Hiccup Haddock.

Norte.

Olhei para lado e vi Jamie abraçado com a Mer dormindo, ela tinha a mão pousada na barriga e eu estava com medo do que esse mundo podia fazer com nosso bebê. Flecha dormia do lado e eu tinha pena dele, não encontramos sua família e agora ele só tem a gente. O garoto teria que ser muito forte.

Mas, também foi sorte eu ter encontrado o Jack no meio do caos, pude ver o rosto dele de desespero e ouvir a voz dele. PRO NORTE! - Ele gritou para mim, e estava com pressa e queria acompanhar a Alice e encontrar a Punzel.

— E ai garotão? - Falei pro meu filho na casa dele, a barriga de Mer. - Ta com fome? - Olhei para a Mer ela estava com o boné vermelho que o Flecha deu pra ela - Acho que a mamãe te viciou em biscoito - Falei mais baixo, mas Jamie ouvi e riu. Então Meri me deu um tapinha na cabeça e eu olhei pro Jamie. - Dedo duro - Baguncei o cabelo dele e ele riu.

— Hic, amor. Eu consigo - Ela falou pegando no meu braço. - Ta tudo b... - Ela não terminou de falar e foi pro canto vomitar.

— Amor, você vomita sempre. Precisa repor o vomito. - Os meninos riram e parece que eu sou engraçado. - Vamos arrumar algo para você - Abracei-a, acariciando suas costas.

— Eu só preciso descansar um pouco. - Ela falou se sentando. Eu parei pra pensar e ela não podia ficar mais de um dia sem comer, e as frutas acabaram antes de ontem.

— Jamie pode ficar com a Meri? O Flecha vai comigo, ele é mais rápido.

— Hic, não. - Merida se levantou - Eu consigo ta legal? Não to aleijada.

— Mas, ta gravida e precisa de suprimentos. Não sai daqui. Eu vou voltar antes de anoitecer.

— Hic, não é uma boa ideia. Já nos separamos dos outros. Você se separar da gente agora, não vai dar certo.

— Confie em mim, Meri. Vamos conseguir. - Eu estava saindo com Flecha e Merida veio atrás de mim.

— Hiccup você não...- Ela parou de falar.

— Tia, você fez xixi ? - Jamie perguntou e eu parei e olhei para Merida.

— Não. - Ela começou a chorar - Ainda não ta na hora. Não. Não. - Fui até ela. - Não. Não. Não.

— Vai acontecer. - Eu disse pegando no rosto dela

— Não - Ela tirou minhas mãos do seu rosto e saiu andando limpando as lágrimas - Acabei de fazer 8 meses. Não ta na hora.

— Calma. Você ainda não sentiu contração a gente consegue achar um abrigo. - Ela me olhou desesperada. - Hei. - Peguei no rosto dela de novo - Lembra. Sem medo. - Eu beijei ela e ela estendeu a mão para o Jamie.

— O que ta acontecendo? - Jamie perguntou.

— A bolsa que segura o bebê da Meri estourou. Isso quer dizer que ela vai ter o bebê logo. - Flecha explicou para ele e já estávamos na estrada. Começamos a andar e graças a Deus ela ainda não teve contração.

Duas horas e nada na estrada, eu estava preocupado. Quando Merida começou sua primeira contração, ela apertou forte minha mão, que eu pensei que iria ficar sem a mão, e gruniu de dor.

— Tio Hic. - Jamie me chamou, mas não olhei. Merida ainda apertava minha mão e grunia. - Tio! - Olhei para ele por sua teimosia. Que quando eu vi, era plausível. Tinha uma horda de mortos a frente andando para perto de nós.

Merida não vai conseguir me ajudar e Flecha é bom, mas só nós dois não dá. E não posso deixar Jamie ajudar, ele nem usa uma arma direito.

— Acha que tem quantos? - Merida perguntou ofegante.

— Não dá. - Olhei para ela e eu sei que ela queria chorar.

— Jamie - Ela chamou e abraçou ele sem se agachar. Eu olhei para Flecha e sabia que não daria para Merida subir numa arvore, provavelmente ela sentiria dores e poderia não fazer bem para o parto.

Começamos a correr pro lado oposto, e eu acho que alguns mortos viram porque começaram a correr atrás da gente, eles não eram rápidos, mas também não eram lentos.

Eu atirei algumas vezes, Flecha e Merida também atiravam. Mas, Merida parou.

— EU não aguento mais. Desculpa, se eu correr mais eu vou desmaiar. - Ela falou ofegante e Jamie acariciava suas costas e ela pegou na mão dele, e foi ao chão pelo cansaço. Eu olhei para ela e depois pro Flecha. Ele limpou o suor de sua testa e apontou a arma, eu apontei também.

Eu duvido que vamos conseguir, talvez eu nunca veja o rosto do meu filho.

Foi quando eu vi duas pessoas num cavalo gritando e logo atrás uma camionete. Os dois cavalos passaram direto por mim e começaram a atirar nos mortos. O carro parou de lado e saiu uma mulher e um homem de lá, a mulher sorriu para mim.

— Quer uma ajuda, amigo? - O cara falou e a garota apontou uma metralhadora em cima do carro.

— Não. Vai fazer muito barulho. - Eu disse.

— Relaxa. Ela ta com um silenciador otimo. - O cara falou e os outros dois de cavalo voltaram, os dois usavam um uniforme e chapes de caubói. A menina em cima do carro atirou. - Entrem no carro vamos ajuda-los. - Eu olhei para Merida, e sabia que não tinha muita opção.

— Está tudo bem. - A menina no cavalo falou. E Merida gritou e eu corri para perto dela e a garota do carro me ajudou a por ela no carro. E os dois no cavalo nos acompanhou. Quase pouco tempo depois que Merida parou de sentir a contração chegamos numa fazenda.

— Slinky prepare um quarto para ela, está grávida e vai da a luz em algumas horas. - O homem desceu do cavalo e falou para um outro que estava na porta.

Fomos direto para o quarto e uma mulher já de idade e laço amarelo deu um vestido para Merida ficar mais a vontade e trouxe água para gente. - Não nos apresentamos direito. Eu sou o xerife da próxima cidade, Woody. Essa é Betty, minha esposa. - Ele falou da mulher que antes atirava com a metralhadora, ela era loira e me lembrava da Punzel, um rosto muito delicado para um apocalipse. - Meu melhor amigo, Buzz. - Ele falou do cara que dirigia a camionete - E sua esposa Jessie - Ele apresentou a menina que estava no cavalo, uma ruiva diferente da Meri, porque seus cabelos eram mais vermelhos, e usava duas tranças. - Ela trabalhava comigo na policia.

— Sou Hiccup. Merida. Jamie e Flecha. - Apresentei todos - Obrigada por salvar a gente. - Eles sorriram. E um cara de suéter verde chegou no quarto.

— An, me desculpem achei que não tinha ninguém. - Ele falou com um tom medroso - Er. Eu sou Wallace, mas todos me chamam de Rex. - Ele se apresentou. - Er, Woody precisamos de você.

— Eu vou - Buzz falou e saiu dando tchau para gente.

— Olha, podem ficar o tempo que quiserem. - Jessie falou sentando na cama. - Não se preocupem com isso. Resgatamos quem podemos aqui. Mas, vocês são os mais loucos que eu vi chegar na auto estrada.

— Jessie - Betty chamou sua atenção.

— Ta tudo bem. - Merida falou. - Obrigada. - Jamie estava ao lado de Merida meio grudado com ela. - Vocês ajudaram muito. - Ela falou rápido e começou outra contração e eu fui pro lado dela.

— Vou chamar a Estelle. - Woody falou assim que a contração parou e Merida começou a respirar forte e saiu do quarto.

— Querido, gosta de cachorros? - Betty perguntou para Jamie e ele afirmou com a cabeça. - O Wallace se chama de Rex porque ele salvou a vida do nosso cachorro Rex. Ele ta lá trás querem ver? - Ela falou também para Flecha e eles olharam para gente e deixamos eles irem. Merida gritou mais uma vez e Jessie não tinha saído de lá, me ajudando acalmar Merida.

— Isso não pode ta acontecendo. - Merida chorou ofegante. Eu olhei para Jessie.

— Ela só tem oito meses. - Falei - Não ta na hora. - Afastei os cachos da Meri dela e encostei nossos rosto. - Sem medo, meu amor. Vai dar tudo certo. - Jessie sorriu e pegou no criado-mudo uma caixinha.

— Vou te ajudar, Merida. - Ela falou e pegou o cabelo da Merida e começou a fazer uma trança. - Pronto. Isso vai melhorar um pouco. Um pouco. - Ela falou aflita e Merida agradeceu ofegante. - Fazia um tempo que eu não via criança, sem serem... Vocês sabem. São de vocês? - Rimos.

— Não - Merida disse e Jessie acariciava as costas dela. - Jamie é de amigos nosso e Flecha só tem a gente. O bonito aqui é nosso. - Ela me olhou assustada. - Não escolhemos o nome. - Eu ri.

— Se preocupa em tirar ele daí primeiro, Mer. - Ela concordou e apertou minha mão. - O tempo das contrações estão diminuindo. - Eu disse e a mulher que deu o vestido para Meri entrou.

— Que bom então que eu cheguei. - Ela falou. - Eu posso não ser parteira, mas acho que um cavalo e uma vaca é quase igual o parto né, querida? - Ela disse e assustou a gente. - Você está com 9 centímetros, quer esperar dar 10 ou ... - Merida gritou. - Acho que não quer esperar. - Uma outra garota chegou segurando uma bacia e toalhas. - Essa é a Barbie, vai me ajudar. - Merida gritou. - Querido você quer sair? Isso vai ser assustador para você. - Olhei para Merida e ela pegou na minha blusa.

— Você não vai sair! Eu não fiz esse bebê sozinha, então você vai ficar! - Ela disse e seu rosto estava suado, estendi a mão para Jessie que me deu uma toalha e eu limpei o suor da testa dela.

— Ta bom. Sem medo.

— Sem medo. - Ela disse e começou a empurrar a criança.

— Ok, mais um pouco querida. A cabeça já ta saindo. - A Estelle falou e Merida sorriu e empurrou. - Otimo! Você vai conseguir, querida. Vai! Mais um pouco.

— Não dá. Faz você - Ela bateu de leve no meu rosto.

— Amor. - Eu ri - Você é valente. Faz mais força - Apertei a mão dela.

— É fácil falar né Haddoc... - Ela nem terminou de falar e começou a gritar, empurrando a criança. Em poucos segundos ouvimos o choro e Merida parou.

— É uma menina. - Barbie disse pegando a criança.

— Onde ela vai? - Merida perguntou.

— Eles vão limpar ela, amor. - Eu beijei a mão dela. - é uma menina.

— Bem feito. Eu ganhei. - Ela falou descansando a cabeça no meu ombro e Barbie trouxe a criança num pano para gente. - Ela é tão bonita. Tem as suas sardas. - Merida falou e eu olhei para menina e vi os olhos azuis da mãe - Amor. - Ela riu - Ta chorando. - Merida limpou minhas lágrimas.

— Ela é tão linda. - Merida me deu ela. - Ai meu Deus, Meri. Ela tem seus olhos e minhas sardas. Será que vai ser morena ou ruiva? Ah não to nem ai. Ela é linda demais. - Eu falei e abracei a Meri - Eu te amo tanto. - Ela me beijou. - Qual nome vamos dar? Eu não ligo se é escocês ou norueguês. Pode ser japonês e eu não vou ligar. - Merida riu e eu dei menina para ela. - Minha filha é muito linda - Meri me bateu. - Nossa filha. -Ri acariciando onde ela me bateu.

— Minha mãe tinha um truque que ela fez pros trigêmeos. Ela falava os nomes que ela gostava e ficava com aquele que o bebê tinha reação. - E então nós nem percebemos que estávamos sozinhos e começamos a falar alguns nomes. E no final da tarde, Jamie e Flecha vieram ficar com a gente.

— Então que nome deram para ela? - Flecha perguntou, enquanto olhava para ela junto com Jamie. Merida olhou para mim.

— Meninos - Peguei o bebê. - Conheçam a Zephyr. - Jamie sorriu falando oi para ela.

— Parece que você ganhou, Hic. Um nome norueguês. - Flecha falou.

— Foi a Zephyr que escolheu. - Merida falou - Ainda acho que Hic interpretou errado e na verdade ela odiou. - Os meninos riram.