{Editado e Revisado Dia 21/12/2019}

Point of View Jonathan Morgenstern

Paris estava realmente linda esta noite, as estrelas brilhavam tanto, à noite estava bem agradável, e a Clary..., bom, a Clary está maravilhosa como sempre, mas esta noite está mais, com o seu longo vestido preto brilhante que tem uma abertura na lateral da perna, com o seu salto alto que a deixa um pouco mais alta, não na minha altura, mas alta, com seus cabelos ruivos soltos, seu maravilhoso cabelo ruivo, seu olhos verdes que pareciam brilhar ao admirar a vista.

Eu não parava de pensar no beijo que ela tinha me dado mais cedo, um beijo que eu não forcei, um beijo que ela me deu por livre e espontânea vontade. A lembrança dos seus lábios nos meus, nossos corpos colados um no outro, aquilo realmente mexia comigo, ela me fazia virar uma outra pessoa.

— Onde estamos? — Ela parou de observar a vista e olhou para mim com um olhar curioso.

— Ainda não sabe? — Eu perguntei a ela enquanto olhava nos olhos dela.

— Não. — Ela olhou em volta tentando adivinhar.

Eu apontei para a Torre Eiffel. Quando mostrei ela ficou admirada. Com um suspiro disse:

— Paris! Sempre quis vir aqui. — Ela estava feliz, pela primeira vez desde que havia chegado.

— Mas nós já viemos uma vez aqui, não se lembra?

— Sim, eu lembro. Mas quando viemos aqui, vamos dizer que eu não aproveitei muito a vista. — Ela parou de olhar a vista e se virou para mim — Aonde vamos?

— É uma surpresa. — Eu lancei um sorriso de lado.

Ela bufou e revirou os olhos

— Você vai gostar — prometi.

— Espero mesmo.

E assim nós dois ficamos em silencio, ela admirando a vista, e eu com os meus próprios pensamentos.

[...]

— Chegamos! — Paramos em frente de uma grande mansão.

— Aqui? — ele me olhou confusa.

— Onde mais um baile aconteceria? — Eu dei uma risadinha. Segurei a mão dela e abri a porta para entrarmos.

— Um baile? — Antes que pudesse dizer outra coisa entramos e ela apenas olhou para o interior da mansão. — Wow! Como aqui é lindo — disse admirada.

Não era a primeira vez que eu ia em um baile, mas certamente era a primeira vez dela em um baile. Eu não estava ali para dançar, é claro, tinha negócios a tratar, mas uma noite de diversão não faria mal, além do mais, eu estaria com a melhor companhia: a Clary

— Vamos dançar. — Eu puxei ela até o centro para dançarmos.

— Eu nunca fui em um baile antes. — Eu juntei a minha mão na dela e começamos a dançar.

— Eu sei.

— Sabe?

— Eu sei de tudo. — Eu olhei a nos olhos.

— Eu... eu queria te perguntar uma coisa. — Começou hesitante.

— Pergunte.

— Você realmente sabe o que eu sonhei? — Ela me olhou nos olhos. Eu fui até o ouvido dela e sussurrei.

"Eu te amo como nunca amei ninguém" — Eu a senti se arrepiar e depois ficar congelada quanto citei o que ela falou no sonho.

— Mas... como você sabe? — Ela parou de dançar e me encarou chocada.

— Eu já disse: eu sei de tudo, irmãzinha.

Eu puxei ela mais pra perto de mim fazendo que nossos corpos ficassem colados um no outro, senti o coração dela acelerar, a respiração aumentar. Eu queria beijar ela, como eu queria, queria sentir os lábios dela nos meus, mas ao invés disso mim apenas sussurrei no ouvido dela:

— Eu já volto, tenho negócios a tratar!

— Eu sabia! — Ela me olhou como alguém que estava certa de tudo.

— Sabia do que?

— Que você não veio aqui só pra dançar ou se divertir, você veio executar o seu plano do mau, não é?

— Sério? Plano do mau? Fica aqui, eu já volto — Enquanto eu me afastava, ela cruzava os braços com uma cara de raiva, como uma criança.

Eu sai dando risada. Plano do mau, só podia ser a Clarissa para dizer essas coisas.

Ela mexia comigo, o seu sorriso, seu cabelo, sua coragem, ela me tornava outra pessoa, uma pessoa que eu nunca pensei em ser, uma pessoa que eu não queria ser.... Eu logo afastei esses pensamentos quando cheguei perto dele.

— Edgar! — Fui até ele.

— Filho de Valentine! — falou com desdém.

— Trouxe o que eu te pedi? — Ele estava encostado na parede, eu fiquei ao lado dele.

— Claro. — Ele retirou uma adaga de trás das costas.

Ele me entregou a adaga, peguei ela nas mãos virando de um lado para o outro para admirar ela, levantei um pouco para cima e a luz refletiu na adaga super afiada e mortal. A adaga era realmente incrível

— Ela se chama...? — perguntei o nome da adaga ao Edgar.

— Potens. — Poderosa em latim.

— A adaga mais pura de adamas — falei com admiração —, uma adaga que mata qualquer um com apenas um pequeno corte.

— O meu pagamento — Exigiu ele

— Sabe, Edgar, eu não pediria uma adaga tão poderoso assim e deixaria alguém vivo para saber dos meus planos.

— Hã? como assi...

Antes dele concluir a frase, eu fiz um pequeno corte no braço dele fazendo com que o corte se multiplicasse até ele parecer uma peneira de tantos cortes que tinha. Ele deu um grito, mas ninguém podia ouvir, pois estava com um feitiço de silêncio, assim ele caiu no chão e morreu. Olhei para o corpo dele caído, coloquei Potens dentro do terno e fui em direção onde Clary me esperava.

— Vamos! — Falei enquanto a puxava para a saída.

— Já concluiu seu plano do mau? — perguntou sarcasticamente.

— Já, agora vamos.

[...]

Depois que saímos do baile, ficamos caminhando pelas ruas de Paris, já estávamos andando a pouco tempo, mas parecia uma eternidade, o tempo estava começando a fechar, anunciando que ia chover, eu tinha um pensamento a cabeça, então comecei a falar:

— Clary, você sabe que os seus amigos provavelmente estão atrás de você, não sabe? — Paramos em frente de um banco e sentamos.

— Sim, eu sei. — Ela suspirou e olhou pra mim.

— E você sabe que eu posso matar eles a qualquer momento, não é? — Ela deu um suspiro e disse.

— Sim... aonde você quer chegar com esse assunto?

— A um acordo.

— Um acordo?

— Sim, está disposta a ouvir? — Não era realmente uma pergunta, mesmo se ela falasse não, eu iria falar.

Ela hesitou por um momento e logo assentiu com a cabeça.

— Fique ao meu lado para sempre, seja minha e apenas minha que eu prometo nunca encostar um dedo nos seus amigos e na sua mãe.

Nossa mãe. — Eu odiava pensar em Jocelyn como a minha mãe, mas ela era minha mãe, mesmo que eu não gostasse de admitir.

— Como eu sei se você vai cumprir esse acordo Sebastian? — Ela perguntou.

— Você terá que confiar, além disso, eu não quebro promessas — Eu raramente as quebrava. — Eu tenho um amigo que neste momento está observando os seus amigos, e se eu der apenas um sinal ele os mata na hora.

— Por que você me quer tanto?! — Ela começou a elevar a voz.

— Porque que você é minha! — Eu aumentei o tom de voz ao mesmo nível que ela.

— Pare de repetir isso! Eu não pertenço a você! — Ela se levantou e me encarou com raiva e nojo.

— Você é sim! — Eu gritei fazendo ela se encolher — Não vamos discutir isso, irmãzinha.

— Por que? Você vai me matar é? Então me mata e acabe com tudo isso! — Ela gritou.

— Não, eu não vou te matar, mas eu vou matar os seus amigos e a sua mãe — ameacei — Você não é a heroína da história? A pessoa que se sacrifica por todos? Então se sacrifique ficando do meu lado, ficando comigo pelo resto de sua vida, sendo minha, ou, eu apenas mato todos que você ama.

— Você é louco! — Eu vi que lagrimas começaram a se formar nos olhos dela.

— Sim, louco por você, Clary. — Eu me aproximei dela — Você vai aceitar ou não? Estou começando a ficar sem paciência!

Ela fechou os olhos, suspirou fundo, me olhou e disse:

— Sim... eu aceito — Os olhos dela estavam cheios de lagrimas. Eu não pude de deixar de dar um sorriso ao ouvir o que ela disse.

— Ótimo, apenas basta cumprir a sua parte que eu cumpro a minha. — Eu ergui a cabeça dela para que ela me olha-se e lhe dei um beijo, ela, no começo, tentou lutar, mas logo cedeu ao beijo. As coisas estavam começando a melhorar entre nós.