– Sr. Petruci e jantar está na mesa. - Abravanel apareceu na porta com o nariz empinado. - e senhorita Petruci, tem telefone para você.

– quem?

– Liam.

– Er, com licença pessoal, mas isso é bem importante. - fui me distanciando deles de vagar ate chegar na porta e depois entrei correndo. - Oi!

– Oi, trouxe o que você pediu.

– ok, mas não vou poder te pagar hoje.

– então te entrego quando você pagar.

– Liam!

– eu também tenho que receber Miley, ou você acha o que vadia? - ele alterou a voz.

– Vadia não, e não me importa, quando eu puder eu te pago. - desliguei o telefone e voltei para o jardim.

– está tudo bem filha? Você parece nervosa. - minha mãe perguntou preocupada.

Olhei rápido para Nick e depois a respondi - tudo sim mãe. - sorri e fui me sentar ao lado de Demi.

– Já que está tudo bem… Vamos jantar pessoal.


(…)


– AI CHEGUEI GENTE! DESCULPA A DEMORA - Mark todo estabanado chegou com um monte de sacolas de compras. - Miley querida comprei uma blusinha que é sua cara. Ela é de preta com dois olhos bem amarelos, combina com a Spell!

– Ah, obrigada Mark! Deve ser mesmo linda.

– e é, e nossa! To com uma fome. - ele puxou uma cadeira do meu lado e sentou.


Durante o jantar, por algum motivo que eu não sei qual é. Nick estava sendo na minha frente, e algumas vezes trocávamos um olhar rápido, se alguém tiver percebido vai me zuar depois. Mas depois de tanto tempo ele volta, assim do nada, ele aparece na casa dos meus pais. Como se não quisesse nada com nada, não me permiti falar com ele, ele que tem que falar comigo. Tenho meu orgulho. Algumas vezes olhei para Demi e ela balançava a cabeça apontando para Nick, ou seja '' FALA COM ELE SE NÃO VOU QUBRAR TUA CARA''. Olhava para Mark e ele mexia a sobrancelha e olha para mim e para Nick, ou seja ''ui a Miley pira no gato musculoso ''. Não consigo acreditar que esse pensamento foi meu.


– Então… Abravanel pode mandar trazer a sobremesa.

– claro. - ele concordou e saiu marchando igual a um soldado.

– ui, cuidado que eu piro. Só eu né, por que a Miley já pira em outra coi…

– Mark! Ja chega né? - o encarei.

– ui, tá bom nervosinha - ele meio que fez um gesto com a mão, acho que imitando um gato.

– Então, Nick… E o seu irmão? Como anda?

– COM A PERNA NÉ DEMETRIA! - Marius, como sempre muito sínico.

– Né Nick? - ela meio que o encarou na tentativa de ignorar Mark.

– para sua vida, diga que é. - disse para ele e ele olhou para mim e sorriu torto e depois olhou para Demi.

– Ele está bem, ele só não veio comigo por que ele não conseguiu pegar a transferencia, mas ele disse que vai esperar eu me arranjar aqui primeiro pra ele vim aqui. - ele disse calmo e pausadamente. Incrível como agora ele é calmo.

– sorvete ou bolo? - Abravanel apareceu do meu lado.

– hãm… Os dois. - disse sorridente. Petit gateau é meu prato favorito praticamente.


(…)


Estávamos todos reunidos na sala de estar. Demi conversava com Nick e eu quieta no canto da sala mexendo no celular, agenda para amanhã… VAZIA! Resumindo: Não me dou muito bem com finais de semana. Algumas vezes olhava para o povo da sala e via minha irmã brincando de polly com a Madison, Nick conversando com Demi e agora com o meu pai e minha mãe como sempre discutindo com Mark. Já não tinha mas o que esperar, me levantei e então pronunciei:


– Bom, eu vou indo…

– tâta, tâta, tata posso dormir na sua casa hoje? - Hannah correu ate a mim e olhei para minha mãe, ela fez um sinal com a mão dizendo amanhã.

– vamos fazer assim… - abaixei ficando da altura dela. - você dorme em casa amanhã, dai você vai comigo pra revista no dia seguinte e depois te levo na escola pode ser?

– pode! - disse sorridente, abraçou minhas pernas e depois voltou a brincar.

– Miley! Preciso falar com você - meu pai fez um gesto com a mão me chamando.

– estou toda a ouvidos.

– então, eu não tenho onde colocar o Nick… Sua avó ira vim para ce sabe como a veia é né…

– coloca ele num hotel. - disse indiferente e ele me encarou - está querendo que eu hospede ele lá em casa?

– por favor Miley, isso vai ser temporariamente. - ele implorou.

– está bom, mas você sabe que tenho pavio curto e se ele forga demais eu chamou a policia.

– garanto que não vai chegar a esse ponto! - ele me garantiu.

– tomara mesmo. Por que… Olha - mostrei a tela do meu celular para ele - está na discagem rápida. - levantei a sobrancelha e guardei o celular.

– do mesmo jeito que eu tenho o número da sua conta bancaria. Gastar 5 mil reais em uma noite na balada…

– Sem discagem rapida. - sorri igual o Garfield.

– olho por olho, dente por dente. - ele me encarou e depois saiu. O segui. - Nicholas meu jovem rapaz… Espero que não se importe em ficar na casa da Miley… - ele olhou para mim para mim continuar a frase dele.

– Er, sabe… Casa com criança é difícil de se conviver - balancei a cabeça pensando no que dizer - se quiser dormir lá em casa, tudo bem eu entendo…

– tudo bem. - ele disse calmo e se levantou pegando sua jaqueta no sofá.

– que? - perguntei levantando uma sobrancelha.

– tudo bem, eu fico na sua casa. - engoli seco. - iremos agora?

– er… Sim. - respirei fundo e peguei minha bolsa encima da mesa da parede ao lado. - Até segunda a TODOS… Menos para a Hannah que vai dormi em casa amanhã a noite - sorri e abaixei e ela veio correndo me abraçar.

– é sim. - ela sorriu e beijou minha bochecha. E logo em seguida a soltei.

– Mark, quando eu disse segunda…

– Você não está contando em buscar ele boate gay de madrugada está? - Demi perguntou segurando a risada.

– sim, estou… - fui seria, mas no fundo estava morrendo de rir. - por sorte amiga. - dei um sorriso e sai para fora sendo acompanhada por.. Ele.


(…)


Entrei no meu carro, abri os vidros e ascendi um cigarro, logo em seguida Nick entrou, deu um sorriso torto e colocou uma bolsa no banco de trás.


– Só trouxe isso? - perguntei curiosa e indignada.

– Er… Não, peguei só o necessário mesmo, amanhã volto para pegar o resto das coisas.


E essa foi nossa primeira conversa. Logo ficou um total silencio… Apaguei meu cigarro e joguei pela janela então liguei o carro. Era difícil de acreditar que o mesmo cara que pelo qual me apaixonei uns quatro, cinco anos atrás estava ao meu lado. Indo para minha casa, como se não tivéssemos passado algum. Claro que tivemos muitas brigas mas nada serio, e como na vida tudo tem seu lado bom… Tinha os bons momentos… Os que ele me fazia rir, o beijo, o ciúmes não assumido. A forma que me olhava, quando queria puxar uma briga… Tudo isso se foi… E tornou-se uma boa lembrança.


– deste quando você fuma? - ele perguntou quebrando meus pensamentos. Apenas o olhei de lado e dei uma risada abafada. - desculpa se estou sendo intrometido. - ergueu duas mãos em defesa.

– Acho que deste os quinze anos, mas não era todo o dia… Agora é um maço por dia. Ou mais, varia de dia para dia. - respondi sem fôlego.

– Nossa, deste os quinze - ele meio que engasgou quando disse quinze -

– é, longa história, vai ter muito tempo para ouvir depois, já que vai ficar em casa. - murmurei.

– Olha, se você não quiser que eu fique na sua casa, tudo bem, eu entendo. Deve ser estranho uma pessoa chegar do nada cinco anos depois e ir para sua casa. - tentou se explicar..

– não tudo bem, você pode ficar o tempo que você precisar! É só que não imaginei que ia te ver de novo.

– pois é, eu pensei que quando você me visse ia tacar fogo em mim ou algo parecido. - ele relaxou.

– e por que eu faria isso? - o encarei de canto.

– por que você já fazia coisa pior quando éramos menores… E agora você com uns 20 anos… Quem sabe né. Você é imprevisível.

– obrigada pela idéia de tacar fogo - balancei a cabeça em forma de agradecimento e ele nada falou. - brincadeira, não vou fazer nada com você.

– ufa, ainda bem, pois esqueci a minha caixa de remédios na minha antiga cidade… Onde você mora? - ele estranhou pois estava indo para o centro.

– Moro no predio Plaza Toronto City. - respondi dando seta.

– quando é a estadia? - ele perguntou surpreso.

– eu comprei por 9500.000 dolars. - entrei na garagem do predio.


(…)


Não tinha nada demais eu deixar ele ficar na minha casa, mesmo passando cinco anos não quer dizer que eu não me lembre de nada. Por que infelizmente eu lembro.


– Olha, é o decimo sexto andar, eu vou avisar sobre você na portaria, e… - O olhei dos pés a cabeça. - tenta ficar vivo. - entrei o cartão para ele e ele subiu meio confuso.


Avisei sobre ele na portaria agora ele poderia entrar e sair a outra que ele quiser, e amanhã mesmo já vai ter a copia do cartão. Eu lembro do último dia que o vi no aeroporto, de quando ele me beijou, de quando nos brigávamos igual crianças. O amor pode morrer na verdade, a amizade na mentira, tomara que não tenha morrido. e que a verdade sempre esteja presente nesse ''laço'' que eu pretendo criar com ele. Subi para meu andar. Assim que sai do corredor encontrei Nick totalmente suado e grudado na porta com cara de espanto.


– você está bem? - perguntei segurando a risada.

– eu que dévia te perguntar isso. Aquilo é um gato E.N.O.R.M.E ou é uma mini Miley só que sendo big? - falou apavorado.

– na verdade, é um puma, a Spell, linda né? Você não pode demonstrar medo. - falei calma com um sorriso de canto.

– você sabia que eu ia vim, por isso que resolveu criar essa coisa ai? - ele apontou para a porta tremendo.

– na verdade, eu temia que você viesse, mas como nesse mundo tudo é de cabeça pra baixo né… Mas chega dessa conversa - sorri - eu entro primeiro e você me segue, assim que ela deitar eu vou vim até aqui e entrar abraçada com você, ao menos que você esteja com medo da minha bebe.

– você precisa se casar logo.

– está afim de morrer? - o encarei serrando os olhos.

– não. - respondeu tremendo.

– então fica quietinho e colabore se não você vai virar o jantar da minha bebe.


Entrei na casa feliz com algo que eu podia usar contra ele. Não que eu seja má, nada disso, é bom provocar ele, ou era.


– Oi minha bebezinha. está com fome é? Mamãe trouxe uma carne fresquinha para você, está ate embalada. - abaixei me ajoelhando ao lado dele que lambia a pata.

– Miley… - Nick gemeu atrás de mim.

– a mamãe trouxe visitas e você não pode comer ele, só quando eu estiver de pavio curto… Mas isso é todo dia… - sussurrei para mim mesma - é melhor você não fazer nada bebe, só quando a mamãe mandar viu? - fui até a porta e abracei Nick pela cintura o empurrando para dentro do apartamento.

– o que falam desse bicho aqui?

– Spell é boazinha. - o apartei contra mim e com a outra mãe o abracei de lado e fui até a Spell.

– esse aqui você não pode comer viu? - fiz gestos que me ensinaram quando a ganhei. - ele está comigo e você não pode o comer. - ela deitou a cabeça no meu pé. - rela nela.

– não!

– rela na cabeça dela se não vai rela na comida do almoço dela. - ele abaixou temeroso e passou a mão na cabeça dela e depois se encolheu quando Spell deitou de barriga pra cima.

– incrível. Você que a ensino?

– em partes, e relaxa não roubei ela nem nada, tenho licença para criar ela. Não sou uma delinqüente.

– Bom… Pelo o que eu conheço você…

– Olha aqui o seu mimadinho… Eu não sou mais aquela garotinha que você brincava com os sentimentos sem ao menos se importa com os outro, pensando somente em você, ou você para de achar que me conhece ou a Spell vai ter uma janta diferente. Ela gosta de carne fresca.

– tá. Não está mas aqui quem enfrentou a forte Miley! - levantou a mão em defesa. - Poderosa.

– eu sou aquela de olhos verdes sabe? A Docinho, ela é bem má. E eu vou ser igualzinho o jeito dela com você mocinho. Não tenho medo de você.

– que pena, mas enfim, não vou enfrentar você, qual é meu quarto?

– sobe as escadas e vira para a direita, qual quer um do lado esquerdo, o do lado direito é o meu quarto e o banheiro.

– eu só vou dar comida para a Spell e já subo e explico tudo para você.


Ele assentiu e subiu, assim que ele subiu me virei e ficando olhando a escada pensando no que ele veio fazer aqui. Coloquei a comida da Spell no chão, arrumei a cozinha e enchi a geladeira. Já que ia ter um homem dentro de casa tinha que ter muita comida certo? Certo, eu acho. Amarrei meu cabelo num rabo de cavalo de lado e subi deixei minha bolsa no meu quarto.


– Nick - o chamei encostada na minha porta.

– no quarto do meio - a voz veio da porta a minha frente.

– posso entrar? - me aproximei da porta já abrindo.

– Claro!


Entrei e ele estava sentado na cama me olhando com cara de paspalho.


– você vai ficar entediado, você pode pegar o notebook lá da sala se quiser. Tem comida claro, o banheiro é a outra porta sem ser essa da frente…

– essa da frente, é seu quarto?

– é sim, e não precisar se preocupar se você quiser ir beber água de noite, Spell dorme comigo.

– falou isso com medo de eu entrar no teu quarto é?

– Nicholas, já faz cinco anos deste a última vez que eu te vi, então por favor não faz drama de criança querido.

– por que? Você não gosta de draminhas de criança ou adora quando eu te provoco?