Cap 28 - Estado de Emergência

Asuna e Kamo chegaram correndo na sala da direção. Um diretor de expressão sombria os aguardava.

– Estamos aqui, diretor. - Asuna se apresentara.

Kamo correu até Negi, pulara do sofá da sala, até seus ombros. Fizera silêncio.

– Antes de chegar aqui, Setsuna me ligou, e me informou de algo muito importante. - fez-se um minuto de silêncio, observando se todos o assistiam atentamente - Konoka está em grande perigo.

Asuna pulara em um sobressalto. De modo meio agressivo, ela questionou.

– E agora que você nos avisa? - deixara escapar. Forçara uma respiração profunda, no intuito de retornar à entonação normal. - O que podemos fazer?

– Sabe, Asuna, há muitos anos eu escolhi bruxos e guerreiros para protegerem a minha filha. E, hoje, olhando para vocês dois, e para Setsuna, por tudo que ela fez, eu percebo que escolhi muito bem.

Observando Setsuna, ele continuou.

– A lealdade que você demonstra a Konoka é tão precioso quanto o amor que Setsuna sempre demonstrou.

Apontando para o pequeno mago, ele continuou.

– Já o seu coração, Negi, é o que lhe faz ser mais poderoso. - disse, arrancando risinhos abafados de Asuna, que fazia pouco da idéia de ter um bom "coração" na hora da luta.

O diretor continuou.

– E você Kamo, tem essa coragem que sempre admirei.

Virando-se novamente de frente para todos os três, ele finalizou.

– E eu Sei que todos vocês fariam qualquer coisa para proteger minha filha, e que nunca me trairiam.

– De jeito nenhum, senhor. - Concordara, Negi, sem conseguir disfarçar a emoção.

– E agora chegou o momento em que Konoka mais precisará de todos nós. E eu não sei se continuarei vivo para protegê-la depois disso.

Todos ficaram mudos, em choques com o que acabaram de ouvir.

– Setsuna me disse o nome da pessoa que está envolvida com a perseguição contra Konoka, e o culpado pelo atentado à Setsuna.

Asuna ficou vermelha, de raiva. Só de lembrar do que acontecera, ela sentia vontade de socar alguém até a morte.

– E é um grande amigo meu. - disse, provocando uma comoção geral na sala. Todos o observavam assustados e confusos - Ex-amigo, obviamente. Portanto, todos nós estaremos em desvantagem dessa vez. Ele saberá todos os nossos pontos fracos, especialmente o meu. Então eu preciso que vocês me prometam, que se algo acontecer comigo, vocês vão continuar protegendo-a contra toda a maldade e a ambição do mundo.

Todos se entreolharam. Pareciam aterrorizados com a idéia do Diretor sofrer algum atentado e não resistir. Diante de todo o susto, eles demoraram para responder.

– Claro, Senhor. - Confirmaram Kamo e Negi, em uníssono.

– Eu nunca deixarei a Konoka-chan sozinha, diretor. - Concordara Asuna, acrescentando - Eu e a Setsuna-chan.

O diretor a olhou, com um brilho especial nos olhos.

– Setsuna melhorou? - perguntou, entendendo o que Asuna quisera dizer.

– Ela acordou, senhor. - respondeu Kamo, rapidamente.

– Mas? - perguntou o Diretor vendo o rosto de Asuna levemente sério.

– Perdeu a memória.

O Diretor novamente se preocupara. Agora teria duas pessoas para proteger. Duas pessoas juradas de morte pelo mesmo homem - sua neta e Setsuna.

– A partir de agora eu vou declarar à escola Estado de Emergência, e ninguém mais entra ou sai sem minha autorização. Desse momento em diante, não haverá mais aulas de extensão ou visitas externas. E Negi, suas aulas serão transferidas para um outro professor, porque precisarei de vocês três 24h por dia atentos ao mais singelo barulho ou movimento estranho.

Todos acenaram as cabeças em sinal de concordância. Mas Asuna ainda não estava satisfeita.

– Senhor. Ainda tem uma coisa que precisamos saber.

– O que?

– A partir de agora, tudo sobre isso é válido, então é importante que não haja mais segredos entre nós. E... caso alguma coisa aconteça ao senhor, nós precisaremos conhecer todos os dados, dessa situação, para poder proteger Konoka-chan.

O diretor concordou, em silêncio. E então, contara tudo que sabia. Desde o princípio, até a conversa com Setsuna.