dias de primavera

Dia 16 - Distendida: Na imensidão de sentimentos


Nada havia mudado de fato.

Makoto continuava sendo Makoto e Haruka continuava sendo Haruka.

Makoto continuava amando Haruka e Haruka continuava amando a água.

Haruka também amava Makoto, mas de um jeito diferente do que amava a água. Com a água não era uma questão de se tornarem um só, mas de reconhecer a existência um do outro e se aceitarem. Com Makoto era o oposto, era como habitar sob a pele um do outro, tornarem-se indivisíveis, envolver, arrebatar, tomar para si, doar-se completamente. Toda a imensidão de sentimentos distendida e espalhada, abarcando-os, com a calmaria de um espelho d’água.