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– Mais elas são mais que isso! –alguém disse. Logo que ouvimos isso me virei e na boa, queria que fosse qualquer pessoa, menos eles.

– Ah não, vocês? –disse.

– Coé gatinha, vai dizer que não gostou de ver o loiro aqui de novo? –ele disse enquanto envolvia um de seus braços em minha cintura.

– Não, nem um pouquinho Thomas, é esse seu nome né? Ah, foda-se! –disse enquanto me soltava dos braços dele.

– Ih Thomas, a loirinha não gostou de você... –disse o Pe Lanza (é isso né? KKK que horrível!) rindo da cara do Thomas, juro que tentei segurar, mas a cara de decepção do Thomas foi tão engraçada que comecei a rir junto.

– Você diz como se a morena tivesse gostado de ti... –Ele disse com a cara de decepção que estava antes.

– Mais ela gostou, não é linda? –Pe Lanza disse, enquanto envolvia um de seus braços no pescoço de Rê, que se abaixou e deu um passo para trás.

– Ahn... NÃO! –ela disse e deu um sorriso cínico! –O papo ta “muito bom” –ela fez aspas no ar com as mãos –mais eu quero entrar, será que rola? –disse meio mau-humorada.

– Opa, só tava esperando a iniciativa! Vamos sim. –disse uma girafa, ou o tal do Pe Lu.

Logo o segurança nos deu passagem e entramos, Rê, assanhada do jeito que é (e sempre foi), entrou pegou uma bebida e já foi logo dançar, eu peguei uma e sentei em uma das mesinhas do bar. Fiquei vendo o pessoal dançar na pista, e a cada dois segundos, Rê me olhava e piscava.

– A loirinha não vai dançar? –disse o insuportável (e põe insuportável nisso) do Thomas se sentando do meu lado.

– E desde quando isso é da SUA conta? –disse.

– Vishh, ela é bravinha... –ele disse rindo.

– Vishh, ele é insuportável... –disse num tom meio irônico.

– Vamos dançar?

– Com você?

– Sim. –ele sorriu.

– NUNCA! –sorri. Deixei o copo na mesa e fui me misturar com as pessoas da pista de dança. Embora eu não conhecesse absolutamente ninguém dali, acabei fazendo algumas “amizades” por que Rê já havia se enturmado. Dançamos, bebemos, dançamos, bebemos, dançamos mais e bebemos mais um pouco.

– Rê... De quem é mesmo o aniversário que o Luís disse? –Disse rindo enquanto dançávamos.

– Sei lá... Pergunte! –ela disse rindo.

– Oi, -toquei o ombro de alguém. –Será que você pode me dizer quem ta fazendo aniversário? –Disse rindo.

– Ahn... O Thomas. –a pessoa disse com uma cara de tipo, ta muito óbvio.

– Ah, obrigada! –me virei para a Rê. –DESCOBRIIIIIIIIIIIII.

– Quem? –ela riu.

– O Thomas!

– Que feio, a gente não trouxe nada pra ele! –ela disse rindo.

– Se dá pra ele! –disse e nós rimos. Já estávamos bêbadas!

– Com certeza... Vem aqui! –ela disse me puxando pelo braço.

– Ai, calma, calma, eu vou cair!

Dito e feito! Ela me puxou com muita força, e eu estava olhando para o chão, esbarrei em alguém e nós caímos!

– Uuui, desculpa, lindo. –disse para o... THOMAS?! Ah, ótimo!

– A loirinha sabe ser simpática? –ele disse. –Já pode sair de cima de mim. –ele riu.

– Caralho, até assim, mano?! Se fudê. –disse tentando me levantar. Tentativa frustrada essa. Caí novamente em cima dele, selando nossos lábios. Fui puxada para cima pelo braço. Rê salvando a pátria, palmas para ela “CLAP CLAP CLAP”.

– Só isso loirinha? –ele disse enquanto se levantava do chão, rindo.

– Muleque, faz um favor? VAI SE FUDER!

– Vamo junto? –Imbecil!

– Claro lindo! –disse e sorri irônica. Acho que ele realmente levou isso a sério, por que me puxou pelo braço pra algum lugar... – Me solta mano, eu tenho que ir pra casa, caralho.

– Calmaê, você aceitou meu pedido. –ele disse rindo. Nivel de imbecibilidade (criei essa palavra junto com a Rê): 287389478370.

– Me solta mano, para! –eu disse enquanto puxava meu braço.

– Claro que solto. –Ele disse e virou para mim. Colocou a mão na minha nuca e me beijou (ou tentou), eu tentei empurra-lo mais nunca que eu iria conseguir, então o jeito mais fácil, foi morder sua língua. Foi exatamente o que fiz!

– AAAAI PORRA! –ele disse enquanto colocava a mão no lugar de sua boca que estava sangrando.

– Pedi pra me soltar, lembra? –disse sorrindo ironicamente e indo atrás da Rê.

– Vambora? –ela disse assim que eu cheguei perto dela.

– Vamos! –disse. Logo vi Thomas e Pe Lu vindo em nossa direção, puta que pariu, é pior que chiclete!

– Eaae! –Pe Lu disse.

– A gente já vai embora, tchau pra vocês. –Rê disse. Fui dar um beijo na bochecha do Pedro, mais quase cai em cima dele e de Thomas.

– OPA, ia pro chão de novo! –Thomas disse rindo. Pedro me segurou, o que facilitou na hora de me despedir dele.

– Vocês vão chamar um taxi né? –Koba disse enquanto se aproximava.

– Não, eu to de carro. -disse enquanto procurava as chaves dentro da minha bolsa.

– A chave ta aqui. –Pe Lanza pegou ela dentro da bolsa. Calmaê, eu não enxerguei ela? KKKKKKKK eu to pior do que eu imaginava!

– Obrigada, -Rê disse. – Agora vamos! Já são quase três e meia.

– Eu levo vocês! –Pe Lu disse enquanto pegava as chaves da minha mão.

– Não precisa, eu sei me virar sozinha!

– Percebi... Inclusive ta em pé por que eu to te segurando! –Pe Lu disse.

– Filho, eu não preciso! Eu consigo fazer até um quatro, quer ver? –eles riram, mas eu tentei, confesso, foi um FRACASSO! Quase caí por cima da Renata e do Lanza, só que ele segurou ela e nós ficamos de pé, isso só fez aumentar o riso de todos. –Tudo bem, não deu certo... Mais só por que eu to de salto. –eles continuaram rindo.

– A gente leva vocês, sem problemas. –Thomas disse em meio aos risos.
Nós fomos em direção ao carro. Pedro Lucas, como ao meu ver, era o mais sóbrio, foi ao volante. Lanza foi no banco do carona, eu, Rê e Thomas fomos no banco de trás e Koba veio num outro carro, acho que era dele, logo atrás de nós. Eu fui guiando-os até chegar na porta da minha casa. Nos perdemos algumas vezes, por que eles duvidaram de mim “eu estava muito louca pra saber onde eu morava” eles diziam. Mais é claro que eu sabia... Idiotas! Chegamos na porta de casa.

– Obrigada, e não precisava ter vindo trazer a gente. –Eu disse.

– Não só precisava trazer, como vamos precisar levar até a porta. –Lanza disse rindo.

– HÁ-HÁ-HÁ, nós não precisamos de nada disso! –Rê disse enquanto descia do carro. Ela colocou um pé para fora e tentou se equilibrar para tirar o outro, #fail, KKKKKK ela quase caiu.

– Viu como precisam... –Todos nós descemos do carro. Eu tirei o salto, peguei as chaves com o Pedro, e me despedi dele com um beijo na bochecha, dei tchau para o Lucas, um beijo na bochecha do Lanza (que estava voltando da porta da minha casa, por que tinha ido deixar a Rê lá) e um beijo que era pra ser na bochecha, mais acabou sendo um selinho por que ele virou, no Thomas.

– Feliz aniversário. -disse no ouvido dele, que sorriu.
Entrei em casa, Rê estava jogada no sofá. Chamei ela, nós subimos, tomamos banho (uma de cada vez, claro) e fomos dormir.