Zootopia - o pedido de namoro

Capítulo 1 - o pedido de namoro


A cidade natal de Judy, um paraíso para os coelhos, Nick um pouco desconfiado e nervoso observa ao seu redor e percebe que não há nada mais que cenoura e uma barraquinha na beira do asfalto.

— Incrível como você conseguia morar aqui? – indagou o raposo um pouco abismado com o ambiente.

— Mal chegou e já está debochando? – responde com um semblante neutro.

— Não estou debochando!

É uma bela fazenda, com diversas plantações e pequenos coelhos primos de Judy se divertem em meio à mata brincando de pique-pega. Uma casa de madeira se destaca na propriedade rural, de longe já conseguem identificar Stu e Bonnie, os pais da cenourinha. O clima está excelente, uma paisagem esplendida com diversas nuvens em formato de cenouras e as orelhinhas de coelho, a princípio, Nick acha tudo muito confuso por tantas aparências deste pequeno animal mamífero. Sem mais delongas, cenourinha pega o raposo pelo braço e o empurra para mais perto do seu terreno onde morava, engolindo uma saliva recém-feita na boca, Nick observa de longe os parentes dela.

— JUUUUUUDYYYYYYY! – em uma só voz, como um coro ensaiado, todos os seus parentes gritavam. Mas, aquele recém-coral parecia engasgar no meio do seu canto, ao ver que ela puxava uma raposa. O extinto paternal de Stu foi ativado, com uma mão apunhalou a inchada que usara para capinar e disparou em direção de Nick, achando que ele era uma ameaça à sua filha.

— Não, pai! NÃO!

De nada adiantou, de uma só vez, Stu girou seu corpo juntamente com o instrumento de “combate”, o destinando até a face de Nick. A coelhinha se abaixou para desviar daquele forte golpe, em seguida, colocou suas patas sobre seus olhos de coloração roxa.

— Te salvei filha!

— Isso, Stu! Isso! – Bonnie grita de longe enquanto pula de alegria. Seus priminhos começam a imitar o movimento feito na hora do golpe. Nick fica caído no chão, desnorteado.

— Estou vendo uma, duas, três... – após contar as cenouras que rodeavam a sua cabeça, desmaia.

— PAI! – Judy chamou sua atenção – ele é o meu amigo!

— Quem diria só me faltava essa, minha filha amiga de uma raposa. – solta a inchada e em seguida ele coloca suas duas patas na cintura fofa e cheio de pelo, de longe Bonnie corre até o seu encontro e lhe dá um forte abraço.

Jogada diversas vezes para o alto, a cenourinha mantém seus olhos fixados em Nick que ainda está desmaiado sobre a plantação. Balança sua cabeça de um lado para o outro de forma negativa pelo o que ocorrera.

Já à noite

O raposo abre seus olhos e começa acordar lentamente, levantando o tronco de forma lenta e dolorida, uma forte dor de cabeça é sentida, devido a pancada antes recebida pelo pai de sua “amiga” levando sua pata na cabeça e fazendo um pequeno gemido de dor. Olha para todos os lados e percebe ser o quarto de Judy, graças às decorações e as fotos espalhadas pelo recinto, se ergue da cama e verifica uma por uma enquanto passando sua garra afiada do dedo indicador sobre as fotografias.

Em pé, tenta se espreguiçar o máximo possível sem o incomodo das dores de cabeça, de prontidão caminha lentamente até a porta encostada e de forma silenciosa olha para fora. Conseguiu perceber uma mesa de jantar sendo preparada, enquanto Stu, Bonnie e Judy discutindo sobre a amizade que ambos possuíam. No meio do dialogo, encorajado, Nick se prontificou em sair do quarto, após arrumar sua roupa amarrotada.

— Ele acordou! – um pouco forçada, todavia, Bonnie procura simpatizar com o raposo.

— NICK! – empolgada sua amiga ria.

— Olá, acho que dormi um pouco. – sabia do que ocorrera, porém, tentou desviar aquele momento chato.

— Não, meu pai te deve desculpas.

— Sério isso? – intrigou-se, o coelho.

— Sim, claro pai! Olha a situação que deixou ele!

— Tá bom, tá bom! Desculpa-me. – pediu de forma forçada suas desculpas.

— Tudo bem, não precisa se preocupar com isso. – respondeu de forma gentil o Wilde.

— Está com fome, garotinho? – indagou a Sra. Hopps. Wilde ia responder “não”, mas sua barriga o desmentiu ao roncar indicando sua vontade de comer. – Sim, está! Sente-se.

A janta ia sendo servida e somente cenouras eram postas em cima da mesa, deixando Nick assustado, pois não gostava desse prato tão óbvio. Afinal, esta em uma casa de coelhos. Até que Judy teve a iniciativa e pegou um prato com carne para o alívio de Wilde.

— Você me conhece tão bem. – uma troca de olhares romântica entre os dois fora interrompida por uma tosse forçada do Sr. Hopps que observa de forma desconfiada para sua filha.

— A janta está servida! – Bonnie finaliza o momento dando início à janta.

Depois de um breve período de tempo finalizam o momento da alimentação, o raposo desliza um palito entre seus dentes afiados retirando os pedaços de carne que ficaram presos entre eles. Durante esse movimento, Stu faz uma pergunta que daria início a um clima de suspensa na mesa.

— Deseja perguntar algo, Sr. Wilde?

— ! – pela primeira vez já vista, Wilde não sabia o que responder aquela raposa malandra sempre teve suas afirmações na ponta da língua, mas a essa pergunta não. Olhou para Judy também sem graça. – acho que tenho.

— Então, fale. – retrucou

— Como o senhor acha que é a vida policial de Judy? – esquivou-se de um momento que seria inevitável evitar.

— Haha – um sorriso de tranquilidade é dado pela cenourinha.

— É isso mesmo? – completou Stu – se for irei responder: perigosa, aventureira e imprevisível, ainda mais ao lado de uma... Um amigo que eu mal conheço.

— Teremos essa noite para nos conhecer melhor!

Bonnie e Judy se engasgam com nada após a pergunta aparentemente grosseira e ofensiva de Nick, posteriormente começam a rir e falar sobre o quão legal foi a resposta dele, afinal, eles seriam grandes amigos, não é mesmo? Essa ideia não fora muito aceita pelo pai tendo uma pequena previsão do que viria.

— Preciso ir ao banheiro. – de forma ágil levantou-se da cadeira o carnívoro e andejou até sanitário. – o que farei?

Sentado sobre a privada ficou desatento com o tempo que ia passando e continua a pensar sobre o pedido e sobre a recepção da notícia que ele veio dar ao Sr. e a Sra. Hopps. Depois de alguns minutos, impaciente Judy foi até a porta do banheiro e bateu sua pata sobre a madeira que compõe o móvel, indagando:

— Está bem? Quer água?

— Não, não! Está bem. – em um pulo foi em direção à porta, abrindo – eu me desliguei com o tempo.

— É meus pais estão esperando. Fale logo com eles.

— Bem, tudo bem. Não achei que seria tão difícil, achei que seria, mas não tão difícil.

— Fique tranquilo, dará tudo certo!

Juntos iam caminhando até a mesa, eles eram recebidos por olhares desde o início do trajeto banheiro-cozinha. A coluna do raposo no meio do caminho trava, seu rosto se ergue e a coelha pouco entende.

— Já sei, vou falar e fingir que desmaiei. – pensou em um breve instante.

— O quê houve? – perguntou para si, o Sr. Hopps.

— Sr. e Sra. Hopps eu e Judy estamos namorando! – após o término da frase fingiu o desmaio.

— O QUÊ? – levantou Stu.

— QUE LINDO! – junto seu marido, Bonnie fala.

— Não me deixe sozinha nessa, Nick! – a coelhinha da um pequeno empurrão com sua patinha.

— Poxa, ele vai me bater! – abriu apenas um olho e falou para sua namorada.

— VOCÊ FINGIU UM DESMAIO? – perguntou em um tom alto o pai da coelha.

— Tecnicamente você não sabe se foi verdade ou mentira! – respondeu.

— Vem cá, sua raposa malandra! – andou em direção dela.

— Pai, não faça isso! – Judy entrou na frente do raposo.

— STU! – pronunciou sua mulher.

Nesse meio tempo, Nick deu um salto na mesa e pulou para o lustre que iluminou a mesa do jantar. Todos gritaram para ele sair dali, foi tarde demais. Seu peso fez com que desprendesse do teto e caísse, consequentemente quebrando em cima da mesa, até mesmo a mãe fica irritada ao ver seu lindo lustre quebrado, ou seja, já não era apenas o pai, mas também a mãe que pedia para o raposo parar.

— Pare, pare! – a cenourinha pedia chegando perto do raposo. Porém, com tanto medo não ouvia. Os pais se aproximam para tentar pará-lo só que não conseguem.

Ainda saltitando ele pulava pelos sofás, infelizmente suas garras rasgam os assentos fazendo as espumas que ficavam dentro saísse. Cada vez mais bagunçada a casa ficava e destruída, parecendo uma perseguição de gato e rato. Judy também tenta pará-lo lançando coisas para desmaia-lo, afinal era o único jeito. Que pena, não teve êxito em acertá-lo, entretanto, conseguiu acertar as janelas da moradia destruindo todas.

— Meu Deus, você está destruindo tudo!!!!!!! – o seu pai grita com ela.

— Eu não sei o que faço! – Sra. Bonnie coloca as patas nas orelhas e vê a destruição.

Enfim, se cansou. Nick para de correr para descanso de todos. Ao parar se depara com o que fez com a casa da sua namorada, lustres quebrados, sofás rasgados, janelas destruídas, panelas caídas, sujeiras e seus sogros irritados. Ambos caminham em direção de Wilde com as patas postas para um futuro ataque quando sua filha entra na frente.

— Não façam isso, por favor! – com seu pequeno corpo à frente estica seus dois braços e abria as pernas para abrangi um maior espaço diante do seu namorado.

— Desculpe-me, entrei em pânico! – com um tom envergonhado e baixo, disse Wilde. Os donos da casa retomam a calma até que a mesa de jantar se partia ao meio. Decepcionados suas orelhinhas caiam e passavam as patas nas suas faces. Percebendo que os nervos abaixaram, Nick termina o momento dizendo:

— Sogro e sogra! – abria seus braços avermelhados com o intuito de demonstrar uma recepção a ambos, Judy da uma risada mantendo a posição do seu corpo pela situação que se encontravam e a fala do seu amor.

— Esse meu namorado! – Judy fala em um tom para todos ouvirem, toda a família ria junto.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.