"Quem sou eu? Não ontem. Não amanhã. Hoje.
Quem vou ser amanhã? Isso não importa.
Quem sou hoje, nesse momento. Nesse agora. É isso que quero saber.
Quem eu sou? Quem eu sou? Quem eu sou? Quem eu sou? Quem eu sou?
Eu não sou a mesma de ontem, muito menos a da semana passada.
Eu sou um oceano. Eu sou o mar.
Eu sou o vento, o fogo, a água, a terra.
Eu sou pé no chão, cabeça nas nuvens.
Eu sou quem devo ser.
Cheia de “eus” e possessividades. Cheia de certezas e incertezas. Em mutação constante e sempre em construção.
Nunca um trabalho finalizado.
Tudo é relacionado.
Fogo e terra, ar e água.
É tudo uma coisa só, não são quatro, nem duas, nem três, mas uma.
Onde não estão juntas, nada mais são do que pedaços incompletos.
O ser ou não ser. O tudo ou nada. O isso ou aquilo.
Há um mundo dentro de mim.
É tudo caos; é a bagunça do meu existir.
Somos construções sociais, definidos pelo meio em que vivemos? Sempre sendo questionados sobre o que queremos ser ou ter. O futuro importa mais do que o agora. O hoje é encarado como um momento em que você não pode fazer mais nada, no entanto, é no agora que se pode ter êxito.
Cada célula do nosso corpo é destruída e substituída a cada 7 anos. Se células mudam, como posso dizer que eu, um ser tão sem certezas concretas, não mudo a cada segundo?
Não gosto de dizer que sou isso ou aquilo, não gosto de rotular o meu eu. É algo que não posso. Seria me contradizer… mas o que eu, uma mutação constante, posso afirmar quando de nada tenho certeza? No momento, eu tento ir me construindo, sendo o que tenho de ser no agora. Eu sou o que sou.
Eu sou poesia."

—autoria própria

Pode mandar mensagens que eu gosto de fazer amiguinhos novos ♥.

Escrevo mais poesia, apesar de sair umas coisa de ficção de vez em quando.

  • ID: #433222
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  • Entrou em 10 de fev. de 2014 23:46
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