Na Sistina parisiense, as estrelas omitem-se ante o resplendor da cidade da Luz. A noite, distendida sobre o manto celeste, prolonga-se, infinita.

Noite, a penitência dos insones.

Noite, sobre os ombros de Grantaire.

Noite, em que Enjolras não voltou.

A mente sem repouso, 3X10⁸ aflições por segundo. Um milênio até o primeiro raio roçar nas faces.

Repentinamente, o abraço de um manto.

É revelada diante dos olhos incomodados a silhueta da aurora.

– Engie...? – grunhiu o insone.

– Então estava acordado... – cruzou os braços. – Ao menos deite na cama antes de dormir!

Grantaire esboçou um sorriso sereno. As pálpebras reclinaram.

Virou pluma.