Órion! The Clan Hope Kuchiki

The marriage proposal: The great disagreement


Byakuya andava desconfiado que Órion pudesse ter algum namorado, pois a menina não o pedia nada há meses, mesmo com seu soldo de fukutaichou, ela não conseguiria manter certos luxos por si só: como joias e outras coisas, decidindo interrogar a criada Yui, sendo esta a fiel cúmplice da menina:

– Yui, venha até a biblioteca, por favor?

– Hai Byakuya-sama, em que posso ser-lhe útil?

– Você é a pessoa em quem Órion mais confia nesta casa, provavelmente sabe tudo a respeito dela, estou certo?

– Acho que sim senhor, mas por quê?

– Órion estar diferente comigo, diria até fria, embora sempre mantendo o respeito, porém tudo muito formal como por obrigação, estar mais independente, já há meses não me pede mais nada desde aquele mal entendido...

Yui ao imaginar onde ele queria chegar com aquela conversa, deixa a bandeja que tinha nas mãos cair:- Perdão senhor!

– como estava elucidando, sei que ela agora trabalha, mesmo contra a minha vontade e tendo seu soldo, mas só com isso não há como ela sustentar certos luxos e ando notando que ela de vez enquanto aparece com uma joia nova, um perfume diferente e outras coisas, você por acaso sabe de algo?

– C-como assim senhor? – fica mais nervosa ainda diante do olhar intimidador do nobre.

– Se Órion já te contou que possui um namorado um admirador que lhe dê presentes tão suntuosos?

‘ é agora que eu morro, o que eu falo, o que eu falo meu Deus? Pensa Yui, pensa...’ : - B-Byakuya-sama como a menina terá um namorado se nem tempo tem? Quando não estar aqui, estar no Bantai, chegando a trazer trabalho para casa às vezes. Dorme tarde e levanta cedo, se tem ela nunca me falou nada, mas admiradores ela tem sim, embora ela nem ligue, sempre se reclama que tem trabalho demais e não vai perder tempo com bobagens. – mentes a pobre criada com a cara de pau.

– você deve ter razão, mas faz semanas que não me sento à mesa com ela, da ultima vez ela queria arrancar minha cabeça, tão temperamental, nem parecia aquele doce de menina!

– Senhor, ela estava naqueles dias, sentia cólicas e mesmo assim o senhor a obrigou a descer para jantar, somente porque havia um visitante de uma família nobre, como queria que ela reagisse?

– era isso então? Porque não me avisou, agora entendo a raiva dela!

– mas, eu falei que ela estava indisposta, isso é assunto feminino, sem contar que ela está em uma fase de transição e tem aquela missão que a trouxe para nós, temo que ela não retorne dessas lutas, eu tenho medo de perdê-la, eu não suportarei perder outra filha! Perdoe-me Byakuya sama.

– Eu te entendo Yui, sei que a tens por filha, mesmo não gostando disso foi esse propósito que a trouxe a nós e eu nunca estou por perto quando ela precisa, não posso protegê-la.

– mas, graças a Deus que Ukitake taichou sempre estar por perto e tem os amigos dela, isso já me conforta! – alivia-se a criada.

– Ukitake? Agora que você mencionou esse nome, recordo-me que ele queria tratar de um assunto que segundo ele seria vital para nossas famílias há meses atrás, o que seria? – pergunta-se o nobre.

Yui treme da cabeça aos pés, ‘ será que ele não desconfia de nada? Temo por esse dia, mas tenho que entregar aquela carta’: - Byakuya-sama me perdoe, mas ontem chegou essa carta em nome de Juushirou Ukitake e acabei esquecendo lhe entregar, desculpe-me. Fala dando-lhe a carta.

– Yui! Você já fora mais prestativa, deve ser importante para fazê-lo tão formal. – repreende a criada.

– perdão, não acontecerá mais, eu prometo, agora eu vou me retirar, com licença. – sai às pressas. ‘Ah! Se ele soubesse do caminho sem volta que trás essa carta?’

– uma reunião comigo e membros do conselho para daqui a uma semana, mas não informa o motivo, será que Órion aprontou alguma, do jeito que ela anda não duvido de ter feito alguma travessura! – refletia o nobre.

Enquanto isso no 13° bantai:

– Você enviou a carta ontem? E agora como vou encará-lo, deve estar possesso! – temia a menina.

– Não se apoquente minha Hana, apenas marquei a data não explorei o assunto, somente no dia explanarei o motivo desse encontro. – fala ternamente o capitão.

– Eu não quero estar lá nesse dia!

– pelo contrario, você é a causa disso, deverá estar no local. Alias, durante a ocasião formalizaremos nosso compromisso diante todo o conselho e do líder do seu Clã, já que tu pertences a uma dos quatros grandes Famílias. Depois apresentada a toda Sereitei e a minha família como minha futura esposa.

– Eu imagino a cena, de ele querer sua cabeça e a minha, poderá até usar sua bankai! Desesperar-se ainda mais a morena.

– Não se preocupe minha Hana, o enfrento se preciso for, mas não fico sem você, para que todo esse medo de um simples homem. – sussurra-lhe ao ouvido, mordendo-lhe a orelha.

– N-não é, é medo, é respeito, dei minha pala-palavra. Você es-estar mais impulsivo do que antes! – revela a menina manhosa.

– É por isso que quero logo formalizar nosso compromisso, para ter livre acesso a você e desbravar cada centímetro desse belo corpo, eu te amo minha menina e te desejar é somente metade do que sinto, quero você para a vida toda, se possível por toda a eternidade. Eu esperei muito para achar alguém especial com quem pudesse compartilhar a minha vida, ser dona do meu amor, ser minha razão de viver e sentir que esse alguém era você no momento que a vi, ali sonolenta na beira do riacho! - declara-se o capitão.

Diante daquela declaração de amor: - Eu também te amo muito, sei que demorei a dizer isso, mas agora é que tenho certeza do realmente sinto por você, aishiteiru!

– Nem que levasse a vida inteira para ouvi-la pronunciar cada palavra, valeria cada minuto gasto para isso.! – beija-lhe candidamente enquanto Órion desaba em lágrimas.

Os dias passaram e Byakuya preparava-se para esse encontra, mas ainda não compreendia o porquê de tal evento, mesmo assim mobilizou todo o Conselho do Clã, porém tinha certeza de algo a menina estava envolvida. A cada dia que passava, a morena ficava mais nervosa, evitando ao máximo o nobre, o que o deixava ainda mais desconfiado. O dia tão esperado chega, a menina fora orientada pelo gentil taichou a ficar na casa o dia todo, sendo a reunião pela tarde, Arina-sama viera uns dias antes para dar suporte a Órion que estava com os nervos à flor da pele.

Na hora marcada, o capitão chega com sua comitiva: um ancião de sua família e dois irmãos, vestindo roupas da alta nobreza, onde exibia o kanji de sua família, porém com sua zampakutou à cintura. Órion temendo um conflito fez questão do comparecimento do Comandante Shunsui, o que deixara o nobre com a pulga atrás da orelha.

Na sala de reuniões, estava o líder com os anciões, Ukitake e sua comitiva, com Shunsui nervoso entre eles, espera o pior devido a tensão no salão.

– Para começo de conversa, deixarei claro que títulos militares devem ser evitados, aqui não estamos como taichous, mas os lideres de nossas famílias para tratarmos de um assunto delicado, que envolverá o futuro de nossas gerações e para isso peço a presença de Kuchiki Órion, sendo ela o motivo de minha vinda aqui. – iniciava Ukitake.

O nobre gelou ao ouvir o nome da garota, tão logo imaginou o motivo daquele encontro, mas manteve-se inabalável, apenas respondendo: -É justo, diga para Órion descer. – ordena a um criado de confiança o nobre.

A morena entra no recinto minutos depois, pálida e quase não se mantendo em pé, veio apoiada por Arina tremia de tanto medo, mesmo tentando disfarçar o nervosismo. Órion prendia o cabelo somente de um lado com o pente tsuki prateado, deixando o resto solto, na orelha trazia belíssimos brincos de prata e pérolas negras também em formato de lua, os olhos marcados por delineador preto destacando os orbes cor de mel, nos lábios passara apenas um rosa médio. Já o kimono que vestia era cor de cobre, deixando o colo e ombros à mostra, com uma gola larga em pele branca, bem como os tamotos e a barra, sendo largo nas pernas e mais comprido que o usual, na cintura uma obe prateada e larga que terminava em um grande e belo laço na costa, dando ênfase ao generoso quadril, no pescoço trazia um colar com o brasão da Família. Os presentes ali fiaram pasmos diante de tanta beleza e graciosidade, a comitiva de Ukitake faziam sinais de extrema aprovação. Mas estranharam o motivo da menina trazer à cintura sua katana, embora a bainha da espada, mas parecesse uma joia, mesmo com seu tamanho exagerado.

– Arina-sama, eu não consigo mais dar um passo sequer, estar me faltando ar! – relatava a menina empacada a poucos metros da entrada, - isso não irá acabar bem, eu sinto!

– Controle-se, deixa o nervosismo e a histeria para mim, você precisa ser forte agora, pois creio que se concretizará o seu pressentimento. E para que aqueles dois nobres não se enfrentem como bárbaros eu exijo que ande até eles e mostre segurança. – aconselha a senhora.

Ukitake vendo o nervosismo da moça pede permissão para encontra-la, a qual é concedida por um dos anciãos.

– Querida agora a decisão é sua, está segura que queres continuar e enfrentar a raiva de Byakuya e o orgulho do teu Clã?

– Você sabe a minha escolha, eu não volto atrás, nem se eu quisesse, enfrentarei mundos e fundos se precisar, chega de ser a boneca de exposição de Byakuya-sama, a menos que você queira desistir? – olha-o quase suplicante.

– não sairei daqui sem formalizar nosso noivado, aconteça o que acontecer, minha Pequena.

O taichou a guia perante aqueles homens com Arina logo atrás de si, anunciando:

– Ouçam-me todos, explanarei o motivo dessa reunião, - virando-se para o nobre, com a menina agarrada ao seu braço, - Kuchiki-sama e anciãos deste Clã, venho pedir formalmente a graciosa Órion em casamento, como é convincente a toda donzela de família.

Órion faz sinal para Arina se afastar e a senhora obedece. Byakuya recebe a noticia como uma lâmina sendo atravessada em seu peito, como se estilhaçasse em mil pedaços, ficando imóvel por uns segundos, os anciãos ficaram atônitos com o pedido. Ukitake joga Órion para trás de si, lançando mão de sua katana prevendo a ação do nobre. De repente o líder levanta-se com a espada em mãos atacando o homem a sua frente, que se defende de um golpe mortal, nessa hora Arina-sama desmaia, Yui aproxima-se gritando, Shunsui tenta fazer algo, porém já era tarde demais, os dois taichous já haviam iniciado uma luta sangrenta.

– Eu nunca aceitarei esse relacionamento, Órion não manchará o nome desta família, como fez a Rukia, ela não casará com você! – esbraveja o líder.

– Como fez a Rukia ou você? O que tem você a oferecê-la de felicidade, quer que ela seja como você? Fria, solitária e indiferente com todos? Não condenarei a tal destino. Decide o gentil taichou.

– Os assuntos desta família não te interessam. Órion não passa de uma menina mimada e imatura, não sabe o que quer, não permitirei que você estrague seu futuro, só se eu morrer. - Elucida o nobre.

– É assim que você a vê? Eu, porém vejo o contrario, uma linda mulher responsável e decidida, lógico que muito jovem ainda, mas é ai que estar o seu charme e se para tê-la será preciso matá-lo, que assim seja. – diz Ukitake.

Shunsui não acreditava nos seus olhos, aquele amigo de infância, calma, gentil e paciente, lutando como um bárbaro contra o inalterado taichou, que nunca se deixou abater por nada sempre mantendo seu aspecto gélido parecia um cão raivoso, tudo pelo direito a uma donzela, que se desesperava ali, do seu lado diante da brutalidade dos dois.

– Comandante, faça alguma coisa, eles irão matar-se e por minha causa! – chorava a menina desesperadamente.

– Menina! O que poderei fazer diante de titãs? Eles não lutam por seus nomes ou suas honras, mas pelo direito de posse de uma fêmea, você, é instinto e não capricho. Eu conheço as habilidades de Kuchiki taichou e sei do que ele é capaz, entretanto, Ukitake me impressionou agora, jamais o vi assim, ele mudou bastante, em outros tempos, ele evitaria uma briga, mas agora esperava por esta.

– Então o que eu posso fazer, não quero que se machuquem, não quero perdê-los. Os outros nada podem fazer senão ficar de longe assistindo, somos os únicos capazes disso. – pergunta a menina esperando uma solução.

A contenda dirigiu-se para rua, o crepúsculos pintava de vermelho o horizonte, mesmo sob ameaça de chuva. Os transeuntes que por ali passavam não acreditaram em seus olhos, os mais fracos corriam para não serem atingidos. Ali quebrando muros e arvores, rachando o solo, dois homens honrados, de índoles indubitáveis, dois taichous renomados em uma luta sem regras e com um possível final trágico, as pessoas de fora não acreditavam na sena e muito menos imaginavam a causa daquela luta, mas havia alguém que estava adorando o show, Zaraki acompanhava cada detalhe, alegre por presenciar tal situação e imaginava a causadora daquilo.

– Parem, parem, por favor, parem! – gritava Órion correndo para onde a batalha acontecia, sendo impedida de continuar por Shunsui, me solte, por favor, ou faça alguma coisa!

– Estou estudando um jeito, menina, mas não se intrometa na briga, por favor. – pedia o comandante. - não vá, ferirá o orgulho masculino deles, só piorando a situação.

Ela observava que as laminas se tingiam de rubro, sinal que cedo ou tarde um deles alcançaria seu objetivo entre trinar de lâminas e uso de kidous a morte de um deles ou dos dois seria certa.

– Deixá-los morrer, é que não irei, eu não irei perdê-los. – empunha sua zampakutou, com o acúleo para o solo: - Akumu No Sekai-sama, hanasuto! – a lâmina dupla de luz e treva toma o lugar da espada branca, - Akumu No Sekai-Sama, Chire! – tão logo a espada desfaz-se como uma leve neblina escura desaparecendo por completo.

– Menina o que irás fazer? – sobressalta-se o Comandante ao contemplar a cena.

– Apenas veja comandante, Reitoosuru! – nessa hora os dois congelam por completo.

– como conseguiste, de tão longe? – pergunta o comandante admirado.

– É simples, após liberar minha shikai e dizer chire ela desaparece, espalhando sua essência por um raio de duzentos metros, ficando à minha disposição para fazer qualquer coisa que envolva luz ou trevas.

– Incrível, e mesmo assim não queres ser taichou? – interrogava o taichou.

Na hora que a menina iria responder, sente duas reiatsu aumentando velozmente, os dois libertam-se do congelamento e voltando à luta:

– Órion não interfira, você não casará com esse insignificante! – fala o Kuchiki.

– Pequena, não intervenha, ele tem que pagar, pois feriu minha honra. Elucida Ukitake.

– então só me resta uma alternativa, sem precisar feri-los! Terei que quebrar uma regra minha, jurei a mim mesma que não usaria isso novamente.

– Que alternativa Pequena? – espanta-se Shunsui.

A menina estende as mãos para frente e grita: - Medatsu! – a lâmina refaz-se e levita entre suas mãos: – kokioo no tenki to basho, dokonimo to doko demo, kono kesa to kono konban, hikidasu seikatsu! – os dois taichous caem inconscientes ao chão, sem ao menos respirar.

– Kuchiki Órion é esta tua decisão, casar-se com Ukitake Juushirou, mesmo sabendo de tua responsabilidade para com este Clã e a contra gosto do seu líder? – pergunta Hokudo se aproximando com Fujitaka e as duas senhoras.

– Sei do meu dever, assumirei minha responsabilidade se preciso for, mesmo vós não aceitando a minha decisão, minha escolha não será diferente de Kuchiki Rukia.

– se estiver disposta a viver em contenda com Byakuya-sama e esta é tua palavra final, além de que não podemos perder outro membro jovem e realmente cumprir tua palavra, tens o nosso consentimento.

– Arigatoo Hokudo-sama, minha palavra é minha lei.

– Você os matou? – assusta-se o comandante, correndo ao encontro de ambos os corpos.

– Não! Apenas separei suas almas dos corpos, mas se demorem muito assim, morrerão de verdade. O que eu faço comandante?

– o que você tem ainda, que não seja letal desse jeito?

– Bem, acho que posso usar o ashi ga oreta!

– vais quebrar-lhes as pernas, se não queria machucá-los?

– Não os machucarei de verdade, mas a sensação será a mesma de um fêmur exposto, os olhos veem a coxa íntegra, mas a mente processará o contrario, é uma das habilidades de minha zampakutou mexer com a mente, transformar lembranças e desejos em pesadelos.

– Faça logo, antes de trazê-los de volta.

Akumu no sama, ashi ga oreta! – da espada sai uma nevoa que adentra suas pernas inanimadas. - hensoo no seikatsu! – os dois homens voltam a si, tentando recuperar o ar, arfando e cansados.

Quando vão tentar levantar-se o gemido de dor é sufocante, veem suas pernas e nada há de errado, mas sentem como se o osso estivesse para fora.

– Pequena, sei que isto é obra sua, mas o que fizeste comigo? – pergunta Ukitake trêmulo de tanta dor.

– Me perdoem, foi o jeito que achamos de revogarem com essa briga insana sem feri suas honras de guerreiros, coisa mais idiota nunca presenciei antes.

– Órion deixe de bobagens e desfaça isso agora mesmo, não aceitarei jamais isso. – contrapõe-se o nobre.

– Byakuya-sama, me entenda, eu não quero ter o mesmo destino que o senhor, não desejo essa sina, eu quero mais da vida, quero ser feliz, mesmo que fugaz. E já obtive o consentimento do conselho, é sua palavra contra a nossa não adianta. Eu sinto muito não corresponder às suas expectativas, entretanto, não posso me negar para o amor, me perdoa.

– Mas você disse me amar uma vez e teu dever para com este Clã? – impõe o nobre.

– Eu cumprirei o que a mim compete no devido tempo se esta a tua preocupação. Sendo que o senhor estava certo, eu era imatura, não sabia separar admiração de amor, pois nunca havia amado ninguém, agora sei que o sento pelo senhor é somente isso, admiração e um carinho muito especial. - A menina aproxima-se do nobre, beija-lhe docemente o rosto, deita sua cabeça em seu ombro e diz bem baixinho: - By-sama, eu o adoro muito, mas mesmo que o amasse de verdade, o senhor ainda não estar pronto, pois vive preso nas memórias do passado, porém quando libertares o teu coração eu estarei ao teu lado, não importa o que aconteça! – toca-lhe a perna dizendo: - taizaidesu! – levanta-se e segue em direção a Ukitake curando-o e o abraça ternamente.

– eu não acredito que esta seja tua palavra final, somente aceitarei se me deres uma prova? – exige o nobre enfurecido, levanta-se rapidamente com a katana em punho em direção a Ukitake, que estava de costas para ele.

Quando o taichou empunha sua lâmina para defender-se, vê que a zampakutou do nobre já havia encontrado um alvo. Órion se põe na frente, recebendo o golpe no ombro. As duas senhoras gritam. O nobre gela vendo nos olhos da menina a decepção com ele, sentindo o sangue da menina escorrer pela lâmina até suas mãos, deixa-lhe cair a katana não acreditando no que fez. Ukitake avança em sua direção, mas é tocado pela mão trêmula da menina:

– Não, shitashii, por favor, pare... – abraça-o

– Minha Hana, não deverias ter feito isso, era para mim. – diz o taichou segurando-a.

Byakuya fica sem ação diante da cena, jamais a quisera ferir, mesmo nas enormes raivas que ela o fizera, seu olhar gélido toma aspecto de pavor: - Órion me perdoa, não foi minha intenção, se é essa tua escolha, eu respeitarei sua decisão, porém não era essa a prova que eu queria de você.

– sei que jamais me machucaria fisicamente, embora já o fizesses de outras formas. – responde a menina.

– Órion, vamos para o hospital, estas perdendo muito sangue. – analisava Ukitake.

– Eu estou bem, eu vou fic.... – desfalece nos braços do taichou que some com ela rapidamente.

– porque Byakuya-sama, porque fizeste isso? – chorava indignada Yui.

– jamais pensei que fosse capaz disso Byakuya-sama! – lamentava Arina.

– Vamos para o 4° esquadrão, foi para lá que ele a levou. – diz Shunsui tentando aliviar a tensão, e seguem todos para o bantai.

Ficam somente Hokudo, Byakuya e a zampakutou de Órion, debaixo de uma fina chuva, que começara naquele instante. A espada começara a emitir pulsações luminosas como que vasculhando o lugar, chamando a atenção dos dois. Ela então plana por um momento, procurando a direção de sua dona e como um raio segue para o 4° bantai.

– É possível isso? Eu o avisei Byakuya-sama, para teres cuidado em como tratar a menina, agora é tarde. – lamenta se retirando lugar, deixando o líder só, que ainda olhava sua katana no chão, com o sangue da menina e com a dor de um amor perdido.