais eu não me movi. -YUUUUUIIIII!

Eu me mantive firme em minha posição. Sem medo. Sem desespero. Sem nervosismo. Eu estava tão inerte em meus próprios pensamentos que não pude ouvir os apelos de minha prima para que eu saísse do caminho. Tudo que eu podia sentir ou ouvir eram os passos pesados dos javalis vindo em nossa direção. O chão tremia tanto que eu era capaz de jurar que estava tremendo junto com ele, mas não era o meu corpo... Era o meu punho. Eu sentia uma força inimaginável concentrada ali. As veias da minha mão saltavam, minhas unhas cresceram como se fossem as unhas retrateis de um felino pronto para atacar. E de repente eu entendi por instinto o que eu deveria fazer... Nascia dentro de mim um instinto que eu jamais pensei que existisse... Meu instinto assassino.

–PODE VIR SEU JAVALI DE MERDA!-gritei e ataquei.

Não me perguntem como ou porque, pois jamais saberei responder tais perguntas. Do momento do ataque só me lembro de ter começado a correr para cima do porco, dos borrões que a minha visão se tornou e de ter aterrissado as costa do javali que corria na frente. O segundo javali parou no momento em que viu seu companheiro despencar atrás de mim. Eu o olhei nos olhos e fui capaz de sentir seu medo. Aquilo estranhamente me deixou feliz como se eu tivesse prazer de ver o terror se espalhar pelo seu corpo pouco a pouco assim como não me surpreendi ao sentir minha boca se contorcer em um sorriso que eu escalaria como maliciosamente mau. Talvez até maquiavélico. O bom disso tudo? O segundo porco ficou tão assustado que saiu correndo na direção oposta a que eu estava.

–Quando eu sou boa eu sou boa, mas quando eu sou malvada... Eu sou melhor ainda. -sussurrei para mim mesma satisfeita com o meu ataque.

Terminado o momento Hannibal eu dei a volta no enorme porco e me deparei com uma Karin branca como cera. O javali havia caído aos seus pés... O sangue escorria em sua direção.

–Como você fez isso?-ela perguntou admirada... ok, talvez assustada. E com seu ataque respiratório habitual. – Isso foi... Isso foi... Tão Killua!

–O QUE?O QUE VOCÊ QUIS DIZER COM TÃO KILLUA?

–Você fez igual ao Killua!O instinto assassino, as unhas... A mecha branca!-falou ela apontando para mim.

–Mecha? Que mecha? – perguntei desentendida.

– O... O seu cabelo...

– O que? Eu sei que ele é horrível, mas não é motivo para você ficar com essa cara! Como se tivesse visto um fantasma!

– Você se importa em se olhar num espelho de sangue?-perguntou Karin apontando para o liquido vermelho espalhado aos seus pés.

–Não.

Aproximei-me da poça que o sangue formava e me olhei... E não acreditava no que via. O meu cabelo tinha uma mecha branca! UMA MECHA BRANCA!

– AHHHHHHHHHH!EU TO FICANDO IDOSA!

– Não sua tonta você não está vendo que você absorveu os poderes do Killua?!

–O que? Mas como? Eu não acredito que ter agarrado ele apenas duas vezes tenha produzido esse efeito! Mas se aconteceu comigo... O que será que vai acontecer com você? – dito isso comecei a rir.

–Do que você está rindo?

–Você vai ficar com conjuntivite congênita!

–NÃO FALA ASSIM DELE!A COR DOS OLHOS DELE FOI CONSIDERADA UMA DAS SETE CORES MAIS BELAS DO MUNDO!POR ISSO QUE FORAM EXTINTOS. -Vociferou minha prima.

–Você sabe que eu prefiro verde água... – falei voltando a rir.

Olha vocês podem até não acreditar mais quando se trata do Kurapika...Minha prima sai totalmente do serio. E daquela vez não foi diferente. Ela ficou com tanta raiva que eu achei que ela ia me matar. (Engraçado a assassina profissional, teoricamente, era eu e ela que ia me matar.) Enfurecida com os meus deboches com relação aos “lindos olhos escarlate de Kurapika” ela bateu no chão como um juiz que dá a ultima sentença. Nesse momento eu senti o chão tremer e rachar em torno do local onde ela havia socado o chão. Achei melhor parar com as brincadeiras....

–Você realmente está de TPM... – sussurrei.

–Eu... Acho que absorvi os poderes do Gon...

–Espero que tenha sido só os poderes mesmo... - comentei me lembrando de que em alguns momentos da história o Gon... É REALMENTE BURRO!E se junta ele com a minha prima... Não quero nem pensar no que vai dar.

E com um sorrisinho malicioso ela disse felizinha:

–Agora era minha vez...

Bem... Devo informar que não demorou para que ela pegasse sua presa. Assim como nosso ingênuo amigo Gon, minha prima passou a ter um olfato digno de um cachorro contribuindo para uma mais rápida localização do porco. Quanto a abater o animal... Eu não diria que ela foi tão sutil como o meu golpe assassino, ou estrategista como os nosso companheiro dos olhos escarlate... Ela foi mesmo na estupidez como nosso bom e velho Hisoka.(NÃO, ela não usou cartas.)Pegou um tronco de árvore mediano, subiu em outra, e depois que a isca (eu) passou correndo ela desceu o pau no javali, literalmente.

–Para esse javali seria suficiente apenas meu dedo indicador... -falou ela apoiando o imenso tronco no ombro.

– Valeu UGA, UGA... - brinquei. - Agora vamos arranjar fogo e ervas para assar esses porquinhos!

Então nós saímos em busca dos ingredientes finais que não foram difíceis de achar. As ervas foram identificadas com facilidade por Karin que já as tinha visto no manga milhões de vezes. Quanto ao fogo não houve problema. Não era nada que duas pedrinhas e um pouco de capim não resolvessem. Além disso, também conseguimos mel, pimenta, hortelã, e frutas tropicais para deixar nossa receita mais suculenta. Enfeitamos o prato com folhas de bananeira para dar uma melhor aparência e por causa disso fomos as duas ultimas a apresentar o prato... Mas valeu a pena.

–OHHHH!!!!-falou o examinador ao ver nossos pratos.

Karin foi a primeira a mostrar seus dotes culinários.

–Meu porco foi assado em fogo brando assim como o senhor disse... - começou ela. – As ervas recheiam o porco e, além disso, eu tomei a liberdade de adicionar a receita um pouco de pimenta e hortelã para dar um sabor exótico. Espero que goste!

Ela deu o prato a Buhara e este simplesmente colocou tudo para dentro DE UMA VEZ!!!!

–Hum... A hortelã deu um toque suave à carne que contrastou com a ardência da pimenta silvestre deixando-a menos agressiva ao paladar. Muito bom!

–Essa garota é pior que o Gon! - eu ouvi o comentário de Leorio que tentou falar baixo... Ou talvez eram meus ouvidos que estavam aguçados demais. – Como ela conseguiu caçar um porco com o pé torcido?

–Eu sabia que tinha mais coisa por debaixo de toda aquela inocência... – falou o Kora seu tom de voz era bem serio.

–Ahá então você noto a inocência da garota! – continuou o medico todo animadinho.

–Comentários como o seu são para serem ignorados...

Pelo menos dessa vez eu concordei com o “dos olhos escarlate”. Bem mais a próxima era eu então eu me aproximei exibindo meu prato.

–Segui suas instruções em relação ao fogo e as ervas, porém decidi fazer algo diferente colocando no meio do recheio frutas tropicais picadas e aproveitei o sangue do animal e o mel que encontrei para fazer um molho que deixasse a carne mais macia. BON APETITE!!!

Então assim como ele fez com o prato de minha prima ele engoliu o meu de uma vez. Quando eu o vi comer pela primeira vez pensei que engolindo daquele jeito ele não sentiria o gosto da comida, mas como todo o Hunter muito habilidoso Buhara me impressionou ao fazer comentários detalhados sobre os sabores que sentiu. E sobre o meu prato ele disse o seguinte:

–Hum...O molho que provavelmente foi posto no fogo com o porco deixando a carne crocante. As frutas deram um leve agridoce ao sabor das ervas. Hum...O que mais...E o mel...Você tocou no meu ponto fraco devo admitir, adoro mel...Este ingrediente misturado ao sangue o deixou um tanto quanto salgado e menos enjoativos do que seria se comido puro. Excelente!

–Gon da onde saíram essas garotas? – eu ouvi o Leorio perguntar.

–Hum... Eu e o Kurapika as achamos na floresta por quê?

–Me leva lá!...Preciso ir lá! Preciso ir lá! – Falava o medico.

–Se você for lá você irá perder a segunda fase do exame então fique quieto ai! – Falou o Kora com a mesma voz seria. Eu podia senti-lo fuzilando minhas costas com os olhos.

– Você está dizendo isso porque você perdeu sua chance a Karin te deu maior mole e você não fez nada! – retrucou Leorio. – Agora é a minha vez! MENINAS VOCÊS NÃO PRECISAM DE UM MEDICO?AIII!QUAL É PESSOAL.

Era obvio que como era de praxe o medico havia tomado uns cascudos. Eu não precisava estar vendo a cena para saber.

– Parece que pelo menos um deles já é nosso. – comentei rindo. – Além do Buhara.

–Não se esqueça do Gon ele já é nosso amigo!

–Só não posso falar o mesmo do kora... Parece que... Ele suspeita de nós...

–Hum...- minha prima lamentou .-Porque ele tem que ser tão serio?

Eu dei de ombros o que eu poderia falar? Bem naquele momento pelo menos nada, pois a segunda parte da segunda fase iria começar. Então Menchi bateu no gongo:

– Encerrada a primeira parte. Total de candidatos: 62... Nossa Buhara você é muito molenga não eliminou ninguém!!!-reclamou a examinadora.

– Mas ao menos achamos duas meninas muito promissoras... -respondeu o Hunter colocando um sorrisinho, direcionado a nós, naquele rosto gordinho.

–Duvido que essas duas se dêem bem no meu teste! HAHAHAHA!! – riu ela maquiavelicamente. – Muito bem pessoal entrando no galpão!

Entrando no local havia panelas de arroz aquecidas e varias facas em cima de enormes balcões.

–Bom aqui vocês terão que cozinhar uma receita de uma pequena ilha. – disse a examinadora com ar de quem ia acaba com todo mundo... Seria mais fácil visualizar se vocês pensassem no professor de matemática de vocês ao aplicar um prova de números complexos ou calculo. – Vocês terão que fazer... SUSHI!!!!!

Ouviram-se muitas vozes se perguntando “sushi?”. Eu e Karin sorrimos uma para a outra fazer sushi era fácil para nós já que somos fanáticas por comida japonesa, porém parecia que todo o resto do galpão nunca tinha se quer ouvido falar de sushi!

–Parece que elas conhecem a receita. – comentou Buhara baixinho, porém nada escapava dos meus ouvidos desde que aquela mecha branca tinha aparecido no meu cabelo.

– É você tem razão... Mas parece que o careca também sabe. O problema... – falou Mechi irritadiça. – É que ele não sabe ser discreto!!!!!

O careca em questão era Hanzo, um ninja espalhafatoso e falador que assim que ouviu o prato a ser feito começou a rir incessantemente deixando explicito aos outros candidatos que ele sabia a receita.

– Yui... -sussurrou a minha prima. - precisamos de peixe! Aqui só tem arroz!

–Tem um riacho aqui perto!

–Mais temos que sair de fininho ou todos vão saber que sabemos a receita!

–Não tem problema eu corro em 2.5 segundos...

Enquanto conversamos Mechi decidi dar uma dica aos perdidos:

– Uma dica... O sushi é prensado!

Novamente houve muito burburinho e todos continuavam sem saber o que fazer, mas... Em provas difíceis tem sempre algum idiota que te da cola da prova inteira...

– É verdade... - sussurrava Hanzo para si mesmo. – O sushi é prensado, porém é preciso de peixe...

–TEM PEIXE!!!!!- Alguém gritou bem alto. É parece que eu não era a única a escutar os pensamentos em voz alta do ninja.

Em pouco tempo todos os candidatos estavam pescando.

–O que você estava dizendo?...2.5 segundos? – falou minha prima olhando para minha cara de incrédula.

– AQUELE IDIOTA COMO ELE DEIXA A INFORMAÇÃO VAZAR ASSIM! – Gritamos eu e a examinadora simultaneamente.

Bem agora não adiantava chorar sobre o leite derramado. Eu e Karin corremos para pegar o nosso peixe! Para mim foi relativamente fácil eles pareciam tão lentos. Minha prima não teve a mesma sorte afinal ela não tinha uma vara como a do Gon e nem...Sem querer ofender a habilidade para agarrar um peixe.

–Prima!-ela me gritou. -Eu não consigo pegar!!!

Eu ri e parei ao seu lado.

–É fácil é só você não se mover, esperar que eles cheguem um pouco mais perto e. AGARRA! – falei pegando o animal. – prontinho vamos nessa! Podemos praticar mais depois.

–TAH!

Enquanto entravamos no galpão discutindo o formato fofinho que daríamos aos nossos sushis, muitos candidatos apresentaram seus pratos, porem com o formato errado sendo assim obrigados pela Hunter a tentar novamente. Foi então que, o ninja, Hanzo decidiu mostrar o seu prato. Todos prestaram atenção para ver se era possível “colar” mais um pouco.

– Olha! Finalmente algo que pareça com sushi!-exclamou a examinadora ao ver o prato. Tomando o sushi nas mãos ela o comeu. - QUE HORRÍVEL!O sushi não foi prensado corretamente!

–Mas isso é impossível eu tenho certeza que fiz corretamente. -retrucou Hanzo desacreditado. – Eu prensei o peixe com o arroz e o envolvi com alga! E tenho certeza de não ter me esquecido das ervas!

O que eu disse? Estava todo mundo só esperando pela cola! Ele é um insulto ao bom ninja... Espero que ele não tenha sido treinado na aldeia da folha...

– SEU IDIOTA!AGORA TODOS SABEM COMO FAZER O SUSHI!-gritou Menchi furiosa. -SAIA DA MINHA FRENTE!

Eu e Karin nos entre olhamos e rimos nós sabíamos o que iria acontecer. Nenhum dos candidatos conseguiria agradar o paladar da examinadora. Naquele teste não importava a inteligência de Kurapika que já tinha sido rejeitado no teste e comparado ao Leorio. Nem a olfato de Gon ou a velocidade de Killua. O que ela estava julgando era sua capacidade de fazer uma comida decente com o que esta a sua volta e pelo menos nisso eu e minha prima éramos safas.

Finalmente nos terminamos os nossos sushis e fomos mostrar a hunter. Assim que nos aproximamos a boca dela se entortou em um sorriso malicioso.

– Ora, ora, ora se não são as queridinhas do Buhara.-disse ela estendendo a mão para pegar os pratos. Assim que ela viu nossos sushis seus olhos brilharam.-AHHHH!!!OLHA SÓ TEM FORMATO DE GATINHO E O OUTRO DE UM URSINHO!QUE GRACINHA!!!

Geral olho para cara dela então a examinadora se controlou:

–Quero dizer vocês tem muita criatividade... Mas formato não significa que tenha sabor!

Então ela comeu primeiro o meu e depois o do minha prima. Apertei forte a mão de Karin, estávamos completamente tensas. Ela mastigou, mastigo e depois que engoliu de seus olhos saíram lágrimas.

–FINALMENTE UM SUSHI!ALELUIA!-Ela gritou. – Que sabor que textura!

–Eu disse que elas tinham potencial. - falou Buhara sorrindo.

Discretamente eu e Karin nos cumprimentamos. Discretamente porque existiam 150 olhos invejosos a nossas costas e isso incluía os de cor exótica.

– Eu disse pra gente grudar nelas! – falou o Leorio.

– Tenho que admitir elas são muito boas...- Falou o “dos olhos escarlate”.

– Ahá então você admite que estava errado!!!

–Eu não disse que eu estava errado... Só que concordava com seu ponto de vista.

– Ora! Não comece com seus jogos de palavras!

–Nossa ela são boas mesmo! – comentou o Killua. A voz dele parecia seria como se pensasse “que bom que existem candidatos a minha altura”.

– Não é para menos uma delas sabe até transformar papel em pão!-falou o Gon admirado com nossa habilidade culinária.

Muitos ainda tentaram satisfazer o paladar apurado de Menchi e outros tentaram extorquir de nós a formula para um sushi perfeito, porém por mais que eu quisesse dar a formula a nossos amigos eu não tive tal chance, pois ao ver que os candidatos tentavam tirar informações de nós Menchi nós convidou a sentar no seu sofá e fazer-lhe companhia. Muitas rejeições se passaram até que alguém perdesse a paciência e contestasse o julgamento de Menchi de reprovar todos os 150 candidatos. Depois de MUITA discussão a examinadora decidiu ligar para o presidente dos Hunters e este veio pessoalmente resolver o problema.

Passado algum tempo, um enorme dirigível pousou no lado de fora do galpão. Todos observavam curiosos para ver quem seria o presidente dos Hunters. E enquanto aqueles 150 candidatos esperavam alguém grande e forte eu e Karin sabíamos exatamente que o tão ilustre presidente era apenas um doce e bem humorado velhinho de pouca altura e barba branca. Porém não se enganem meus caros leitores. Este senhor é um grande Hunter e apesar de seu corpo parecer debilitado na verdade dava um banho em muito jovenzinho por ai.

Quando ele desceu do dirigível muitos duvidaram que ele fosse o presidente, mas assim que ele começou a conversar com Menchi e repreende-la por sua inflexibilidade todos pareceram se convencer de sua identidade. O simpático velhinho propôs a examinadora que fosse feito um novo exame. Depois de muito relutar Menchi aceitou e todos os candidatos foram convidados a embarcar no dirigível. Feito isso nós finalmente podíamos parar e conversar, pelo menos até que chegássemos ao local do novo exame. Assim que entramos no veiculo tratamos de procurar os meninos. Não foi muito difícil achá-los. Para nossa sorte eles estavam sentados juntos olhando pela janela. Gon e Killua apontavam para as pessoas lá em baixo e faziam comentários enquanto Leorio e Kurapika... Bem vocês sabem... Continuavam discutindo. Foi quando nós chegamos:

– E aí meninos? – cumprimentei.

– Fala ae minha cozinheira!!!- exclamou o Leorio todo animadinho em nos ver.

– Aquilo foi incrível! – falou Gon admirado. – Em toda a minha vida eu só aprendi a cozinhar ovo!!!

– Ainda acha que devo desistir senhor Kurapika? – perguntou minha prima com um sorriso maroto. (Ela fez isso tão diretamente que eu cheguei a duvidar que fosse minha prima que estivesse falando... fiquei TÃO orgulhosa!).

– Sai dessa espertinho. -Alfinetou Leorio.

–O que? Você ia desistir Karin? – perguntou o Gon com sua carinha de criança ingênua.

– Não, foi apenas um pensamento alto.

–A sim porque você não deve desistir eu tenho certeza que nos veremos nas finais!

– SIM!- disse Karin animada.

Bem apesar das alfinetadas pareceu que o Kora estava de bom humor demais para que algumas palavras tirassem o doce sorriso de seu rosto. Ele parecia... Feliz? Que raro.

– Ahá! Você está sorrindo! Pensei que nunca ia fazer isso de novo estava tão serio no exame! – comentou minha prima. – Você deveria sorrir mais... Seu sorriso é tão bonito.

Nem preciso dizer que ele virou um tomate de tão vermelho.

–Nossa eu senti cheiro de cantada no ar! – disse o Leorio rindo.

Foi a vez da Karin virar o tomatinho. Discretamente ela se escondeu atrás de mim. Se é que isso era possível!

–Mas ela não deu uma cantada ela só falou o que ela achava!- falou Gon.

–Você é tão ingênuo!- falamos eu e Killua ao mesmo tempo.

– Deixa eu te explicar umas coisinhas!- disse o menino de cabelo branco puxando o amigo para frente do dirigível onde havia uma grande janela de vidro.

Era isso! Era essa a chance que eu tanto esperava! Era hora de deixar os pombinhos a sós!!!

– Ei Leorio, você não quer aprender a cozinhar não? Eu faço ovos com salsicha deliciosos... - falei com uma piscadela.

– Hum... Na verdade eu queria aprender a fazer aquele sushi me parece um prato muito bom!

–Tudo bem, eu sou sua mestre cuca particular por hoje, vamos nessa. – disse puxando-o pela gravata. – Tchauzinho prima... Kora cuide bem da karin!

– Sua prima me chamou de “Kora”? – perguntou ele desacreditado.

– Não foi só sua imaginação... - ela tentou disfarçar.

– Tem certeza que foi minha imaginação?

– E se eu disser que sim o que você vai fazer?

–Agora você me pegou...

Eu não precisava ver a cena para saber que o Kora estava sorrindo e nem ouvir os risos para saber o quanto minha prima estava feliz de estar a sós com o “dos olhos escarlate”. Eu sei que eu deveria, como boa prima, ficar olhando só para saber se ele não ia se aproveitar dela,(falando em se aproveitar eu teria que tomar muito cuidado com meu “amigo” Leorio) mas estranhamente eu estava mais preocupada com a minha prima se aproveitando do kurapika do que ao contrario...Mas isso...Já é outra história.