Ódio ou Amor?

O que realmente aconteceu...


- Mas você quer me contar, vamos, eu escutarei não precisa ter vergonha baby. Angelica suspirou.

- Está bem Jack. Depois que você me deixou eu não pude mais voltar para o convento, então arranjei um emprego de garçonete em um bordel, Hank era um Comodoro da Marinha real, conheci ele em uma de suas patrulhas fora do palácio do governador. Então todos os dias, após abandonar o posto ele ia com os amigos beber no bordel e me olhar. Todas sentiam nojo de mim por ser filha de um pirata, mas ele não ligou pra isso, gostava realmente de mim. E eu acabei me apaixonando por ele. Lembro de uma noite em que ele me defender deles por estarem me importunando, aquilo foi o ato mais nobre que um cavalheiro pode fazer a uma donzela indefesa!

- Donzela Indefesa? Esses termos não caem bem a você querida Angelica.

- Já perdi a paciência com você Jack! Falou a morena se levantando furiosa, e o capitão segurou-a pelo pulso.

- Sinto muito. Pode prosseguir! Angelica, mas como um Comodoro da marinha real que é treinado para odiar e exterminar piratas, casou-se com a filha de um e se juntou a tripulação do pior pirata que existe?

- Quando você ama alguém, esquece tudo por ela. Aquelas palavras acertaram Jack em cheio. - Hank cumpriu com a promessa que me fez um dia, casou-se comigo e fugimos juntos, diferente de você!

- Quantas vezes eu terei que dizer que não abandonei você e muito menos enganei você?

- Não me abandonou? E como você chama o que você me fez? Chama isso de aventura?

- Se fosse com qualquer outra eu chamaria sim de aventura, mas com você eu chamaria de amor. Você sempre foi e sempre será diferente das outras mulheres que eu conheci. Eu tive minhas razões para ter ido embora naquele dia.

- Então diga-me, conte-me por que foi embora naquele dia?. O pirata exalou um suspiro e relaxou os ombros.

- Naquela mesma noite em que nós fizemos amor, eu acordei com o grito de Gibbs, levantei com muito cuidado para não acordar você, estava tão bonita dormindo. Quando sai havia um marujo que não era meu ao lado de meu imediato. Ao notar minha presença, Gibbs me olhou atônito e eu fitei o marujo. O homem me disse que meu pai, o Capitão Teague Sparrow havia sido capturado por Barbosa. Então ele me pediu para que fossemos até um bar beber e conversamos direito, confiei na palavra do homem e o segui, mas no caminho fui surpreendido pela tripulação daquele miserável, passei o resto da noite sob o poder daquele desgraçado, foi só a noite que retornamos ao meu amado Perola,Barbosa tomou o perola em um grande motin sem me dar nem a chance de um pedido de parola, então fomos levados para bem longe de Martinica, minha tripulação foi obrigada a se juntar ao Barbosa, não soube o que aconteceu com meu velho Gibbs, só sei que sua cabeça estava prometida ao rei e eu fui deixado em uma ilha, com apenas uma bala na arma. Depois voltei a me encontrar com Gibbs novamente, não sei como ele faz mas sempre dar um jeito de escapar das roubadas que ele se mete assim como eu.

- Não acredito em você!

- Diria para você perguntar tudo isso ao Gibbs, mas aposto que deve está se enchendo de cerveja barata em Tortuga já que vocês me raptaram depois de enfiarem uma espada em meu ombro. Se não acredita, o problema é seu, estou com minha consciência limpa. Jack se levantou dali e saiu deixando Angelica abismada com toda a história. O capitão estava mesmo contando a verdade para ela, coisa que ele não costumava fazer, mas por ela faria qualquer coisa. Jack passou a tarde inteira bebendo, ao anoitecer ele estava tão bêbado que acabou errando o caminho e foi parar no porão do navio.

- Droga, achei que o rum estava aqui! Disse ele em uma voz embolada.

- Jack...

Sparrow achou que estava ouvindo coisas, talvez o rum tivesse provocado isso, mais a voz se repetiu novamente:

- Por mim trovões, é o velho Jack! Jack se voltou, a voz vinha do interior de uma sela e avistou o velho Gibbs.

- Gibbs sua tartaruga bêbada de dois casacos! Disse o pirata com felicidade. – Como veio parar aqui?

- Bem depois de seqüestrarem você naquela noite eu bem que tentei fugir mas fui capturado por um dos marujos zumbizados do Barba Negra e desde então estou aqui, sem uma gota de rum. Por que o rum sempre acaba?

- É, o rum sempre a acaba. Mais para sua sorte deleite seus olhos no que eu trouxe! Falou Jack levantando a garrafa. O pirata festejou, Jack usou um dos truques que havia apreendido com Will e conseguiu abrir a porta da sela, depois de dar dois grandes goles no liquido, Gibs esboçou um sorriso de alivio.

- E então Jack, com anda seus dias por esse navio!

- Isto aqui é um inferno, Angelica está casada com um soldadinho de chumbo e Barba Negra me obrigou a levar todo o seu navio até a Ilha Proibida!

- Espere ai, você está se referindo aquela ilha em que ninguém saiu vivo dela? Aquela que dizem que está rodeadas por perigos e espíritos malignos de piratas que já tentaram chegar até a caverna?

- Ela mesma.

- E o que você vai fazer lá?

- Parece que Barba Negra irá encontrar seu fim em alguns dias, por isso ele quer ir até a ilha.

- Mas o lugar não concede um desejo apenas a um casal apaixonada?

- Por isso Angelica está indo com o soldadinho de chumbo dela.

- Se Angelica vai com o marido, então para que serve você?

- Eu, eu sirvo...deixa para lá Gibs vamos tomar mais uma gota de ruim e depois eu exigirei que você saia daqui! Jack ficou com receio em dizer que só estava indo para livrar todos eles das armadilhas que os esperavam, depois de beberem a garrafa inteira de rum, o capitão subiu ao convés e foi até angélica, puxou o pobre Hank pela camisa e tirou ele dali.

- Se querem que eu leve vocês até a Ilha Proibida terão que deixar meu imediato vir conosco! Gritou ele, Angelica correu para ajudar o marido se levantar.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.