não deveria ser assim
A Senhora
Gumball POV
Abro meus olhos devagar e com certa dificuldade, como se eu estivesse acabado de acordar de uma longa noite de sono. Levanto-me devagar e tento identificar o lugar onde eu me encontrava, e me assusto ao perceber que eu estava deitado no sofá da casa de um desconhecido. Tento me lembrar de algo que explicasse tudo isso, e acabo tendo uma rápida visão de algo como estar pulando num vazio sem fim. No começo parecia ser apenas uma lembrança de um sonho de agora a pouco, mas eu sabia que aquilo não era um sonho.
Retiro uma coberta de cima de mim e tento sair do sofá, tentar, por que no mesmo instante vejo alguém entrando na sala, alguém estranho que eu nunca tinha visto antes. Era uma senhora de pele roxa reluzente e transparente, com pequenos chifres na cabeça, e aparentando ter uma idade avançada.
Senhora: Você está bem? – diz ela, com uma voz estranhamente jovem.
Gumball: onde eu estou? – digo coçando os meus olhos.
Senhora: Você Está na minha casa.
Gumball: e como eu vim para aqui?
Senhora: Eu te trouxe até aqui, você estava jogado no gramado do parque aqui perto.
Gumball: jogado?
Senhora: Sim, resolvi traze-lo para cá, é mais seguro do que ficar lá fora no meio dessa chuva.
Gumball: obrigado então. – digo sem jeito.
Senhora: Se quiser já pode ir para casa, te empresto o meu guarda-chuva.
Gumball: para casa? Bem... É que...
Senhora: Vai me dizer agora que fugiu de casa? – brinca ela.
Gumball: eu não fugir de casa, eu estava tentando achar uma... Amiga. – digo como se ainda estivesse lembrando.
Senhora: Uma amiga? Já entendi tudo. – ela senta ao meu lado no sofá.
Gumball: entendeu... Oque? – digo surpreso.
Senhora: Você gosta dela não é? – diz ela, com um sorriso.
Gumball: se eu gosto dela? Bom... Eu... Ei, De qual gostar à senhora está falando? – digo meio envergonhado e com o rosto corado.
Senhora: Que fofo, seu jeito já diz tudo.
Gumball: ele... Diz? – coro mais um pouco, oque a faz rir um pouco.
Senhora: então, qual é o nome dela? – diz ela com sua voz jovem, que não coincidia com a aparência.
Gumball: bem, o nome dela é Penny.
Senhora: Penny? – diz surpresa.
Gumball: sim, você a conhece?
Senhora: Não, eu... Não conheço ninguém com esse nome.
Gumball: você não viu ninguém com esse nome ultimamente?
Senhora: Olho, eu nunca vi alguém com esse nome por aqui.
Gumball: droga... Então onde será que ela está? – digo a mim mesmo, em voz alta.
Senhora: Ela deve estar bem, agora seria bom você ir para casa.
Gumball: mas eu não posso deixar ela... (ela me interrompe).
Senhora: Você vai preocupar os seus pais, daqui a pouco eles vão estar te procurando por toda Almore. – ela se levanta do sofá.
Gumball: talvez, mas... Só um instante, Almore?! – digo confuso.
Senhora: sim, onde mais eles iriam ter procurar Zach? – diz ela ironizando, enquanto abria as cortinas da janela da sala.
Gumball: Zach?! Meu nome não é esse! (pelo menos não é mais!)– digo exaltado.
Senhora: como assim não... Já sei, eu acho que você bateu forte a sua cabeça. – diz ela preocupada.
Gumball: oque? Não!
Senhora: mas você estava caído no chão não estava? – argumenta ela.
Gumball: sim, mas... Eu não acho que foi por causa disso!
Senhora: é melhor eu levar você até sua casa o quanto antes, você não parece bem.
Gumball: mas e quanto a... (não posso simplesmente sair por aí caçando ela, seria burrice minha) tá, eu vou... – desço do sofá e vou até ela.
Senhora: vamos, eu vou te levar até seus pais.
POV off
Enquanto isso...
Estavam todos reunidos na mesa da cozinha, conversando sobre algo.
Carrie: então Carrie você tem... -Darwin interrompe.
Darwin: da pra chamar ela de outro nome? Por que eu meio que me confundo um pouco.
Catty: que tal mamãe e mamãe mais nova? – brinca a criança.
Carrie: esquece isso! (mãe... O.o ) Então, você tem aquele livro que o meu, quer dizer, que o nosso pai nos deu?
Carrie (adulta): está falando desse aqui? – ela invoca um livro velho em cima da mesa.
Zach: noooossa! Que livro é esse, eu posso ver? – diz ele impressionado.
Carrie adulta: é um livro de segredos muito antigo, tem muita coisa nele Zach. – diz ela, com um olhar que dizia “nem pense em tocar!”.
Zach: então tá né. - diz ele recuando.
A Carrie jovem pega o livro começa a folheá-lo, até parar numa página e começar a ler. Logo depois de terminar ela faz uma expressão de preocupação.
Darwin: então, achou alguma coisa que ajude?
Carrie: sim eu achei. – ela fecha o livro.
Darwin: e descobriu como achar a Penny?
Carrie: bom, sim, mas pode ser difícil.
Darwin: diz logo oque é! – ele parecia impaciente.
Carrie: é o seguinte, com uma relíquia em mãos, é possível escolher o mundo para o qual você deseja ir certo?
Darwin: sim e daí?
Carrie: daí que temos que achar a relíquia deste mundo, e irmos para o mundo exato que a Masami foi.
Gumball (adulto): oque a Masami tem a ver com tudo isso?
Darwin: é uma longa história, não dá para entrar em detalhes agora. – diz ele, focando na conversa entre a Carrie.
Carrie: como eu ia dizendo, temos que ir para o mundo onde a Masami foi.
Darwin: mas não sabemos qual é.
Carrie: na verdade eu tenho um palpite.
Darwin: sério? Qual?
Carrie: ela sabia onde estava o espelho, então ela também sabia oque ele fazia. Com certeza ela não seria tonta de entrar lá sem uma relíquia, mas a questão é qual era essa relíquia?
Darwin: eu não tinha pensado nisso.
Carrie: temos uma pista, para quê ela levaria a Penny com ela?
Darwin: fácil, por que ela é maluca.
Carrie: não, é por que ela quer usar a Penny para alguma coisa.
Darwin: usar para quê?
Carrie: talvez para ser o sacrifício de um desejo.
Darwin: de um desejo? Então...
Carrie: a relíquia dela é a do desejo!
Darwin: mas espera, que desejo seria esse?
Carrie: não faço ideia, só sei que não podemos deixa-la realizar esse desejo, senão a Penny...
Darwin: mas para quê esse sacrifício?
Carrie: todo desejo tem uma condição lembra? Talvez a Penny esteja nessa condição.
Darwin: saquei então ela quer fazer um desejo com a relíquia do desejo e usar a Penny como sacrifício, certo, mas e quanto ao mundo em que ela está?
Carrie: Bom, pelo que eu sei a relíquia do desejo só pode ser usada no universo a que pertence, e isso já é muita coisa.
Darwin: e qual é esse mundo?
Carrie: eu não sei exatamente qual é, mas basta ter uma relíquia e pensar nesse mundo que o espelho faz o resto.
Darwin: beleza, agora só falta a gente achar a relíquia daqui desse mundo!
Carrie (adulta): desculpa interromper essa longa e maluca conversa, mas nisso eu posso ajudar. – ela invoca um objeto redondo brilhante na sua mão.
Darwin: isso é...!
Carrie (adulta): essa é a relíquia chave.
Carrie: e ela abre oque?
Carrie (adulta): eu não faço ideia...
Darwin: poxa, quantos desse troço existem?
Carrie: isso não importa, já temos a relíquia, agora só falta achar o espelho desse mundo o quanto antes!
Carrie (adulta): que espelho?
Darwin: o espelho do pai dela, quer dizer, do seu pai, opa, de vocês duas.
Zach: chega cara de peixe, a gente já entendeu.
Gumball (adulto): Zach!
Carrie (adulta): eu também posso ajudar nisso, eu guardei no sótão da minha outra casa.
Carrie: mas não era pra estar numa...
Carrie (adulta): lá é mais seguro, ninguém entra lá com a vó protegendo ele.
Darwin: você tem uma avó? Como ela é?
Carrie: acho que você não ia gostar de conhecer ela.
Darwin: acha mesmo que eu vou ter medo?
Carrie: não é bem isso.
Gumball (adulto): que tal irmos logo para lá? Aí você aproveita e vê a avó dela Darwin.
Darwin: pode ser, mas... – uma batida na porta interrompe o Darwin.
Catty: oba, visita, será que é a tia Anaís? – a garotinha sai da cadeira e vai para a porta atender.
Ela abre a porta e fala com a pessoa do lado de fora, e depois chama o Gumball adulto para vir até ela.
Catty: é aquela senhora Peggy da outra rua, ela quer falar com você.
Gumball (adulto): que senhora Peggy?
Ele vai até a porta e vê uma senhora de pele roxa e transparente, com um garoto familiar ao seu lado.
?????: o-oi, ei vim trazer o seu filho. – diz ela, meio nervosa.
Gumball adulto: esse não é o meu filho!
Gumball: quem é você?! – diz o garoto ao adulto, deixando a senhora confusa.
O Darwin reconhece a voz do seu irmão, e corre para a porta vê-lo.
Darwin: Gumball, Irmão, finalmente! – ele abraça Gumball, que mesmo emburrado não recua.
Peggy: esse é o... Darwin? Mas ele tinha... – ela fica em choque.
Gumball (adulto): calma senhora, não vai ter um ataque aqui!
Peggy: ataque?! Eu não sou velha, quer dizer, não tão velha assim! – diz ela irritada.
Gumball (adulto): só um instante, essa voz... Eu não te conheço de algum lugar? –diz ele para a senhora, que as assusta ao ouvir isso.
Peggy: não, eu nunca te vi antes. – ela evita o olhar.
Gumball (adulto): você é a... Penny?!
CONTINUA...
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