Amanheceu. Eu acordei primeiro e chamei o pequeno Creeper:

— Acorde! Já é de manhã. — O Creeper não me respondeu. — Vamos, acorde! — Tentei novamente.

Percebi que o Creeper estava em um sono profundo, deveria estar muito cansado de ontem ou foi dormir muito tarde. Estava ficando com fome e imaginei que meu companheiro, quando acordasse, também iria sentir fome.Deixei Alfred na caverna junto com o Creeper e fui em busca de comida.

Subi em um pequeno monte para tentar avisar algum lugar que tivesse alimento. Notei alguns porcos ao leste, estavam em uma grande planície que também tinha algumas galinhas e vacas mais ao fundo.

Quando olhei melhor, percebi um humano indo atacar pobres porquinhos indefesos e resolvi ir lá, para que possa salvá-los e a mesmo tempo, continuar cumprindo minha vingança. Me teletransportei e ataquei aquele maldito humano sem nenhum dó. Ele carregava três maçãs e duas cenouras em seu inventário, as maçãs eram para mim e para o pequeno Creeper e as cenouras poderiam servir para os porquinhos.

Quando as cenouras acabaram, virei-me para trás e vi que estava sendo observada pelo pequeno dorminhoco... O Creeper estava assustado, provavelmente pensando que poderia morrer por mim, ser um tanto obscuro... mas já era tarde demais para explicar qualquer coisa, ele já havia visto tudo.

Fui diretamente para a montanha que estava o Creeper. Não sabia o que falar, o que fazer... Só queria que ele não tivesse visto aquilo... Percebi no olhar do pequeno que ele estava com muitas coisas na cabeça, por isso que se assustou com meu teleporte. Ele saiu correndo para uma jungle...

Fui atrás dele, para tentar explicar, mas ele não queria escutar. Continuei correndo, até que consegui prendê-lo. O Creeper estava inflando, parecendo que iria explodir... fiquei desesperada...

Simplesmente dei um abraço nele, foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Não me importei em arriscar a própria vida... Aquilo o acalmou... um abraço quente de uma criatura fria...

— E-Eu não sei ao certo as palavras que tenho que dizer para explicar aquilo... Mas... Me desculpe...

Olhei para o fundo de seus olhos... Tenho que protegê-lo...