love.

Chapter 22: Hangover


I got a hangover
I've been drinking too much for sure
And I can drink until I throw up ♪

“Depois da festa, sempre vem aquela maldita ressaca. Você não se lembra de nada, sua cabeça está a ponto de explodir, e a única coisa que faz é prometer pra si mesmo que foi a ultima vez, esquecendo-se dessa promessa no mesmo dia. Já tive vários tipos de ressaca, mas não podia imaginar que a daquela festa seria a pior de todas.”

— Cascão. Mai10

[...♥...]

Ao tentar abrir os olhos aquela manhã, a primeira coisa que Cascão sentiu foi uma luz forte vindo de sua janela. Começando a tomar consciência, ele levantou a cabeça e olhou em volta. Percebeu que estava em seu quarto, mas não fazia a menor ideia de como tinha chegado lá.

Sua enxaqueca era tão violenta que ao tentar se pôr de pé, se desiquilibrou e caiu, como se ainda estivesse bêbado. Ele estava com as mesmas roupas e usando o mesmo sapato da noite anterior. Sua maior preocupação no momento era se seus pais tinham lhe visto chegar. Provavelmente levaria uma grande bronca se soubessem que havia bebido demais.

Entrou no banheiro, retirou suas roupas e entrou no box. Com os olhos fechados, e a cabeça debaixo do chuveiro, o sujinho fazia força na memoria para se lembrar dos últimos acontecimentos. Os flash da noite passada começaram a aparecer aos poucos. Ele conseguiu lembrar das conversas idiotas que teve com Cebola antes dele sumir com Denise. Lembrou-se da pequena discussão que teve com sua ex namorada e... Do beijo.

Nesse momento, Cascão arregalou os olhos e pôs a mão sobre a boca. A imagem onde beijava Magali, começou a ficar muito mais clara e mais viva. Não sabia como tinha chegado a aquele ponto, mas se desesperou. Provavelmente ela queria mata-lo...

Sem perder muito tempo, o sujinho terminou o seu banho com rapidez e saiu as pressas do banheiro. Ele precisava se certificar que não tinha perdido a sua amizade com a comilona.

[...♥...]

O sono de Magali foi violentamente interrompido durante aquele domingo. Seus pais não estavam conseguindo mais esperar e então foram lhe acordar. Ela tinha chegado muito tarde da sua festa, e com a visita surpresa de Do Contra em seu quarto acabou demorando mais do que imaginou para dormir.

Lili sabendo que a filha odiava ser acordada, tentou anima-la com um lindo café-da-manhã na cama. Realmente aquilo ajudou bastante, e sem muito esforço, já tinha levantado para tomar banho e vestir uma roupa elegante.

A casa da morena encheu de familiares. Todos compareceram para o grande churrasco que estava sendo preparado por Carlito e seus tios. Embora estivesse exausta, ficou feliz de rever seus parentes, pois a maioria morava em outras cidades. Ganhou vários presentes, inclusive de seus avós.

Enquanto a garota apreciava uma linguiça, a dentuça se aproximou dela.

— O Cascão não vai vim?

— Não sei – respondeu ao engolir.

— Será que ele se lembra de alguma coisa?

— Duvido muito... – suspirou. – Afinal ele nem sabia o que estava fazendo. Talvez me confundiu com outra pessoa.

— É possível. Você estava tão diferente ontem – brincou a dentuça. – Mas vem cá... E se ele se lembrar? Como vai ser daqui pra frente? Tipo... Como vocês vão conseguir se tratar depois do que rolou?

Magali ficou pensativa por um instante. Disfarçar o que aconteceu com ela e Do Contra estava sendo praticamente um tortura durante todos esses meses. Agora que também aconteceu com Cascão, ela não sabia como ia ser.

— Normal, oras – mentiu. – Não vai mudar muita coisa... Espero.

— Então boa sorte, porque ele chegou – Mônica pegou seu prato em cima da mesa e saiu andando.

Cascão assim que avistou a comilona, foi até ela abrindo um sorriso. Ela comeu mais um pedaço da sua carne, para disfarçar um pouco seu nervosismo. Porque sim, ela tinha ficado nervosa com a presença dele.

— Oi Magá, feliz aniversário... – disse abraçando-a.

— Obrigada Cas...

— Uau, sua familia toda veio ou é impressão minha? – perguntou olhando em volta.

— A maioria. Ainda falta algumas pessoas que não puderam vim...

— Ah... sei – ele pôs as duas mãos no bolso e baixou o olhar.

De repente já não tinham mais assunto.

— Cham – ela tossiu, enquanto limpava a boca. – Er... você... está bem? Digo, soube que o Xaveco e o Jeremias te levaram pra casa já que você não estava nem conseguindo ficar em pé direito.

— É... eu não lembro direito – respondeu envergonhado. – Mas acho que foi mais ou menos isso... Minha cabeça tá doendo um pouco, só que eu precisava que vim te ver.

— Bom, você exagerou... – disse ela dando um gole da sua coca-cola. – Isso acontece quando as pessoas não me ouvem.

— Eu sei... – ele coçou a cabeça, sorrindo sem graça. – Foi mal.

— Tá com fome? – Magali ergueu o seu prato, mas ele negou.

— Não, valeu... já comi em casa. Vim só te dar os parabéns de novo mesmo.

— E o Cebola não vem?

— Liguei pra ele antes de vim, mas ele tá pior que eu. Disse que se der, passa aqui mais tarde.

Magali assentiu, e continuou comendo em silêncio. Ela percebeu pelo olhar de Cascão que ele queria lhe dizer mais alguma coisa.

— O que foi, Cas? – ela perguntou, notando sua expressão séria.

— Vem cá... – o sujinho tirou o prato das mãos da comilona, e a puxou para o lado de fora da casa, onde não tinha ninguém.

Chegando lá, ele se encostou no muro e suspirou.

— Eu sei o que eu fiz ontem.

— Sabe?

— É, eu... eu sei que... eu te beijei.

Magali apertou os lábios e virou o rosto, um pouco constrangida.

— Mesmo que eu não me lembrasse de nada, as pessoas com certeza iriam me dizer. O Cebola por exemplo foi o primeiro que veio me zuar por causa disso.

— Então... você se lembra...

— Sim, e também foi por isso que vim aqui. Eu queria te pedir desculpas. Sério, eu não sabia o que estava fazendo nem...

— Cascão... – interrompeu ela. – Eu sei que você não fez de propósito, relaxa. Tá tudo bem.

— Sério? – disse ele um pouco surpreso.

— Claro que você não deveria ter agido assim logo comigo... mas eu não quero te condenar, porque no fundo eu sei que não foi culpa sua.

— Ah... – ele suspirou aliviado e colocou a mão no peito. – Que bom, eu... realmente achei que você fosse furiosa comigo.

— Ficar eu até fiquei, mas já passou.

— Então... tá tudo bem entre a gente?

— Por minha parte, está sim – disse ela, tentando se convencer que era verdade, porém...

— Você não sabe o peso que você tirou das minhas costas – disse abraçando-a.

— É, mas não pense que vou esquecer da sua promessa. Você bebeu ontem por ser meu aniversário, mas foi ontem.

— Eu sei.

— Vamos entrar agora?

— Não me leva a mal não Magá, mas eu prefiro ir pra casa... tomar um remédio...

— Tudo bem. Vai descansar... a gente se vê amanhã na escola.

O sujinho afirmou com a cabeça e eles deram novamente um outro abraço.

Quando se afastaram, ele foi embora. Durante todo o caminho para casa, começou a se lembrar da cena daquele beijo que eles tinham dado.

A lembrança era tão clara em sua mente, que até conseguiu se lembrar do perfume que a comilona estava usando na festa. Lembrou-se da sensação que tinha sido tocar em sua boca. E só ai ele se dá conta que jamais tinha dado um beijo tão incrível em toda sua vida, mesmo que esse beijo tinha sido forçado.

De repente, Cascão parou de andar, quando sentiu que seu coração estava batendo rápido demais.

O que estava acontecendo?

[...♥...]

Com a volta de rotina, a turma voltou a ter seus momentos de lazer e descanso. Magali já não passava mais tardes e noites trancada dentro do quarto estudando, e pôde finalmente sair com os amigos.

Um deles era o que mais parecia gostar da sua companhia...

Dês de que conversaram no domingo, Cascão passou a começar a sentir estranhas sensações quando estava perto da comilona. Ele não sabia explicar exatamente o que era, mas sabia que não podia ser coisa boa, pois Cascuda já não fazia mais parte dos seus pensamentos constantes... E sim a morena.

Do Contra e Magali passaram a trocar olhares com muito mais frequência durante as aulas e os intervalos. Ele sabia que a decisão dela não iria mudar, então decidiu não insistir, e continuar seu namoro com Mônica. Seu sentimento parecia crescer a cada dia, e ela se sentia da mesma forma. Com a visita dele em seu quarto, deixou tudo mais confuso na cabeça de ambos, que não conseguiam parar pensar um no outro.

[...♥...]

Os meninos se preparavam para o primeiro campeonato de futebol que seria aquela sexta-feira. Alguns estavam nervosos (Xaveco e Cebola), outros bastante confiantes (Cascão e Titi), e também havia os que não estavam ligando nem um pouco se perdiam ou se ganhavam (Do Contra). As meninas como boas amigas/namoradas, quiseram prestigiar os garotos, indo até o campinho para torcer por eles.

— Eu não acredito que vou ter que ficar perto dessa estúpida – diz Mônica, quando se senta na arquibancada.

— A Denise está do outro lado amiga – responde Magali rindo do seu exagero.

— Mesmo assim, por que ela tinha que vim? A Denise nunca gostou de assistir os garotos jogar.

— Isso tudo é ciúmes por ela estar aqui pelo Cebola? – pergunta Marina, provocando-a.

— Que?! Ciúmes? Eu não estou com ciúmes de ninguém!

Magali e Marina se entreolham e dão uma risadinha.

— Por que eu sentiria ciúmes do Cebola se eu tenho o DC?

— Eu também queria saber – diz Marina rindo. Magali não ri, mas abre um leve sorriso, olhando para a frente. – O DC ficaria muito chateado se soubesse o que rolou entre vocês no aniversário da Magali.

Dessa vez sim, a comilona ri. Mônica cora rapidamente, dando um tapa de leve na desenhista.

— Marina! Já falei pra você esquecer isso!

— Agora que cara de pau... – diz a morena. – Adoro o Cebolinha, mas escolher justo a Denise como ficante...

— Ele acha até hoje que não sabemos desse lance – diz Marina.

— Vocês podem por favor pararem de falar nesse garoto? Eu estou querendo assistir o jogo! – pede Mônica, extremamente irritada.

Só de ter que se lembrar do ex, seu estômago revira. É claro que o beijo que eles deram foi o bastante para deixa-la completamente mexida, mas se culpava o tempo inteiro por ter traído Do Contra, algo que ela nunca nem cogitou em fazer em toda sua vida. Ela pensava que contar tudo pro moreno mas os conselhos de Magali a tranquilizava as vezes. A comilona dizia que não era pra tanto. Que tinha sido o momento. Uma recaída. Mônica jamais pensou em ouvir aquelas palavras vindo justo da sua melhor amiga, a garota mais certinha que tinha conhecido.

— Eles vão entrar! – diz a dentuça eufórica ao ver seu boy entrando em campo. – DC, meu lindo, arrasa!

Magali passa a mão no cabelo, um pouco constrangida com o abafamento que sua amiga estava fazendo em público. Marina nega com a cabeça sem conseguir parar de rir.

Do Contra notou a presença da namorada na arquibancada e sorriu. Porém, desaparece assim que vê quem estava ao seu lado.

Magali.

Ele estava completamente relaxado até aquele momento, mas ao vê-la seu coração dispara e engole em seco. Eles se viam todos os dias na escola, mas não trocavam mais do que duas palavras. “oi” e “tchau”. Tinha se conformado que não iriam ficar juntos, mas só de saber que ela estaria ali, assistindo-o, torcendo para o seu time, lhe fez lembrar de quando ela estava no campeonato de skate. Lembrou o modo em como ela invadiu a pista só para ajuda-lo... Essas coisas eram impossíveis de esquecer, pois foi nessa época em começou a se apaixonar por ela, mas ainda não sabia.

Mesmo de longe, a comilona viu que ele não estava olhando para Mônica, e sim para ela, Não conseguia deixar de retribuir. Morde o lábio inferior e assim ficam... Até Marina lhe cutucar.

— Essa troca de olhares vai demorar muito? – ela cochicha perto de seu ouvido, para Mônica não escutar.

— Q-que troca de...

— Magali, não sou cega.

A morena então suspira e tenta focar em outro ponto daquele campinho. Já estava dando muito bandeira.

— DC! Vamos cara! – Cascão joga a bola em sua direção, e ele desperta da sua hipnose, dando inicio a partida.

Na arquibancada, Mônica não parava de sorrir.

— Você viu como ele não parava de olhar pra mim? – pergunta ela com as mãos no peito.

— E como... – responde a desenhista, levando uma cotovelada em seguida da comilona.

[...♥...]

Os garotos perceberam a animação e o empenho que Do Contra estava tendo durante o jogo. Estavam surpresos, pois achavam que ele não estava nem um pouco ligando, já que quase não aparecia nos treinos. Foram surpreendidos quando em apenas trinta minutos, o moreno não só conseguiu fazer um gol, como deu um perfeito passe para que Cascão realizasse outro.

A torcida animada, berrava o nome do time.

— Nossa, se eu soubesse que a presença da Mônica deixaria o DC assim, eu mesmo tinha bolado um plano pra que eles ficassem juntos – diz Titi para Nimbus.

— Não sei se é por causa dela... – ele responde observando Magali de longe.

Lá em cima, Marina novamente cutuca a morena.

— Parece que você ter vindo, deu um ‘up’ nele.

— Não fala besteira, Marina... – Magali apoia seus cotovelos nos joelhos e discretamente abre um sorriso, pois no fundo ela sabia que era verdade. Sente um ponta de felicidade por isso.

Depois de muitos minutos, o jogo finalmente chega ao fim com o time do Limoeiro vencendo. Mônica dá pulinhos de alegria quando desce para parabenizar o namorado pela sua performance no campo. Magali hesita em acompanha-la, mas Marina puxa o seu braço para que ela fosse também.

— Deixa de ser medrosa, só vamos dar os parabéns a eles.

Muito suados, e cansados os garotos vão até as namoradas. Titi até Aninha, Do Contra até Mônica, e Cebola... Já que não era mais segredo nenhum a relação dos dois, vai até Denise.

— Ai amor! Você foi incrível!

Ele a abraça, levantando-a um pouco do chão, dando um selinho logo em seguida.

— É... – a comilona aparece atrás dela e tenta ser simpática na sua voz. – Parabéns, DC.

— Valeu, Magali – ele diz, sério.

— Cadê o Franja? – Marina pergunta olhando para os lados.

— Foi beber água – ele aponta para a direção em que o cientista se encontrava, e Marina some dali rapidamente.

Magali ficou um fera com a desenhista pois ela lhe deixou sozinha com o casal de namorados. Eles agora estavam se beijando em sua frente, porém ela fazia o máximo para não olhar. Do Contra a encara pelo canto do olho e ela percebe. Sabia que aquela cena era só para deixa-la enciumada.

Por sorte, Cascão aparece jogando água em sua cabeça com uma garrafa por causa do calor.

— Cascão! – ela se joga no sujinho, lhe abraçando apertado.

Do Contra se afasta de Mônica.

— Você arrasou! Parabéns! – ela diz e o aperta ainda mais forte. O sujinho se surpreende com tamanha animação, mas concede o abraço se sentindo ainda mais estranho por seu coração começar a disparar.

— Obrigado, Magá... – ele diz quando se afastam. – Mas na verdade quem deu um show hoje foi o DC – o sujinho bate nas costas do garoto que sorri.

— Aham, aham... É, ele deu – ela balança uma das mãos – Mas você... Você também foi ótimo. Sério!

— Valeu – ele franze o cenho, e continua sorrindo. Ela estava tão esquisita, que até Mônica percebeu.

— O que é mais engraçado – diz se virando para o casal novamente – é que o Cas não é só bom no futebol, mas também no patins... E no skate.

Essa bateu direto no orgulho de Do Contra. Ele engole seco e olha para a morena sem reação.

— Ah... Skate é fácil – ele responde tímido com tantos elogios vindo dela.

— Não pra mim. Quando puder eu quero que me ensine aquelas manobras fantásticas que você sabe fazer.

Cascão ri envergonhado e coça a parte de trás da cabeça. Cebola sem se aproximar dele, lhe chama em um canto.

— Já volto.

Quando ele some, Magali cruza os braços sorrindo vitoriosa. A expressão que o moreno tinha no olhar era de dar medo. Ela não só tinha dito que Cascão era melhor no esporte que ele adorava, como tinha pedido para que a ensinasse, coisa que ele mesmo já tinha feito nas férias.

— Que euforia toda é essa, amiga? Tá tão animada assim? – pergunta Mônica, rindo.

— Muito...

[...♥...]

Com a vitória dos meninos, a turma decidiu ir até uma lanchonete comemorar. Magali se sentou perto de Marina pois nem em sonho quis ficar perto de Do Contra. Ele não parava de provoca-la dês de cedo, fazendo carinhos e se agarrando em Mônica o tempo inteiro, até na entrada. Aquilo despertou uma onda de ciúmes em Cebola, que tentou o máximo causa-la o mesmo, colocando Denise em seu colo. Se deu certo? E como. Mônica só faltava mata-lo com o olhar de fúria que tinha, mas não podia fazer nada com seu namorado ao lado.

Os amigos, apesar dos ciúmes que sentiam um dos outros, conseguiram se divertir. Riram, comeram, conversaram durante um bom tempo até escurecer. Aos poucos cada um foi se retirando, sobrando apenas Magali, Cascão, Mônica, Do Contra, Marina, Franja e Xaveco.

O papo estava bom, mas a morena não quis permanecer por muito tempo. Se despediu de todos, e saiu da lanchonete.

Do lado de fora, enquanto amarrava o seu cadarço na calçada, ouviu a porta se abrir.

— Ei!

— Oi Cas – ela se levanta e sorri. – Já vai também?

— Não... É... Quer dizer, sim. Na verdade eu queria conversar com você.

— Tudo bem... Pode falar.

— Mas não aqui.

A comilona percebe a expressão preocupada que ele tinha e resolve aceitar, assentindo com a cabeça.

Eles vão ao parquinho que havia ali perto. Magali aproveita que não tinha ninguém, e se senta no balanço. Cascão faz o mesmo e ali ficam. Durante um tempo. Olhando as estrelas que começam a aparecer aos poucos.

— E então? – ela suspira e se vira para ele. – Sobre o que quer falar?

— Bem... – Cascão baixa o olhar e também suspira. – Eu nem sei por onde começar...

— Aconteceu alguma coisa?

— Acho que sim. Não sei se é bom ou ruim... Mas... Aconteceu.

— Fala logo, Cascão! Você está me deixando preocupada.

— Quer que eu seja direto? Ou...

— Sim!

— Eu acho que tô gostando de você, Magali.