{Capítulo Revisado e Editado Dia 22/12/2019}

Point of View Clarissa Morgenstern

Eu estou em um lugar escuro, sem luz, é tão frio e tão vazio. Eu olhei ao redor e vi apenas escuridão, preto e preto nada além disso.

Eu me abracei pois aqui (seja lá onde é que eu esteja) estava frio. Caminhei um pouco para frente, o único som que eu escutava era dos meus passos. Escuro, frio e silencioso, o que mais poderia acontecer?

De repente, uma luz mira a minha frente, mostrando uma pessoa, não uma pessoa qualquer: Izzy, é a izzy. Eu queria abraçar ela, falar que sinto muito por deixar ela e os outros, mas ela estava sem emoção, a única emoção que estava estampado no rosto dela era ódio e nojo.

— Ele matou o Max e você ainda dorme com ele? — ela falou com raiva.

Eu não sabia o que falar. "Ele", ela falava do Jonathan?

Uma outra luz acendeu, agora apareceu o Alec, um Alec sem emoção, igual a Izzy.

— Ele tentou matar todos nós - ele disse firme, ele também me olhava com nojo e desprezo.

Outra luz se acendeu, agora Jace apareceu.

— Você me deixou, nos deixou, pra ficar com aquele monstro? O monstro que MATOU o meu irmão, que tentou me matar? - ele falava incrédulo.

Como ele podia estar falando do meu irmão desse jeito? Tá, eu sei que ele não é a melhor pessoas, que ele já matou muitas pessoas e que ele é um monstro, mas ele é o meu irmão, é a minha família e eu não vou deixar ninguém falar dele desse jeito.

— ELE NÃO É UM MONSTRO! — gritei.

— Ele é sim! — os três falaram ao mesmo tempo.

Eles começaram a dar passos para frente, para chegar perto de mim. Raiva, nojo, desprezo, era isso que que estava estampado nos rostos deles.

— Ele matou o Max — falou Alec.

— Tentou matar o Luke — Isabelle lembrou.

— Tentou nos matar — falou Jace.

— E VOCÊ AINDA FICA AO LADO DELE?! — Todos gritaram para mim.

Eu deixei uma lágrima escapar. Será que eles não sabem que eu fiquei ao lado dele para protege-los? Que eu me sinto mal por deixá-los? Pelo jeito não.

Eu caí de joelho no chão, eu não aguentava ouvir eles falando aquilo. Tudo começou a girar. Eu apenas ouvia as palavras deles.

‘Sangue Ruim’, ‘Estranha’, ‘Burra’, era tudo que eu ouvia.

De repente tudo ficou silencioso, eles sumiram, tudo voltou a escuridão que saiu.

Uma luz se ascendeu na minha frente e Jonathan apareceu na minha frente. Era ele, só que com asas pretas. Ele estendeu a mão, eu a segurei e levantei.

— Vai ficar tudo bem — garantiu — tudo bem.

Eu acordei assustada, suando frio.

Que sonho foi esse que eu tive? Sonho não, pesadelo. Isso mexeu mais comigo do que eu podia imaginar.

Eu senti um braço em volta da minha cintura, olhei pro lado e vi Jonathan dormindo com seu cabelo todo bagunçado, mas mesmo assim ainda era lindo. Ele pare um anjo dormindo, meu anjo negro.

Eu olhei pro relógio que estava na cômoda, eram três da manhã, está cedo, ou tarde, ainda, não sei se conseguiria voltar a dormir depois desse sonho/pesadelo.

Tentei me levantar sem acordar ele. Eu percebi que estava nua, fui até o closet dele e peguei uma de suas camisas cinzas e vesti, ficou parecendo que eu estava de vestido.

Eu precisava tomar água, minha garganta estava seca, muito seca.

Cheguei na porta do quarto e abri, olhei para cama e vi que ele ainda estava dormindo. Sai do quarto tentando fazer o mínimo de barulho possível, fui para a cozinha e peguei um copo e enchi ele de água.

Fiquei pensando se era isso que realmente os meus amigos (ou não) pensavam sobre mim, sobre eu ter ficado ao lado do meu irmão, de eu ter dormido com ele, mas, bom, disso não tinha como eles saberem.

Bom, Eu não me arrependo da noite passada, foi uma loucura, eu admito. Eu não sentia culpa por ter dormido com ele, com o meu irmão, o que é tão, mas eu havia gostado.

Sem perceber, eu já havia tomado toda água do copo quando senti uma mão no meu ombro, dei um pulo de susto e me virei pra ver quem era, Jonathan, é claro, quem mais poderia ser? Eu olhei para ele e disse:

— Eu achei que você estava dormindo. Desculpa se eu te acordei — pedi.

— Eu estava, e foi por isso que você fugiu? — perguntou.

— Eu não fugi, apenas vim beber água. — Balancei o copo vazio de água para ele.

— Entendi — balançou a cabeça.

Eu coloquei o copo na pia e meus olhos sem querer, é claro, foi para o seu corpo nu, desviei o olhar, senti minhas bochechas ficarem vermelhas, provavelmente eu estava da cor do meu cabelo, ou até mais, vi ele dando um sorriso de lado.

— Você não tem roupa não? — perguntei sem graça.

— Tenho, e vejo que você está usando uma delas. — Ele chegou mais perto.

— Eu não achei outra roupa para vestir. — Mentira, eu só queria vestir uma roupa dele mesmo, a minha camisola estava no chão do quarto.

— É claro — fingiu acreditar.

Eu fui em direção as escadas para poder ir para o quarto quando sinto ele me puxando pela cintura.

—Onde você vai? — ele perguntou com um sorriso no malicioso.

— Dormir, eu estou muito cansada. — Eu realmente estava cansada, exausta na verdade, eu só queria me jogar na cama e dormir até o dia seguinte.

Ele me jogou em seu ombro como se eu fosse um saco de batatas, subiu as escadas e abriu a porta do quarto e me jogou na cama, ele começou a subir em cima de mim.

— Eu não estou cansado, pelo contrário, estou cheio de energia. —Ele começou a me beijar intensamente.

— Agora que você disse, eu não estou mais com sono.

Meu corpo estava pegando fogo. De repente todo o cansaço sumiu, eu só queria beijar ele, sentir ele dentro de mim.

Coloquei as pernas ao redor da cintura dele pressionando os nossos corpos, passei as mãos pelo cabelo dele.

Ele foi descendo os beijos, beijou meu pescoço. Ele colocou a mão na bainha da minha camisa e a tirou me deixando nua, colocou uma das mãos no meu peito e o apertando enquanto lambia o outro, isso me fez gemer, gemer muito. Depois desceu os beijos para a minha barriga e depois a minha intimidade. Ele colocou os dedos fazendo movimentos de vai-e-vem com eles, eu mordia os lábios para não gemer.

— Deixa-me te ouvir — pediu ele.

Ele retirou os dedos e me penetrou, isso me fez gemer o nome dele.

— Jonath... mmmm... — falei entre gemidos.

— Clary... – Explodimos.

Ele se jogou do meu lado já suado, e eu também estava suando. Eu queria falar uma única coisa pra ele, uma coisa que já estava na minha mente a pouco tempo. Olhei para ele e vi que ele já havia pegado no sono.

— Eu estou me apaixonado por você — sussurrei.

Eu realmente estava me apaixonado por ele, aos poucos eu o amaria.