Sam sabia muito bem quem era!

Seu nome completo? Samantha Puckett! Tinha 18 anos, quase 19, e era forte o bastante para viver sozinha, aprender a dirigir uma moto sozinha, se defender sozinha, e mais algumas coisas que seria impossível listar!

E ela gostava disso, pois viver dessa forma lhe proporcionava liberdade, que era algo da qual não estava disposta a perder e fazia o que fosse necessário para mantê-la. Até recusar um prêmio de 20 mil dólares se fosse preciso!

Mas, na calada da noite, quando o único som que ouvia era o de sua respiração, ela desejava ter alguém para ver ao acordar, alguém que a socorreria caso passasse mal de madrugada, alguém que moveria céus e terras para tirá-la da prisão caso (Deus a livre) fosse presa de novo.

Em outras palavras; ela sentia falta de alguém que a protegesse, alguém que chegaria em sua vida e ficaria, pois era cansativo ser sozinha, tão cansativo que já estava se tornando um fardo!

Mas quem seria essa pessoa? Sua família era praticamente inexistente; uma mãe louca de pedra, uma irmã que morava em outro estado e raramente telefonava, e um pai que nem ao menos sabia se ainda estava vivo pois nunca soube sua identidade. Avós, tios, primos? O que era isso?

Sua sorte é que tinha muitos amigos, mas até esses desapareciam em algum momento. Carly, Freddie, Spencer, Gibby, Cat... e até mesmo Jade! Que seguiram suas vidas e como consequência tiveram que deixá-la para trás pois as coisas não funcionavam dessa forma para Sam. Ela não tinha um plano de vida, adotara a filosofia de que a vida se encarrega de mudar o curso de nossa história.

Então Sam não os culpava... ela os entendia, porque se tivesse em seus lugares, também deixaria eles para trás para seguir o melhor caminho para si.

Mas esse caminho não existia, e a cada dia que que se passava, ficava cada vez mais sozinha. Era patético admitir isso, mas já estava começando a ficar com medo de morrer sozinha, de cair dura e só descobrirem o corpo semanas depois.

Afastou esse pensamento, era bem idiota e sempre preferiu focar no presente; que no momento era um emprego de babá que costumava dividir com Cat antes dessa ir embora para Nova York duas semanas atrás. E, apesar de não lidar muito bem com crianças, havia aprendido a gostar delas e entender como suas mentes funcionam.

E fora em um desses dias em que precisou cuidar de gêmeas e preparar o jantar delas, que percebeu que poderia ser uma ótima chef de cozinha se quisesse. Ela amava comida! Em sua opinião era bem melhor do que ganhar presentes.

Ela poderia abrir o próprio restaurante... já havia feito isso uma vez e poderia fazer de novo, só precisava de tempo e dinheiro. Ainda bem que dominava a arte da estratégia, conseguiria realizar esse plano em pouco tempo.

Sam precisava de alguém, mas não havia ninguém, só ela mesma, e por enquanto, isso bastava.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.