12 anos em 12

Capítulo 165 - Assando a lua


Agosto chega com sua ventania, entre gravações das canções de Vitor e trabalhos de Paula que retornam aos poucos. No aniversário dela combinam uma viagem para Ilhabela, dessa vez com os filhos.

— Tudo pronto?

— Sim! Colocou as malas no carro? As que estavam na sala.

— Coloquei!

— Uma mala para cada um - revisa - uma necessarie para cada um, a mala da Francesca, as mamadeiras, chupetas…- vai lendo no caderno - enfim, tudo ok! - sorri.

— Tá bom… Vamos então!

— Vamos!

Elias os leva para o aeroporto, onde encontram Marisa, Dulce e Cíntia. Se desdobram e se estressam para manter as crianças de máscaras e quietas até o avião particular de Paula receber autorização para decolar.

— Vitor, fica aqui filhão! - senta ele na mala. Vem Antônia…- a coloca em outra mala.

— Eu vou na da vovó! - corre até Marisa.

— Senta então… - a observa.

— Estou só imaginando o custo desse avião! - ri enquanto amamenta Francesca.

— Barato não vai ficar! Mas se estamos no limite com essas crianças para entrar em um avião particular, imagina o trabalho que elas vão dar em um avião comum!

— Bom dia turma! - se aproxima.

— Bom dia Zeca! - o cumprimenta.

— Prontos para decolar? - ri das crianças.

— Por favor! Vamos!

Embarcam no jato e as crianças se divertem observando pela janela.

— Lindo né amor? - observa o filho encantado.

— As nuvens estão muito lindas! - sorri.

— Sim! - ri.

— Parece algodão doce, mãe! - Antônia diz entusiasmada.

— Parece mesmo Nini! - ri.

— Por que a gente tá viajando?

— Porque será aniversário da mamãe, Vitória. E vamos comemorar todo mundo junto em uma casa bem linda, com praia.

— A gente vai poder andar de barco?

— Papai vai pensar nisso!

— Pai, a gente podia ir conhecer onde fica aquele rato grande?

— Rato?

— É! O Nico falou que foi lá e tem muito parque de diversão… Mas eu nunca fui em um parque grandão!

— Na Disney filha…- Paula escuta a conversa.

— Você quer conhecer o Mickey?

— Sim! Mas também ir no parque de diversões.

— Mãe, na Disney tem princesas? Tipo a Frozen?

— Tem! - sorri. Tem todas as princesas, Antônia!

— E dinossauros?

— Filho, dinossauros a mamãe não se lembra se tem…

— Você já foi lá muitas vezes?

— Três vezes, amor!

— Afinal, a gente pode ir?

— Vamos levar vocês! - sorri. Mas, não podemos agora…

— Sim, por causa do coronavírus…- respira fundo.

— Isso! Mas, nós iremos. - sorri. Não é? - olha para Vitor.

— Acho que você está realizando seu sonho… Eles pedirem para ir na Disney…- riem.

— Estou mesmo! - ri.

— Nós vamos sim, assim que possível!

Chegam ao aeroporto e pousam em um hangar particular. São guiados de carro até a casa em Ilhabela, onde Antônia e Francesca chegam dormindo.

Vítor e Paula colocam as filhas no sofá e organizam as malas nos quartos. Dulce e Marisa aproveitam para dar um volta pela redondeza.

— Mãe, posso ir na piscina?

— Vitória ainda não! - Vítor responde.

— Por que?

— Você vai na piscina quando nós formos também e não vamos agora.

— E eu vou fazer o que?

— Por que não foi com suas avós? Cadê seu irmão?

— Sei lá! - sai.

— Vou atrás dele…- larga a mala e vai atrás do filho. Vítor? - procura pela casa. VÍTOR? - grita.

— OI! - chega correndo.

— Onde você estava?

— Vendo o mar por ali! - aponta. Podemos ir lá?

— Nós iremos! Mas precisamos organizar tudo aqui filho… E suas irmãs estão dormindo! Vem… Vamos ali me ajudar.

Terminam de colocar as malas nos quartos, arrumam as crianças e acordam as filhas para que possam almoçar.

— Onde foram? - vê as mães chegando.

— Fui ver o jardim que tem ali!

— Pega aqui! - entrega Antônia. Ainda preciso apressar Vitor! - volta ao quarto correndo. Já deu banho no Vítor? - observa-o no banheiro.

— Já sim!

— E o que está fazendo?

— Tomando um banho!

— Vamos nos atrasar! Anda! - o apressa.

Vítor finaliza o banho e se arruma. A pé mesmo seguem até o restaurante onde fizeram uma reserva.

— Posso escolher mãe? - pega o cardápio.

— Sim! O que você quer?

— Eu quero batata frita e pronto.

— Tá! - ri. E você Vivi?

— Vou querer uma carninha!

— Papai, a gente vai no rio ali?

— Filho… - riem - Iremos ao mar! Aquilo é o mar… É diferente dos rios. Depois te explico!

Almoçam tranquilos e retornam a casa. Na tarde as crianças ficam na piscina com os pais enquanto as avós aproveitam para descansarem. Ao anoitecer, Vitor pede a Paula que se arrume para sairem para jantar. Havia preparado uma surpresa com a ajuda da mãe, de Cíntia e da sogra, que ficariam com as crianças.

— Filho, você pegou o presente que te pedi?

— Sim! Está no quarto… Vamos lá que já vou te entregar. Já vai dar a ela?

— Sim!

Marisa pediu a Vitor para guardar o presente que ela comprou para Paula. Seguem até o quarto em que eles estão para que ele pudesse dar a mãe.

— AMOR… - escuta a porta abrir.

— OI PULINHA…?

— ME DIZ ONDE IREMOS PARA EU SABER O QUE USAR… - fala enquanto se maquia no banheiro. EU TROUXE DOIS VESTIDOS… UM AZUL E UM VERMELHO - sorri sozinha - QUAL COLOCO? SE BEM QUE NÃO QUERIA COLOCAR NADA… TÍNHAMOS QUE IR A ALGUM LUGAR QUE DESSE PARA GENTE FAZER AMOR O SUFICIENTE JÁ QUE AQUI NÃO VAMOS CONSEGUIR MUITO… AS CRIANÇAS NÃO QUEREM SAIR DE PERTO DE NÓS.

Marisa começa rir e Vitor não se segura e ri também.

— MINHA MÃE ESTÁ AQUI… - a avisa.

— QUÊ? - sai do banheiro envergonhada. Oi… - vê a sogra.

— Oi querida! - ri. Não se preocupe! - sorri. E aproveitem mesmo…

— Não queria que você ouvisse… - riem.

— Eu sei! - pisca para ela. Mas, fico feliz que se desejam tanto! - se aproxima dela.

— Mãe… Sério que vai falar disso? - a indaga.

— Disso o que?

— Sobre minha intimidade com Paula!

— Como se eu já não tivesse visto ou ouvido o suficiente para saber o quanto é movimentada…

— Por isso você terá seu apartamento em BH… Bem longe! - ri.

— Nem ouse me afastar dos meus netos! - fuzila-o com os olhos.

— Não faremos isso Marisa! - ri. Fico envergonhada quando sei que vocês sabem sobre nossa intimidade… Mas, depois passa! - riem.

— Não fique! Fico tranquila que sejam assim… Mudando de assunto… Preciso te dar algo… - pega a mão dela e coloca uma caixa pequena. É apenas uma lembrança, mas é de todo meu coração! Sei que é só amanhã, mas queria ser a primeira…- ri. Você é muito especial na minha vida, Paula! É uma filha querida, uma amiga fiel e minha nora tão amada… - a abraça. Seja muito feliz nesse novo ciclo…

— Marisa…- se emociona, abraçando-a forte. Você é tão importante na minha vida! - a olha com ternura. Não tenho palavras para agradecer!

— Não me agradeça! - sorri.

— Deixa eu ver meu presente! - ri abrindo a caixinha. Marisa…- pega. Que coisa linda!

— Era meu! Tenho três joias muito especiais na minha vida… Que marcaram momentos importantes. E eu estava com esse colar quando Vitor nasceu…

— Marisa… Eu não posso aceitar! - coloca na caixinha. É algo muito importante…

— Você não aceitou Vitor na sua vida? Então deve aceitar meu colar!

— É lindo mãe…- se aproxima delas.

— É muito lindo! - a abraça novamente. Obrigada!

— Se arrumem! - a acaricia. Aproveitem a noite de vocês e façam muito amor, o quanto quiserem! - riem - Não se preocupem que os bebês estarão bem!

Ela se retira do quarto e os deixa a sós.

— É muito lindo o presente! Muito especial…

— Sim! Fiquei até sem graça de receber.

— Não fique! Ela te ama muito.

— Não duvido! - sorri. Vc

— Coloque o vermelho.

— O que? - não entende.

— O vestido vermelho! - sorri. Você fica uma deusa…

— Tá bom! - sorri. Não vai falar mesmo onde iremos?

— Se eu falar perde a graça, meu bem… - pisca para ela.

— Vai dar para gente se amar…? - entrelaça os braços sobre o pescoço dele.

— Você acha que eu te levaria para algum lugar que não desse…? Ainda mais com você assim, tão linda e sexy…

— Verdade! - riem. Vou ficar sem nada por baixo…- pisca para ele se afastando.

— Já estou imaginando…- sorri maliciosamente.

— Seu besta! - riem.

Terminam de se arrumar e seguem para se despedir das mães e dos filhos.

— Mamãe você está uma princesa! - sorri impressionado.

— Vítor! - sorri - Obrigada! - o beija.

— Mas a mamãe é uma princesa! - abraça Paula.

— Vocês também são! - a aperta.

— Onde vocês vão? - Vitória se aproxima.

— Vamos sair para jantar…

— A gente não vai?

— Hoje não filha! Só vamos eu e mamãe… E amanhã bem cedo estaremos aqui.

— Tá bom… Podem trazer um docinho?

— Vou pensar! - a beija. Se comporte Vitória… E obedeça suas avós!

— Vou me comportar pai!

— Ótimo! - sorri. Vamos? - olha para Paula.

— Sim! Tchau filha…- beija Vitória. Antônia e Vitor - olha para os filhos já no colo das avós - escovem os dentes para dormir, coloquem os pijamas…

— A gente já sabe de tudo! - interrompe a mãe.

— Acho bom! - beija-os.

Se despedem das mães e de Francesca que estava dormindo no carrinho. No caminho Vítor venda os olhos dela com um lenço, a deixando nervosa.

— Você precisa ter paciência! - amarra mais forte.

— Não gosto de não saber das coisas, você sabe disso! Me deixa angustiada!

— O que posso fazer a você que você não goste?

— Nada!

— Pois então… Confie em mim! - sorri.

Ele havia alugado um carro para se deslocarem melhor na cidade com toda a família. Chegam ao local que ele preparou e ele abre a porta, a ajudando descer ainda com os olhos vendados.

— Cheiro de mar…

— Aqui tem mar! - riem.

— Vi… Por favor… Deixa eu tirar?

— Não! - fecha o carro. Vem…- segura ela. Se apoia em mim e vem…

— Cadê minha bolsa?

— Está comigo!

— Meu celu…

— Está tudo aqui Paula! - a interrompe rindo.

— O que vamos jantar? - sorri.

— Não tenho muito interesse no jantar… Mas na sobremesa eu tenho!

— Idiota! - ri.

— Cuidado… Tem um degrau! - ajuda.

— Estamos em um deck!

— Não sei!

— Estamos sim! Eu tô sem enxergar, mas não sem ouvir…

— Eu podia ter amarrado sua boca… Porque você não para de falar!

— Amarra… Assim você não tem sobremesa! Já pensou? Eu posso fazer muita coisa com minha boca… Você sabe!

— Você está sendo depravada!

— Tudo bem… Não falarei mais nada!

— Eu não disse que não gosto que você seja depravada…- ri. Eu amo!

— Sei! - riem - Posso tirar?

— Calma, pequena… Agora… - param - Me de seu pé! - se abaixa.

— Vitor! - ri.

— Vou tirar a sandália…- tira. E agora o outro! - retira do outro tbm. Vou jogar aqui…- joga na lancha.

— Meu Deus! Onde você jogou? Eu paguei muito caro naquelas sandálias… Vitor… - fica nervosa.

— Estão intactas! Se segura…- segura ela e entram no lancha.

— É uma lancha! - ri.

— Sério? - ri dela. E se for um barquinho?

— Com você desse tamanho? Até parece que você ia pegar um barquinho para comer a sobremesa.

— Paula! - gargalha.

— Eu te conheço… - riem. Eu caberia em um barquinho!

— Ah… Com sua performance durante a sobremesa não daríamos certo em um barquinho, mesmo você sendo pequena!

— Obrigada por reconhecer! - riem. Me esforço!

— Você faz um ótimo show, meu amor… Por isso não permito que você venda ingressos! - ri.

— Chega de conversa fiada… Me deixa ver!

— Calma… - caminha com ela. Vamos subir uma escada… Se prepare… - a ajuda.

— Nossa… Não é um barquinho mesmo! - ri.

— Não…- ri, enquanto sobem.

— Quando foi que você preparou isso tudo?

— Isso o que? Você não viu nada.

— Mas sei que está incrível…- sorri. Você sempre prepara algo, sempre me surpreende!

— Então… - chegam ao segundo andar. Não é um barquinho, nem uma lancha… É um iate… Se segura em mim! - pega um telefone e disca um código. Oi… Pode ir! Obrigado…- desliga. Vamos começar a andar… Se segura, ok? - ri.

— Meu Deus! - o iate começa andar e ela se assusta. Vítor… Quem está pilotando?

— Já te explico tudo… Vamos…- leva-a até uma mesa. Aqui…- a ajuda se sentar. Se senta!

— Estou ficando com medo… Nós dois conversamos abobrinha e tinha mais gente aqui!

— Que abobrinha? Falávamos sobre sobremesas, shows! - vai atrás dela. Só mais um pouquinho e tiro… Sabe em que fase da lua estamos?

— Não!

— Saindo da cheia para a minguante… Está um clarão lindo…

— Queria poder ver…

— Calma! - ri.

Vítor espera o comandante posicionar o iate e tira a venda dela.

— Uau… - observa o céu. Vitor…- se levanta. Que vista mágica…- vai até a ponta observar melhor. Olha o tamanho da lua! Parece que está aqui pertinho…- ergue a mão.

— Sim! - sorri. Dá vontade de pegar com as mãos… - ri. Ela vai pousar sobre o mar, bem aqui… - aponta.

— Como sabe?

— Tenho meus contatos! - riem. E… - vira-a para ele. Vamos jantar vendo-a…

— É lindo… - o beija. Obrigada por tudo isso…- se aninha ao peito dele.

— Você merece mais… Mas vou esforçando para conseguir te proporcionar tudo que for possível!

— Mereço você e tenho você! - sorri.

— Sobre isso eu não sei…- riem. Vem…- pega na mão dela e retornam a mesa. Vamos jantar! - puxa a cadeira para ela.

— O que comeremos? - ri, sentando-se.

— Advinha? - ri.

— Não faço ideia…

— Sua comida predileta, uai! - se senta e sinaliza para trazerem os pratos.

— Tem mais gente aqui? - olha para trás.

— Só para nos servir, depois irão embora…

— Boa noite! - coloca os pratos na mesa.

— Oi! - sorri. Obrigada! - observa o prato. Não acredito! - ri.

— E vamos comer com as mãos…

— Meu Deus! - ri. Que delícia! - coloca o guardanapo sobre o colo. Frango com quiabo e polenta… Só você mesmo! - riem.

— Servidos? - se aproximam com um espumante.

— Por favor! - pega as taças. Obrigado!

— Com licença! - o garçom se retira.

— Toma! - entrega a taça dela. Um brinde - propõe - a sua existência, tão sublime e extraordinária e a gratidão que tenho por você me permitir desfrutar dela!

— Obrigada! - sorri ao brindarem. Obrigada por esse momento, por me amar como ama, por sempre estar cuidando de mim, como namorado, amante, amigo… - olha-o com ternura - eu amo você, Vitor Chaves… Não houve um dia desde aquela van que eu não te amasse!

— Durante muitos anos eu não fui o que você sempre mereceu. E eu reconheço isso com muita dor. Não porque eu não te amasse… Mas porque não queria me permitir viver algo profundo demais, não queria que a gente se perdesse de novo. Eu sempre te deixei. E me deixava inteiro também a cada vez que te deixava. Tudo isso me causa muita dor… E eu enfrentei muita coisa até amadurecer o suficiente, você sabe disso! E você sempre esteve ali… Sempre acreditou em mim, sempre esteve do meu lado sem que eu precisasse explicar nada! Amo você pelo que você é e pelo que você me faz ser todo dia. Amo você todo dia um pouco mais, de um jeito diferente do dia anterior. Não consigo estar sempre dizendo, mas minhas músicas falam por mim… - ri - Porque ali está meu coração, como sempre esteve… Te amando e querendo sua felicidade.

— Eu sei! - segura as mãos dele. Eu sei disso tudo… Eu entendo! Acho que nós dois tivemos que enfrentar muitas coisas… Mas que bom que a vida colocou a gente de novo juntos... - sorri.

— Sim…- se emociona - Mas, não vamos falar disso… Vamos comer! - riem.

— Será que está bom? - começa comer. Hum…- olha para ele - tem o tempero da minha mãe… Meu Deus!

— Foi ela que fez! - pega o frango com as mãos e começa comer.

— Jura? - ri. Quando?

— Naquela saidinha dela com minha mãe! - lambe os dedos. Isso está bom demais…

— Sim! - ri. Não se lambuza de frango…

— Como não? - riem. Não existe essa possibilidade.

— Eu não quero ter que te beijar com gosto de frango…

— Ah…- bebe um pouco de vinho. Entendi agora! - ri. Não se preocupe! O vinho limpa o paladar…

Jantam ao som dos próprios risos. Os tripulantes que acompanhavam eles se retiram do iate e combinam com Vitor o horário para busca-los.

— Já foram? - o vê.

— Sim! Naquele barco…- aponta.

— Como você conseguiu organizar isso? - ri.

— Segredo! - sorri.

— Vem ver a lua! - o chama. Como está linda! - observa.

— Muito! - se aproxima dela, abraçando-a.

— Vamos assar a lua na churrasqueira do mar…

— Ao vivo em Floripa… - sorri.

— Sim! - ri. Foi um noite tão mágica… Tinham tantas pessoas, todas cantando suas músicas, felizes! Um momento tão especial! Eu fiquei tão, tão feliz naquele dia… acompanhei tudo pelo camarim junto com o Haroldo, vibrava com você naquele violão!

— Sim! - sorri com a lembrança. Eu também estava muito feliz naquele dia… Fiquei apreensivo com sua participação. Você não estava muito amigável comigo…

— É… - ri - Não estava mesmo. Mas não me impediu de sentir tanta coisa te vendo!

— Você estava linda! - acaricia ela. Eu estava no camarim e me informaram que você havia chego… Olhei pela abertura da porta e você estava lá… com uma roupa preta, mostrando partes do seu corpo… chamando atenção de todo mundo! - sorri.

— Você sentiu alguma coisa quando subi no palco?

— Não. Não senti alguma coisa… Eu senti um turbilhão de coisas! - riem. Acho que tem algumas fotos na internet em que estou olhando para você como se ninguém mais estivesse ali! - sorri.

— Eu vi essas fotos! - ri, abraçando-se nele. Eu te amo muito… Sabia? É tão maluco não conseguir deixar de amar alguém…

— E você queria?

— Não te amar? - ri. Não mais… Mas eu já quis! Eu queria viver minha vida e precisava fazer isso longe de você, mesmo amando você.

— Eu entendo…

— É…

— Não vai perguntar como foi para mim?

— Não… Não precisa! Já sei a resposta.

— Qual resposta? - a encara.

— Você me ama.

— Tá… Mas não é isso. Hoje você acredita que amo… Mas e antes?

— Você sempre fala para não falarmos de antes. Esquece isso…- o acaricia.

— Paula…- segura as mãos dela. Eu aprendi te amar. Te amei de todas as formas possíveis e impossíveis. Eu vivi todos os sentimentos que vem com o amor. Os bons e os ruins. Ciúmes, raiva, paixão, etc. Meu amor foi crescendo junto com você crescendo para todos… Mas a gente tentou, se machucou. Terminou e concordou de seguirmos nossos caminhos. Mas isso nunca apagou meu amor! Eu só tive que aprender lidar com ele… E acho que entendi o amor nisso. Queria que você fosse feliz, mesmo que sem mim.

— Ainda bem que sou com você…- sorri.

— Ainda bem! - a beija.

Ele desliza uma das mãos sobre a perna dela, levantando o vestido delicadamente. Paula sorri com o gesto, aproveitando para levar suas mãos aos botões da camisa dele, desfazendo um por um. Sente-o tocar sua intimidade e inconsequentemente morde o lábio inferior dele.

— Eu te amo…- olha-a - e quero que saiba disso, a todo instante… - beija-a.

— Eu sei disso…- sorri entre o beijo.

Retira a camisa dele e o ajuda a retirar seu vestido, exibindo seu corpo nu. Ele a coloca no colo, se apoiando em uma das proteções laterais do iate enquanto a beija.

— Vem… Tem um lugar aqui que você precisa ver! - a coloca no chão e pega sua mão. Espera! - pega sua camisa do chão e coloca nela. Pronto! - riem.

Sobem mais um andar onde há um grande espaço estofado para descanso. Vítor se joga sobre ele rindo.

— Vitor… Quanto você gastou nisso tudo? - faz o mesmo.

— Importa? - vai até ela.

— Não sei…- acaricia o rosto dele sorrindo. Merecer eu sei que mereço…

— Eu adoro o quanto você é modesta! - riem. Mas, concordo… você merece! - senta-se. Olha só a vista…

— É surreal de tão bonita…- abraça-o pelas costas. Parece uma pintura!

— O mar é gigante… Ás vezes me dá medo!

— É… eu também tenho um pouco de medo às vezes. Acho que prefiro as lagoinhas que tem lá em casa! - ri. Mas, eu amo a praia… Queria tanto que a gente pudesse ir para Fernando de Noronha. Lá é perfeito e você ia amar…

— Ainda iremos! - a traz para seu colo. Lá dá para fazer amor na praia?

— Hum…- pensa - depende! - riem. Na maioria das vezes, não… Tem muita gente. E você sabe que eu não gosto de dividir! - retira a camiseta que ele colocou nela.

— Eu nem daria conta de ser dividido! - sorri.

— E você fica pensando nisso? - o encara.

— Sobre não dar conta?

— Sobre ser dividido! Você nem ouse permitir passar pela sua cabeça…

— Paula, não começa! - ri. Mesmo que você quisesse e curtisse esse tipo de coisa, eu não conseguiria…

— Ah não!? - ri.

— Não! De forma alguma. A outra sobraria!

— Sei! - sorri. Sabe que no fundo eu acho que eu conseguiria? - brinca com ele. Eu, você, um outro homem…

— Que papo é esse? - a encara.

— Estou brincando! - ri.

— Nem de brincadeira diga isso!

— Então eu, você e outra mulher pode?

— Não! Não pode. Como eu já disse, não conseguiria. Outra mulher sobraria nessa nossa relação. Talvez você sobraria. Não sei.

— Vitor! - riem. Sua sorte é eu te conhecer muito bem…

Paula o empurra, fazendo-o se deitar sobre o estofado. Leva as mãos sobre a calça dele, retirando o cinto.

— Não sei se você pensa nisso… - joga o cinto para trás. Eu espero que não… - desabotoa o primeiro botão. Porque acho que nós dois somos tão suficientes nisso sozinhos…- desfaz o segundo botão. Eu nunca pensei! - puxa a calça dele até os pés. Não com você, claro!

— Pulinha…- ri, encarando o céu e imaginando o que ela faria com ele.

— Você já pensou alguma vez? - para com as mãos sobre a peça íntima dele.

— Sexo a 3? - ergue a cabeça para vê-la, se apoiando sobre os cotovelos. Não com você, também.

— Você já fez?

— Isso importa agora? - ri.

— Eu queria saber…- vai descendo a última peça que o vestia.

— Não. Nunca fiz! Mas, já tive oportunidade. Só não quis participar…- sorri ao vê-lá se aproximar. Não acho que eu saberia o que fazer… Na maioria das vezes sempre teve sentimento e a 3 não dá para ter sentimento! - senta-se.

— Não dá… - encaixa-se sobre o colo dele, excitando-a ainda mais. E somos movidos a sentimento…- passa as mãos sobre o cabelo dele.

— Não cabe ninguém na nossa relação…- acaricia o rosto dela. Até porque você me dá o trabalho de duas…- sorri.

— O trabalho? Então é ruim? - mexe-se sobre ele, fazendo o gemer.

— Pelo contrário… - fecha os olhos sorrindo com o carinho dela. Mas não fica fazendo isso… - beija o lábio inferior dela, fazendo-a se agarrar ainda mais ao corpo dele. Porque eu fico mais dependente de você…- fecha os olhos, afundando-se sobre o pescoço dela. Do seu cheiro tão inebriante… Da sua pele…

Vitor desce seus lábios sobre o ombro dela entre sugadas e mordidas, fazendo com que ela se entorpeça do momento, chamando por ele de todas as formas possíveis. Paula deita seu corpo sobre ele, fazendo-o deitar novamente sobre o estofado já marcado pelo suor que os corpos dos dois produzia naquele momento. Escorre suas mãos lentamente sobre o peito dele, beijando cada parte como se estivesse fazendo uma cópia para si mesma. Antes mesmo de chegar a sua intimidade, Vitor a segura, jogando-a para o seu lado e se colocando sobre o corpo dela. Desce até os pés dela, pegando um de cada vez e beijando, vendo a rir do gesto.

Ele sobe vagarosamente, aumentando a pressão sanguínea dela que falta explodir quando ela para sobre sua intimidade a fazendo arfar e chamar por ele incansavelmente.

Puxa-a para si, grudando seu corpo suado e os lábios sobre o dela. A acomoda sobre seu colo e a preenche calmamente, enlouquecendo a cada cavalgada dela sobre si.

Paula garante que nenhum centímetro de ar passe entre os corpos, fixando-se ainda mais sobre ele que se delicia junto dela com o momento. Ignoram o celular tocando, permitindo que apenas suas vozes em gemidos perceptíveis tomem conta do lugar.

Sem conseguirem mais segurarem tamanha sensação de uma onda de tensão e desejo explodindo dentro deles, caem um ao lado do outro, ainda agarrados, suados e rindo do tamanho do amor que acabaram que compartilhar.

— Nessas horas que sinto ir para outra dimensão! - ri.

— Eu também! - sorri. Uma dimensão só comigo e você, o dia todo assim…- acaricia ele.

— Seria ótimo viver só disso! - pisca.

— Seria! - ri, beijando-o. Quando falei que tinha raiva por não conseguir deixar de te amar, foi também por conta desses momentos que você me rouba de mim, que me leva desse mundo, que me revira do avesso, que me acende como ninguém…

— Não precisa mais ter raiva… Nunca sequer precisou! Continuo te amando, como sempre foi. Te querendo, te desejando… - sorri - Me satisfazendo como nunca, não te esquecendo como sempre.

— Amo quando você rima tudo…- riem. Você lembra se nosso celular tocou? Tenho uma vaga impressão que algo havia tocado…- tenta se sentar para procurar o telefone, mas ele a puxa.

— Ninguém ligou! Deita aqui…- a coloca sobre seu peito. Olha o céu… Está perfeito! - sorri. Um monte de estrelas vendo a gente se amar.

— Sim! - ri. Olha lá…- mostra - minha estrela preferida - sorri.

— Vênus…- observa.

— Brilhante! - sorri observando.

— Minha estrela preferida é o sol… Mas, Vênus tem meu coração também.

— A minha também é sol, mas não está aqui agora né…- riem. Então se torna Vênus… Onde você acha que os ets vivem?

— Lá vem você com seus ets!

— Estou falando sério! Tenho essa curiosidade… Ás vezes acho que eles estão aqui, entre nós, observando… Outras vezes acho que estão na lua.

— Penso que vivam em Marte ou Saturno! - ri.

— Você está rindo! - riem. Eu estou falando sério…

— Eu também estou!

— E as fadas e gnomos? Você acha que existem? Eu acho que sim.

— Para você tudo existe! - ri dela. Mas, também acredito em fadas… Fico pensando… Se não existissem, porque falamos delas? Quem foi que falou delas pela primeira vez? De onde tirou? Por isso acredito que existem… Nada se cria do nada!

— Igual aos ets… Esse mundo é gigante demais para pensarmos que só nós existimos!

— Sim!

— E as fadas são como borboletas…

— Pode ser… - sorri.

— Se passasse uma estrela cadente agora… o que você pediria?

— Para você deixar de querer falar de chuva que nem caiu!

— Seu besta! - riem.

— Mania que você tem… - ri - de querer saber o que faríamos ou falaríamos se tal coisa acontecesse…

— Você é muito chato!

— Não estava sendo até poucos minutos atrás…- acaricia as costas dela.

— Continua sendo, só dá uma pausa nesses momentos! - riem.

Continuam observar as estrelas e a lua, agora no alto do céu fazendo um clarão sobre o mar.

— Pediria para ter lucidez para sempre enxergar o que é melhor para nós e paciência para superarmos os obstáculos e os erros nos caminhos. Também agradeceria por no fundo nunca termos desistido e hoje estarmos aqui… Vivendo e sentindo algo tão mágico, verdadeira epifania…

Ela sorri com o que ouve, mas não responde, deixando que o cansaço agora percorra o corpo e a faça dormir de mansinho sobre o peito dele. Vítor aproveita aqueles minutos no silêncio da respiração dela sobre si. Inconscientemente também adormece, despertando pouco tempo depois com alguns reflexos sobre seus olhos.

Coloca Paula sobre um travesseiro e se levanta, vestindo sua calça. Desce até o primeiro andar e se surpreende com a guarda marítima.

— Boa noite…- se aproxima arrumando o cabelo todo bagunçado.

— O senhor é dono da embarcação?

— Não! Eu aluguei.

— Já viu que horas são? - o indaga.

— Não… - procura pelo relógio. Me perdi no tempo… Houve algo? - fica preocupado.

— Existe um limite de horário para embarcações desse porte permanecer em alto mar… Somente é possível até as 23 horas e já são 4 da manhã.

— Mas ninguém me avisou! - fica perplexo.

— Quem está pilotando? - começa a fazer algumas anotações.

— É um rapaz… Mas ele não está aqui agora!

— Você está em um iate distante da costa e sem piloto as quatro da manhã?

— É aniversário da minha esposa… - tenta explicar - eu quis fazer um jantar e então nos deixaram mais a vontade, estava marcado para voltarem nos buscar as 2 da manhã, mas alguma coisa deve ter ocorrido. Vou tentar ligar para alguém… Só um minuto… - vai saindo.

— Meu senhor… Você precisa vir comigo. Preciso tirar você daqui. Cadê sua esposa?

— Tirar como? Vamos para a delegacia? - se assusta.

— Não! Mas só posso te liberar após pagar a multa…- entrega o papel para ele.

— 30 mil reais…- olha para o guarda perplexo. 30 mil reais… É sério isso?

— São quatro da manhã… um iate desse porte não deveria estar aqui… Você tem habilitação para pilotar?

— Não! - começa ficar nervoso - Não sou eu quem estou pilotando! Tem um rapaz, um piloto! - começa a gaguejar - ele deveria ter voltado para nos buscar!

— Onde você locou a embarcação?

— Na poitã! Eu loquei lá… E lá não me disseram nada disso!

— É que geralmente fica aqui…- vai até um compartimento do iate e abre, retirando um documento.

— Mas não me falaram nada!

— Tá… Você locou uma embarcação desse porte, não tem piloto, não tem habilitação e não leu a legislação… - o encara - Por favor, se vista e me acompanhe! - vai adentrando o iate. Preciso retirar seus pertences!

— O que? - vai atrás. Espera… - se coloca na frente. Minha esposa está lá em cima… Preciso acordar ela e explicar isso. Espere aqui!

— Eu te acompanho! - indica para subirem.

— Não!

— O senhor está escondendo algo? Preciso me certificar de que não há entorpecentes…

— Minha esposa - o interrompe - está nua! Por isso preciso que você fique aqui. Ao menos isso, pode ser?

— Aguardo aqui! - vira-se de costas.

Vítor sobe correndo e vai até Paula, tentando acorda-la enquanto recolhe suas roupas.

— Pulinha! - a balança. Acorda! Precisamos sair daqui.

— Que? - o vê ainda sonolenta.

— Vem! - a senta. Coloca seu vestido! - vai colocando nela.

— Vítor! - o afasta. O que está havendo? - não entende.

— Amor… Depois te explico! Mas, precisamos sair daqui… E vamos acompanhados pela guarda.

— Que? - se assusta, colocando o vestido com rapidez. Quem está aqui? - sussurra.

— Estamos sendo multados! Mas, vamos resolver! Agora vem…- se levanta e puxa ela. Pega seu celular!

— Cadê minhas sandálias? Meu colar! - coloca a mão no pescoço.

— Não sei Pulinha… Anda! - a apressa.

— Não vou sair daqui sem meu colar! - começa procurar. E cadê minhas sandálias?

— Estão lá embaixo! Anda Paula! - observa o guarda ainda de costas.

— ESTÁ TUDO CERTO AÍ? - pergunta. VOU TER QUE SUBIR, ESTÁ DEMORANDO DEMAIS!

— JÁ ESTAMOS INDO! - responde. Paula…- a puxa pelo braço. Vamos!

— CALMA! - bate nele. Aqui…- volta e pega o colar. Achei! Agora acha minha sandália… Eu te falei que é cara! - começam a descer.

Descem até onde o guarda está. Ele se vira e se surpreende.

— Paula Fernandes! A cantora Paula Fernandes… - aponta para ela.

— Sim! - tenta sorrir.

— Espera…- começa olhar Vitor. Você é cantor também…? Parece que te conheço de algum lugar…

— Não… - ele responde e Paula o fuzila com os olhos. Quero dizer… - respira fundo - Sim, sou cantor… É que estamos em pausa… Eu e meu irmão, Leo.

— Vitor e Leo! Você é o Vítor e Leo…

— É, sou o Vitor e Leo. - sorri. Sem o Leo…

— Por que se enfiaram nessa enrascada? - volta a fazer anotação.

— Enrascada? - olha para Vitor. O que está acontecendo?

— Pilotar uma embarcação sem habilitação é crime!

— Não sou o piloto! Meu senhor… Por favor… Estou falando a verdade! Posso fazer a ligação para o piloto? - mostra o celular.

— Ele não é o piloto! - tenta ajudar.

— Podem embarcar no nosso barco…- aponta para um barco próximo ao iate. Vamos resolver essa situação em terras firmes.

Paula fica nervosa com a situação, mas segue os comandos do guarda. Os dois são levados na companhia de quatro guardas em uma lancha da polícia marítima. Ao desembarcarem são autorizados a telefonarem para alguém. Vitor faz uma ligação para Filipe, seu advogado, enquanto Paula liga para a mãe e a sogra irem até lá buscá-los.

— Filipe me falou para pagar a multa e depois questionar judicialmente…

— Minha mãe vem vindo!

— Que? - arregala os olhos. Não precisávamos de alguém aqui para nos tirar… Não estamos presos! - sussurra.

— Você trouxe carteira?

— Não!

— Pois é… Como vamos pagar? Alguém precisa vir.

— Havia esquecido disso… Que desastre! Meu Deus! - passa a mão no rosto, incrédulo com tudo que está havendo.

— Está tudo bem! - coloca aos mãos sobre ele. Mais um ano repleto de aventuras! - ri.

— Pulinha…- a encara. Isso está bem longe de ser uma aventura!

— Deixa de ser bobo! Não fica nervoso… Vamos pagar e vamos embora. Minha mãe já está chegando…

— Isso é preocupante!

Eles aguardam Dulce chegar com a carteira e os documentos deles. Apresentam as autoridades, assinam a multa e retornam para a casa, em silêncio. Ao chegar, Vitor segue para o quarto tomar um banho enquanto Paula vai buscar Francesca no quarto de Dulce.

— Que? - vê a mãe olhando para ela.

— Não vai me contar o que aconteceu?

— Uai, mãe… Estávamos no iate e chegaram os guardas.

— Do nada?

— Sim! Era para o piloto ter nos buscado as 2, mas ele não apareceu… Fomos multados!

— Não estava gostando dessa ideia desde o início! Andar de barco à noite é um perigo…

— Mãe… Não é um barco qualquer! E não estávamos andando…

— Mesmo assim! Não deixa de ser perigoso.

— Sim, mas já está tudo bem! - aconchega a filha no colo. Vou levar ela para amamentar…

— Não… A deixe aqui… Pode ir descansar! Dou a mamadeira se ela resmungar… O que não acho que vá acontecer, desde ontem ela não mamou na madrugada.

— Sim! Não sei se isso é bom ou ruim…

— Pense que seja bom! - ri.

— É… Mas queria ela mamando ainda por muito tempo. Dificilmente ela fica resfriada, doentinha… Meu leite protege ela! - coloca a filha na cama novamente.

— Existe outras formas de proteção… Enfim… Vá dormir! Antes…- vai até ela - Me deixa te dar um abraço apertado! - a abraça. Te amo muito minha filha… Você é a razão da minha vida e não sabe o quanto estou feliz por estarmos juntas nesse aniversário.

— Obrigada mãezinha… - sorri, a beijando. Você é meu tudo! - se emociona.

Conversam mais um tempo e ela retorna ao quarto. Encontra Vitor na banheira e começa rir.

— Não cansou de água por hoje?

— Não! - ri. Cadê a bebê?

— Ficou com minha mãe! - retira o vestido e entra com ele. Estou descabelada, com a maquiagem borrada…- vai até ele.

— Você está linda…- acaricia o rosto dele. Você é linda! E está ficando mais velha… Mas, ainda mais linda. - riem. Te amo! Não sei dizer outra coisa para fazer valer minha felicidade em estar com você nesse ano…

— Não precisa dizer nada! - sorri. Me beija…

Vítor a beija e encerram a noite da forma que mais gostavam de compartilhar a vida. Na manhã, Vítor se levanta e ajuda os filhos que queriam fazer uma surpresa para ela. Faz uma vídeo chamada com Maria que queria participar e aguardam ela descer pro café da manhã. A recepcionam com parabéns e muitos abraços. Durante a tarde ela se surpreende com a presença do Monteiro e Bia que vieram passar a semana com eles.

Levem as crianças no mar pela primeira vez e se divertem com a emoção deles.

Na noite finalizam com um jantar na casa com um buffet que Vitor organizou para o momento e com a presença de Leo, Carol, Nilmar é Isabelle que chegaram para parabeniza-lá.

O dia termina com muita alegria, rodeado de pessoas que a amam.