Órion! The Clan Hope Kuchiki

Um encontro pré-meditado


– Eu?! Se Kuchiki taichou descobrir ele me mata e do mesmo jeito o que eu ganho com isso? – gela de medo.

– Minha amizade, minha estima e minha total proteção, eu garanto que ele não saberá de nada em relação a você.

– Mas porque a senhora quer vê-lo, sabendo da rixa mortal entre eles? – Virando-se pensando que não teria respostas, já que os Kuchikis não prestavam contas com ninguém que não os interessem.

– Faça-o apenas, tenho fortes motivos para tal façanha. E se não quiseres te arriscar, confio tal missão que é de suma importância à outra pessoa mais capacitada e destemida. Se tu refletires um pouco mais, perceberas que se eu tiver êxito nessa missão, em acabar com essa rixa idiota, tu será um dos responsáveis por tal vitória. – fala provocativa e como se não quisesse nada.

– Lógico que sou destemido, e é somente um recado, que mal fará? Sendo tão importante assim, mas se a senhora não conseguir? – fica preocupado.

– Já te dei minha palavra e não volto atrás, sempre poderás contar comigo. Agora vá por obsequio Abarai-san. – faz uma carinha fofa com os orbes glaucos brilhantes.

– kekkoo! Mas e o taichou, Chiharu-sama?

– Já resolvi esse assunto, não se preocupe arigatoo!

– até mais então. – se despede da prateada o ruivo.

Algumas horas antes:

– Creio que Kuchiki taichou não tem conhecimento de sua presença aqui não é senhorita?

– meu senhor não pode nem desconfiar, para todo caso estou em casa pintando cerejeiras.

– Estás certa do que me pediste? Sabes tu melhor do que ninguém da contenda que se criou entre os dois há alguns anos, te imporás ao orgulho do seu líder?

– Por tal pessoa enfrentarei quem se opor contra meus objetivos, há mais coisas envolvidas que o senhor imagina. Sei do seu carinho por ele e não pretendo machucá-lo, mas para conseguir tais objetivos é crucial que o encontre, sendo que o senhor deverá manter Byakuya-sama ocupado por algumas horas.

– Meu amigo já sofreu muito e ainda sofre com a culpa que ele carrega nunca se perdoou, não pôde se despedir dela e muito menos pedir desculpas pelo desentendimento que teve com sua esposa ainda na lua de mel e desde então sua saúde só piora.

– Se ele aceitar minha proposta deixará de sofrer e terá uma nova chance para ser feliz, sorrirá novamente. Ainda porei um fim nessa rixa desnecessária.

– Você vem do mesmo lugar que ela, não é? Não és daqui!

– Ainda não é sensato que revele quem sou e o que vim fazer, para isso deverei preparar a todos os principais personagens. Ajudar-me-ás ou não?

– Conte comigo menina para o que precisares, eu farei isso pela tarde.

– Arigatoo Comandante, não te arrependerás. Sayonara!

Pela tarde o Kuchiki segue para uma repentina reunião de emergência, deixando Yuè aos cuidados de sua velha criada Yui.

No lugar marcado, nas redondezas do 13° bantai, longe de residências e outros lugares, pelo começo da tarde. Um taichou caminhava mansamente por um belíssimo campo, explanando tudo com um olhar nostálgico e melancólico, sentando-se debaixo de uma arvore, um tipo de carvalho, recordou que sua amada adorava passear por aquele lugar, quantas não foram as quedas daquela arvore majestosa? Sorriu um pouco, porém seu coração fora tomado por remorso, se pondo a esperar mesmo a pessoa por quem aguardava estar atrasada, não tomou ciência que estava sendo observado há algum tempo.

O vento soprou frio e forte levantando pétalas, folhas e agitando a grama alta, fazendo pequenas ondas no riacho que banhava a parte leste da pequena colina que se punha em meio ao prado. Enchendo o lugar com a doce fragrância das flores, aquela cena era sublime mesmo um pouco irritado pela demora da tal pessoa, manteve seu semblante sereno como de costume, fechou os olhos e descansou.

Porém repentinamente antessente uma reiatsu violenta e avassaladora se aproximar velozmente em sua direção. O taichou levantou-se e levou sua mão ao cabo de sua zampakutou preparando-se para um eventual confronto com um possível adversário, entretanto a terrível energia desaparece sem deixar vestígio, contudo o capitão continua apostos sem hesitar, seus longos cabelos prateados assim como sua haori balançavam ao vento, igualmente como a grama, porém o vento soprava contra ele, do mesmo lado em que desaparecera a reiatsu, instantaneamente ele é atingindo por um golpe inesperado o lançando em meio ao campo, pondo-se de pé rapidamente.procurando o seu agressor, nesse momento o lugar é assombreado por uma densa nuvem, que pairava sob o ardente sol vespertino, mas nem sua presença espiritual conseguira sentir, até sentir algo como um chute em seu queixo, jogando-o próximo ao riacho, levantou-se zonzo e enfurecido.

Neste instante o sol volta com todo seu esplendor, surgindo em sua frente a bela donzela de cachos prateados e olhos glaucos, com sua katana em punho e uma pressão espiritual fora do comum. Yuè trajava algo parecido com o uniforme da academia shinigami com a calça vermelha e a camisa branca, porém com as mangas largas ajustadas ao pulso, com uma obe estreita bordada com fios de pratas e bordas azuladas, um verdadeiro mimo, com um enorme laço nas costas, usando o cabelo em um rabo de cavalo alto preso com uma fita rosa, com as rebeldes mexas sobre o delicado rosto agora de aspecto agressivo.

– Enfim nos encontramos novamente, esperava ansiosamente por tal dia, Ukitake taichou!

– Confesso que jamais esperei esse tipo de recepção de tua parte criança, quando a vi pela primeira vez me pareceste tão doce e meiga! Para que marcaste este encontro comigo, para se vingares pela morte de Órion?

– Órion não passava de uma indolente insana que se desviou de seus caminhos e caiu em um mar de trevas, era uma idiota. O fim que teve foi bem merecido. – elucida fria.

– Não fale assim da minha amada, ela foi o ser mais gentil e amoroso que conheci, arriscando sua vida pelo bem de outros, você não tem esse direito de manchar sua memória menina insolente, aprendeste isso com aquele Kuchiki? – ofendeu-se o outro.

– isso não o interessa, vim para propor-lhe algo que mudará sua vida, trago comigo uma oportunidade de tu esqueceres esse fantasma do passado. – responde ríspida.

– E tu achas que ao menos escutarei o que tens a me dizeres, primeiro me ataca sem motivos e agora ofende a honra e a memória da minha falecida esposa? Não obrigado, sua viagem foi em vão.

– Um casamento fugaz, envolto em mentiras e desconfiança, ela jamais o amou de verdade, somente o usou como peão de uma trama que ela armou e não soube livra-se do seu próprio laço, idiota!

– Agora chega! – grita o taichou. – Escute-me bem menina insolente, eu não luto com criança e muito menos com mulheres, porém hoje abrirei um exceção para você, a farei engoli cada palavra. – grita avançando com Sōgyo no Kotowari em direção da menina que sorria sínica.

– Eu o conheço melhor do que ninguém Ukitake taichou e sei de suas índoles e moral, com isso sei bem como irrita-lo, embora seja bem difícil. Somente não lembrava que tu sofrias do Mal Byakuya, contudo já possuo experiência no assunto e se me deixares eu posso ajudá-lo. - Brinca ironicamente o irritando ainda mais.

Sentindo os impactos das investidas do taichou, Chiharu desequilibra algumas vezes devido seu porte pequeno e tentava compensar com velocidade, quase não adiantando, pois o deixara bravo de verdade, só o vira assim uma vez e não gostava de relembrar o motivo:

– Vamos deixar isto mais interessante! – diz afastando do capitão: - Hantaa Mün, Müjurioko!

Ukitake flutua involuntariamente a mais ou menos 1,50 metros do solo e tão logo é atingido por vários golpes e lançado para o riacho. Salta possesso com alguns hematomas e agora ensopado:

– Como todo Kuchiki, você minha cara faz jus ao seu nome, em falta de educação, por acaso é isso que vocês aprendem com o seu ‘ilustríssimo líder’?

– Engraçado, o senhor odeia tanto o meu Clã e queria fazer parte dele a qualquer custo, enfrentaste Byakuya-sama e casaste com a herdeira desmiolada, realmente Órion fora uma péssima escolha para tal missão. – sorri.

– Que menina insolente! Eu não tolerarei mais isso, tu não és digna nem ao menos de pronunciares o nome dela. – irritou-se ainda mais o homem.

– Ótimo! Agora o senhor decidiu brincar, então comecemos! – fala provocante com um belo sorriso.

O taichou liberou sua shikai e atacava com precisos golpes de esgrima, Chiharu sabia muito bem da excelência que ele possuía nas artes de manejar as lâminas, além de ser ótimos em kidous e era esse o seu medo, sua vantagem era que o conhecia bem assim como seus ataques e defendia-se de todos, contudo tinha desvantagem em lutas que precisasse usar força bruta. Porém o capitão não pretendia machucá-la, esquecendo-se disso cada vez que ela insultava sua falecida esposa:

bakuhatsu! – declama o capitão a atingindo em cheio, jogando-a sobre umas rochas que ficavam sob a água.

Ela levanta com dificuldade, aquilo fraturou duas costelas além de um delgado filete de sangue escorrer pela testa e escoriações nos braços. ‘ devo tê-lo provocado demais, jamais ele faria isso sem motivos fortes!’ - tenho que admitir que não esperava por isso, mas sei que podes fazer muito melhor, Ukitake taichou! – provoca.

Nesse momento ela nota que o capitão acariciava um pingente no pescoço, logo reconheceu ser o colar de Órion, símbolo do Clã, sua melhor lembrança da esposa tão amada, sentiu que era a melhor forma de provocá-lo:

– Hantaa Mün, Müjurioko! - cita, trazendo o taichou próximo a si com um gesto das mãos.

Yuè levanta a mão e o acaricia docemente o rosto, deixando o homem corado, se aproximou ainda mais do rosto dele, colando os lábios à pele suada e quente. O outro estremece ao sentir o toque da língua feminina na face, desviando o olhar para o lado, com a mão esquerda Chiharu afasta a franja prateada do homem, que fervia diante do acontecido, falando-lhe ao ouvido:

– Mas, tenho que admitir que a diaba, tinha excelente gosto para homens! Deve ser nato de uma Kuchiki! – o abraça fortemente, sentindo sua respiração ofegante e a frequência cardíaca acelerada, depois descendo a mão direita para o pescoço do taichou, adentrando o uniforme, encontrando o colar o puxa: - isto não o pertence, carregas contigo o símbolo do meu Clã, que irônico!

– Devolvas-me isso, ou não responderei pelos meus atos menina! – grita bravo.

– Mas é isso que eu quero mesmo, que lute a sério. E se queres ver isso novamente, ou escutas e aceitas minha proposta ou derrotas-me. – ameaça colocando o colar dentro da roupa entre os seios.

Ukitake mesmo corado com a atitude da menina, esbravejando e aumentando sua reiatsu e libertando-se do golpe de Chiharu, perdendo o controle. Avança em direção da Alba, logo o ressoar de metal ecoa por todo prado, destruindo rochas, quebrando arvores, agitando o riacho. Mas Yuè aparentou handicap com uma única lâmina enquanto o capitão possuía duas:

– Isso é muito injusto, estou em desvantagem, hora de igualar isso: Watashi wa, karera no himitsu o akasu hantaa to watashi wa sono nazo o akiraka ni suru tsuki! – liberando sua shikai, que para espanto maior do taichou era semelhante a dele, espadas duplas, a lâmina era conectada ao cabo por uma esfera prata que possuía algo parecido com crateras, sendo o cabo negro com alguns pontos brilhantes, porém com algumas funções especiais.

Retornando ao duelo, mais violento ainda, Chiharu combinou um golpe de esgrima com hakuda e derrubou o taichou, este vendo que teria seu orgulho ainda mais ferido:

– Hadou n° 63, Raikouhou!!! – a pegando desprevenida, porém a garota utiliza o shumpo para se esquivar dos raios.

– Seu covarde, não esperava isso de um homem integro como você! – grita com ele.

– A senhorita já me fez perder toda a paciência e dignidade com você, não lutas limpo também. – retruca bravo. Ela já se aproximava quando o taichou: - bakudou n° 69, Rikujoko!!!

– Seu cretino, como ousa fazer-me isso, tinha que ser um alto nível? – assusta-se tentando se soltar.

– Como suspeitei você deve saber livrar-se dos outros facilmente! Agora me devolva o que me pertence. – elucida próximo da menina.

– Não farias isso! Na tens coragem! – apavora-se corando violentamente.

– Me fizeste pior ainda pouco! – responde vermelho, de rosto virado levou a mão ao decote da mulher, tremia.

– Não!!! – gritava Chiharu: ‘ se Byakuya-sama souber disso, mata nós dois, o que faço o que faço? Hã?! Já sei!’ – como disse antes dois podem brincar!Hantaa Mün! Tanken no ame! – uma chuva de adagas cai sobre Juushirou que recua sobressaltado, mesmo presa a garota podia utilizar encantamentos com sua zampakutou, assim que se afastou uma boa distância, ela recita: - Hantaa Mün, Jigoku no kage! – as duas lâminas perfuram o bakudou o desfazendo.

– Então és cheia de segredos? Uma oponente à altura! Se podias soltar-te a qualquer hora, para que o desespero? ‘ essa chuva de adagas lembra muito aquele ataque hollow!’ – reflete o taichou.

– É que eu nunca havia usado essa técnica com um bakudou de alto numero. Mangetsu no shi! – ao dizer isto Chiharu não se lembrou da especialidade do seu oponente, recebendo o ataque que a lançara à distância.

– O que foi, grande dama da lua, esqueceu-se da minha shikai? – ironiza se aproximando dela.

– Ai! Droga, droga! Como pude me esquecer disso! – irrita-se levantando sem uma das mangas de sua roupa, com a calça parecendo uma minissaia e o braço escoriado, põe-se em posição de ataque novamente: - Shi no gekkei!

Uma lua vermelha surge sobre o taichou que se prepara para absorver todo o ataque, o fazendo com êxito, lançando à sua dona, porém ela rebate:

Getsumem mirã! – recita com movimento circulares de sua shikai e o ataque volta para o taichou o atingindo.

Juushirou colide contra algumas arvores, leva alguns segundos para levantar-se e quando o faz salta louco de raiva, sem a parte de cima do uniforme e sem a haori, todos os ataques que ela usava nenhum lhe era familiar, poderia esperar qualquer coisa dela, mais ela deixou claro que não esperava kidous de alto nível: - nem todos ela pode livrar-se: bakudou n° 75 – gochuu tekkan!!!

Mirãju Mün!!! Responde a menina rapidamente. Mas é selado pelo bakudou, o capitão fica apreensivo, tomando um susto ao escutar: - Esse passou perto! Jogas sujo taichou? Eu não conhecia esse teu lado menino mau! – surge atrás dele arfando.

– Como? Eu a selei, não há duvidas! Tudo bem, qual tua ligação comigo?

– Veja bem capitão, era somente uma miragem! – sorri: - e se queres mesmo saber minha ligação contigo, descobriras se aceitares minha proposta. – ao dizer isso ela olha para o horizonte, estava escurecendo, perdera muito tempo na brincadeira: - Ah! Não já é quase noite, tenho que ir!

– Ainda não, menina eu tenho algumas perguntas. – segura-a pela obe prateada, ela faz um grande esforço e se livra do taichou.

– Se quiseres mesmo que sejam respondidas e o colar de tua esposa, tu sabes onde me achar Ukitake taichou, sayonaraa!!!- fala desaparecendo sem se dar conta que deixara algo com o capitão.

– Será mesmo que serei eu que irei atrás de você, minha lua? – sorri segurando a obe que reluzia sob o pôr do sol. Retornando para o seu bantai desnudo cintura acima, cheio de hematomas e algumas escoriações, com a haori em farrapos, porém com um sorriso que assustou todos os seus subordinados, seguindo para seus aposentos, ‘uma nova chance? Seria possível, este velho capitão amar novamente? Se ela der-me pelo menos o prazer de vingar a memória de Órion, já me seria o bastante! Agora, como lutar contra o senhor dos pesadelos ou onde encontra-lo e quem é essa criatura?’

Yuè chega à mansão, seguindo diretamente para o quarto retirando as roupas rasgadas rapidamente tentando escondê-las e somente neste momento nota a ausência da obe prata, desespera-se: - e agora o que farei? Bya-kun deu-me a obe na terceira noite que passei aqui, durante nosso passeio! Espero que ele nada pergunte, até eu recuperá-la. – corre para o banheiro ao escutar passos, jogando as roupas pela janela, seguindo para o chuveiro, não poderia entrar na banheira daquele jeito. Liga-o e lava as escoriações, que ardiam em contato com a água, passou a mão sobre as costelas que doíam, iria levar alguns dias assim.

Não percebe a presença do nobre, que lhe queria fazer uma surpresa, sendo ele que tem uma, vê as marcas e escoriações na pele alva da esposa, irrita-se com aquilo saindo do local antes que ela percebesse, fora em direção à janela e olhando para baixo encontrara algumas roupas esfarrapadas do tamanho de Chiharu, para comprovar sua suspeita, seguindo para uma das varandas que davam para o jardim, nota que o quadro que ela pintava não evoluíra em nada desde quando saíra: - Ela terá que se explicar!

– Byakuya-sama! - assusta-se a velha criada: - o senhor retornara tão cedo? Chiharu–sama ficará tão feliz, ao – ao vê-lo!- gagueja lembrando que ela ainda não chegara.

– Sabes que detesto que gaguejem em minha presença Yui, diga a Chiharu assim que sair do banho que a aguardo na biblioteca e é estritamente importante!- elucida em tom gélido.

A criada repara nas mãos do seu senhor as roupas maltrapilhas de Yuè, percebendo que Byakuya já sabia da saída da menina, apenas responde nervosa: - sim Byakuya-sama.

Yui chega ao quarto e repara o jeito da garota: - perdão Chiharu–sama, mas agora entendo o porquê de Byakuya-sama estar uma fera! Como a senhora conseguiu essas feridas? Deixa-me pegar alguns curativos e ataduras! Ele quer vê-la.

– Numa boa briga! – diz sorrindo: - se amansa cão bravo com água fria, não tenho medo dele, faz uma semana que cheguei e nada fiz pela minha missão, não vim vê-lo, embora eu o ame eternamente, mas não fora para isso que vim. Ajude-me e eu irei enfrentar a fera em seguida! – encerra com desprezo.

Uma hora depois, Yuè entra na biblioteca, trajando um kimono fino, sem forro, vermelho, com uma obe larga amarela, totalmente aberto da cintura para cima, já que estava coberta por ataduras, os caracóis soltos e descalça: - pois não, o que queres conversar comigo Byakuya-sama?

– Sente-se, por favor, creio que será demorado nosso dialogo.

– Se é sobre minha saída durante à tarde, serei bem sucinta, não sou seu bicho de estimação, filha muito menos, não temos parentesco sanguíneo e a única ligação que temos é que sou apaixonada por você e somos casados no futuro, entenda futuro. E como meus pais ainda não se conhecem, eu ainda não nasci por isso o senhor não tem autoridade alguma sobre mim. – responde gélida ao nobre que a olha boquiaberto, mantendo-se de pé ainda.

– estás sobre minha guarda, por isso me deve satisfação e é uma Kuchiki, não importa se pertence ao passado ou futuro e por nos amarmos não interessa a época devemos explicação um ao outro. E queira sentar-se! – exalta-se o moreno a encarando irritado.

– não quero sentar-me, já que estás bravo, te irritarei ainda mais, com um ditado que meu avô adorava usar ‘cão que ladra, não morde’ por isso baixe o tom de voz ao se retratares comigo Kuchiki-sama. – rebate batendo com as mãos sobre a mesa.

– és assim, que tu dizes que me ama, se impondo a mim dessa forma arrogante e totalmente desrespeitosa senhora Kuchiki? – ironiza a encarando sério.

– Te amar é uma coisa, mas tenho uma missão acima de tudo, que envolve o futuro deste Clã, o nosso futuro e de teus..., deixa para lá, por isso quero que respeite meu espaço, eu não posso falhar, há muita coisa em jogo. – fala virando o rosto com os olhos marejados.

– Querida perdoe-me, é que tenho medo de perdê-la, não quero ficar só novamente, por isso me preocupo , sei que exageradamente às vezes, mas é porque te amo. E temos um voto de confiança, se me informasses que tu irias sair hoje, eu teria te acompanhado, quero te ajudar, chega de vocês tomarem todas as responsabilidades sozinhas, arriscando pelo bem de outros, sem se importarem com as suas vidas. Eu não quero cometer o mesmo erro, eu já perdi pessoas muito importantes, que amei acima de tudo, e agora você aparece me dando um novo sentido para viver e quer me deixar como todas as outras? Eu não irei suportar te perder, entenda-me. - declara a abraçando.

Ela retribui o gesto: - desculpe, é por isso que não quis envolvê-lo, tu és muito superprotetor, sei que é tua responsabilidade zelar pelo bem da família, mas acredite, eu sempre irei voltar, não importa como, eu voltarei para você. E do mesmo jeito não irias te agradar do que fui fazer hoje, não me pergunte agora, mais adiante eu explico o porquê disso. Deixe-me agir de minha maneira e quando eu sentir que preciso de tua ajuda, eu mesma o intimo.

– Promete?

– minha palavra, minha lei, senhor Kuchiki, eu te amo!

Byakuya a beijou docemente, porém apertou demais o abraço, sendo interrompido por um:

– Aiii!!! Foi sem querer! – responde tentando destacar, mas já era tarde demais, o nobre já a encarava sério novamente.

– Onde te machucaste? – pergunta de cenho franzido.

– Ai, ai, ai, vais começar com isso outra vez? – sorri sem graça.