Eu sou ontem, anteontem, hoje e muito amanhã. E, como o poeta das minhas canções favoritas disse uma vez, entre flor e espinho, eu sou cicatriz. Eu sou a dor presente e passada que insiste em aparecer na pele, mesmo debaixo das roupas quentes. Eu sou a dor viciante que não sabe tornar a si mesma. Eu sou um dia triste de chuva que encanta alguns poucos (e loucos) corações. Eu sou o silêncio que guarda diversos gritos de raiva, rancor, ódio e ocasionalmente de amor. Eu sou a tendência suicida que tem medo da morte. Eu sou o sorriso fraco que esconde as tantas lágrimas que muitas vezes não são minhas. Eu sou a tristeza de ver algo acabar, mesmo que não estivesse bom. Eu sou a ausência de fé em si mesmo e nos outros. Eu sou a solidão intencional por dores de um passado que insiste em voltar. Eu sou tão coração que chego a ser mais razão. Eu sou tantas emoções fortes que não há quase nenhum grão dentro daquela garrafa. Eu sou o sofrimento viciante. Eu sou o repetir de versos tristes.

Eu ainda sou um ponto no meio do nada.

  • ID: #136682
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  • Entrou em 26 de fev. de 2012 02:55
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