Você está sempre a desquietar quando a noite de lua-cheia chega; é comum vê-lo andar de um lado para o outro, com os punhos cerrados e os dentes trincados, isso, claro, quando você não some no início da manhã e volta apenas noutro dia.

Na primeira semana em que te conheci, quando o vi nesse estado, apertei sua mão num ato de puro instinto, e algo dentro de você aquietou-se instantaneamente. Ainda havia receio e medo, mas a gélida palidez afastou-se e em seus olhos um brilho do qual demorei para entender; afeição por alguém que você ainda não conhecia.