Retrospectiva

No capítulo anterior, Hayato, Mizuki e Hiyori procuravam por Ryuga para saber como ou onde ele estava. Após encontrá-lo no jardim da escola, viram que ele e aparentar estar triste, sonolento e um pouco dolorido. Tocando neste assunto, Ryuga contou aos seus amigos que, após o término do G-NEX Tournament, passou a ajudar a Security com as suas investigações e capturas de bandidos. Ryuga foi levado ao museu histórico da cidade, onde uma valiosa obra de arte - a Crystal Rose foi roubada. Acreditando que o ladrão iria voltar, Kusanagi, detetive e parceiro do Ryuga, planejou uma armadilha para capturar o culpado pelo roubo. Graças a este plano, Ryuga junto de alguns seguranças passou a noite no museu e, assim como Kusanagi previu, o ladrão voltou ao museu para roubar a mais poderosa fonte de energia atualmente existente: Cipher Bit. O adolescente quase foi desnorteado pelo bandido, mas conseguiu revidar e afastar-se, ficando boquiaberto ao descobrir que o ladrão na verdade era uma ladra com cabelos roxos uma idade equivalente à sua cuja possuía a alcunha de "Lady Rose". Após uma pequena conversa, Ryuga sem ao menos pensar partiu para o combate físico com a finalidade de prender Rose. Mas, o que ele fez foi em vão, já que Rose, por ser mais experiente, conseguiu imobilizar o seu inimigo e beijá-lo a força. Extremamente constrangido, Ryuga sugeriu um duelo, onde teve que enfrentar uma enorme dor de cabeça chamada "Black Garden". Durante este duelo, o garoto usou o poder que recebeu de Darkness, usando a sua nova carta Red-Eyes Fusion para criar o Archfiend Black Skull Dragon. Com a ajuda deste monstro, Ryuga venceu o duelo contra a Lady Rose, porém, apesar disso, foi incapaz de capturá-la, pois apanhou da adolescente . Rose, no final das contas, escapou com a Cipher Bit e destruiu o museu com a ajuda de explosivos. Ryuga, por fim, voltou para a Duel Academy. Após contar esta história aos seus amigos, todos separaram-se e rumaram em direção de caminhos diferentes.

1 Dia Depois, 09:00H

Era uma manhã chuvosa, Hiyori observava a água descer do céu pela janela do quarto, ao seu lado estava Ebon sua amiga Duel Spirit. Naquele momento ela lembrou-se de quando ganhou aquela carta:

Início Do Flashback

Era um dia muito parecido com aquele. Ela observava a chuva apoiando os cotovelos no batente da janela. Nessa época ela tinha apenas oito anos de idade. A garotinha observava algumas pessoas passarem com seus guarda-chuvas, cachorros de rua beberem a água das poças e adolescentes correndo para casa. A jovem gostava de observar o mundo pela janela em um dia de chuva, a vida parecia mais tranquila, menos turbulenta vendo-a daquele ângulo. Ter pais que eram duelistas profissionais, que sempre estavam se expondo ao perigo em corridas e duelos era angustiante, não que Hiyori não gostasse de Turbo Duel, ela admirava os pais, apenas achava perigoso demais.
Algumas cartas aleatórias estavam espalhadas sobre a mesa central daquela cômoda, dentre elas uma em especial, era uma bola fofa e rosada com duas antenas e grandes olhos azuis conhecida como Watapon. Ela estava gasta, com pequenos rasgos remendados com fita, e tinha uma assinatura com o nome de Hiyori.
Um rapaz um pouco mais velho que a garota entrou no cômodo sorrateiramente, ele segurava uma carta que, no momento, não dava para identificar, e se aproximou da menina tocando-lhe o ombro, dando-lhe um pequeno susto, ela voltou-se para trás encontrando-o rindo de sua cara.

Yato: Tinha que ver a sua cara! – o garoto ria com as mãos na barriga.

Hiyori: Yato, seu bobo! – a menina deu-lhe um empurrão leve.

Yato: Não fique assim! – ele apertou a bochecha direita da menor. – Eu trouxe um presente!

Hiyori: Presente? Eu gosto! – ela abriu um largo sorriso mesmo não tendo gostado do aperto na bochecha.

O garoto revelou a carta que segurava, uma menina loira, com gorro de orelhas de coelho negro e vestido de Lolita. Seu ataque era baixo, a defesa nula e seu efeito era intrigante, porém, o mais importante a energia que ela carregava, por ser um presente de seu querido irmão Yato.

Hiyori: Ebon Magician Curran? – ela citou o nome da carta pegando-a na mão.

Yato: Que foi? Não gostou? – ele fez uma careta.

Hiyori: Não, não. Eu adorei! – ela abraçou o irmão com força. – Obrigada! – ela o soltou e se aproximou da mesa central pegando uma carta em especial e entregando-a a ele. – Eu também tenho um presente para você!

Yato: Seu Watapon? Mas é sua carta favorita! – ele pegou a carta e passou o indicador pelos rasgos nas pontas da carta.
— Ele vai te proteger. E a Ebon será minha melhor amiga para sempre! – ela sorriu abraçando a carta da pequena feiticeira que, discretamente deu uma piscadela sem que ninguém notasse.

Fim Do Flashback

A ruiva ficou feliz ao lembrar-se daquele dia, abriu um sorriso voltando-se para o quarto e aproximando-se da sua cama com edredom cor de rosa. Sobre o criado mudo havia um porta retrato a muito tempo esquecido, a jovem pegou-o e observou a foto ali colocada recordando-se de mais uma história de seu passado. Naquela foto havia sua mãe, uma mulher ruiva, seu pai, um homem de cabelo azul escuro o irmão Yato e ela quando pequenos.
A história que Hiyori recordou aconteceu dois anos depois de ter recebido a Ebon de seu irmão. Aquele dia foi bem triste para ela:

Era um início de uma tarde bem quente. Os pais de Hiyori, Kenshi e Ayame Kazane, iriam participar de mais um Tag Turbo Duel Tournament. Eles haviam se classificado para as finais daquele incrível e popular torneio e o prêmio dos campeões seria muito mais do que dinheiro, seria um título de mestre profissional.

Ayame: Sabe quanto tempo eu esperei por isso? – a mulher ruiva tinha um largo sorriso no rosto. – Finalmente poderemos provar para seus pais que Turbo Duel não é uma bobagem!

A mulher tinha uma marca no rosto logo abaixo do olho direito, parecia uma tatuagem que formava um triangulo amarelo, aquela era uma Criminal Mark, ela havia adquirido ao furtar a Duel Runner de Kenshi quando jovem.

Kenshi: Você sempre quer provar algo para alguém. Devia relaxar um pouco! – o homem de cabelo azul escuro riu ao ver quão empolgada sua esposa estava.

Duas crianças de aproximadamente dez e onze anos se aproximaram correndo, ambos correram para abraçar a mulher, eram Hiyori e Yato.

Ayame: Minhas feras de cristal, como estão? – ela depositou um beijo na testa de cada um, ambos riram.

Hiyori: Consegui o meu baralho novo. Lunalight. – a menina mostrou um amontoado de cartas para sua mãe.

Yato: E eu já consegui as peças que faltavam para meu Duel Runner. – a garoto tinha manchas de graxa no rosto e nas roupas.

Ayame: Isso é maravilhoso. Para os dois. – voltou-se para a filha sorrindo. – Vamos ter um duelo de estreia após o torneio. – após acariciar o rosto da menina ela voltou-se para o filho. – E vamos ter um Turbo Duel para estrear sua D.R. Corvo da noite.

Kenshi: Mas isso apenas quando voltarmos vitoriosos do torneio! – o homem se aproximou por trás das crianças abraçando-as e fazendo-lhes cocegas. – Agora vão arrumar suas coisas, iremos sair em poucos minutos!

Hiyori e Yato: Sim papai! – ambos correram para o corredor da casa subindo as escadas e entrando em cômodos diferentes, seus respectivos quartos.

Ayame: Voltando ao que eu dizia! – ela encarou o marido que possuía cabelo azul escuro. – Quando vencermos irei provar algo para aqueles que me fizeram isso... – ela indicou a marca no rosto.

Kenshi: Ei. Isso foi culpa minha, eu te denunciei para a Security quando roubou minha D. Runner! – o homem coçou a nuca constrangido.

Ayame: Não. Não é sobre você. Tem a ver com aqueles idiotas da Yester Corp e aquele cretino William que me forçou ter de fugir da minha própria família...

Kenshi: Tá bom, tá bom, isso é um forte argumento, mas você tem que pensar no bem dos nossos filhos. Arrumar confusão com essa gente não vai nos dar vantagem.

Ayame: Mas quando formos campeões teremos tanta influência quanto eles, então eu poderei ter minha vingança!

Início Do Torneio

O torneio estrava prestes a começar, Ayame estava vestindo seu macacão, cor vinho, de corrida e Kenshi trajava sua jaqueta de couro vermelha e segurava o capacete embaixo do braço. Ambos estavam em uma área da arena se preparando para a corrida, enquanto Ayame verificava o óleo da sua D. Runner, Kenshi certificava-se de que Hiyori e Yato ficassem bem e conseguissem assistir ao duelo pelo televisor.

Kenshi: Estão confortáveis? – ele afagou a cabeça de ambas crianças.

Yato: Sim.

Hiyori: Tome cuidado! – ela abraçou o homem de cabelo azul escuro e deu-lhe um beijo na bochecha. – Promete que vai voltar para mim? Promete?

Kenshi: Eu prometo Hiyori. Sempre estarei com você. Com vocês dois! – Quem que eles percebessem em seus bolsos duas cartas brilharam, Ebon e Watapon.

Ayame: Vamos Kenshi, está na hora de mostrarmos nossa garras! – a mulher aproximou-se das crianças e depositou um beijo na testa de cada uma. – Mamãe ama vocês!

Ambos sorriram abraçando a mulher ruiva que logo colocou seu capacete e subiu na motocicleta adaptada para duelos e dirigiu-a para a pista, sendo seguida por Kenshi em sua D. Runner azul.

Durante O Duelo

O duelo estava emocionante, o campo recheado de cartas incrivelmente poderosas, Ayame com seu deck Harpie e Kenshi com seu deck Mist Valley. A dupla oponente também era forte, mas nada superava a forte combinação wind do casal. Ayame trazia consigo seu Ás, um monstro XYZ chamado Harpie's Pet Phantasmal Dragon, um grande dragão vermelho com uma jovem harpia mantendo-o preso pela corrente. E tinha três cartas viradas para baixo, além de manter Harpie Queen no campo também, uma donzela emplumada de cabelo verde. Já Kenshi tinha seu Ás, um Synchro conhecido como Mist Valley Thunder Lord, gigantesco ser verde com um par de asas da tonalidade azul escuro a preto. Também havia um XYZ, Lightning Chidori, um enorme ser alado feito a partir da eletricidade, e por fim, Kenshi tinha uma carta armadilha permanente ativada no campo. A dupla de oponentes tinham criaturas medonhas no campo, mas nenhuma era páreo para os monstros da Team Eternal.

Life Points Da Team Eternal: 2000|Life Points Da Team Nightmare: 2000

No momento em que Ayame sacou uma carta para iniciar sua vez, a D. Runner do oponente emitiu um misterioso brilho vermelho desestabilizando o veículo da ruiva. A D. Runner vinho de Ayame começou a perder velocidade, então um estouro seguido de fumaça vinda de trás da moto, uma peça importante soltou enquanto Ayame insistia violentamente em pisar no acelerador, o que fez a D. Runner investir para frente com uma guinada poderosa que fez com que a ruiva batesse a cabeça e ficasse tonta. A motocicleta cedeu para o lado, gritos na plateia foram ouvidos quando a perna de Ayame entrou em contato com o solo, ela mesma conteve um gemido de dor. A D. Runner girou três vezes até bater na barreira de vidro da pista estilhaçando-a. O visor do capacete de Ayame havia rachado e o veículo começara a pegar fogo, porém ela estava viva, um pouco machucada, mas viva. Foi quando a peça laminada que havia soltado da D. Runner veio em sua direção, girando no ar como se houvesse sido arremessada e alojando-se em sua barriga, perfurando-a até o estomago. A mulher então gritou e permitiu que lagrimas escorressem de seus olhos ao perceber que as chamas cresciam, e que seu marido havia sofrido um acidente tão fatal quanto o seu. Seus olhos azuis brilhavam nas chamas, e a última coisa que ela pensou foi em ter decepcionado a si mesma e aos seus filhos.
Kenshi ao perceber que a D. Runner de sua esposa estava dando problemas pretendia parar o duelo, porém um dos membros da Nightmare aproximou-se dele com a D. Runner e, das rodas do veículo, projetou pontas perfurantes como brocas. Jogou sua motocicleta contra a do outro uma, duas vezes até desestabiliza-lo e perfurar o pneu, foi quando a D. Runner azul capotou e Kenshi bateu a cabeça com força no solo, com tanta força que seu capacete rachou. A moto explodiu próximo ao rosto do homem de cabelo azul, tornando-o o primeiro a morrer.
Os primeiros socorros chegaram. Ambos da Team Nightmare fugiram do local, não estavam interessados no título de campeões. Yato e Hiyori invadiram a pista correndo até seus pais. Uma enfermeira cobriu os olhos dos dois para que não vissem o estado em que seu pai se encontrava, mas permitiu que ambos falassem com a mãe que lutava para respirar.

Hiyori: Mamãe. Mamãe! – a jovem caiu de joelhos ao lado da mulher que estava deitada sobre a maca. A menina acariciou o rosto da mulher derramando lagrimas sobre o mesmo. – Mamãe.

Yato: Por favor. Não nos deixe sozinhos. – o rapaz segurava a mão da mulher tentando conter as lagrimas. – Não nos deixe sozinhos.

Ayame: E-eu... M-me desculpem... – ela sem forças, tentou inutilmente afagar os cabelos dos dois. – E-eu amo vocês! – então ela fechou os olhos e sua respiração se tornou mais vagarosa até não se ouvir mais.

Yato então começou a chorar e Hiyori abraço o corpo da mãe de tal forma que, quando a enfermeira foi afasta-los, teve dificuldade de fazer a menina soltar a mulher já morta.

Quando ambas as crianças estavam em casa, esperando a assistente social, Hiyori sentiu algo quente em seu bolso, quando ela puxou era a carta da Ebon que brilhava. Então desta saiu a Lolita com um chicote e gorro de coelho.

Ebon: Olá!

Hiyori: Você... Você é um monstro...

Ebon: Não fale assim, você vai me magoar! – ela fez uma carinha fofa e Hiyori riu. – Eu sou um espirito.

Hiyori: Já ouvi falar disso. Um espirito de duelo? – ela tentou agarrar a loirinha que flutuava mas suas mãos a transpassaram.

Ebon: Sim. Sou sua melhor amiga. Prazer! – a menina deu uma chicoteada na cabeça de Hiyori, o ato não feriu-a por Ebon não ser tangível, mas a surpreendeu. – Nunca vou te deixar sozinha!

Hiyori olhou para seu irmão no outro cômodo, ele estava sentado no chão abraçando os joelhos e suas cartas Blackwing estavam espalhadas a sua volta, dentre elas havia o Watapon, e falando da bola felpuda cor de rosa, a mesma flutuava a volta de Yato para anima-lo porém ele não conseguia vê-la.

Hiyori: Por que Yato não consegue vê-los?

Ebon: Nem todos são adeptos a ver espíritos. Veja! – a pequena apontou para Yato e agora, Raikiri, um dos seus monstros favoritos estava sentado ao seu lado envolvendo-o com suas asas de forma protetora. – Ele não vê, mas os espíritos estão a sua volta.

Hiyori: Vou contar para ele! – a jovem correu até o irmão e disse o que Ebon havia lhe dito, no começo Yato achou que era mentira, mas com o tempo acreditou nas palavras da irmã.

Foi então que a campainha tocou e o som envolveu a casa. Yato levantou-se evitando pisar sobre suas cartas e de pés descalços abriu a porta para a agente social Megumi Misota entrar.

Megumi: Olá criança. Onde está a outra? – ela parecia extremamente antipática e Yato a princípio não gostou dela.

Yato: Minha irmã está no outro cômodo. – ele fez uma careta e ela suspirou.

Megumi: Vá chama-la! Vá! – ela abanou as mãos enxotando-o e fechou a porta atrás de si, Yato voltou para o corredor onde Hiyori estava recolhendo as cartas Blackwing.

Yato: A bruxa chegou. – Ebon deu risada da careta que o garoto fez.

Hiyori: Ela vai nos levar embora? – a jovem parecia triste, entregou as cartas para o garoto que não sabia que resposta dar.

Megumi: Crianças! – parecia irritada. – Tenho pressa!

Ambos irmãos foram até a sala onde a mulher se encontrava sentada em uma das poltronas de pernas cruzadas. Ela tinha cabelo negro e azul celeste e usava terninho social com salto alto.

Yato: Err... – o menino se encolheu quando a mulher o encarou.

Megumi: O departamento esteve em reunião, eles decidiram o que fazer com vocês. Seus avós querem ficar com você. – ela apontou para Yato. – Apenas com você.

Yato: Mas e a minha irmã? – ele parecia surpreso e chocado.

Hiyori: O que vai acontecer comigo? – a jovem já tinha lagrimas nos olhos.

Megumi: Essa menina será mandada para um orfanato fora da cidade!

Hiyori: Eu vou embora!?

Ebon: Não pode ser! – murmurou a loirinha e Watapon deu um suspiro triste.

Yato: A Hiyori não pode ficar sozinha. Eu vou ficar com ela. – ele parecia determinado no que dizia.

Megumi: Está falando sério? – a mulher moveu-se na poltrona. – Se assim for, você irá para outra cidade com ela.

Yato: Não me importo. Vou proteger a Hiyori! – o garoto então enxugou as lagrimas da irmã, assim deixando Ebon e os outros aliviados.

Megumi: Certo. Informarei o departamento. – a mulher levantou e deixou a casa. Hiyori continuou chorando, por tudo o que havia acontecido.

Na manhã seguinte Megumi voltou para falar com as crianças, ambas já tinham suas coisas arrumadas para irem embora.

Megumi: Por que estão com essas caras? – ela usava um tom arrogante. – Vocês vão ficar!

Yato: O que? – o garoto estava surpreso com as novidades que soltou a mochila que caiu sobre o pé da mulher.

Megumi: Ai, pestinha. – ela chutou a mochila. – O departamento conseguiu um fiador para vocês dois. Ele pagará as despesas, mas vocês nunca poderão conhece-lo!

As crianças não questionaram nem ao menos acharam estranho.

Megumi: Essa será a 'babá' de vocês. Sakuna Mitsuki. – ela indicou a porta de entrada e uma mulher com um cumprido vestido de maid entrou, ela possuía grandes olhos verdes e um longo cabelo negro com franja quadrada.

Sakuna: Olá crianças! – ela sorria e acenava carinhosamente para ambas crianças que pareciam um tanto nervosas. – Não precisam ter medo de mim!

Megumi: Até nunca mais pestinhas! – a agente social deixou a casa rapidamente entrando em seu carro e indo embora.

Fim Do Flashback

Lagrimas vieram aos olhos da adolescente, lembrar-se de quando seus pais foram mortos lhe deixava amarga, pois o que ela sentia raiva e vontade de vingar-se do maldito William Yester que havia feito tal mal a sua família.
Enxugando as lagrimas com o dorso da mão a jovem viu outra foto, uma que estava emoldurada a um quadro sobre a cama, era uma foto dela e do irmão antes dele participar de uma corrida com sua corvo da noite. Aquilo fora quatro anos após a morte de seus pais, foi também quando Yato sofreu o acidente.

Início Do Flashback

Fazia frio naquela manhã, mas Hiyori não se importava, ela estava quentinha próxima a lareira junto de suas cartas de duelo e os espíritos, Ebon, Watapon, e algumas Lunalight que tentavam beber o chocolate quente mas se decepcionavam ao ver a caneca atravessar suas mãos. Yato se aproximou da irmã colocando um edredom sobre seus ombros e sentando-se ao seu lado, foi então que Raikiri apareceu e envolveu-os com suas asas.

Hiyori: Se você conseguisse ver o que eu vejo... – ela riu e ele pareceu confuso.

Yato: Ebon está aqui?

Hiyori: Ah. Ebon, Watapon, todo mundo, até mesmo Raikiri. – ela soprou a caneca para esfriar o liquido.

Yato: Raikiri está mesmo aqui? – o rapaz parecia empolgado, ela riu assentindo.

Hiyori: Sentado conosco, nos protegendo com suas asas. – ela deu um gole no chocolate.

Yato: Incrível! – ele pegou um biscoito de chocolate. – Queria ver espíritos como você.

Hiyori: Não é tão legal quanto parece. – ela deu mais um gole e depois riu. – Ainda mais quando eles aparecem no banheiro quando você toma banho.

Yato: Parece estranho. – ele fez uma careta depois riu. – Mas mudando de assunto. Amanhã será o Turbo Duel Tournament... Você vai torcer por mim?

Hiyori: Você vai insistir em ser um turbo duelista? – ela parecia zangada com o assunto, ele suspirou.

Yato: Eu já sou profissional nisso. – e largou o cookie no prato sobre a mesa central.

Hiyori: Foi assim que nossos pais morreram!

Yato: Eu não vou morrer! – ele parecia chateado com a falta de confiança que a irmã tinha nele.

Hiyori: O papai prometeu que voltaria para nós e nunca voltou. Não quero que aconteça o mesmo com você!

Yato se levantou fazendo Raikiri e as Lunalight recuarem nervosos.

Yato: Tudo bem Hiyori... – ele caminhou até o corredor então olhou para trás. – Não preciso do seu apoio.

Chovia muito na noite do torneio, o que deixava Hiyori ainda mais preocupada e aflita, pois seu irmã estava determinado. O estádio era coberto por isso a chuva não molhou a pista e eles poderia correr sem preocupações. Yato estava com sua jaqueta de couro azul, calças justas rasgadas nos joelhos e coturnos militar, o capacete estava ao lado da caixa de fermentas e ele arrumava o motor do corvo da noite. Hiyori se aproximou e pigarreou para chamar-lhe atenção.

Hiyori: Irmão. – parecia constrangida, Ebon estava ao seu lado e Watapon flutuava ao lado de Yato.

O rapaz voltou-se para a jovem, mas não sorriu, apenas a encarou.

Yato: Oi. – aquilo soou seco de mais, ele não queria parecer rude, não estava zangado.

Hiyori: Eu... A gente podia sair. Pra fazer as pazes. – ela mexia no cabelo por estar nervosa.

Yato: Claro. Eu adoraria. Depois do torneio, pra comemorar minha vitória! – ele abriu um largo sorriso empolgado, mas Hiyori ficou zangada e lhe deu um soco de leve no ombro.

Hiyori: Seu idiota, era pra a gente sair agora e você desistir dessa loucura!

Yato: Eu nunca desisto até ter feito minha última jogada! – mantinha um sorriso sarcástico no rosto, Hiyori bateu o pé o chão com força.

Hiyori: Não tem graça. Se você não desistir não precisa falar mais comigo. – ela então começou a gritar e aos poucos Watapon começou a desaparecer, como se sua existência estivesse sendo sugada, Ebon tentava chamar atenção de Hiyori para isso mas ela estava ocupada de mais discutindo com o irmão. – Não precisa me procurar mais. Eu vou embora, não vou torcer por você e não vou assistir seu duelo!

A jovem deu as costas para o irmão quando Watapon já havia desaparecido por completo, então ela foi embora deixando um Yato chocado, com os olhos sem brilho nem vida.

Foi então que o narrador dos duelos chamou-o algumas vezes pelo microfone, fazendo-o despertar, com os olhos ainda sem brilho, Yato colocou o capacete e subiu na D. Runner, porém ele havia esquecido de apertar alguns parafusos do motor.

O duelo começou, ambos duelistas tinham quatro mil pontos de vida e seu contador de velocidade tinha apenas um ponto. Yato começou o duelo puxando uma carta.

Yato: Eu invoco Blackwing - Zephyros the Elite em modo de ataque e ativo o efeito do Blackwing - Gale the Whirlwind se eu controlo um Blackwing diferente no campo em posso invoca-lo especialmente no campo. Apareça!

O primeiro mostro a aparecer quando Yato baixo uma carta sobre a mesa do D. Runner foi um homem alado com a plumagem da cabeça azul e um par de asas negras. (Dark/4/1600/1000) Em seguida outra fera alada pareceu, a criatura tinha plumagem azulada e as penas da cabeça verde. (Dark/3/Tuner/1300/400).

Yato: Eu synchronizo minhas feras aladas para trazer ao campo Assault Blackwing - Raikiri the Rain Shower! Alce voo!

A besta alada menor bradou suas asas e então seu corpo se desfez tornando-se três arcos de luz, a fera alada maior voou através dos arcos e seu corpo se desmaterializou tornando então quatro estrelas de luz, então um brilho ainda mais reluzente emanou quando dentre os três arcos surgiu um homem alado de armadura roxa, e um par de asas, uma emplumada de um negro azulado e a outra parecia mecânica, seu capacete projetava-se como o bico curvo de uma ave, e ele segurava uma espada. (Dark/7/2600/2000)
O público na arquibancada vibrou de emoção ao ver o Ás do tempestade negra ser invocado no primeiro turno, seu adversário mostrava-se calmo ao ver a fera alada no campo.

Narrador: Parece que o Black Storm quer acabar logo com isso invocando deu Ás no primeiro turno! – o homem tinha empolgação na voz. – O que será que Yusuke fará? – referia-se ao outro turbo duelista que mantinha-se calado.

— Eu termino com duas viradas! – ele colocou as duas cartas de face para baixo na mesa da D. Runner e ambas cartas se projetaram a frente pelo holograma.

Yusuke: Que bom que você encerrou, pensei que continuaria dando seu showzinho! – o rapaz de capacete verde puxou uma carta juntando-a com as cinco demais e escolhendo a que jogaria. – Vou começar usando uma carta magica conhecida como Dark Core, descartando uma carta da minha mão eu posso tirar o seu Raikiri da jogada!

Yato: Não tão rápido! – ele acelerou a D. Runner para ficar parelho com o outro duelista. – Eu ativo minha armadilha Dark Bribe! Achou que eu seria imprudente? Vou te dar a dadiva de comprar uma carta, mas sua Dark Core já era!

A esfera negra que havia surgido ao Yusuke ativar a mágica se desfez rapidamente sem nem ao menos ferir Raikiri. O turbo duelista de verde parecia zangado.

Yusuke: Okay Black Storm, essa você ganhou! – o rapaz então colocou uma carta invertida e um monstro de face para baixo. – Eu termino aqui. É com você!

D. Runner de Yato vacilou e ele estranhou a falta de estabilidade do corvo da noite, mas ignorando isso continuou seu duelo prestando atenção na jogada de Yusuke, parecia o estar atraindo para um ataque. O rapaz puxou uma carta e observou-a atentamente, era Watapon, foi então que lembrou-se de Hiyori e da discussão que tiveram. Mais uma vez a D. Runner vacilou quase tocando a proteção de vidro da pista.

Yusuke: Hey cara, você está bem? – o rapaz de verde parecia sinceramente preocupado.

Yato: Sim. Eu vou atacar! – quando o rapaz disse aquilo Raikiri, alçou voo em direção da carta em defesa de Yusuke, porém seu corpo foi envolto por correntes que começaram a sufoca-lo, impedindo-o de se mover. As correntes saiam da carta armadilha que Yusuke havia ativado.

Yusuke: Não pensei que você fosse tão ingênuo. – caçoou. – Se não posso destruir seu Raikiri, pelo menos posso incapacita-lo! Eu ativei Fiendish Chain. Como seu monstro tem efeito eu pude ativa-la, ela nega o efeito do Raikiri e o impede de atacar e mudar de posição. É uma peça inútil no nosso jogo!
Raikiri se debatia tentando livrar-se das correntes mas não conseguia, Yato parecia afligido por ter caído em uma armadilha tão óbvia.

Yato: Eu passo...

Quando Yusuke iria puxar uma carpa a D. Runner de Yato mostrou seu defeito. Corvo da noite vacilou duas vezes indo contra a barreira de vidro e estilhaçando-a, cacos voaram na direção do rapaz rasgando sua jaqueta e ferindo-o. A motocicleta então girou três vezes fazendo com que Yato esfolasse parte do corpo no asfalto da pista. Quando a moto parou de girar, derrubou Yato e ficou sobre o tórax do mesmo prendendo-o. Gasolina começou a vazar do tanque e uma pequena faísca no motor acendeu as chamas, seguida de uma explosão. O fogo consumiu rapidamente a corvo da noite, e se espalharam pelo uniforme do rapaz. Yato mantinha consciência e observava as chamas o devorarem.

Tamanho era seu pânico que nem ao menos conseguia gritar, apenas repetia para si mesmo: Eu não posso morrer, não posso deixar de existir, tenho tantas ambições!

“Você não precisa” Ele ouviu uma voz em sua mente, era profunda e penetrante e lhe dava angustia.

“Quem está ai? Droga, estou falando com uma voz no meu subconsciente.” Murmurou coçando a nuca, ele estava em uma sala escura, não conseguia ver o próprio corpo nem mesmo o dono da voz tenebrosa.

“Eu sou a entidade conhecida como Ashenveil” um riso diabólico e desdenhoso ecoou deixando Yato intrigado. “Parece que você não escutou sua irmã e acabou se queimando” mais uma vez a risada zombeteira.

“Já chega. Não quero ouvir suas bobagens. Deixe-me morrer em paz.”

“De verdade? Achei que você quisesse viver...” a voz tornou-se distante enchendo Yato de desespero.

“N-não vá embora, eu preciso de sua ajuda, faço qualquer coisa, pago qualquer preso!”

“Era isso que eu queria ouvir!” o ser se mostrou para Yato, ele tinha a pele em um tom morto, dois olhos vermelhos, braços e pernas musculosas e um par de asas de demônio nas costas além de deu uma cauda. O ser estendeu a mão na direção de Yato lhe entregando uma carta. “Use essa carta em sua segunda chance”

O rapaz pegou a carta e a encarou, era um globo negro de um olho vermelho. Negative Energy Generator.

Seu corpo não foi encontrado, nem suas cartas, o departamento apenas alegou que ambos podia ter sido carbonizados pelo fogo, mas a verdade era outra.

Fim Do Flashback

Mais algumas lagrimas rolaram mas Hiyori não parecia tão triste desta vez, pois agora ela tinha seu irmão de volta, por mais que não soubesse como ele havia voltado dos mortos ela estava feliz. A jovem então deixou-se sobre a cama e viu o bracelete que usava, com adorno rosa, um bracelete de duelo, foi quando lembrou-se do dia que ganhou-o de presente de Akira, uma história que ocorreu alguns meses após entrar na academia de duelo.

Início De Mais Um Flashback

Hiyori nunca mais foi a mesma. Depois de perder a última pessoa que a matinha ligada a família ela teve uma ponta de angustia e desespero. Sentia-se sozinha, - por mais que Ebon estivesse sempre com ela, não estava fisicamente. – e isso atrapalhava em seu relacionamento da Duel Academy. Hiyori não conseguia focar nos estudos e muito menos nos duelos. No seu duelo de aprovação ela apenas conseguiu por ajuda de Ebon, pois enquanto segurava as cartas, sua mente se perdia em pensamentos, no seu passado. Ela fazia movimentos tolos, sem pensar direito, e por isso acabou sendo tachada de “péssima duelista” e enviada para o Slifer Red.
Hiyori não tinha amigos, as pessoas não queriam perder seu tempo falando com ela, e muitos nem ao menos queria duelar com ela. Por mais que seu físico estivesse presente em todas as aulas, sua mente não estava e ela nunca conseguia lembrar-se da matéria nos exames sobre o Spirit World.
Aquela manhã não haveria aula por que estava nevando muito, Ebon insistiu que a jovem fosse comprar um pacote de novas cartas, mas Hiyori quis ficar deitada, embaixo do edredom, sozinha.

Ebon: Vamos. Não seja chata! – ela dava chicoteadas contra a cabeça da ruiva, mas esta ignorou cobrindo-se com o edredom.

Hiyori: Vá embora Ebon, não quero brincar na neve. – ela se encolheu enrolando-se com o edredom.

Ebon: Você nunca pode fazer uma criança feliz... – a menina começou a chorar, lagrimas de crocodilo. Hiyori descobriu-se e encarou Ebon suspirando.

Hiyori: Você venceu. Vamos comprar cartas novas.

A ruiva levantou-se e vestiu um moletom vermelho, - a sua cor da Duel Academy, - prendeu o cabelo em um alto rapo de cavalo e saiu, sem nenhum animo, com Ebon para ver as nova cartas que haviam chegado na loja.

Em pouco tempo há jovem estrava na frente da loja, porém quando ela ia entrar, três rapazes com roupas azuis se aproximaram com largos sorrisos desdenhosos e malvados. Eram Bret, Hawn e Dakota. Eram Obelisk Blue, e se achavam os incríveis da academia.

Bret: Olha só o que achei aqui. Uma mosca morta! – ele tocou os cabelos de Hiyori que apesar de não ter mais brilho nos olhos se afastou.

Hiyori: Me deixem em paz.

Hawn: Nós não vamos deixar você em paz, lixo vermelho. – ele empurrou Hiyori contra seu colega Bret que a empurrou para Dakota.

Dakota: Se queria paz deveria ter ficado dormindo! – ele acariciou o rosto da ruiva mantendo seu sorriso malicioso.

Hiyori: Por que vocês tem prazer em me perturbar? O que eu fiz pra vocês? – ela tentava se soltar o aperto nojento de Dakota mas não conseguia.

Bret: É por que sabemos que vamos conseguir tudo que quisermos com você...

Hawn: ...Por que você não tem força pra revidar.

Ambos riram. Ebon tentava inutilmente esmurrar os malandros mas seus golpes os atravessavam.

Foi então que Bret sentiu alguém lhe cutucar o ombro, voltando-se para trás o mesmo recebeu um muro que estalou o maxilar fazendo-o cair nocauteado no chão. Hawn e Dakota estava surpresos pois não viram o seu agressor, até o vulto loiro acertar uma um chute lateral em Hawn que caiu em um baque no chão nocauteado. Dakota soltou Hiyori e tentou acertar o loiro que evitou os socos vacilantes, quando o outro se aproximou bastante o rapaz deu uma joelhada alta que acertou o nariz de Dakota quebrando-o, o Obelisk Blue caiu para trás nocauteado.
Hiyori ficou estática observando a trama se desenrolar a sua frente, até que o loiro se aproximou. Ele tinha olhos azuis e, mesmo com o frio, usava uma camisa azul ciano.

Hiyori: Q-quem é você? – a ruiva o encava com o brilho de volta no olhar, por mais que estivesse nervosa.

Akira: Eu me chamo Akira Yester, sou um Obelisk Blue. – ele sorriu charmoso e a ruiva recuou com receio.

Hiyori: H-hiyori Kazane...

Akira: Você não pode se dobrar as vontades desses idiotas. – ele falava sério quando começou seu monologo. – Deixe-me ver as suas cartas. – Hiyori pegou do bolço seu baralho e mostrou as cartas para o loiro que examinou-as. – Você tem muito potencial aqui, só precisa usá-lo. – ele devolveu as cartas e ela as guardou. – Talvez você só não consiga se concentrar. Mas eu posso te ajudar! – o loiro enfim abriu um largo sorriso que fez a jovem ruiva corar.

Hiyori: P-pode me ajudar? Como? – ela ficou observando-lhe o sorriso bonito enquanto esperava sua resposta.

Akira: Com um duelo.

Após alguns instantes os dois estavam na arena de duelo onde foi realizado o exame de admissão, mais exatamente na arquibancada, ambos não duelariam com a realidade virtual, mas sim um simples duelo apenas com as cartas.

Hiyori: Hm... Eu não sei se consigo. – ela parecia aflita segurando cinco cartas.

Akira: Bobagem. Você sabe fazer isso. Agora comece puxando uma carta! – pediu ele com gentileza e ela puxou a primeira carta do topo de seu baralho observando-a. – Então?

Hiyori: Acho que invoco a Lunalight Crimson Fox em modo de ataque, e coloco uma carta virada para baixo. – a ruiva fez sua jogada ainda nervosa, ela colocou a carta da raposa de máscara no campo. (Dark/4/ 1800/600) e mais atrás da carta de monstro colocou uma de face oculta.

Akira: Minha vez. – o rapaz puxou uma carta e abriu um sorriso confiante que desestabilizou a ruiva deixando-a ainda mais nervosa. – Vou usar a Polimerização tudo bem? – ele mostrou a carta de fusão para a garota. – Fundindo meu D/D Berfomet com D/D Pandora da minha mão invoco D/D/D Flame King Genghis. – ele revelou as duas cartas que serviam de matéria. Uma besta com cifres (Dark/4/1400/1800) e um ser feminino com uma caixa. (Dark/5/1700/2100), foi então que ele colocou no campo uma carta roxa com uma criatura ilustrada, parecia um ser alienígena e segurava uma espada e escudo escarlate(Fire/6/2000/1500).

Hiyori: U-uma fusão, uma fusão agora... – a jovem estava muito nervosa, sabia como combater aquela fusão pois tinha uma armadilha, mas não lembrou de usa-la.

Ebon: Acione a Trap Hole. Vamos Hiyori, a armadilha. – mas de nada adiantava a jovem não ativou sua carta armadilha e Crimson Fox foi destruída.

Akira: Hiyori tudo bem? – ele a chamou pois a jovem estava com a mão sobre o baralho sem puxar carta alguma, olhando como uma tola para o nada.

Hiyori: Eu não consigo. Eu tinha a carta mas não consegui... – murmurou a jovem tocando a carta invertida, a armadilha Trap Hole.

Akira: Não desista. O duelo ainda não acabou e você pode se surpreender! – ele mantinha seu sorriso gentil enquanto incentivava a ruiva a continuar. – Vamos fazer o seguinte. Se destruir o Flame King Genghis com um monstro você ganha.

Hiyori: Tem certeza? – ele assentiu confirmando então a ruiva puxou uma carta. – Então eu ativo o efeito da Lunalight Black Sheep, descartando-a trago uma Polimerização do meu deck para a minha mão.

Akira: Entendo. Você vai fazer uma fusão também. – o jovem parecia contente com a atitude da ruiva.

Hiyori: Uma vez meu irmão me disse que devo duelar com o coração e por fé nas cartas, é o que vou fazer. Fundindo a Lunalight Blue Cat da minha mão com a Lunalight White Rabbit trago ao campo Lunalight Cat Dancer! – a jovem mostrou as duas cartas que usaria como matéria pra fusão, uma coelha branca (Dark/2/800/800) e uma gata azul. (Dark/4/1600/1200) então colocou no campo uma carta roxa com a ilustração de uma bela mulher de pele de um rosa bebê, máscara de duas cores e um longo cabelo rosa com um chapéu carnavalesco. (Dark/7/2400/2000)

Akira: Cat Dancer. Muito bem. – ele assentiu com orgulho e Hiyori se sentia mais viva quando atacou e destruiu o mostro do rapaz.

Porém ela só conseguiu vencer por que ele não quis ativar a armadilha que tinha oculta e Ebon sabia daquilo. A Lolita tinha a intenção de contar a sua amiga, mas ao ver o sorriso dela e seus olhos brilhantes e vividos se arrependeu e apenas quis deixa-la se sentir feliz por ter vencido com suas Lunalight.
Vários dias se passaram desde então e Hiyori ficava sempre ao lado de Akira por que ele não a tratava como uma fracassada, mas sim como alguém com potência. As pessoas continuavam com seus murmúrios, mas Hiyori estava se tornando melhor. Ela contou para seu mais novo amigo sobre sua família e como os havia perdido, ele a ajudou a superar a sua dor e conseguir seguir em frente.
Hiyori se tornou a melhor em sua turma se tornando uma Yellow Rá, e em pouco tempo Obelisk Blue. Ela tornou-se conhecida como Crimson Maiden e sempre que duelava seus oponentes saia dela para um leito hospitalar.
No momento ela estava na arena, no fim de um de seus duelos contra os três rapazes que sempre a maltratavam, assistindo o duelo estava Akira. Hiyori atacou o trio diretamente com sua bela dançarina Cat Dancer e venceu-os deixando-os extremamente feridos, depois disso, nunca mais foi incomodada por ninguém.

Akira: Veja só no que se tornou. –ele se aproximou. – Uma incrível duelista, tudo por que acreditou em si mesma.

Hiyori: Você acreditou em mim mais do que eu mesma! – ela sorriu lhe dando um abraço. – Eu sou muito grata a você por ter me dado atenção e me ajudado.

Akira: Você também me ajudou. – ele retribuiu o abraço acariciando o cabelo ruivo da jovem que corou. – Eu queria te dar uma coisa. Um presente.

Hiyori: Presente? Eu gosto! – disse bobamente com um sorriso meigo.

O rapaz pegou uma caixa do bolso e deu para a ruiva, era uma simples caixa azul com laço, ela abriu e dentro da mesma havia um bracelete de duelo, quando ela colocou no pulso e acionou a luz, a plataforma era rosa.

Hiyori: É lindo. É lindo de mais! – a ruiva admirava a plataforma luminosa e o acessório com admiração. Ela tocou o bracelete de novo desativando-o e abraçou o loiro novamente, porém desta vez lhe dando um beijo que deixou-o surpreso e rubro. Porém ela logo separou o beijo constrangida. – Me desculpe. Ai que vergonha... – ela se afastou e levou as mãos ao rosto tão vermelho quanto o próprio cabelo.

Akira: Não. Espera. Tá tudo bem. – ele segurou a mão dela quando a mesma tentou ir embora. – Tudo bem.

Hiyori: Mas... – a ruiva baixou a cabeça constrangida, quando sentiu o toque suave do loiro lhe abraçando e erguendo seu rosto pelo queixo com o indicador para que ela o olhasse nos olhos. – Akira... – a jovem enrubesceu ainda mais.

Akira: Eu queria te pedir algo. – ele abriu um sorriso acariciando a face da ruiva.

Hiyori: O que você quer? Sabe que eu faria qualquer coisa por você... – ela estava encantada com o belo sorriso do rapaz.

Akira: Eu sei, por isso quero te pedir para que seja minha namorada. – ela corou com a proposta. – O que acha? Quer ser minha namorada Hiyori?

Hiyori: Sim. Claro que sim. É claro que quero ser sua namorada! – a jovem extremamente alegre abraçou com mais força o rapaz e deu-lhe outro beijo que foi retribuído de imediato.

Fim Do Flashback

Após lembrar-se daquela história a jovem riu com um sorriso bobo, ela lembrava-se de como Akira costumava ser um rapaz gentil e educado e como mudou depressa devido a pressão que sofria em casa.
Em um salto rápido a ruiva levantou-se da cama ao ouvir alguém bater na porta de seu dormitório. Caminhando de pés descalços até a porta ela a abriu vendo lá seus amigos: Hayato "cabeça de tomate", Hiroto, Mizuki Rin e seu querido irmão. A jovem com um largo sorriso abraçou todos os quatro que ficaram sem entender o motivo de tal ato. Mas Hiyori apenas estava feliz de ter amigos tão incríveis como os que tinha.