"É lenta e quase não fala.

Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos.

E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém,

que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la.

Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa.

É impossível sentir-se à vontade perto dela,

não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor.

Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto."

— Caio Fernando de Abreu.

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  • Entrou em 15 de jul. de 2013 16:35
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