love.

Chapter 12: Forgive Me


♫ I need you to survive

So stay with me

You look in my eyes

and I'm screaming inside

That I'm sorry

"É fácil pedir perdão. Qualquer um pode fazer isso. Mas o perdão não cicatriza, não faz esquecer, não diminui a dor. Dizem que quando perdoamos muito, é porque amamos muito... Mas quando deixamos de perdoar, é por que já não amamos, ou por que cansamos?"

— Cebola. Mar26

[...♥...]

A noite passou depressa para aqueles que foram ao aniversário de Mônica. Apesar de ter sido durante a semana, a dentuçinha quis comemorar assim mesmo. Por isso, em menos de algumas horas o seu despertador estava avisando que já amanheceu e teria que ir pra escola. E bem... Ela ignorou completamente, desligando o aparelho e se virando para o lado para dormir outra vez. Seu humor não estava dos melhores por isso decidiu ficar em casa. Já não bastava a humilhação que passou no dia anterior por conta de Cebola e Denise, se fosse à escola com certeza seria vitima de perguntas e olhares daqueles que presenciaram a cena. Só de lembrar daquele beijo seu estômago revirou, e sentiu novamente uma raiva incontrolável por dentro. Por essas e outras razões que quis faltar. Ela sabia que se não fosse, iria estar mostrando que era fraca, uma coisa que nunca foi. Mas dessa vez ela não estava pronta para encarar todas aquelas pessoas, inclusive ele.

Avisou Magali que ia faltar mandando uma mensagem e ela respondeu logo em seguida. Mesmo não achando uma boa ideia, não quis questionar. Sabia que Mônica estava triste demais para sair de casa naquele dia... Ela já havia passado por algo parecido, e tinha consciência do desânimo que causava situações assim. Disse que passaria em sua casa logo depois da aula acabar, e a dentuçinha respondeu um ‘ok’, finalmente pegando no sono.

[...♥...]

Após as duas primeiras aulas, Marina e Magali ficaram conversando em frente a porta da sala enquanto a professora de inglês não chegava.

É quando Do Contra se aproxima delas.

— Cadê a Mônica?

— Não quis vim hoje – diz a comilona.

— Só por causa do que rolou ontem?

— Você acha pouco? – pergunta a desenhista. – O Cebola ficou com a Denise na maior cara de pau, mesmo sendo o aniversário dela.

— E é exatamente por isso que ela não deveria ter faltado... Não devia dá esse gostinho pra ele.

— A Mônica não tá com cabeça pra pensar nisso agora, DC. Ela está muito mal... – diz a comilona.

— Mas ela sempre foi orgulhosa demais pra fazer isso. Que eu saiba a Mônica nunca quis demonstrar que estava triste por alguma coisa, principalmente quando o assunto é o Cebola.

— Só que dessa vez ela não quer provar nada à ninguém... Relaxa, Do Contra. Amanhã ela já esta aqui de novo – Magali passa a mão no ombro do moreno, que ainda parecia preocupado.

A professora aparece na porta, e as meninas dão espaço para ela passar. Marina volta para o seu lugar, e antes que Magali pudesse fazer o mesmo, Do Contra puxa o seu braço de leve.

— Ela nunca foi de fugir, Magali... Tem alguma coisa errada.

— A Mônica só está triste, DC.

— Isso nunca foi um motivo... E você sabe... – dizendo isso ele segue o seu caminho até o fundo, deixando a comilona pensativa. Ele estava certo afinal de contas, Mônica nunca foi de se esconder de ninguém., muito menos de Cebola.

[...♥...]

No intervalo, a turma se reúne para comer fora da cantina, todos pegaram seus lanches e foram se sentar no pátio. Magali, depois de comer o seu sanduíche, vai para um canto escrever uma mensagem para a dentuça pra ver se ela estava bem. O que Do Contra falou lhe fez pensar bastante sobre o assunto, deixando-a preocupada.

— Ei, Magá.

— Fala Cas... – responde sem tirar os olhos do celular.

— Eu queria falar com você.

— Sobre?

— Sobre ontem... – Ela finalmente desliga o visor e guarda o celular no blazer. – Eu meio que me lembro de algumas coisas... E... Bem, queria saber se você...

— Contei alguma coisa pra Cascuda? – arqueia uma sobrancelha.

— Ahm... Sim... – diz envergonhado.

— Não... Não contei nada, por que?

— Ela tá agindo meio indiferente comigo dês de cedo. Tem certeza que ela não desconfiou?

— Tenho. Ela saiu com as meninas da festa, não tinha como ela saber... – diz, e ele suspira alto, se encostando na parede. – Ela deve estar assim por outra coisa, relaxa.

— Não sei se dá pra relaxar assim. Eu e a Cascuda só brigamos o tempo todo... Por esse motivo eu sempre acho que fiz algo de errado.

— Ué, por que?

— Não sei... Mas eu tenho medo... – a comilona franze o cenho, e ele continua. – Tenho medo que nosso namoro esteja acabando.

— Deixa de besteira, Cas... Você e a Cascuda se adoram... É só uma fase.

— Uma fase que está demorando muito pra passar – fecha os olhos e passa as mãos no rosto.

— É por isso que você... Anda bebendo escondido?

— C-como assim? – se assusta com a pergunta. – E-eu não bebo escondido, tá louca?

— Cascão, sou eu a Magali, esqueceu? Você não precisa mentir pra mim... Me fala o que tá rolando.

— N-não tá rolando nada!

— Ah é? – cruza os braços. – Semana passada quando tivemos trabalho em grupo, fomos eu e a Mônica na sua casa. E no seu quarto eu achei uma garrafa vazia de big apple, debaixo da sua cama... – ele arregala os olhos com aquela revelação e coça a cabeça. – Olha Cascão... Eu não falei nada na hora, porque eu achei que não deveria me meter assim na sua vida... Mas eu sou sua melhor amiga, e como sua amiga eu não quero mais te ver fazendo essas coisas.

— Magá... – ele não sabia o que dizer.

— Eu sei que você e a Cascuda estão passando por uma fase difícil, onde só rola brigas... Mas essa maneira que você encontrou de tentar fugir, não vai dar certo.

— É... Eu sei... – baixa o olhar. – Foi mal...

— Eu só quero seu bem – ela sorri, e ele fez o mesmo, abraçando-a em seguida.

— Valeu... – ele acaricia suas costas.

Do Contra vê aquela cena de longe, e mantém com os olhos fixados neles, até Magali se afastar e dar umas batidinhas em seu ombro. Ela volta pro lugar onde estava, perto de Marina e elas começam a conversar. Já Cascão, tenta procurar a namorada que tinha se perdido em algum lugar com Denise. Entra na sala e encontra Cebola sentado e sozinho, brincando com suas canetas.

— Que cara de poucos amigos é essa, careca?

— Não enche Cascão... – solta um muxoxo.

— Fala ai... – senta à sua frente. – Tá assim por causa da Mônica ainda?

— Eu fui um babaca com ela... Agora sim que ela nunca vai me perdoar.

— É, você vacilou.

— Ela nem pra escola veio. Eu tô muito ferrado, Cascão.

— Eu percebi... Isso é raro nela. A Mônica não é de fugir de um problema.

— Pra você ver o nível do quanto eu peguei pesado... Ela terminou comigo só de ver a Denise em cima de mim naquele dia na praia, agora eu vou e...

— Beija a garota na frente dela – continua ele.

— Ai – balança a cabeça, apertando os olhos. – Perdi a Mônica pra sempre.

— Por que você não vai lá tentar se explicar?

— Pra que? Se ela não veio pra escola justamente por não querer me ver... É capaz dela me matar se eu for até lá.

— Não custa tentar – dá de ombros. – Você fez a merda meu caro, agora vai ter que limpar – o sinal toca, e Cascão bate no ombro do amigo, se levantando.

Cebola não consegue prestar atenção nas duas ultimas aulas, justamente por ficar pensando no que Cascão disse. Ele poderia estar certo. Sabia que não teria chance nenhuma, mas não custava tentar. Foi isso que decide fazer. Assim que termina a aula, Cebola sai às pressas até a saída, deixando algumas pessoas curiosas, inclusive Denise.

[...♥...]

Bem como imaginou. Sua ida até a casa de Mônica é completamente em vão. A dentuça mal abre a porta para que ele sequer pudesse entrar.

Luíza chega a ficar com pena do garoto, e mesmo estando proibida de deixa-lo passar, desobedece a filha quando vê Cebola sentado na calçada com as duas mãos na cabeça. Pôde ver que ele ainda estava com a farda da escola, e percebe que nem em casa ele passou antes de ir até lá. Não custava nada dar uma chance para que ele pudesse ao menos se explicar.

— Cebolinha... – chama Luíza. Ele se vira rapidamente, e ela fez sinal com a mão pra ele se aproximasse. – Eu vou sair pra fazer umas compras no mercado, e bem... Vou deixar você entrar pra falar com a Mônica. Ela está na sala assistindo.

— Sério Dona Luíza? – os olhos dele brilham. – Nossa... Muito obrigado.

— Sim, mas por favor... Vai com calma. Ela está muito machucada ainda.

— E-eu sei... E sinto muito por isso... Eu juro que vou tentar reparar de alguma forma.

— Bom, boa sorte – ela abre um doce sorriso e sai em direção ao carro. Cebola respira bem fundo antes de dar o primeiro passo para dentro da casa da dentuçinha.

Quando ele entra, vê que ela estava deitada no sofá da sala, assistindo Vampire Diaries. Cebola sabia que Mônica não era o tipo de pessoa que ficava em casa em frente a televisão assistindo por horas, isso acontecia apenas quando ela estava triste, ou querendo tirar alguma coisa da cabeça.

— Mô... – diz ele baixinho, mas ela escuta. Mônica vira lentamente o rosto para o lado e quando vê o seu ex-namorado parado com as mãos no bolso, se senta rapidamente.

— O que você está fazendo aqui?! Cadê a mamãe?!

— C-calma... Eu só queria conversar com você! E-ela me deixou entrar...

— Conversar?! Conversar o que?! – diz se levantando.

— Eu quero te explicar sobre o que aconteceu ontem! – dizia nervoso, ao ver que Mônica estava muito alterada. – Eu e a Denise nós...

— Eu não quero ouvir, Cebola! – diz colocando as duas mãos no ouvido.

— Mônica... Por favor... Me desculpa! Eu, eu... Eu só fiz isso porque eu descobri que você tinha ficado com o Lucas...

— Perai... Você o que...?

— A-a Denise me disse que você ficou com ele nas férias e... Eu fiquei com tanta raiva... Que, sei lá... Acabei ficando com ela, mas...

— Você é um cretino, Cebola! – grita ela arremessando uma das almofadas com toda força nele. – Sai daqui!

— Calma, Mônica! – tentava se esquivar das mil coisas que ela jogava nele. – Me desculpa, eu não sei o que deu em mim!

Começando a chorar, a dentuça já não acha mais nada perto dela para jogar em Cebola, há não ser a televisão. Se cansa e se senta no sofá com as mãos no rosto.

— Eu sou um imbecil... Eu sei disso... – ele se aproxima dela, e se ajoelha em sua frente. – E eu sei que você talvez nunca me perdoe por isso... Mas eu só queria te dizer que eu... Eu te amo, Mônica

— Nossa... – ri irônica, entre lágrimas. – Que maneira estranha essa sua de me amar... Ficando com a minha amiga... Parabéns Cebola - bate palmas. – Adorei seu gesto.

— Eu faço tudo errado... Você com certeza não merece um namorado assim...

— Não, não mereço – concorda.

— Mas procura me entender, eu agi por impulso. Por ciúmes... Você sabe o quanto eu sinto ciúmes. Ficar sabendo que ficou com o Lucas... Um cara tão mais...

— Eu não tenho nada com o Lucas, Cebola.

— Mas ficou com ele.

— E daí?! Aconteceu uma vez, mas ele é só o meu amigo. Ele estava inclusive me dando conselhos pra que eu fosse até você e pedisse pra voltar!

— Ele fez isso?

— Fez! Fez sim... E era isso que eu ia fazer, mas você estragou tudo – diz limpando as lágrimas com força. – Você estragou tudo como sempre!

— Mônica... – tenta toca-la, que se esquiva.

— Vai embora Cebola... Vai embora...

— Eu... – suspira e baixa a cabeça. – Me desculpa... – algum tempo em silêncio, Cebola percebeu que era em vão continuar ali, por isso se pôs de pé e foi até a porta. Pega sua mochila que tinha jogado no chão quando entrou e sai. Do lado de fora, encontra Magali. A comilona fica surpresa ao ver o amigo ali, e pela expressão sabia que tinha acontecido alguma coisa.

— Veio falar com ela?

— Tentar – suspira.

— Cebola, você não devia ter vindo aqui... Pelo menos não hoje.

— É, eu sei Magali.. Mas eu já fiz, e tá feito. E não ia mudar nada se fosse algum outro dia... A Mônica me odeia – vira as costas para a morena para ir embora.

— Você foi um idiota, realmente. Mas ela não te odeia... Só cansou de te perdoar – Magali então se vira e caminha até a porta. Cebola, triste, segue seu caminho.

Ao entrar na casa de Mônica, a comilona a encontra chorando no sofá e corre até ela. Sem dizer nada, a dentuça abraça a morena com força, despejando toda aquela tristeza que Cebola havia lhe causado indo até lá. Suas lágrimas já estavam controladas, mas vê-lo novamente, e ainda ter que ouvir suas explicações foram muito mais dificieis do que pensou. Foi por isso que ela não quis ir à aula, pois sabia que não ia conseguir se segurar quando desse de cara com ele na sala. Iria chorar na frente de todos, e isso era o que ela menos precisava naquele dia.

[...♥...]

Ao chegar com as compras, Luíza recebe bronca por ter deixado Cebola entrar, mas ela tenta se defender dizendo que eles precisavam conversar em algum momento. Como a comilona já tinha passado em casa para almoçar e trocar de roupa, decide ficar com a amiga a tarde inteira. Ela necessitava desabafar, pois em seu aniversário onde tudo aconteceu, não teve oportunidade. Elas assistiram juntas alguns episódios do programa, que diferente de Mônica, Magali amava assistir séries, com tristeza ou sem tristeza. Fez o máximo que pôde para ela se distrair, mas ao escurecer, teve que ir embora.

Mônica toma um banho e veste qualquer roupa que havia no seu armário. Como tinha passado o dia todo sem sair, decide sentar na escadinha que tinha em frente a sua casa para sentir o vento fresco. Fecha os olhos por alguns segundos, pensando em o que faria daqui pra frente.

— Boa noite – a dentuçinha abre os olhos ao ouvir aquela voz. – Eu queria falar com a Mônica... Ela está ai?

— Bem aqui, não tá vendo? – pergunta rindo.

— Não... Você não é a Mônica. A Mônica que eu conheço não foge de um problema... – diz se sentando ao seu lado.

— Ai DC... – suspira, colocando as mãos no rosto. – Me entende... Eu não ia conseguir olhar pro Cebola hoje. Muito menos pra falsa da Denise.

— Eu sei que você tá mal... Mas como você não é de fazer essas coisas, fiquei preocupado.

— Sério? – sorri.

— É... Eu soube pela Magali que o Cebola esteve aqui, é verdade?

— Sim – baixa o olhar. – Veio me pedir desculpas... Dá pra acreditar? – Do Contra assente com a cabeça e segura em uma das suas mãos. – Eu cansei DC... Cansei de todas as vezes que ele pisou na bola comigo e veio me pedir desculpas. Eu sempre perdoei, entende? Eu sempre perdoei porque achava que ele não fazia por mal, ou porque ele estava realmente arrependido. Mas, dessa vez… Dessa vez acabou.

— O que você vai fazer agora?

— Sinceramente? Não faço ideia... Não sei como vai ser nossa relação daqui pra frente, mas eu não penso em voltar atrás na minha decisão. Eu e o Cebola terminamos pra sempre.

— Bom... Eu tô aqui pra o que você precisar... Não esquece.

— Obrigada – sorri.

— Ei, tive uma ideia! – diz ele de repente, se levantando e Mônica olha confusa. – Quer ir na sorveteria comigo? Pode levantar o seu astral.

— Agora?

— É. Funcionou quando eu levei a Magali.

— Magali? – franze a testa. – Quando isso?

— Quando ela estava triste por causa do Quim... Nós tomamos um sorvete e ela me pareceu melhor.

— Engraçado… Ela nunca me contou isso…

— E então? Vamos?

— Mas DC, está de noite – ri, achando aquela ideia meio louca.

— E daí? – Do Contra puxa o braço da dentuça, que resolve ceder ao convite. Mesmo triste, gostava da companhia do moreno, e talvez ela estivesse mesmo precisando se distrair com ele naquele dia.

[...♥...]

Do Contra estava coberto de razão quando disse que sorvete era um dos melhores remédios para aqueles que estavam pra baixo. Mônica vê que seu humor tinha mudado radicalmente aquela noite após o moreno aparecer. Não sabia se foi realmente o sorvete, ou simplesmente a companhia do garoto que fez com que se sentisse diferente.

Logo após eles saírem da sorveteria, Mônica prefere ficar conversando na pracinha ao invés de ir pra casa. Eles batem um longo papo e como de se esperar, as palhaçadas que Do Contra fez, arrancou risos da dentuça, que quase nem lembrou da sua tristeza.

Ele fica bastante feliz e satisfeito por vê-la bem, se lembrando imediatamente de Magali, quando tentou faze-la sorrir no dia em que estava mal por Quinzinho. Ele era bom quando o assunto era distrair as pessoas para esquecer os problemas. Era um talento que ele mesmo desconhecia.

No caminho para casa, o garoto resolve acompanha-la já que estava tarde.

— Como você é idiota, DC – diz entre as risadas.

— É o que todos costumam dizer... – sorri.

— Sério... Como você consegue ser tão palhaço assim?

— Não sei – dá de ombros. – Não preciso fazer muito esforço quando quero ver alguém sorrir.

— Nossa... – suspira. – Eu nem sei como te agradecer por essa noite. Acho que até pra escola talvez eu volte mais animada.

— Bom saber... E olha, se você faltar de novo eu juro que venho te buscar – brinca.

— Não vai ser necessário... – ri ela.

— Bom... Boa noite então – coloca as mãos no bolso.

— Boa noite – ela continua sorrindo até ele desaparecer das suas vistas. Entra em casa, e se joga no sofá suspirando feliz.

Mônica olha para o teto, pensando em tudo que aconteceu até ali. Pensa nas férias, na praia, no seu aniversário, na decepção, nas desculpas de Cebola, em tudo, inclusive... Um flash sobre aquele dia em que Do Contra se declarou para ela na escola, em frente à toda turma. Se lembrou das palavras bonitas que ele dizia enquanto olhava pra ela com aqueles olhinhos apaixonados, mas ao mesmo tempo crente que ia ser rejeitado. Ela ficou sem saber o que dizer depois daquela declaração tão linda...

Do Contra sempre foi o cara que muitas garotas queriam namorar, apesar da sua personalidade estranha, ele era muito carinhoso e divertido. Tinha um jeito único que deixava as meninas suspirando quando ele passava. Mônica gostava sim dele, mas de outro jeito. Eles sempre foram muito amigos. Apesar da paixão que ele tinha por ela na infância, nunca deixou que aquilo ficasse entre os dois, nunca deixou que Mônica ficasse incomodada perto dele, e era isso que ela mais admirava em seu caráter. Talvez Do Contra fosse o cara certo pra ela... Só estava apaixonada demais por outro para enxergar isso.