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Sentado ao pé do fogo eu penso

em tudo o que já vi,

flores do prado e borboletas,

verões que já vivi;

As teias e as folhas amarelas

de outonos de outros dias,

com névoa e sol pela manhã,

no rosto das auras frias.


Sentado ao pé do fogo eu penso

no mundo que há de ser

com inverno sem primavera

que um dia hei de ver.

Porque há tanta coisa ainda

que nunca vi pela frente:

em cada bosque, em cada fonte

há um verde diferente.

Sentado ao pé do fogo eu penso

em gente que se desfez,

e em gente que vai ver o mundo

que não verei de vez.

Mas enquanto sentado eu penso

em tanta coisa morta,

atento espero pés voltando

e vozes junto à porta.

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  • ID: #37328
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  • Entrou em 18 de fev. de 2010 17:24
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