Eu já lutei pelo amor. Já acreditei nele. Já passei horas em frente de casa esperando ele me olhar de volta. Eu lutei tanto pelo o amor, me doei tanto que no final eu mal sabia quem eu era. Ele disse que não me amava. Eu disse que tudo bem, que o que eu tinha seria o suficiente por nós dois. Como eu estava errada.

Deus sabe o quanto eu sofri. Eu me sentia sozinha, desamparada. Como se falta-se algo. Como se eu precisa-se de complemento pra me sentir completa. Engraçado! Nunca pensei que eu pudesse estar duplamente errada. Eu nunca amaria o suficiente por dois, mas também nunca precisaria de outro pra me sentir um.

O fato é que naquela época eu não entendia que eu precisava me gostar primeiro pra depois gostar de alguém. Eu precisava ser um, para formar dois. Confuso? Talvez, mas completamente simples e irônico.

Com o tempo eu aprendi que o amor não é uma coisa que vem com manual. Você não pode molda-lo na fôrma de outro. Você tem que vive-lo, sofre-lo, aprende-lo e então, assim, esperar que ele se molde sozinho, sem pressão, timidamente seguro nessa forma linda e peculiar que agrade aos dois.

Hoje eu me sinto completamente completa. Isso mesmo! Nesta curiosa forma redundante. Sem necessitar desesperadamente e precipitadamente do amor romântico em si. Eu tenho o amor fraterno, o amor amigo, o amor próprio e o amor de Deus e em algum dia quem sabe, por um simples acaso do destino, o amor na sua forma mais singular topará comigo e eu serei aquilo que inicialmente lutei tanto pra ser: eu serei romântica. — Lillith Crow

  • ID: #69656
  • Títulos: Nenhum
  • Entrou em 3 de dez. de 2010 20:28
  • 3 comentários destacados pelos autores
Carregando...
Carregando...
Carregando...
Favoritos
Carregando...