Órion! The Clan Hope Kuchiki

Totalmente opostos: Quanto mais te conheço, mais te odeio!


O trio andara durante horas até encontrar os primeiros rastros do Hollow ao longo do caminho, Tsukishirou fora bem treinada por Ukitake em rastrear aqueles tipos de hollows, coisa que aprendera com Órion, junto com as informações de Rei, a missão parecia prospera, o nobre taichou apenas as seguia, pois não poderia tomar a frente já que não conhecia o inimigo direito, porém estava satisfeito com o desenrolar das suas subordinadas, a equipe era promissora sob suas ordens. Tsukishirou assim demonstrou excelente rastreadora hora ou outra agachava-se sentindo a essência do inimigo ou vestígios de sua presença, determinando até o seu tempo de passagem pelo local, porém trazia consigo uma habilidade especial, por causa da origem se sua deidade, a morena vez ou outra farejava o ar, dando a eles a direção exata do hollow, apressaram o passo, chegando a uma vila muito pobre.

Todos os olhavam assustados e estranhando a presença de shinigamis naquelas imediações, os mais experientes deduziram se tratar de um taichou e uma fukutaichou de bantais diferentes, além de uma shinigami comum, ao entrarem na vila as duas mulheres passaram sumariamente a seguir o orgulhoso taichou na retaguarda em sinal de respeito perante os aldeões. Byakuya com seu jeito impassível e gélido analisava tudo, como também amedrontava quem o visse, deixando claro seu total desprezo pela classe que o assistia, irradiando sua superioridade, status, imponência, altivo, quase intocável.

Já a pequena tenente aparentava total compaixão, sentindo dó das pessoas que a olhavam, a morena trajava roupas luxuosas e ornamentando joias valiosas, porém deixou claro sua humildade para com os outros, chegando a ficar com os olhos marejados com o total descaso, enquanto Rei a seguia bem de perto.:

– Rei, porque o descaso com essas pessoas? É isso que acontecem com as pessoas que morrem, sofrem no Sekai e padecem aqui também? Este lugar é sublimemente belo, com essa floresta tão exuberante, mas estas pessoas parecem serem tão pobres.

– Tenente, há coisas que não sabemos explicar porque acontecem, sempre fora assim, aqui é longe de tudo, a área comercial mais próxima daqui fica há quilômetros e a oferta de emprego é escassa, sem contar que esta área é domínio de marginais.

– Isso tudo é muito injusto, que pecado essas crianças cometeram para passarem por tudo isso? Eu não aceito!

– Se conforme, nem todos são agraciados como nós, essas pessoas vivem assim porque foi sua escolha durante vivas, agora se apressem esse lugar não é digno de minha presença. – ordena o nobre ríspido.

A morena fica furiosa com sua forma de tratar os demais, porém não poderia fazer nada naquelas circunstancias. Continuando seu caminho, agora de cabeça baixa. mas assim que passaram por uma viela onde somente havia casebres muito paupérrimos, não aparentando possuírem mais de dois cômodos, deparou-se com uma cena angustiante, na porta de uma casa uma mulher maltrapilha, com um bebê de colo e uma criança um pouco maior chorava agarrado a mãe, pedindo comida, onde a genitora sem poder fazer nada, apenas chorava junto. Tsukishirou não suportou tal cena, decidindo se aproximar.

– Tenente, vamos! O taichou irá brigar conosco, eu sei que é triste, mas temos uma missão. – Rei a puxava.

– Eu, eu não posso fingir que isso não estar acontecendo, é insuportável! – chorava a morena.

Byakuya vira-se irritado: - Ukitake ande! Não tenho tempo para ficar nesse local insalubre e deprimente, deixem que sigam seus destinos.

– Eu não fui criada como meu senhor, eu não aprendi a ignorar as pessoas e fingir que semelhantes não valem nada, só porque não são ricas, se o taichou não possui coração, eu o tenho.

Ela segue em direção da humilde cabana, a mulher assusta-se e recolhe suas crianças: - o que a senhora quer aqui? Vá embora!

– Eles estão doentes? Ou, ou é de fome que choram? – pergunta a menina, sendo observada de longe pelo nobre já impaciente.

– Desde quando vocês se importam conosco, somente aparecem aqui para nos humilhar e maltratar, vá embora.

– Meu deus! Eu jamais imaginei presenciar tal ocasião, como posso ajudar? – pergunta triste.

– Lógico que jamais imaginou, vocês que nascem ricos não se importam com as pessoas além dos muros de suas mansões. – responde a mulher.

– Ukitake! Venha imediatamente, deixe essa plebe com suas vidas lastimáveis. – fala o nobre já impaciente.

A menina nem o dá ouvidos, pensou que mesmo com a repressão e cobrança de seus pais, sempre teve e comera tudo de melhor que desejasse, após ir morar com Juushirou, este a mimava e lhe dava o que ela quisesse, e agora se deparava com aquelas crianças chorando de fome onde não deveria existir: - meu senhor pode ir à frente, mas quero ajudar estas crianças de alguma forma!

– Então, diga-me como o farás? Acaso trouxeste dinheiro? Mesmo os alimentando hoje, amanhã o que terão? – ironiza o nobre.

Ela abaixa a cabeça triste, realmente saíra despreparada de casa, não estava em seus planos aquela missão e muito menos encontrar aquela situação, ela leva por impulso as mãos até as orelhas e segura os preciosos brincos que usava: - Rei leve-me até a área comercial mais próxima, não tenho dinheiro, mas sei como conseguir.

– Sim, mas o que a senhora fará? Pensas em desfazer-se dos brincos que o taichou lhe dera?

– sei que ele entenderá, mesmo que amanhã não tenham nada novamente, ao menos hoje poderei faze alguma coisa por eles, nem que venda a roupa do corpo para isso. Contudo estarei ajudando alguém que realmente precisa, aliás, um pouco de compaixão não faz mal a ninguém, pelo contrario, meu pai sempre me ensinara isso. Ele mesmo arriscara diversas vezes sua vida pelo bem dos outros e nunca se arrependera, ninguém o obrigou a nada, ele quem quis ajudar e é feliz por isso. – dizendo isto segue em direção contraria com Rei do seu roteiro, sendo observada pela mulher que não acreditava ainda no que vira e pelo nobre possesso de raiva pela atitude da menina.

Mesmo sendo contra a atitude da garota e reprovando sua desobediência, o nobre as seguira, pois precisariam de ajuda com as coisas que conseguisse e contra ladrões, embora se lembrou depois que não haveria nada por ali mais perigoso do que a jovem, porém como nobre e excelente cavalheiro, além de respeitável capitão deveria proteger suas subordinadas e damas que o acompanhavam.

A menina vendera os brincos, comprando bastante comida, sem pensar em como levar tudo aquilo, após isso passando por uma loja de roupas lembrou-se dos farrapos trajados pela mãe e suas crianças, trocando seu luxuoso vestido por alguns kimonos simples para eles e uma veste que se assimilava a um shihakusho simples para si.

– Tenente há pessoas mal-encaradas nos observando faz muito tempo. – avisa a outra com medo.

– Rei, não há nenhum deles com reaiatsu que me assuste, nós duas somos os seres mais perigosos desta localidade e acredito que Anupu não deixará que nada de mal nos aconteça por aqui. – elucida a mais nova calma.

– Desculpe, é que às vezes eu esqueço que temos um deus do nosso lado e que somos shinigamis de classe além de frágeis mulheres. Mas, tenente como levaremos tudo isso? Somos somente duas e acabou o dinheiro.

– Eu não me recordei dessa parte! – revela sem graça.

– Já imaginava isso, além de imatura é irresponsável Ukitake! – diz o nobre se aproximando de cenho franzido a reprovando: - e você shinigami, é mais velha porém tão incompetente quanto tua tenente. – ele faz sinal para um transporte de tração animal e este se aproxima e este carrega as coisas.

– Muito obrigada Byakuya-sama! – fala sem jeito: - eu posso ir junto? Nunca andei em uma dessas! Eu posso? – pede ao nobre com os olhos brilhando e agarrando o seu braço como criança.

Aquela atitude o chama a atenção, fazendo-o lembrar-se de Yuè, sua amada agia daquela forma as vezes e não seria diferente naquela ocasião, ele responde intrigado: - faça como quiseres, já estar pago mesmo. – ‘ não poderá ser verdade! Mas Yuè vem do futuro e falou-me sobre a relevância dessa menina para o meu Clã, será que se tratava de...’

– Vamos Rei! Não sabemos quando teremos outra oportunidade de passear dessa forma! – pula na carruagem com a mais velha, ‘feliz como pinto no lixo’.

O nobre as observava sem jeito, eram excelentes shinigamis, porém suas ações infantis deixavam muito a desejar: - eu me recuso a acreditar que essa malcriada é vital para o meu Clã, tão infantil e imprevisível! – falava o nobre as seguindo de longe, embora sentia-se diferente por tê-la ajudado, com certeza Yuè ficaria contente ao saber disso.

Na rua onde aquilo começara os moradores quase não acreditaram em que viam Tsukishirou e Rei distribuíram a comida, em troca como gratidão a morena recebia além dos obrigados, largos sorrisos de alegria, após a grande algazarra deu à mulher os seus presentes:

– Eu sei que não é muito, e tão pouco irá mudar sua situação, mas quero que aceite esses presentes e tudo que fiz foi com a melhor das intenções e de todo coração!

– Senhora jamais alguém agira assim conosco, eu não tenho palavras para agradecer e me perdoe por tê-la tratado mal, é que sempre fomos tratados assim como indigentes. – chora a mulher.

– Aceitarei um belo sorriso e crie suas crianças no bom caminho,, até algum dia! Despede-se seguindo onde era aguardada pelo nobre, este fingindo estar irritado e sua fiel amiga.

– Agora estás satisfeita Ukitake com nossa perda de tempo? Qual a retribuição que te deram?

– Ajudar não é perda de tempo, devemos fazer o bem sem esperar retorno e o que eu ganhei com tudo isso, foram sinceros e singelos sorriso de felicidades, mesmos efêmeros! – responde a menina alegre e se pondo à frente dos dois.

O nobre disfarça um sorriso, não estava bravo com o que ouvira, mas quando sentiu-se observado por Rei, a olhou de forma assustadora, fazendo correr para o lado da morena.

– Eca! Como esse cara cheira mal! Achei a trilha taichou!- Dizia a menina segurando o nariz.

Já era noite quando encontraram o arrankar, este trajava uma roupa de andarilho chinesa, mas ao parecia este os aguardava:

– Quem diria?! Os genitores de Musume yoru-hiru! Tão próximos e ao mesmo tempo tão longe, separados por um novo destino. Tendo em suas mãos a capacidade de trazer Órion novamente, porém seus corações trilham caminhos distintos.

– Oh! Senhor arrankar por acaso nos conhecemos? E o que queres dizer com essas bobagens todas. – pergunta a morena sem entender nada. – o que foi? – pergunta à Byakuya que a encarava vermelho e com raiva.

– Maldito! Não fale besteiras! – esbraveja o nobre agora encarando o hollow que ainda se mantinha de costas.

– Até que vocês juntos, formam um belo casal! Porque não nos dão Òrion novamente, é tão simples. – o hollow vira-se, mostrando uma meia caveira que cobria somente os olhos e o nariz.

A morena enfeza o rosto para o nobre: - nem que fosse o ultimo homem da terra e que disso dependesse a sobrevivência da raça humana! Eu até hoje não entendo o que Chiharu viu em você! Criatura maldita eu te matarei por falar tantas asneiras. – grita a morena brava e vermelha.

– Você quer dizer que aquele taichou carque... – irritava-se Byakuya quando interrompido.

– Se fores ofender Juu-sama novamente eu não responderei por mim Kuchiki arrogante, é lógico que não tem como comparar Juushirou-sama com alguém tão mesquinho e esnobe, além de idiota como você.

– Menina desprezível, como tu ousas insultar-me sua ingrata insolente, replica mal feita da minha pequena criança que aquele maldito levou.

Rei observa a cena e já esperava pelo pior, porém banhava sua zampakutou com um unguento estranho, enquanto a criatura deliciava-se com a discussão, até sentir algo frio em seu peito, ele silva agonizando:

– Maldita miserável, isso é , isso é....

Byakuya e Tsukishirou param os insultos pasmos e tentam entender o acontecido, no mesmo momento em que Rei empurra ainda mais sua zampakutou no tórax do inimigo: - Eu não te perdoarei por semear contenda, embora confesse que você é um tremendo idiota, caindo nesse velho jogo de intriga. Estou certa tenente?

– Muito bem Rei, você foi muito esperta em guardar o veneno de vasto lord de Órion, mortal e corrosivo.

– Tsubaza parabéns! – diz o nobre.

– Arigatoo Kuchiki taichou! ‘porque ele continua me chamando pelo sobrenome, eu detesto isso!’ Eu disse que vingaria Órion-chan, agora só restam dois e Sora-sama.

– Desgraçada, maldita a hora em fostes geradaaaaa.... – grita a criatura desfazendo-se em um viscoso liquido negro fétido.

– e agora o que faremos? Nós retornaremos taichou? – pergunta Rei se juntando a eles.

– Você disse que ainda restam dois e essa Sora-sama quem é? – interroga o nobre.

– Seria a arrankar que cuidou e criou Órion-chan e faria o mesmo com a tenente. É ela que detém todo o comando daquele forte e conhece todos os segredos do grande Mestre, temo que seja ela a mais forte de todos, porém ela é boazinha, ela nos ajudou naquele tempo.

– Porque te queriam Ukitake? – pergunta o nobre à morena.

– Tenente eu acho melhor...

– Pelo mesmo motivo que raptaram sua Criança, pois como ela eu e Yuè dominamos um deus pagão exilado. Mas de alguma forma não obtiveram êxito no rapto de Chiharu-chan no futuro dela e então decidiram vim a minha captura, isso tudo após a morte de Órion, foi quando meus pais procuraram Sora-sama e um homem desconhecido para me selarem, até o dia em Juu-sama e Yuè foram me buscar e quebraram o feitiço.

O nobre a fita com raiva: - você não me contou essa parte.

– desculpe-me, acho que esqueci, também é muitos acontecimentos. Temos que encontrar esse forte capitão e recuperar os Cânticos Primeros, para então prendermos Apsu e por um fim ao plano deles.

– Tsubaza, você conhece o caminho?

– Sim taichou, mas é muito perigoso e distante, ficando na Zona de Penumbra do Hueco Mundo, onde vivem os piores hollows, conseguimos chegar lá a salvos por causa de Órion-chan, levaremos anos para encontra-lo novamente.

Tsukishirou senta-se com sua lâmina sobre as pernas, encruzando os braços se põe a pensar, o nobre observa-a e lembra-se de ter visto Chiharu agir assim uma vez. Ela olha sua zampakutou e a levanta ao nível dos orbes castanhos: - Oh! Grande senhor do oeste, aquele que estar assentados acima da montanha, no dê uma solução? –a lâmina brilha, tão logo ela pula de supetão: - É isso! É por isso que te amo Anupu! O Retorno!

– Iremos retornar Tenente?

– Não Rei, o cântico do retorno nos levará até lá, através de sua memória, ou da minha se já estive lá alguma vez. Pois ele trás a tona lugares que jamais lembramos.

Já estava amanhecendo quando se deram conta.

– Ukitake, se poderes fazer isso, então comece.

– Mas somente poderes fazê-lo pelo entardecer, é o tempo que descansamos, pois ainda não dormimos ou comemos, e isso requer muita energia espiritual.

– Então esperemos o entardecer, eu procurarei um abrigo, Tsubaza alimentos e você Ukitake, descanse o máximo que tu puderes não nos custará esperar mais um dia. – ordena o nobre capitão

– Hai, Kuchiki taichou! ‘quando ele vai parar de me chamar assim?’

– Tudo bem Byakuya-sama.

......

Na Sereitei seguia um alvoroço em busca do taichou do 6º bantai desaparecido do hospital, e agora a fukutaichou e uma shinigami do 13º bantai, a ideia de que estavam juntos foi descartada com base em suas desavenças, Yuè não tinha ideia do paradeiro de ambos e Juushirou estava desolado:

– Yuè você não faz menção de onde eles estão ou o mais importante, minha Lua?

– Sinto muito Ukitake taichou, porém nem meu querido Navid encontrou pistas. – responde a alba sentada ao lado de alguns taichou e tenentes.

– Acredito que um rastreador do 12º bantai poderá encontra-los. – elucida Mayuri.

– É, um rastreador comum poderá encontrar Byakuya-sama ou a Rei, porém jamais Tsukishirou, que é perita em teleportação e feitiços egípcios arcaicos. Ela própria é uma rastreadora por natureza devido a sua divindade, portanto sabe camuflar seus rastros.

– Omitsu Kidou pode investigar. – relata Soifon.

– Então podes tentar, embora não conseguirão nada, descartamos a hipótese dos três estarem juntos, mas algo me diz que é essa a situação. – elucida Yuè.

Ukitake segue até uma janela, com os pensamentos longínquos, puxa de dentro do uniforme, pendurado ao pescoço, um pequeno escapulário dourado, pondo-se a observar uma pequena foto na parte detrás do kanji. Shunsui repara a ação do amigo e logo entende ser a imagem da morena, Chiharu sorrir docemente ao perceber a cena.

– Não se preocupe ela estar bem e voltará para o senhor! – diz a alba segurando um de seus braços.

– Eu não suportarei outra perda! Como sabes disso?

– Dessa mesma! – diz ela delineando uma mecha com os dedos.

.......

O trio descansava sob um grande carvalho que ficava entre duas grandes rochas, Tsukishirou explicara com orientação de Anupu como funcionava o retorno, como também preparara o encanto de selamento austral, o qual aplicou em Byakuya. O nobre admitiu ser a menina um doce com ele, quando não ofendia sua família ou Ukitake, mantendo-se serena e meiga o dia todo, já Rei temia ficar presa entre as dimensões. Após isso, a morena se afastou, sendo observada por ambos, sentando-se encostada em uma rocha, passou a observar um casal de colibris num arbusto perto, levou a mão ao decote e puxou um mimoso escapulário dourado, deixando viajar os pensamentos ao contemplar a foto em miniatura, com os orbes amendoados marejados com a feição triste.

– Nossa! O que será que a tenente tem? – perguntava-se Rei.

– Porque a pergunta Tsubaza? – indaga o nobre.

– è que vendo o escapulário ela sempre sorria de forma tão doce, agora o observa tão melancólica. O que foi que o senhor disse para ela taichou?

– Eu apenas falei a verdade, que aquele senil jamais a verá como uma mulher senão uma cópia de Órion. – informa o nobre irritado.

– É mentira! O senhor pode ser o todo de toda mulher aqui da Sereitei, com exceção de uma, ou o senhor acha que aquilo que ela falara durante nosso encontro com o arrankar é mentira. Eu sei que ela é apaixonada pelo taichou, porém jamais o disse, sempre o respeitando, esperando que ele não descubra, mas agente percebeu logo.

– Foi por isso que falei algumas coisas a ela, para que não se iludisse, para não sofrer, pois ele é tão senil que nunca percebera isso.

– o senhor é que diz, pois o taichou jamais a virá como cópia de Órion-chan, muito pelo contrario, ele sequer chama Tsukishirou de hana, como chamava a falecida, ele a chama de minha lua, querida, minha menina, nunca a teve como criança, minha dama. Depois que Órion-chan morreu, ele parou de sorrir, ficou triste e melancólico, mas assim Tsuki-chan apareceu, seus olhos voltaram a ter brilho e o sorriso doce e meigo retornara. Ukitake taichou já botou para correr alguns idiotas que lhe foram pedir permissão para corteja-la, logo de inicio eu não entendi até aquele pequeno estojo de camurça, que ele guarda no bolso.

– Você estar dizendo que aquele sen... – Byakuya gela ao sentir a presença da morena atrás dele.

– Byakuya-sama.... Hã?! O que foi?! –pergunta a morena sem entender nada.

Rei não acreditara no que viu, o orgulhoso taichou, dono de uma feição inalterada, estava ali paralisado, seria com receio de Tsukishirou tê-lo ouvido: - eu não sei tenente.

– Será que Kuchiki taichou é catatônico? – pergunta a morena.

– Como ousas Ukitake insultar-me sem mais nem menos? – fitava-a de cenho franzido.

– Nossa! Por um momento o senhor me preocupou, agora sei que estar tudo bem! –sorri docemente dando-lhe um tênue beijo no rosto, fazendo o taichou corar.

– Sabe tenente, acho que Ukitake taichou não gostará de saber disso.

– Ué! Por quê? – pergunta a morena boba.

– Você nem desconfia o porquê, tenente?

– Não! E do esmo jeito, fiz isso somente para constranger Kuchiki taichou, veja como ele ficou?

Tsukishirou ajoelhou-se de frente para o oeste, em direção ao por do sol, passando uma das mãos no fio de sua lâmina, embebendo-a com seu sangue, logo em seguida liberou sua shikai, entoando: – Assim como o vento, que sempre retorna à sua origem, após andar o mundo; como ciclo da água que ao passar por todos os estados naturais, retorna às entranhas da terra; como as fases lunares que sempre se repetem; Anupu leve-nos aos lugares mais remotos de nossas memórias, para terras já andamos, porém nunca lembramos: Rimõto omoide o kaeshimasu!

O báculo pulsou forte enquanto um redemoinho de areia os envolvia: - segurem forte em mim, ou poderão se perder. – o nobre segura a cintura da moça e Rei em seu pescoço, era tudo muito confuso, quase surreal, tudo ficara escuro, não viam e nem sentiam nada, apenas as batidas dos seus corações e cada respiração, o tempo parecia parar, o mundo se desfez.

....

Na sala do Comandante, Chiharu presente um grande reboliço na membrana que separava s dimensões, deixando sua xícara cair, assustando os presentes, seguindo para a janela:

– Navid, Navid! Isso é o que estou pensando?

– Sim minha senhora, parece que Tsukishirou rompera a membrana e não estar sozinha. – fala a ave pousando, deixando todos os que não o conheciam perplexos.

– Ela usou o Ritãn, tão nova! Eu nunca conseguir isso! Eles estão com ela?

– Pelas oscilações na membrana, sim, há duas almas com ela. – responde a ave.

– Então isso significa que minha Lua branca estar em outro mundo?

– Sim, eu falei que não se rastreava Tsukishirou, de todas nós, ela sempre fora a melhor na teleportação, tanto que fora a primeira.