12 anos em 12

Capítulo 156 - #FESTOU




Ao cair da noite, Monteiro e Beatriz chegam à fazenda, para alegria das crianças. Diva e Sol preparam um jantar especial e com todos a mesa, se servem.

— Vitória, calma! - coloca o suco para ela.
— Não quero esse, pai! - bate na mesa.
— Vitória Zapalá! - Paula olha para ela. Por favor!
— Qual você quer?
— Não, branco... Ela vai tomar esse! Diva não fez outro.
— Mas eu não queria de morango! - fica brava.
— Vivi, toma esse, por favor...- pede Marisa.
— Vovó, eu queria abacaxi!
— Amanhã, Vitória! Por favor.
— O que foi? - Diva escuta e vem até a mesa.
— Didi, tem o suco de abacaxi?
— Não, amor... Acabou! Só tinha esse.
— Tá bom então...- pega o copo com o suco que o pai colocou.
— Eu tô tomando esse... Olha! - mostra. Tia Bia, morango é bem bom, né?
— É sim, Antônia! - riem.
— Depois você vai conversar com ela...- olha para Vitor.
— Tá tudo bem! - se serve.
— Já está tudo pronto?
— Sim! Só falta os pés de moleque! Já estão secando na cozinha. Fiz com açúcar mascavo!
— E ficou bom?
— Sim! Eu gostei! - riem. Você gostou Vi?
— Uhum! - limpa a boca. Ficou ótimo! Melhor ainda eu achei. Sério...

Conversam sobre os últimos detalhes da festa. Antônia termina a refeição primeiro e depois os irmãos saem da mesa direto para a brinquedoteca junto com Monteiro.

— Seu irmão não vem mesmo?
— Disse que amanhã chega aqui...
— Dulce, o Neider vem?
— Sim! Combinei com ele. Vem amanhã de manhã. Ele não quis sair hoje.
— Entendi! Vamos tomar um café? - chama todos.

Sentam todos na sala central, conversando sobre a vida, rindo das piadas de Vitor, contando os perrengues de quarentena. Algumas horas mais tarde, vão seguindo aos poucos para os quartos.

— Antônia dormiu! - recolhe uma blusa sobre a poltrona. Me disse que estava tendo pesadelos...
— Tadinha... Vamos nos deitar também...- sai abraçado com ela.
— Você tinha conferido os quartos de hóspedes?
— Sim! Estão todos bem, Pulinha... Relaxa! - abre a porta do quarto e entram, fechando em seguida.
— Vai arrumando aí a cama... Vou limpar meu rosto! - vai para o closet.

Ele arruma a cama dos dois e segue para o closet, onde ela está.

— Preciso ir no dermato, passar algumas coisas para essas minhas manchas também...- se olha.
— Já te falei sobre isso! Vou marcar para você a próxima vez que eu for.
— Sim... - senta-se na poltrona ao lado da dela.
— Tá tudo bem?
— Sim! Por que?
— Nada! - ri. Parece que quer dizer algo.
— Não! Estou bem!
— Vi a foto que postou mais cedo... Gatão! - sorri.
— Viu? Pedaço de mau caminho! - riem.
— Tinha um comentário engraçado! Uma moça comentou que faria amor com você a noite toda em uma rede!
— Sério? - ri alto. Cada uma!
— Eu que o diga! - ri. Gosto da imaginação fértil delas... Na rede nós nunca fizemos amor! - olha para ele.
— Já vamos anotar pra quando pudermos! - riem.
— Isso! - riem. Vai ser ótimo! - passa um creme no rosto.
— Ainda não sabemos, baby...
— Sendo com você, meu querido, é ótimo! - riem.

Ela termina de se arrumar e deitam-se com a varanda ainda aberta, assistindo um filme.

— Chamei o amiguinho a Vivi... Que mora na fazenda vizinha.
— Amigo da Vitória? Desde quando?
— Uai, desde que nasceram.
— Sei!
— Os pais vão trazer. Olha...- mostra o celular. Que coisa mais gostosa! - sorri. Vou comprar!
— Olha esse Paula...- aponta. Vai parecer uma bonequinha! - sorri.
— Não vejo a hora de poder sair pra comprar as roupinhas... Tô agoniada comprando só pela internet. Olha esse aqui! Meu Deus...- clica. Vou pegar dois...
— Gosto de ver os sapatinhos.
— Vou colocar aqui...

Escolhem algumas roupinhas e sapatos para Francesca. Terminam de ver o filme, Vitor fecha a varanda e então dormem tranquilos.
Na manhã seguinte, são acordados pelos gêmeos que entram no quarto e seguem direto para a cama.

— Ni, deixa eu ver...- puxa da mão dela.
— Bom dia! - se espreguiça, vendo-os na ponta da cama.
— Mãe, liga aqui! - entrega pra Paula.
— Bom dia primeiro...- pega.
— Bom dia, mãezinha...- sorri.
— O que querem ver?
— O desenho lá do papai.
— Por que não colocaram na tv de vocês?
— A Ni mexeu.
— Pronto... - coloca no desenho de música.

Eles deitam nas pernas dos pais enquanto veem a TV. Paula aproveita para dormir mais um pouco, mas logo desperta com Vitor conversando com os filhos. Resolvem levantar, se arrumam, levam as crianças para se arrumarem e seguem para o café da manhã onde se encontram com as visitas, inclusive Neider, Nilmar e Isabelle. Cumprimentam todos.

— Oi! Bom dia! - se senta. Cadê Vitória?
— Já tomou café e está lá fora com Bia, vendo a decoração.
— Ah sim!
— Ela comeu bem, Lidi?
— Sim! Comeu mamão, tomou o suco e comeu pão.
— Ótimo!
— Já trouxe Larissa?
— Já sim, Vitor! Está lá fora com Vitória também. - sorri.
— Que bom! - sorri, servindo-se.

Tomam café da manhã. Quando terminam, Vitor segue para o escritório, para resolver algumas coisas. São notificados que a matéria que fez para a Folha já foi ao ar e então Paula decide procurar uma foto pra publicar.

— Eu faço isso...
— Tem certeza?
— Fiz das outras, vamos dar continuidade a tradição! - riem.
— Certo... Vou brincar com as crianças um pouco. - sai.

Vitor escolheu uma foto tirada do início da gravidez, exatamente do dia em que chegaram em casa assustados para anunciar para a família.



Mozart recepcionando Francesca da melhor forma possível! Minha borboleta, @paulafernandes, repleta de metamorfoses, tão linda e tão forte como o poder do sol em minha vida. Abrigo de mais um dos nossos encontros mais sublimes! Te amo, pequena. E amo nossa família! Obrigada a todas as manifestações de carinho, amor e luz. Somos gratos de todo coração! ❤

Paula vê a publicação e resposta, em seu stories. Aproveitando para falar um pouco também.

STORIES ON...

Oi amores! Viram só? - ri. Uma baita surpresa em meio a tanto caos. Mas uma das mais belas surpresas! Os animaizinhos estão mais grudados em mim do que nunca. - mostra flokinho e lilika no colo dela. Estou bem! Estamos bem, aliás. Está tudo correndo bem, as crianças estão ansiosas, eufóricas. Vitor pergunta pra barriga sempre quando a irmã vai chegar! - ri. Aos poucos vou compartilhando tudo com vocês. Esperamos a matéria sair, para termos uma estabilidade em tudo. Mas olha, não é porque estou gravidinha de novo que vou deixar de preparar coisa para vocês. Pelo contrário... Estou programando já duas gravações para serem lançadas!! - sorri. Mas é surpresa! - ri.

STORIES OFF

Aproveita os cachorros mais um pouco e também observa os filhos. A noite vai chegando de mansinho e a fazenda vai se iluminando para a festa.

— Vi, tá tudo certo?
— Sim...- olha as camisas.
— Preciso fazer algo na sua roupa?
— Não! Tem uma infinidade de xadrez aqui! - aponta para o armário. Qual cor?
— A rosa! - riem.
— Beleza! - ri, pegando do cabide. Cadê meu chapéu?
— Sua mãe está colocando uma flor! Vitor quis igual! - ri.
— Tá bem! - abotoa. Você está linda! - sorri.
— Nem coloquei meu vestido ainda, uai! - ri.
— Mas já está maravilhosa! - a beija, saindo.
— Vi, vem aqui...
— Está sentindo algo? - retorna.
— Não! - ri. Só queria te dizer uma coisa...- se aproxima dele. Eu te amo, muito! Muito mesmo. - sorri. Você é o amor da vida, dessa e de outras. Você é o amor para minha vida. Obrigada por ser assim comigo... Por me respeitar, por compreender meus momentos, por estar sempre ao meu lado, apoiar minhas loucuras e me trazer pro chão quando estou indo longe demais e ao mesmo tempo me jogar pro algo quando não acredito nas coisas, em mim. Você é um pai excelente, inigualável! Um homem íntegro e pra mim perfeito, com todas as suas imperfeições.
— Paula...- se emociona. Por que isso? - ri.
— Porque quero que saiba! - beija-o intensamente.

Se entregam ao momento de carinho compartilhado e não percebem Marisa entrando no quarto. Quando entra e os vê na porta do closet, tenta sair sem fazer barulho mas acaba esbarrando na porta que se movimenta.

— Mãe...- olha, envergonhado. Tudo bem?
— Tudo! Vim trazer seu chapéu...- mostra. Mas volto depois!
— Está tudo bem, Má! - ri.
— Toma...- entrega para Vitor.
— Ficou lindo! - coloca rindo.
— Vocês precisam ver as crianças... Estão muito lindas!
— Vou colocar meu vestido e já vou conferir a turma! - vai pra closet.

Termina de se arrumar e vai para a sala onde encontra todos.

— Ah, não...- se abaixa. Vem aqui, amor! - abre os braços. Você está lindo demais, meu filho! - abraça. Meu Deus! - beija. Como pode? Ser lindão assim, mamãe... - sorri.
— Olha meu chapéu! - coloca a mão. Igual do papai!
— Sim! - ri, arrumando. Está muito lindo, filho!
— MÃE! - vem correndo.
— Oi! - a vê. Não acredito! - ri. Filha! - abraça. Você está maravilhosa, minha borboletinha mais linda.- beija.
— Você também, mãe! - mexe no cabelo dela. Está deusa!
— Deusa! - todos riem. Cadê Vivi? - olha para Vitor.
— Está se trocando ainda...
— Filha de Vitor mesmo! - se levanta. Sempre atrasada! - ri.
— Já posso comer pipoca?
— Já! - ri.
— Paula, as amigas que convidei já estão chegando!
— Ótimo! - sorri. Fico feliz que tenham vindo. Vamos receber elas... - seguem para fora.

Paula, Vitor e Marisa recebem Silvia, Paula, Simone, Núbia e Marilda Salomé, todas amigas de Marisa. Acomodam-as e o casal retorna para dentro, pegar mais algumas coisas.

— Sua irmã?
— Estava na estrada... Liguei agora pouco!
— Ok...
— Mãe, coloca no meu cabelo! - entrega para Paula.
— AH! - olha-a. Meu Deus! Vira! - faz a filha virar. Mamãe como tá grande, meu Deus...- abaixa, abraçando ela. Você está linda, minha filha. Você é linda, sabia? Muito linda.
— Obrigada! Meu amigo chegou?
— Ainda não, amor... Mas já vai chegar! Deixa eu arrumar seu cabelo. - se levanta e coloca as flores no cabelo de Vitória.
— Vou me mostrar para tia Bia! - sai correndo.
— Não sei se me sinto feliz ou triste! - a observa sair. Até ontem ela estava aprendendo andar ainda...
— Pois é! - abraça Paula por trás. Me sinto triste! Feliz por eles crescerem saudáveis e felizes. Mas triste porque eles crescem... Queria manter os 5 bem pequenos.
— Mas a Francesca nem nasceu! - riem.
— Mas vai crescer! - riem. Olha lá... Minha irmã chegou! - saem ao encontro de Paula.
— Vitor! - corre abraçá-lo. Quanta saudade meu irmão!
— Eu também, Pulinha! - ri. Que bom que veio!
— Oi Paula 1 ou 2? - vai cumprimentar.
— Como quiser! - o abraça. Como está Rafael?
— Muito bem cunhada! - sorri.
— Que maravilha!
— Oi Pulinha! - abraça.
— Oi Pulinha! - riem.
— Deixa eu ver essa barriga! - afasta Paula observando a barriga. Aí meu Deus, titia... Já está crescendo! - beija.

Conversam mais um pouco e já seguem para cumprimentar outras pessoas da família que vieram. Com todos os procedimentos necessários para prevenção, se divertem na presença de todos que seguiram a risca as recomendações deles para poderem comparecer.

— Pulinha, vai cantar? - se aproxima dela que está conversando com a mãe e uma tia. Monteiro está esperando! - ri.
— Vou! - riem.

Ela sai para cantar na companhia de Monteiro ao violão. As crianças brincam com os filhos do Leo enquanto Tati senta-se com a ex sogra e algumas amigas para conversarem.

— Como você está Tati?
— Estou bem! Trabalhando muito.
— Imagino querida! Recebi os álcoois da sua empresa. Amei!
— Viu que bacana!? Minha irmã que fez a arte. Inclusive tenho que mandar alguns aqui para a Paula usar com as crianças.
— Gente... Venham dançar, pelo amor de Deus! - chega rindo. Minha esposa está cantando para todo mundo dançar! - riem.

Se levantam rindo da animação dele. Com Antônia no colo, Vitor dança enquanto Paula e Monteiro arrasam os corações. Uma música atrás de outra, até que ela chama os sobrinhos para cantarem um pouco.

— Vem Mat! - chama. A tia já está sem fôlego! - ri, entregando o microfone para ele. Arrasa aí! - sai em direção ao Vitor que segura um copo de água. Obrigada! - pega e bebe.
— Você pula demais!
— Uai, não dá para ficar igual uma estátua! - riem.
— Amor, acho que não cumprimentamos aquela amiga ali da minha mãe... Vamos lá?
— Vamos! - seguem.

Cumprimentam mais uma amiga de Marisa que acabou de chegar. Ao som dos sobrinhos, dançam juntos e com os filhos que se não aguentam de tanta alegria pela comemoração. Em um certo momento Vitor vai ao palco para cantar, enquanto ela o observa sentada na mesa com algumas amigas da sogra. Ele dedica Cuidador do Fogo para ela e embala a noite.
Dispersa, com Antônia no colo, observando o esposo, é surpreendida por um comentário.

— Vocês formam um casal tão lindo!
— Obrigada! - sorri.
— Ele aparenta estar muito feliz! E você também.
— E estamos! Vitor me faz muito bem. Nossas almas vivem entrelaçadas.
— Sim! - sorri. E pensar que ele quase casou com você, né Núbia? - ri, olhando para uma outra amiga.
— Que isso, Simone? Nunca tivemos nada.
— Tem certeza? Jurava que vocês tinham saído.
— Nã...Não! - fica sem graça.
— Uai, quem me contou que vocês haviam ficado uma vez? Foi você? - pergunta a uma outra amiga de Marisa.
— Simone, de onde você está tirando isso?
— Aí gente, foi só para descontrair! - ri.
— Vou dar água para Antônia...- se levanta sem graça.
— Mamãe, não quero água! - olha para Paula.
— Vem filha...- sai com ela no colo.

Vitor percebe que Paula se afasta para casa. Termina a canção e passa o microfone para o irmão, Leo que apresenta suas canções solo. Vai atrás de Paula e a encontra na cozinha, bebendo água enquanto Antônia a aguarda.

— O que foi? Saiu estranha da mesa... Sentiu alguma dor?
— Não! - pensa se deve falar.
— Por que essa cara? - pega a filha no colo.
— Sede! - sorri, colocando o copo na pia. Vamos voltar para lá...

Voltam para a festa mas Paula não consegue curtir como antes. Fim de noite, todos vão se despedindo, ficando na fazenda apenas a família mais próxima. Dulce decide ir para cidade ficar com o namorado. Cintia, Nilmar e a esposa a acompanham, pois dormiria no apartamento dela já que Paula e Rafael vão dormir na casa de Vitor com Marisa.

— Como Paula está?
— Bem... Por que? - aguarda a mamadeira dos gêmeos esquentar, olhando para o microondas.
— Simone fez um comentário chato mais cedo, super desnecessário.
— Como assim? - desliga o microondas e retira as mamadeiras.
— Comentou que você e Núbia poderiam ter tido algo!
— Quê? - fica perplexo. Comentou isso perto da Paula?
— Sim... Por isso ela saiu da mesa, toda sem graça. Foi muito constrangedor.
— Foi ridículo! - pega as mamadeiras e sai furioso.

Entra no seu quarto e entrega a mamadeira para os filhos que estão deitados na cama, vendo desenho.

— Paula...- entra no closet dela.
— Oi...- passa um creme nas olheiras. Estão mamando? Daqui a pouco dormem, aí você leva eles para os quartos. Vitória quis dormir com sua irmã.
— Nunca rolou nada entre eu e a Núbia.
— Sua mãe contou? - se vira para ele.
— Sim...
— Tá tudo bem! - volta para o espelho.
— Você acredita em mim, certo?
— Se você está dizendo que não teve nada, acredito. Mas de onde tiraram isso?
— Ela é filha de uma grande amiga da minha mãe. Frequenta nossas casas há muitos anos. Nunca teve sequer um olhar diferente... Nada. Nada mesmo. As pessoas criaram algo somente porque estávamos sempre juntos com nossa família.
— Entendi... - volta passar os cremes.
— Tem teste amanhã?
— Sim! Você acha que vou conseguir? - vira para ele. Não consigo me recordar exatamente da dor em si do parto da Vitória. Foi um misto de tanta coisa. Sei que doeu... Não foi fácil. Mas estou com medo...
— Vai dar tudo certo! - massageia os ombros dela.
— É meio estranho esses testes, né? Fico ali fingindo fazer força. - ri.
— Sim! É muito estranho. - riem. Mas vai ser bom, eu acho né... Pelo menos é o que ela diz!
— Assim espero... Sua irmã trouxe umas roupinhas para ela. Pega ali para você ver...- aponta a sacola.
— Vestidinho? - pega e começa tirar as peças.
— Sim! Olha o azul... - sorri.
— Aí meu Deus... De borboleta, amor! - olha admirado. Tão pequenininho! - cheira. Cheiroso!
— Vamos lavar ainda as peças novamente... Olha o rosinha, branco... - mostra.
— Coisinha mais linda! - ri.

Ficam admirando as roupinhas por um bom tempo. Organizam todas para poderem lavar no dia seguinte, levam as crianças para seus quartos e enfim deitam-se. Na madrugada são surpreendidos por Vitor na porta do quarto.

— Oi filho...- abre a porta. O que foi?
— Quero dormir aqui, pai...- entra.
— Cuidado com a mamãe...- vê ele subindo na cama, fecha a porta e volta deitar. Vem aqui, amor...- abraça-o.

Dormem por mais algumas horas quando Vitória entra no quarto com Antônia.

— Mãe...- sussurra ao lado de Paula. Mãe? - mexe nela. Vai lá no papai, chama ele...
— Tá...- vai até o pai. Pai? - puxa o braço de Vitor.
— Oi? - se assusta. O que foi Antônia? - senta-se. O que foi filha?
— Nada... - Vitória vem até ele. Por que Vitor dormiu aí?
— Filha... Ele teve pesadelo.
— Sei...- sobe na cama. Vou ficar aqui também.
— Pode subir, papai?
— Sim! - sorri e a pega no colo, colocando na cama. Vamos ficar quietinhos para mamãe não acordar! - deita e cobre elas.
— Ôh pai... tia Paula pode morar aqui?
— Vivi, tia Paula mora no Rio de Janeiro...
— Onde fica isso? - Antônia pergunta.
— Vou levar vocês para conhecer em breve!
— Não dá... tem o corona, pai...
— Sim, depois do corona! - ri. Vamos dormir mais um pouquinho...- fecha os olhos cansado.
— Pai...- abre o olho dele. Você deixa eu ir com a tia Paula?
— Filha, agora não. Outra vez. E tia Paula vai ficar aqui um bom tempo.
— Hum...- se vira para o outro lado.

Ele fecha os olhos para descansar um pouco. Mas as crianças não permitem muito. Se levanta com os três, escova os dentes de todos e manda para cozinha, para tomarem café. Aproveita e se arruma.

— Bom dia! Estavam todos aqui? - o observa tomar banho.
— Estavam! - ri. Nem dormi direito...
— Imagino! - retira a camisola e entra na ducha com ele.
— O teste é agora de manhã?
— Daqui a pouco! - sorri. Levantei com o despertador! - espalma aos mãos sobre o peito dele. Você é tão cheiroso...- deita-se sobre ele.
— Tomando banho, quem não é? - a abraça rindo.
— Não... Você é cheiroso por natureza! - ri.
— Tá bom...- a beija, vagarosamente.

Aproveitam o momento para curtirem a sós. Saem do banho, arrumam-se e seguem para a sala de entrada, onde já se encontram com a doula. Após a aula de treinamento, tomam café da manhã e cada um segue para cumprir alguns compromissos.

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