Zombie AU 2 - A caçada mortal.

É o momento para viver e o momento para morrer


Hiccup Haddock

— Acho que deveríamos ter ficado na cama – Merida disse entre risos com nossas testas encostadas uma à outra. – Deveríamos ter ido com a Z. – Eu não sabia mais se ela estava chorando por causa das feriadas dela na perna e na barriga ou pela situação ou pela saudade que tínhamos da Z. Mesmo que só fizesse 24h que a gente tinha deixado ela na fazenda para buscar Alice.

— Você tinha razão, me desculpa. – Falei sentindo dor na testa pelo machucado agora com uma compressa nele para parar o sangramento. – Fizemos certo em deixa-la conosco, assim tivemos mais tempo para ficar com ela, já que vamos morrer – Acho que a Merida parou por um momento de respirar, porque eu não ouvi a respiração dela.

— Hic. – Ela se afastou e a visão que eu tinha só do rosto da minha amada se apagou, lembrei que estávamos em um banheiro todo sujo de sangue e material de emergência espalhado: atadura, tesoura, água oxigenada compressa etc. – Não fala isso a gente vai sair dessa. – Ela olhou em volta.

Meu ombro doeu quando tentei levantar, Merida arrancou um pedaço da blusa dela e fez um apoio para meu braço por que quando eu o colocava para baixo meu ombro doía mais.

— Querida.

— Não me chama de querida, Haddock. Por que vamos sair daqui e nós vamos ver nossa filha – Ela chorou e eu abracei-a.

— Merida! Hic! Vocês estão bem? – Rapunzel gritou do outro quarto.

20 horas antes

Ok. Tínhamos amarrado o Síndrome e fazê-lo de GPS. Estávamos bem equipados, com armas e dois kits de emergência.

Tadashi na frente com Honey, Jack estava do lado dele, Merida do outro lado com Peter e Rapunzel atrás comigo, eu segurava a corda do Síndrome que ficava no nosso meio.

— Vamos! – Paramos e puxei a corda com ele grunhindo de dor. – Pra onde? – Sua mão onde o dedo foi amputado estava enfaixada.

— E sem fazer gracinha. – Tadashi falou destravando a arma agachado olhando para ele com um olhar assassino. – Ou vai sangrar em algum lugar.


— Não precisa disso. Acho que é esquerda.

— Acha? – Peter perguntou com deboche.

— Posso ver o mapa? – Síndrome falou e Rapunzel foi até ele e estendeu o mapa mostrando onde estávamos. – É. Esquerda. Vai ter uma bifurcação a uns metros, jogamos um tronco para marcar. Ai na área seguinte provavelmente já é a entrada.

— Provavelmente? – Jack falou – Não to levando fé em Tadashi?

— Também não. – Tadashi riu mexendo na arma.

— Olha aqui, eu to tentado ta? Eles podem ter mudado o local! Essa é a entrada mais próxima, não é a área que sua vadia foi pega. – Síndrome gritou e Peter socou sua cara.

— Chama ela de vadia outra vez e vai perder um dente. – Peter falou acariciando o pulso

— Ou quer levar um tiro? – Tadashi se levantou e colocou a arma na cabeça dele.

— Gente, vamos embora! – Rapunzel chamou a atenção de todos e começamos a andar.

— Você é gentil comigo, obrigada – Síndrome falou com Rapunzel, acho que só eu prestei atenção já que estávamos atrás.

— Não me agradece. – Ela respondeu – Você machucou meu filho.

— O pirralho ta bem, não precisa mais se preocupar. – Rapunzel numa rapidez chutou-o fazendo seu corpo parar metade atrás de um arbusto e colocou uma faca no seu pescoço. – Pensei que fosse gentil comigo – Ele falou com medo.

— Posso não ser gentil o tempo todo, não sou só um rostinho bonito. Agora shiu! – Ela colocou o dedo indicador na boca para indicar silêncio e olhou para mim começando a puxar Síndrome. Os outros antes prestando atenção na cena viram o que Rapunzel viu, ou melhor, ouviu. Alguns homens estavam indo para uma direção.

— São caçadores. – Peter falou baixo indo se esconder também junto com os outros.

— Temos que cancelar outra noite com os drones. – Um dos homens falou. – Aquele pessoal que escapou da ala 17 ainda ta por aí. – Rapunzel ainda tinha a faca no pescoço do homem ruivo e eu amarrava a boca dele com um pano.

— Foi aquela loirinha que persuadiu os outros? – O outro cara perguntou.

—Não. Foi ao contrario os outros persuadiram ela. – O rádio deles chiou. – Câmbio ala 9.

— Vão para leste, eles foram visto por lá, a ala de vocês é a mais próxima, câmbio.

— Copiado, câmbio desligo. – Foi quando de repente Peter pulou em cima de um e esfaqueou seu pescoço, Merida saiu dos arbustos e atirou no outro, não antes dele tentar atirar em Peter.

— Peter seu idiota! Podíamos segui-los – Rapunzel gritou. – Por que você..? – Ela parou e o virou – Merda, você ta sangrando. Não sabe ficar quieto. Senta ai e tira a blusa. - Ele tirou a blusa dos ombros sentando no tronco – Só raspou. Teve sorte – Ela começou a limpar o machucado dele.

— Peter você devia ter pensado melhor. – Jack falou – Rapunzel tem razão, podíamos ter seguido eles.

— Não teríamos outra chance, eles são capazes de muitas coisas, mais do que o idiota com sardas disse. – Apontou para Síndrome que estava agachado olhando a gente enquanto eu segurava sua corda. – Você não tem ideia. – Jack socou-o.

— Jack! – Rapunzel gritou e levantou Peter agora no chão. – Peter! – Ele voou para cima de Jack. Mas, a briga durou pouco quando Tadashi e eu o separamos.

— Conta Peter seus segredinhos, o que a gente não tem ideia que você tem? – Jack era segurado por Tadashi.

— Jack acho que já deu né, já pode baixar a guarda, já temos muito que nos...

— Você não é inocente Rapunzel! – Jack interrompeu. – Fica de segredinho com ele.

— Que?

— Cala a boca Peter, você conta tudo pra minha esposa só porque ainda não encontramos a sua namorada. – Peter tentou avançar e eu tentei segurar tudo que eu podia, mas ele era forte.

— Já chega! – Tadashi gritou – Jack e Peter parem. Parecem adolescentes. Jack sua esposa tem razão, temos muito para nos preocupar em vez de ficar com ciúme e partir para violência. – Peter riu – E você tá escondendo algo sim! Também suspeito há um tempo, não só eu, não só o Jack, mas Woody, Klaus, Buzz... Você não tem sido discreto. Mas, vamos nos preocupar em uma coisa de cada vez, primeiro resgatar a Alice, depois você conta o que esconde. – Tadashi pegou na mão de Honey e foi para o corpo de um dos homens. – Andem procurem algo que dê para usar.

Soltei o Peter e Rapunzel o fez sentar novamente para ela ver o ferimento.

Pegamos o rádio, mapa, localizador e armas deles. E começamos a ir para leste, era onde a Alice foi vista pela ultima vez, a noticia boa é que ela estava viva e tinha conseguido fugir com mais alguém. Parece fácil, fácil demais.

Estava anoitecendo e decidimos parar para acampar antes de escurecer, comemos e eu vi Jack e Rapunzel perto da arvore discutindo, e parece que Peter também prestava atenção neles.

— Nunca quis causar problemas. – Ele comentou comigo – Só estou frustrado e a Punzel tem me ajudado a relaxar, não no sentido que parece, eu só – Ele bufou – Quero logo achar a Alice. Quero acabar com todos esses problemas.

— Deixa eu te contar uma coisa meu caro amigo – Tadashi parou de conversar com a Honey e prestou atenção no Peter - A vida é feita de problemas, mesmo se o apocalipse acabar, os problemas não vão. – Ele apagou a fogueira e assobiou para Jack e Rapunzel. – Começamos a recolher as coisas e andar para ficar longe de onde a fogueira estava.

— Estamos chegando perto de outra ala. – Síndrome falou – E vocês não alcançaram ela. Não vão conseguir mais. – O rádio chiou.

— Os fugitivos foram vistos perto de um hotel a 3 km antes da próxima ala. Mandei outros guardas para pega-los com vocês, quero eles vivos. Eles resistiram ao soro laranja e azul. Copiou? Câmbio. – O cara no rádio falou esperando nosso retorno – Copiaram? – Tadashi enrocou a voz e confirmou. O cara não falou mais nada.

Estendemos o mapa e o hotel não estava longe há uns 5 km longe da gente.

— Amor – Tadashi falou depois de abaixar os binóculos. – O hotel é 3 estrelas, mas eu te prometi te levar pra um. – Honey riu.

— Para de brincar, Tadashi. – Ela disse. – Qual é o plano? Sei que já bolou.

— Dois soldados já chegaram à direita. – Ele deu os binóculos para Jack e depois foi passado para nós. – Eu arrisco dizer que eles estão no 1° andar. Parece o mais intacto.

— Ai que você se engana – Peter falou – Ela ficaria no menos intacto, sabe que é o primeiro lugar que pensariam que está.

— Ela não está sozinha, Peter. – Honey comentou.

— A gente vê as duas possibilidades. Dois fiquem cuidando do babão ruivo e os outros vão descer. – Nos entreolhamos e Rapunzel levantou a mão.

— Eu posso ficar.

— Você disse que é enfermeira. – Tadashi falou – Não. Vamos precisar de você lá para uma emergência – Ele suspirou. Estou começando a achar ele muito mandão. – Fica eu e a Honey. Merida foi uma ótima professora em tão pouco tempo, ela pode atirar flechas daqui pra baixo caso algo aconteça, e eu também posso dar cobertura.

— Você foi uma ótima aluna, Honey. – Merida apertou a mão dela. – Confio em você. – Entreguei a corda, puxando um pouco Síndrome, para Tadashi.

— Fiquem bem – Jack apertou a mão do Tadashi e sorriu para Honey. Rapunzel deu um abraço nos dois e um largo sorriso.

— Obrigada por virem até aqui conosco. – Peter agradeceu. – Cuidem-se. – Ele desceu a colina conosco e fomos em direção ao hotel.

Retornamos pela esquerda para surpreender os soldados na direta. Jack fez sinal para mim, Peter e Merida para nos esconder dando cobertura atrás do prédio. Jack surpreendeu os guardas apontando a arma para eles e eles não perderam tempo e apontaram as armas para eles, mas não antes de entrarmos na cena e apontarmos nossas armas atrás da cabeça deles.

— Armas no chão – Jack falou e eles fizeram, Peter os amarrou.

— Dois caçadores estão vindo e vão nos soltar. – Um deles falou agora ajoelhado no chão com Merida apontando a arma.

— Ta falando desses? – Jack mostrou o rádio, jogou ele no chão e quebrou. Depois Peter fez o mesmo com o deles. – Fiquem quietos e ninguém morre. Acha que pode segura-los por um tempo? – Merida concordou e colocou a outra mão na arma para segura-la melhor. – Ela é bem precisa então é melhor vocês ficarem quietos.

Merida ficou cuidando deles enquanto iriamos entrar no hotel para procurar algo, ou talvez achar a Alice. O hotel parecia não estar tão destruído e tinha só três andares, pra um hotel no meio do nada já estava ótimo! Ninguém na entrada, nenhuma cabeça morta ou alguém vivo.

O silêncio não era quebrado por ninguém, sempre achamos melhor revistar lugares sem conversa até termos certeza.

Primeiro andar, tínhamos que olhar quarto por quarto. Achei um casal se decompondo em um quarto, com um cheiro horrível, tenho que ressaltar. E uma cabeça morta perambulando em outro quarto. Jack e Rapunzel falaram que também acharam cabeças mortas.

Primeiro andar limpo.

A teoria do Tadashi se foi.

Segundo andar, eram poucos quartos por andar então terminaríamos rápido. Começamos a subir as escadas para o segundo andar e ouvimos tiros, muito tiros. Corri para alguma janela em um quarto. Merida estava correndo e tinham muitos mortos vindo, talvez uns 20 ou 30, alguns andavam mais rápido que os outros, o que era um pouco estranho.

Merida estava vindo para o hotel com a mão na barriga, ela se machucou.

— Hic! – Ela gritou e eu desci correndo, e peguei a mão dela para subirmos mais rápido, fomos para o terceiro andar correndo. Atiramos várias vezes para os mortos atrás de nós, Rapunzel caiu no ultimo degrau e Jack a pegou no colo, com Peter atirando em uns mortos para dar cobertura, Jack jogou ela na cama de um dos quartos, atirou e trancou a porta.

— Eu não vou ficar de vela, perna de pau. – Peter disse. – Entrem eu dou cobertura. – Eu fiquei atirando sem dizer nada. – Eu vou para outro quarto, vai! – Nos jogamos para o quarto, mas dois mortos nos seguiram e nos trancamos no banheiro.

— Acho que deveríamos ter ficado na cama – Merida disse entre risos com nossas testas encostadas uma na outra. – Deveríamos ter ido com a Z. – Eu não sabia mais se ela estava chorando por causa das feriadas dela na perna e na barriga ou pela situação ou pela saudade que tínhamos da Z. Mesmo que só fizesse 24h que a gente tinha deixado ela na fazenda para buscar Alice.

— Você tinha razão, me desculpa. – Falei sentindo dor na testa pelo machucado agora com uma compressa nele para o sangramento. – Fizemos certo em deixa-la conosco, assim tivemos mais tempo para ficar com ela, já que vamos morrer – Acho que a Merida parou por um momento de respirar, porque eu não ouvi a respiração dela.

— Hic. – Ela se afastou e a visão que eu tinha só do rosto da minha amada se apagou, lembrei que estávamos em um banheiro todo sujo de sangue e material de emergência espalhado: atadura, tesoura, água oxigenada compressa etc. – Não fala isso vamos vai sair dessa. – Ela olhou em volta.

Meu ombro doeu quando tentei levantar, Merida arrancou um pedaço da blusa dela e fez um apoio para meu braço por que quando eu o colocava para baixo meu ombro doía mais.

— Querida.

— Não me chama de querida, Haddock. - Não me chama de querida, Haddock. Por que vamos sair daqui e nós vamos ver nossa filha – Ela chorou e eu abracei-a.

— Merida! Hic! Vocês estão bem? – Rapunzel gritou do outro quarto.

— Sim! – Gritamos de volta.

— Conseguiram usar o material direito? – Punzel perguntou, já que antes ela tinha instruído a gente mais ou menos o que fazer, mas não tinha nada de muito grave ou muito difícil para cuidar. – Nós vamos morrer aqui não é? – Escutei ao longe a voz de Rapunzel chorando baixo com Jack.

— Cala a boca, Punzel. – Merida gritou. – Vamos sair daqui. – Rapunzel não protestou com a bronca de Merida.

— Você já olhou várias vezes a janela, Meri. – Falei para ela - Não vai encontrar uma escada aí né.

— Quem sabe surgi uma ideia – Escutamos os mortos na porta. – Eu fui burra. – Ela sentou na banheira - Me distrai e eles conseguiram se soltar e soltar os mortos.

— Ele jogou areia no seu olho, Meri. Você não tem culpa.

— Pelo menos matei um e o outro foi comida – Ela mexeu na cortina e olhou de novo para janela – Muito curta. E se a gente fizer uma corda com as ataduras?

— Não tínhamos ataduras o suficiente para fazer uma faixa para meu ombro, como vamos ter pra fazer uma corda? – Ela suspirou frustrada.

— E se eu quebrar a janela? E Pular lá em baixo?

— Você vai acabar quebrando a perna – Rapunzel comentou do outro lado. – É muito alto. – Ouvimos agitação dos mortos lá fora e então alguém abre a porta.

— E que tal não esquecerem que tem amigos? – Era Tadashi, todo sujo de sangue. – Vão para ao corredor tem alguém esperando vocês.

Quando saímos do quarto vimos uma mulher de cabelo curto, um garoto e outra mulher: Era Alice que sorria para nós.