Na manhã seguinte acordei, fiz minhas higienes matinais, me arrumei, desci, comi qualquer coisa e fui pra faculdade, mais antes é claro pegar a Rê na casa dela... Eu sempre gostei de ir pra Faculdade, mais hoje, não sei, to sem vontade nenhuma, talvez seja porque eu sei que todos por lá estarão comentando sobre o ocorrido de ontem. Mais que merda, porque eu não poderia ter ido embora naquela noite na balada, não eu tinha que entrar e acabar sendo "beijada" pelo Thomas, aaaf.
Eu estava tão concentrada nos meus pensamentos que nem vi quando o sinal fechou, avancei e advinhem? Sim, bati meu carro, meu precioso carro. Desci desesperada, quando olho pro ser que saiu de dentro do outro carro...

– É carma... aaf.

– Ih Thomas, ela é estressada até as 7 horas da manhã... - disse Pedro Lanza rindo.

– Af, muleque cala boca, fica na tua... - falei indo olhar meu carro, nem preciso comentar que todos na rua estavam nos chingando, porque vocês sabem como é o transito de São Paulo né?!
Sorte que nem tinha acontecido nada, só um arranhão, mais foi um baita susto... Quando eu ia entrando no carro de novo, vejo uma mão me puxar, era ele... Thomas. Devo dizer que meu coração foi a mil.

– Bom Dia loirinha...

– Só se for pra você... - disse tentando me soltar.

– Ih loirinha, é estressada até as 7 horas?

– ME SOLTA THOMAS..

– Se eu te soltar você vai se arrepender depois... –Rê soltou um risinho meio abafado.

– Sonhe! Agora me solta!

– Não, calmaê... Vamos sair, ou sei lá, me passa seu numero?

– Nop.

– Por favor, vai?! Juro que te solto... E não vai matar se você me passar seu numero...

– Ai que saco... Ô menino insuportável! Me empresta a droga do teu celular. –ele me entregou o celular, coloquei meu numero (sim, eu coloquei o numero certo) e o entreguei de volta pro Thomas, que me soltou. Entrei no carro.

– Eae, vamos sair mais tarde? Sei lá, um cinema ou algo assim? –Puta que pariu... Meninos são chatos DEMAIS!

– Te passei meu numero, o combinado era me deixar em paz, né?

– Não, o combinado era te soltar! –ele e a Rê riram.

– Ok, relaxa Thomas... Eu dou um jeito. –Rê disse enquanto fazia sinal pra ele ir embora.

– To indo então, to atrasadão... Tchau loirinha e tenha um bom dia! –ele disse meio irônico.

– Tchau loirinho, um bom dia pra você também. –respondi com uma ironia um pouco maior.
Ele me deu um beijo na bochecha, fechei a porta do carro e fomos para a facul. Estávamos atrasadíssimas, graças a eles... Só entraríamos na 2ª aula. Estacionei o carro.

– Vamos tomar café? To com fome... –Rê disse.

– Se só pensa em comer, Renata... –disse e ri.

– Eu penso em comer e você no Thomas... Confesse! –ela disse. Eu teria matado ela, se não fosse verdade...

– Claro que não... Ahn... Você fez a lição de casa de ontem? –tentei mudar de assunto, mais já deveria saber que ela não deixaria...

– Você ta gostando dele?! AAAI MEU DEUS! Eu vou ter que agüentar você apaixonadinha de novo? –ela disse e riu. Pedimos dois pães de queijo na cantina e fomos sentar nas mesinhas que tinham lá perto.

– Eu não sei... Cara, o que eu menos quero é me apaixonar por ele...

– Awnn, que linda! Sério, que linda! É exatamente por isso que você vai ligar pra ele e dizer que aceita sair com ele. –Pareceu a coisa mais normal do mundo isso saindo da boca dela... Até onde eu me lembro, a intenção não era ficar com ele e sim dar um jeito de colocar um pano em cima dessa história...

– Claro, eu até ligaria...

– E por que não vai?

– Por que eu não tenho o numero dele, sua anta!

– Ai, calma... Tua irmã tem o numero do Pedro... –vi um certo brilhinho naqueles olhinhos azuis quando ela disse o nome dele...

– Caralho Rê, se tá gostando do Pedro? –disse e ri.

– Que viajem, Thay... Nunca!

– Não mente pra mim, eu sou tua melhor amiga! Você ta gostando do Pedro, Renata? –disse ainda rindo.

– Não... Na verdade, não sei se é gostar, mais alguma coisa eu sinto!

– Awnnn, vou chorar de emoção –fingi limpar lagrimas. Ouvimos o sinal da faculdade tocar, avisando que a segunda aula iria começar.

– Vambora pra sala, negona. –Ela disse me puxando.
Entramos na sala. Assim que entrei pude ver que Vitor e Marina me lançaram um olhar, bem conhecido por mim... Eles haviam assistido o TV Fama e iriam me zoar até o meu ultimo dia de vida. Sentei no meu lugar, e Rê no dela.

– E ae, o Thominhas beija bem? –Marina disse rindo.

– Mais ele não é gay? Ah, claro... Ele agora é bi... –Vitor disse e riu. –Não agüentou sua beleza e teve que te beijar...

– Vai. Pra. Puta. Que. Pariu!

– E a gente aqui achando que a safada é a Renatinha... A Thay ta pior hein... –Marina disse. Olhei para Rê e pude ver sangue nos olhos dela... Ela ia voar em alguém em poucos minutos.

– CARALHO MEU, CALA A BOCA! QUE INFERNO! –Rê gritou.

– Ui... A Rê ta bravinha. –Vitor disse. Nós ignoramos os comentários que vieram depois. As horas se passaram, não tão rápido e nem tão devagar... Saímos da facul e fomos pra casa da Rê. Hoje eu decidi que iria ficar com ela lá. Chegamos, almoçamos e fomos dormir um pouco.
Fomos dormir ás 14h e acordamos ás 17:42 por que meu celular estava tocando.

– A intenção era dormir só um pouco, né... –Rê disse e riu. – Atende. –Ela me entregou o celular. Olhei o identificador, mais eu não conhecia aquele numero.

*Ligação On*

– Alô?! –disse meio sonolenta.

– Oiii! –a pessoa (ou melhor, o homem) disse parecendo animada do outro lado da linha.

– Quem é?

– É o Thomas...

– Ah, o que se quer? –pude ouvir a Rê me mandar colocar no viva-voz, obedeci.

– Já ta mal humorada de novo? –ele riu.

– Fala logo o que você quer.

– Queria saber se rola de você sair comigo, mais tarde.

– Ahn... Nem vai dar... Eu tenho algumas coisas pra fazer mais tarde... Quem sabe um outro dia.

– Sério? Não tem como desmarcar?
“Se ela tivesse algo pra fazer, teria como sim” –Rê gritou lá do fundo. Dei um tapa nela.

– Sério... E não, não dá pra desmarcar...

– Ah, então beleza... Outro dia a gente marca.

– Tenho que desligar. Tchau!

*Ligação Off*
Sim, eu desliguei na cara dele, coé, eu não queria mesmo sair com ele.

– Bruta, mentirosa! –Rê disse me encarando. Sorri. – Por que fez isso?

– Por que não to afim de sair nem com ele e nem com ninguém!

– Mentirosa! Você disse que ta começando a gostar dele, daí ele te liga e te chama pra sair e você inventa uma mentira idiota e recusa?

– Sim...

– Você vai sair com ele!

– Não vou!

– Vai sim...

– Rê não. A mídia vai cair pra cima da gente de novo... –Senti que ela ia me matar, talvez por que ela se levantou, respirou fundo e começou:

– ESCUTA AQUI THAYANE, DEIXA DE SER IDIOTA, VOCÊ VAI SAIR COM ELE SIM! LIGA PRA ELE A-G-O-R-A E DIZ QUE VOCÊS VÃO SAIR! VAI PRA CASA, SE ARRUMA, FICA GATA E SAI COM AQUELE LOIRO DELICIA. A-G-O-R-A! –não pude deixar de rir, mais me deu um medo (?) sei lá, só sei que fiz o que ela mandou, peguei minha bolsa, meu celular e liguei pra ele, falando que eu aceitava sair com ele (tive que fazer isso na frente da Rê, ou eu morreria). Me despedi da Rê, que estava com um sorriso de orelha a orelha, idiota. Peguei minhas coisas, fui pra casa, me arrumei fiquei bem gata como a Rê mandou, logo olhei no relógio e estava quase na hora, coé, no nosso primeiro encontro tenho que chegar atrasada, fazer um charme u_u. Desci, enrolei um pouco em casa e quando deu 20:00 eu sai, cheguei no cinema uns 20 minutos depois, ele estava disfarçado e escondido, não me segurei e comecei a rir:

– A loiriha sabe rir.-disse ele vindo até mim

– IDIOTA - dei um tapa no braço dele de leve e logo depois um beijo no rosto. - Já comprou as entradas?

– Claro - disse ele sorrindo - vamos?

– Vamos sim - sorri e segui até a entrada do cinema... –Mais antes as pipocas, né? –ele riu e assentiu com a cabeça.

– Claro, e sem esquecer a coca... –disse enquanto colocava a mão no bolso.

– Relaxa, que eu pago.

– Claro que não... Eu te chamei pra sair, eu pago.

– Não precisa, sério... –fomos até a ‘loja’ que vendia pipocas. –Ahn...

– Duas pipocas médias por favor. –Thomas disse.

– Acabaram os saquinhos de pipocas médias... Não gostaria de uma grande, senhor? –a atendente disse. Tive que rir com a cara que o Thomas fez quando ela o chamou de “senhor”.

– Pode ser... –disse.

– E duas cocas grandes. –Ela sorriu e foi atender ao nosso pedido. Pagamos, e entramos na sala do cinema, a sessão começava as 21h. Fomos assistir “Amanhecer Parte 1”... Confesso, que aquele filme não fazia nem um pouco o estilo do Thomas... Ele tem cara de quem prefere comédia ou ação, e não filmes assim... Mas ok.
Dividimos a pipoca, e em algumas partes do filme fui obrigada a tacar pipoca nele, por causa dos comentários idiotas que ele fazia (alguns em voz alta, k k).

– Vishhhh, -balancei meu copo de coca –acabou.

– Azar o teu! A minha ta aqui –ele bebeu um pouco –e tá uma delicia.

– Idiota! –dei um tapa no braço dele e ri. Em alguma parte do filme, ele, mongo como é, bobeou com a coca, e colocou ela no lugar reservado para copos na cadeira. E adivinhem quem tomou a coca dele todinha? Eu mesma, haha. Tentei disfarçar, fingindo que estava prestando atenção no filme, mas perceber que o Thomas pegou a coca, levou até a boca e sugou o canudo e não saiu nada, a cara de decepção dele, fez com que meu plano fosse por água a baixo... Ele me olhou, eu desviei o olhar, segurei o riso e olhei pro telão. Ele riu. Terminamos de assistir o filme, teria sido numa paz, se ele não tivesse gritado “Edward broxinha” ou dito que a Bella estava terrível, rs. O filme acabou, as pessoas foram saindo da sala, eu me levantei, para sair da sala, mais fui puxada para a cadeira de novo.

– Você bebeu a minha coca, lembra? –ele me olhou com um sorriso malicioso.

– Devo gritar? –ele segurou no meu queixo. Confesso, meu coração foi a mil por hora...

– Claro que não, eu não gritei quando você bebeu a minha coca, gritei? –Eu ainda ia responder, mas fui “surpreendida” com um beijo, sim, dessa vez foi um beijo e eu retribuí. Ele finalizou o beijo com um selinho. Que beijo! Ele sorriu, eu sorri.

– Vamos? –levantei da cadeira.

– Quer ir pra onde?

– Pra casa, tenho aula amanhã cedo. –ele fez uma cara de desapontamento, assentiu com a cabeça, levantou e nós fomos. Fui obrigada a ir até o estacionamento do shopping ouvindo os comentários dele sobre o filme, que por sinal eram bem idiotas, mas me fizeram rir. Nossos carros estavam no estacionamento coberto do shopping. –Bom, tchau... –peguei a chave do meu carro dentro da bolsa e ia em direção ao carro, ia, se não tivesse sido puxada para perto do Thomas.

– Vem aqui, mereço um tchau descente, né? –ele sorriu maliciosamente.

– Tchau. –disse e sorri ironicamente.

– Não é assim! –ele me puxou para dentro do carro dele.

– Como é então? –Que idiota, ainda perguntei. Ele me beijou, meu coração disparou, borboletas decidiram que iriam voar pelo meu estomago... Legal. Ele foi distribuindo beijos até o meu pescoço, onde assim que chegou, parou, jogou meu cabelo pra trás e voltou a beija-lo. Antes de se afastar de mim, ele deu um chupão no meu pescoço.

– Agora sim, -ele me deu um selinho –tchau. –ele sorriu.
Sorri, desci do carro e fui em direção ao meu. Entrei, liguei o carro e sai dali. Cheguei em casa, sim, eu estava mortinha, entrei no banheiro, fiz minhas higienes e ia dormir, se a louca da Renata não estivesse me ligando.

*Ligação On*

– ME CONTE AGORA COMO FOI, vai logo, por que eu não dormi ainda por causa da curiosidade!

– Contar o que? Eu não fui... –ela iria me matar pelo telefone mesmo.

– Eu sei que foi, seu celular estava desligado... Não se deixa celular ligado no cinema.

– Te conto amanhã, tente dormir, se não conseguir, azar! Passo aí amanhã, e te amo. –ri e desliguei.

*Ligação Off*
Coloquei o celular ao lado da cama, e acabei adormecendo rápido até.