"Já se passaram quase 1 mês e dois dias desde a sua partida, pude notar. Pude sentir minha vida mudando e tomando um rumo só meu, vi meus amigos juntando as mãos e formando um círculo protetor ao meu redor, observei as lágrimas de minha mãe ao ver as minhas, senti seu abraço e seu coração disparado ao tentar conter a minha dor. Acredite, achei que não suportaria ouvir da sua boca as seguintes palavras: “Somos jovens, temos muito o que viver, você vai encontrar outro alguém, sou apenas o seu primeiro amor de muitos. Não dá, eu não consigo mais.” Não queria acreditar, não queria entender, não podia aceitar, porque você? Logo você? Me tirou da lama e me agasalhou em seus braços, me fez criança, me fez adulto. Mas no íntimo, sempre pedi que se algum dia tivéssemos que nos separar…que doesse mais em mim, o que eu realmente não suportaria era te ver sofrer. Um ano atrás: Estava sentado no pátio do colégio olhando as inúmeras fotos suas em meu celular, como de praxe, pego meu fone de ouvido e coloco nossa música pra tocar. “Everything, Lifehouse.” Se você soubesse quantas vezes já chorei ouvindo essa música, quantas vezes implorei aos céus que rompesse essa distância, se você soubesse ao menos quantas vezes peitei as pessoas que diziam que nosso amor não daria em nada. O que mais dói é saber que elas estavam certas, as distância não nos separou, na verdade, eu nem sei qual foi o motivo. E sinceramente, hoje já não me importa tanto; já dizia o próprio Lifehouse, em From Where You Are: “Eu sinto falta dos anos que foram apagados, eu sinto falta do jeito que o brilho do sol iluminava seu rosto, eu sinto falta de todas essas coisas pequenas. Nunca imaginei que elas significariam tudo pra mim; sim, eu sinto sua falta. E eu queria que você estivesse aqui.” E você não esteve, não se importou se eu sentiria falta do toque do telefone, se eu teria com quem chorar, se teria alguém pra mostrar que o futuro vale a pena; não ligou se eu sentiria falta dos apelidos, dos carinhos, da vontade de ver, e principalmente, você não se importou em como eu viveria depois de 11 meses ouvindo sua voz todos os dias. Não desejo essa dor a ninguém, nem ao meu maior inimigo, ele não a mereceria. Sei que teria todo direito de sentir raiva de ti, sei que seria até lógico devido a situação, mas não sinto raiva alguma. Jamais trocaria aquele lindo amor por um sentimento tão pequeno, só tenho a enterra-lo no fundo de um coração tão ferido e deixar que algumas lembranças boas fujam vez ou outra. E eu vou seguindo, assim como a maré, hoje não dói tanto; não permiti que doesse. Porque teria que sofrer? O errado não fui eu, fiz tudo que manda o manual, fui carinhoso, levei pra ver filmes, fizemos amor, nunca levantei a voz sequer uma vez, te amei incondicionalmente, porque eu? Logo eu, deveria ficar sofrendo por alguém que não valorizou? Desculpa, a vontade de morrer durou apenas uma semana. Tenho tanto pra conhecer, tenho muito o que viver. - Às vezes pego-me olhando a rua no portão da minha avó, ali foi quando falei a primeira vez contigo ao telefone, um sorriso brota no meu rosto, são aquelas lembranças boas, as que fizeram valer a pena todo esse tempo gasto. Seu rosto vem perfeito à minha mente, e mais uma vez um sorriso me escapa, fecho os olhos, pego que Deus cuide de você assim como não pude, quero que encontre em outra pessoa aquilo que não encontrou em mim, desejo que seja feliz por inteiro e que também lembre de mim por lembranças boas. Se um dia quiser me procurar pra manter uma amizade, fique a vontade, te receberei de braços abertos. - Abro os olhos, parece que está escurecendo, saio do portão, entro em casa e escrevo esse texto que remeto a você, o meu primeiro e eterno amor."

Você é a força

Que me faz andar

Você é a esperança

Que me faz confiar

Você é a vida

Para minha alma

Você é meu propósito

Você é tudo

  • ID: #472825
  • Títulos: Nenhum
  • Entrou em 24 de mai. de 2014 21:48
  • 2 comentários destacados pelos autores
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