1989

You Give Nome a Bad Name


BAEKHYUN

Era a primeira vez que eu estava na entrada da escola com o fone tocando uma daquelas ballads de merda que estava fazendo sucesso no momento, e o motivo era apenas um: Park Chanyeol.

Desde ontem à tarde quando achei a fita jogada na biblioteca da escola, minha mente não conseguia encontrar uma forma de entender o que poderia estar acontecendo na vida do meu melhor amigo. E o mais importante: porque ele havia me deixado de lado dessa história? Será que pensava tão pouco de mim, achando que eu iria julgá-lo por gostar de caras?

Isso tudo só me deixou com mais raiva da situação. Chanyeol, de todas as pessoas que existiam na minha vida, era a única a qual eu sempre confiava. Eu contei meus piores segredos para ele enquanto crescíamos, e eu continuava a querer me aproximar dele novamente. Mesmo que já fazia um tempo desde quando o grandão idiota havia me trocado para passar mais tempo com o fabuloso e popular Oh Sehun. Bem, agora eu sabia exatamente o porquê!

Quando estacionei a bicicleta no mesmo lugar de sempre, ainda estava pensando sobre isso. Quer dizer, nem ao menos estacionávamos nossas bicicletas no mesmo lugar mais. Era como se ele tivesse se esquecido completamente da minha existência e vivesse apenas em prol do idiota do Sehun. Eu o odiava por isso. Eu o odiava por ter me feito de um amigo-muleta, por ter se aproveitado de mim quando não tinha ninguém melhor para conversar. Até porque, eu já me sentia descartável na maior parte do tempo. Então eu não precisava de mais uma pessoa para me lembrar que eu estava certo em me sentir assim.

Pensei em muitas coisas quando achei aquela fita ontem. Pensei em me vingar. Pensei em espalhar para todo mundo que Park Chanyeol não passava de um bichinha, que havia sido rejeitado pelo cara mais popular da escola. Eu pensei muito em causar o caos na vida dele, porque eu queria que ele voltasse a ser igual a mim novamente.

Um perdedor.

Mas não consegui levar nenhum desses planos pra frente. Porque a verdade era completamente diferente dessa. A verdade era: eu não tinha raiva de Chanyeol por ser gay. Eu tinha raiva dele por ter me deixado. Eu não tinha raiva dele não ter me falado sobre Sehun – na verdade, eu até entendia. Eu tinha raiva de não conseguir fazer com que nada desse certo entre a gente de novo. Eu tinha raiva por me sentir como a pedra solitária, se afogando por persistir em ficar parado o meio da correnteza.

Foi por isso que eu havia decidido mudar.

Eu não queria mais ser uma pessoa dependente. Eu não queria que as pessoas só gostassem de mim enquanto eu ainda tinha alguma utilidade para elas. Eu não queria ser um amigo-muleta, ou um perdedor como o meu pai. Eu queria ser o infinito. Eu queria significar alguma coisa no mundo.

Então quando eu estava a caminho da escola, passando pelo pátio principal que dava para a entrada do portão, procurei por uma lata de lixo. Tirei a fita do walkman, e rodei ela na mão três vezes e estiquei o punho até a lata.

Até que fiz uma pausa.

Não valia a pena eu simplesmente jogar ela por aí. Ela não era minha e eu não tinha esse direito. Por mais que Oh Sehun parecia não ter pensado duas vezes antes de descarta-la em qualquer mesa da biblioteca... eu não era esse cara. Eu me importava com os sentimentos dos outros, não era como ele. Nunca faria com Chanyeol o que ele fez comigo, por mais magoado que eu estivesse.

Por isso, apenas voltei com a fita no meu bolso, deixando a lixeira para trás. Caminhei até chegar ao portão da escola, entrando no lugar de uma vez. Dessa vez determinado a procurar pelo meu melhor amigo. Mesmo que fosse doer, eu precisaria tirar aquela história a limpo. Eu precisaria ouvir dele o que ele ainda pensava de mim. Eu queria que ele me desse as devidas explicações do porque tudo acabou acontecendo do jeito que aconteceu.

Meus pés tocavam o corredor com uma certa velocidade. Era ruim o suficiente não ser visto, mas era igualmente ruim ser notado demais. Eu gostava de ser notado na medida certa. Queria que as pessoas me admirassem como um astro, como alguém com quem eles poderiam admirar por ser incrível. Eu queria me sentir incrível. Desesperadamente.

Parei perto do meu armário e o abri, socando a mochila lá dentro, e olhando para o material que parecia estar mofando ali. Tinha mais cadernos de letras que desperdicei do que alguma coisa que eu pudesse utilizar para retomar as aulas. Eu claramente não era o tipo de aluno que me importava tanto assim com o futuro, como todos os outros eram. Eu gostava de fazer o meu próprio caminho, mesmo tendo em mente que tudo poderia fracassar. Se eu fracassasse em seguir o que eu quero, pelo menos não me arrependeria de tentar.

Era assim que eu pensava.

Quando dei meia volta novamente, pensando se valeria a pena entrar ou não na sala, eu o vi, perto da lixeira como costumava ficar. Chanyeol estava olhando para os próprios pés enquanto Sehun parecia contar alguma coisa muito animada pra ele. Estavam lado a lado, como dois bons amigos que eram. Ou talvez não fossem tão amigos assim, já que o meu melhor amigo parecia extremamente triste.

Torci os lábios. Oh Sehun era um babaca.

Caminhei até eles com determinação, fechado o armário com tudo quando saí. Assim que parei na frente de Chanyeol, ele arregalou os olhos. A gente costumava saber ler as expressões um do outro antes de tudo começar a dar errado. Então era claro que ele já percebeu que a coisa era série, seja qual fosse.

— Park! — chamei, chamando a atenção de Sehun também, que olhou pra mim um tanto confuso. — Quero falar com você. Agora.

Chanyeol olhou de mim para Sehun, como se não tivesse tanta certeza do que fazer. Oh concordou com um aceno. Tinha acabado de dar permissão para Chanyeol falar comigo? Isso não era possível! Que porra era aquela? Nem ao menos esperei, puxando Chanyeol pro meu lado enquanto caminhávamos para longe dali.

— Hey, hey, Hey! Baek, para com isso, cara. Que merda é essa? — Chanyeol parou, puxando o braço.

Estávamos no corredor, do lado dos armários entre o fluxo dos estudantes que iam e vinham atrasados para a aula. A minha raiva já havia subido para um nível além do que eu conseguia controlar, e com toda certeza ele já tinha percebido isso também.

— Você! O que aconteceu? — Chanyeol olhou para mim, um pouco sem jeito.

Ele tinha aquela expressão no rosto de que estava tentando esconder alguma coisa. Um panaca. Eu adivinharia qualquer coisa que ele tentasse esconder, já convivíamos diariamente há mais de dez anos. Por esse mesmo motivo, é que comecei a me acalmar sozinho. Ainda me sentia magoado pelas coisas que ele havia escondido de mim, mas eu podia ver que era bem mais profundo do que ele poderia me contar.

— Escuta... falo com você no final do período, ok? Mas tem que me prometer que vai me esperar na saída.

Ele acenou positivamente com a cabeça.

Eu suspirei, enfiando a mão no bolso e tirando de lá algo que eu não queria dar para ele. Mas era preciso. Peguei o objeto e estendi minha mão na sua frente. Ele ficou olhando sem entender, até que finalmente revelei a caixinha quadrada com a etiqueta que aos olhos dele deveriam ser familiar, pois se arregalaram.

— Eu acho que isso aqui pertence a você. Eu sinto muitíssimo, Chanyeol.

Ele pegou a fita, com o coração despedaçado. Provavelmente não fazia ideia de que Sehun havia jogado fora o seu presente que ele devia ter demorado horas para fazer e colocado todo o seu coração. Principalmente, porque Park era uma molenga desgraçado quando se tratava de presentes — ele adorava fazer todos eles. Foi difícil pra mim ver que isso estava magoando ele, mesmo que eu mesmo já estivesse de saco cheio de suas ignoradas. Quer dizer, eu entendia sim porque ele agia dessa forma. Mas caramba, será que ele não via que isso era ruim?

— Chanyeol... eu-

— Vai embora, Byun. — ele disse, enquanto lágrimas escorriam dos seus olhos. — Era isso que você queria? Me humilhar? Por que conseguiu! — tinha uma mágoa na sua voz que era fácil de detectar.

— Hey... não foi eu quem joguei fora o seu presente! Eu não tenho nada a ver com isso!

— Não, eu acho que não — Chanyeol disse, extremamente frio — Mas também não se importou de me fazer passar vergonha aqui e agora.

— Não era a minha intenção! Como eu iria saber que você ia começar a chorar?

— Só... esquece isso, Baekhyun. E me esquece também. Eu estava bem melhor sem ter alguém para me lembrar do quanto eu sou estúpido e imaturo.

Aquilo me chocou mais do que eu poderia responder. Apenas observei enquanto ele corria pelo corredor, com passos mais largos do que me era possível, em direção a saída da escola. Eu conseguia ver a mochila dele enorme batendo nas costas e os cabelos enrolados voando por todos os lugares. Nunca, em todos os nossos anos de amizade, Chanyeol havia me deixado falando sozinho sem dizer um adeus.

Mas talvez aquela havia sido a primeira vez que ele não precisou dizer em palavras. Senti meu coração se partir na mesma hora, lutando contra as minhas próprias lágrimas enquanto desci até o chão do corredor da escola.

Aquele parecia um pesadelo horrível.

Meu melhor amigo havia acabado de me excluir da vida dele como alguém que arrancara o papel de um caderno. Eu nunca havia me sentido tão ruim antes, nem mesmo quando o imbecil do meu pai foi descoberto numa traição. Pois, por pior que fosse ter a imagem de alguém que você admirava se quebrar diante dos seus próprios olhos, era pior ainda quebrar os laços com a única pessoa que te ama no mundo.

Tudo o que tinha sobrado de mim, era eu mesmo.

KYUNGSOO

Ele estava caído no chão do corredor enquanto todos estavam passando, indo e vindo, sem nem ao menos notarem que ele estava sofrendo. Pra mim era difícil ver alguém sofrer sem que eu sentisse empatia. Por que eu sabia muito bem o que era chorar todas as noites antes de dormir, e fazia muito isso desde que Kyuhyun havia desaparecido.

A verdade era que, agora, o meu mundo já não era o mesmo de sempre.

As revoltas estudantis estavam cada vez pior desde quando o massacre de Gwangju havia acontecido, há anos atrás. Meu irmão havia participado dos movimentos estudantis logo quando entrou na faculdade, mas era ruim o suficiente que ele ainda fosse militante com tudo isso. Quer dizer, eu tinha muito orgulho dele por lutar contra ditadores cruéis e colocar a sua vida em risco pelo país. Por mim. Mas eu não queria que ele acabasse morto por causa disso.

Ou pior — misteriosamente desaparecido.

Eu tentava não pensar no pior. Kyuhyun sempre soube se virar, sempre foi o mais esperto entre nós dois, então para mim era claro que ele fosse esperto o suficiente para se esconder da polícia. Ou pelo menos, esperto o suficiente para que as pessoas não o reconhecessem mais como meu Hyung.

Era nesses pensamentos que eu mantinha a minha esperança.

Porém, agora, ali na escola prestes a entrar para a aula, as minhas preocupações eram outras. E uma delas era o fato de que o rapaz do qual eu sabia ser o mais rebelde e indomável do colégio, estava completamente aos cacos no chão do corredor da escola. Suas lágrimas eram de muito sofrimento, mas ninguém parecia se dar conta. Pensei em me aproximar dele, e tentar iniciar alguma conversa de conforto, mas... acontece que eu não sabia quem ele era. Então o que eu poderia fazer?

O corredor estava quase vazio agora, e a inspetora estava prestes a chegar com o seu caderno de advertências. Se eu ficasse aí, iria provavelmente ganhar uma para mim mesmo. E foi aí que eu fiz a coisa mais idiota que eu poderia fazer em todos os meus 19 anos de existência.

Meus pés automaticamente me levaram até o lugar que ele estava, com certa rapidez. Assim que passei do seu lado, puxei-o pra cima com tudo o que eu tinha, chegando até mesmo o arrastar para fora dali. Meu coração batia até mesmo rápido pela adrenalina que estava sentindo. Eu nunca havia descumprido regra alguma antes. Nunquinha. Era a primeira vez que eu estava me escondendo por aí e o motivo era bem pior do que eu poderia estar gastando. Talvez deveria ter reservado a minha primeira escapada para algo mais emocionante, mas agora já era tarde demais.

— Hey! — ele disse, mas não se desvencilhou de mim.

Na verdade, para o meu espanto, ele estava me seguindo como se já soubesse onde ir. Andamos juntos até o banheiro masculino, onde acabei por soltar a jaqueta jeans dele para deixa-lo livre de mim. Respirei fundo, porque apenas aquela atividade já havia me deixado ligeiramente sem ar. Era horrível ser gordo e ter asma ao mesmo tempo. Ou talvez os dois era horrivelmente iguais.

— Qual foi, cara? Por que fez isso? — ele me perguntou, mas não parecia com tanta raiva de mim assim.

Na verdade, ele parecia mesmo bem surpreso que alguém tinha notado que ele estava ali. Bem, era meio difícil não notar, se eu fosse ser sincero. A aparência dele era deslumbrante, com os cabelos coloridos e o mullet que se assentava no pescoço. Também tinha o rosto dele que era bem... ah, Ele era... muito bonito.

Senti meus lábios se secarem, e o coração acelerar mais ainda. Eu nunca havia reparado no quão bonito ele era. Parecia que eu estava frente a frente com um astro do rock, ou algo assim. Conversar com ele tão perto assim, definitivamente era diferente do habitual. Ele tinha em si uma força muito intimidante. Por isso, acabei ficando sem palavras ao olhar para ele.

Ele pareceu perceber, porque simplesmente revirou os olhos, e foi até a pia do banheiro, pegando um pouco de água para jogar no rosto. Fiquei olhando novamente porque era difícil não encarar. Os movimentos que ele fazia eram graciosos. Não eram pesados ou tão assustadores assim, eram bonitos de observar. Ele tinha sim a aura de um astro, mas a sua beleza era suave. Etérea. Era como se todos os traços do rosto dele fossem combinados para parecerem atrativos. Se estivéssemos em um filme de ficção científica, eu diria que ele não parecia desse mundo e provavelmente era um alien disfarçado.

Senti o pigarro na minha garganta quando tossi, finalmente voltando em mim mesmo.

— Você... estava no meio do corredor. Se fossemos pego, levaríamos uma detenção. Ou coisa pior.

Ele sorriu para mim como se estivesse prestes a contar alguma piada. Os lábios se ergueram nos cantos e o olhar que ele deu, ainda abaixado na pia com um dos braços apoiados enquanto o outro se passava pelo cabelo, foi de arrepiar. Ele realmente era muito, muito bonito.

— Eu não levo advertências, eu sou a advertência. — ele riu baixo — Não precisa se preocupar comigo. Sei me cuidar muito bem.

Senti meus pés pesarem no chão, desconfortáveis. Ele estava claramente achando divertido o que havia acabado de acontecer. Não sei bem como eu poderia pensar nisso, já que eu só fiz o que o meu coração havia mandado. Mas eu ainda precisava saber o que tinha acontecido.

— Você... está bem? — perguntei, mesmo sabendo que ele poderia dar um soco na minha cara por isso.

Mas não foi o que aconteceu.

O silêncio tomou conta do ambiente, e ele olhou de volta para mim como se eu nem ao menos tivesse dito alguma coisa.

— Qual foi com o seu óculos? — perguntou, apontando para o esparadrapo que segurava a haste entre as lentes redondas.

Eu tirei o objeto da minha cara olhando para ver se alguma coisa tinha acontecido, mas estava tudo normal. Apenas a mesma cola de sempre que eu deveria tirar antes que ficasse sujo demais e cheio de bactérias que eu nem ao menos podia imaginar.

— Eu deixei cair.

Ele concordou com um aceno, aproximando-se mais perto, com as mãos dentro do bolso.

— Eu agradeço você por ter me ajudado. Mas... eu meio que não sei quem você é. — meu sorriso foi automático.

Ele estava sendo legal comigo? Por que isso? Eu não fazia ideia de que o garoto rebelde de qual todos temiam era um cara tão educado.

— Sou Do Kyungsoo. — fiz uma reverência formal — Sou aluno da sala 12. Estou no último ano.

Ele sorriu para mim, achando graça de alguma coisa. Fiquei extremamente curioso pelo o que estava se passando na cabeça dele. Quer dizer, ele poderia muito bem ter sido mal educado comigo por tê-lo arrastado pra cá, mas acho que no caminho ele já tinha entendido que eu só estava tentando ajudar. E talvez ele não fosse o tipo de pessoa que recebia muita ajuda.

— Kyungie... prazer. Sou Byun Baekhyun. Baek, pra você. — eu sorri, sem entender de onde estava vindo essa familiaridade toda.

— Baek? Você não parece o tipo de cara de apelidinhos.

Baekhyun deu apenas dois passos para frente, mas foram o suficiente para que eu pudesse sentir: o cheiro do perfume cítrico que ele estava usando. Fazia o meu nariz coçar, mas não era esse o sentimento principal que batia dentro do meu peito. O nervosismo por estar tão perto de um cara tão bonito pela primeira vez em meus 19 anos, era bem mais assustador. Bem mais real do que qualquer coisa que eu já havia sentido.

— Acho que não sabe muito sobre mim, Kyungsoo. — ele disse, um pouco mais baixo.

Ah, ele com certeza havia percebido. Eu não era tão bobo para não saber quando um cara estava tirando com a minha cara. Aquilo me deixou um pouco triste. Eu não queria que ele olhasse para mim como alguém tolo e piegas, que só estava salvando a pele dele por estar ridiculamente apaixonado ou algo assim. Quer dizer, eu achava sim ele um cara bonito. Mas não foi por isso que eu tentei salvar a sua pele.

Suspirei, já me afastando antes que tudo aquilo se tornasse em algo que eu não queria — mais pessoas implicando comigo por ser diferente.

— Falou, Baekhyun. Só... toma cuidado da próxima vez. Não é sempre que eu vou poder estar salvando a tua pele por aí. — respondi, já me dirigindo para a saída.

Parei na porta quando de repente me lembrei de algo

— Chá de mel com limão. — eu disse, fazendo ele se dirigir a mim com um misto de espanto e divertimento no olhar.

— O quê? — perguntou, com um meio sorriso.

— Quando eu me sinto triste e fico remoendo as coisas na cabeça até dormir, tomo chá de mel com limão. Ajuda a me acalmar. — dei de ombros — Não sei quem partiu o seu coração, mas tenho certeza que um chá pode fazer tudo ficar melhor.

Baekhyun apenas ficou me olhando, sem dizer nada. Concordou com um aceno e virou as costas, entrando em um dos cubículos sem dizer uma palavra. Eu já não tinha mais nada para fazer ali, então simplesmente saí do banheiro como se nada tivesse acontecido. Poderia estar prestes a perder um bom tempo da primeira aula e até mesmo ficar de castigo por ter desrespeitado o sinal. Mas pelo menos, eu esperava ter feito a diferença na vida de alguém hoje.

E que Byun Baekhyun tivesse bastante mel e limões na casa dele.