" Meu nome é Amanda Clarke, mas todos me conhecem como Emily Thorne.
A maioria pensa que sabe a minha história. Só que na verdade, ela começou muito tempo antes, bem longe dos Hamptons, num lugar aonde a morte é apenas o princípio e aonde a liberdade não existe.
Eu enfrentei o purgatório na Terra e todos os demônios.
Colocada ali pela pessoa a qual pedi assistência, julgando ser importante para minha sobrevivência.
Vivi numa luta diária para sair daquele pesadelo, dia após dia! Não sou apenas uma garota qualquer que se encontra por aí.
Não mais!
Eu sou Amanda Clarke. E sobrevivi a ilha de Lian Yu. "

Depois de algumas semanas , Emily estava no Japão.
Satoshi Takeda prometeu que a levaria para um novo treinamento.

Algo que faria a vingativa focar em sua missão.
Ao chegarem em Nanda Parbat, Emily olha aquele templo diante dela e sente o coração pular no peito.

Não seria fácil. Ela estava destreinada. Havia pedido dispensa dali.

Mas talvez o único que pudesse realmente ajudá-la a equilibrar emoções fosse Ra's Al Ghul.

Assim que este surgiu diante dela, o homem líder sorri. Emily era uma de suas favoritas.

— Seja bem vinda de volta a liga dos assassinos Lanhaya!

Emily faz uma leve reverência e o homem ergue seu rosto a olhando nos olhos de um modo gentil, bem diferente do que costumava ser o grande demônio.

— Sua missão minha filha, será especial! — Ele lhe explicava.

Emily o olha com certa curiosidade.

— O que devo fazer? — Perguntou, prontamente.

— Você será preparada para matar Al-Sa-Him! Ou como preferir, Oliver Queen! — Ra's confessou a garota, sem nenhum pudor.

— Considere feito! — Emily deu seu típico sorriso vingativo.

Seguindo por fim para os aposentos dela, após uma longa conversa de "boas-vindas". a mesma entrou no local e trancou a porta.

Pegando um celular descartável, fez uma ligação.

— Alô? — A voz masculina dizia do outro lado da linha.

— Sou eu! — Ela disse. — Ra's quer o Green Arrow morto!

— Então, vamos providenciar isso a ele! — A voz disse do outro lado e foi caminhando para a luz.

E o homem que saiu das sombras, era Oliver Queen.

— Você sabe que pode mesmo acabar morto em se tratando de Ra's Al Ghul, não sabe?

— Garota de pouca fé! Confie no capaz! — Oliver a provou brevemente. — Mas, agora, ao trabalho... — Pausou e em seguida concluiu. — Lanhaya!

— Claro, Al-Sah-Him! — Emily estava prestes a desligar quando Ollie falou de novo, de imediato, antes que ela o fizesse.

— Amanda? — Perguntou ele.

— Sim? — Ela perguntou de volta, curiosa.

— Tome cuidado! — Ele disse cauteloso. — Por favor!

— Oh garoto de pouca fé! — Ela brincou, devolvendo a acidez anterior. — Confie na vingativa! — E sorriu. — Sou uma sobrevivente, lembra? — Perguntou ela ao homem do outro lado da linha. — Afinal de contas, quem foi que cuidou de você naquela maldita ilha mesmo?

— Hum.... — Ele pausou, fingindo ter esquecido. — Você?

— Garotinho inteligente! — Ela brincou mais uma vez.

— E eu nem conclui a faculdade! — Ele zombou de si em zoeira.

— Esse é seu charminho! Saiba disso! A gente se vê por aí, Queen! — Emily desliga e volta a sorrir.

Oliver fazia parte de um capítulo intenso da sua vida.
Algo que mudou todas suas perspectivas. Não podia virar as costas para ele.
E certamente, não o faria.
Agora, ela tinha a chance de poder retribuir tudo que lhe fora feito e claro, da melhor maneira que conhecia: Com a vingança.

Passado — Flashback — Ilha de Lian Yu.

Quando Amanda Clarke foi até Satoshi Takeda, ela esperava que seus treinamentos a ajudassem a poder adquirir a força necessária para traçar sua vingança contra os Graysons.

Takeda por sua vez, achava que as emoções da menina viriam a fazê-la falhar em seu caminho.

Decidido a testar todos os limites dela e disposto a ver até onde iria, o sensei a dopou uma noite antes e partiu com Amanda rumo ao que muitos chamavam como purgatório.

Depois de muitas horas, eles estavam na baía da ilha de Lian Yu.

Amanda aos poucos sentiu aquela luz incomodar nas vistas e foi abrindo os olhos.

Takeda a observava. Frio, impassível, sem nenhuma compaixão.

Ela se sentou rapidamente no chão da ilha e passou o olhar a sua volta.

— Onde... o que fez comigo? Que lugar é esse? —- Ela perguntou, furiosa.

— Aqui será onde descobrirei se tem aptidão ao que tanto quer! — O sensei respondeu sem emoção alguma. — Amanda Clarke, bem vinda a Lian Yu ou como todos dizem, ao purgatório!

— Você só pode estar de brincadeira comigo! — Ela esbraveja olhando de novo a sua volta.

— Para ter feito no que busca, você precisa sentir exatamente o que seu pai sentiu! — Takeda disse calmamente. Toda impotência! Toda dor! A luta pela vida, dia após dia!

— Você é louco! — Amanda o olha, incrédula.

— Você tem dois meses para começar! Se quando eu voltar aqui, ainda estiver viva, terminaremos seu treinamento! — Ele concluí.

— Se eu estiver viva? — Ela perguntou pasma olhando-o. — Do que raios está... — E um tiro atingiu a areia perto dela a fazendo gritar.

— Eu sugiro que você comece a correr! — Ele advertiu.

— Você não vai me fazer de alvo! — Outro tiro chegou mais perto. — Seu desgraçado! — E ela gritou:

— ENLOUQUECEU ?

— Corra Amanda! — Ele mandou. — AGORA!

Amanda o olhou nos olhos em fúria e se levantou com tudo começando a correr, enquanto a mira do rifle ficava cada vez mais perto, mais ela corria.

Takeda a olhou e sorriu malignamente.

— Ela irá sobreviver! — O mesmo disse ao rapaz que conduzia o bote. Ele olhava em choque aquela atitude. —Meu rapaz, nunca lhe disseram que é do caos que tiramos a nossa salvação? — Takeda perguntou ao homem que se manteve calado enquanto o bote ia se afastando dali.

Aquela pobre garota estava a sua própria sorte.
A mercê de um inferno, literalmente chamado.
Amanda precisaria muito mais do que simples força de vontade para vencer.
Ela precisaria, de um herói!

Hamptons — Tempo atual — Dia — 7:35 am.

— Oliver Queen está vivo! — Dizia a notícia na TV.

Emily vira o rosto pra observar.
Aquele desgraçado havia mesmo conseguido!
Levando a mão ao rosto em assombro, a vingativa deixou aflorar seus sentimentos.
Lágrimas rolaram.
Só quem esteve naquele lugar, sabe a verdadeira definição de inferno.

E Oliver havia sido um herói para ela.

Alguém que jamais seria esquecido...

Flashback — Lian Yu — 8 anos atrás.

Amanda Clarke corria pela vida. Satoshi Takeda não havia lhe dado escolhas.
Mata a dentro ela tentava recuperar seu fôlego e se esconder.
Ao que pareceu ser o cessar dos tiros, a mesma encostou em uma árvore.
Respirando aliviada, não prestou atenção e pisou em falso.
A alegria de estar viva sobrepôs a razão.

Acabando por cair em uma armadilha de urso, sendo impulsionada pra cima, tudo parecia perdido.

Mas, no instante em que gritou, uma flecha rompeu as cordas e ela caiu, sentindo cada osso seu bater no chão.

Fechando os olhos pela dor, logo os abre ao ouvir uma voz masculina a sua frente.

— Hey, você tá bem?

Olhando o estranho dos pés a cabeça, num estranho capuz verde, Amanda leva a mão a nuca. Sua cabeça agora latejava.

— Tenho certeza que vou sobreviver! Sou Amanda Clarke, a propósito!

— Oliver. Oliver Queen! — Ele estica a mão pra ajudar a moça a se levantar.

Amanda olha nos olhos azuis daquele homem ao se erguer.

— O que te traz a Lian Yu? — Ela perguntou curiosa.

— Acidente de barco! — Ele respondeu sério. — E você?

— Traição! — Disse a morena de volta, seca.

— Definitivamente não é uma boa co... — Oliver cambaleia quase caindo.

— Você está bem? — A garota o segura pra lhe amparar.

— Eu estou perfeitamente bem! — Responde, cerrando os dentes.

Amanda levou a mão a testa dele.

— Você tá queimando! Precisamos te deitar! Vem!

— Eu não... posso!

— Não seja teimoso Queen! Não pode? Ah, mas eu digo que pode! Agora vamos!

Oliver a olhou nos olhos e seguiu como aquela estranha sem escapatória...

Emily volta a olhar a TV, algo a tirou de seu transe pessoal
O celular tocava mais uma vez.

— Alô!

— Emily, é o Daniel, gostaria de saber se não quer jantar em casa hoje? Minha mãe pediu pra lhe convidar!
— Hoje? Bem... — Ela pausou pensando. — Receio que hoje infelizmente não seja possível! Surgiu um imprevisto! Terei que me ausentar por uns dias! — Responde a vingativa olhando Oliver na TV com interesse.

— Algo grave? — Daniel perguntou preocupado.

— Uma amiga! Precisa de mim! Coisas de... meninas digamos assim! — Emily sorriu.

— Nesse caso, longe de mim atrapalhar isso! E seja lá o que for, melhoras a sua amiga, então!

— Obrigada por compreender Daniel!

— Nos vemos quando voltar?

— Sem sombra de dúvidas! Juízo Danny boy!

— Graças a você na minha vida vizinha, isso ultimamente não me falta! — Ele brinca com ela. —Em, faça uma boa viagem!

— Bom saber disso, vizinho! — Ela brincou de volta. —Eu farei! Tchau Daniel! — Emily desligou imediatamente.

Olhando a imagem congelada de Oliver na TV, a mesma sorriu.
Talvez fosse mesmo a hora de visitar um velho amigo em Starling City.


Starling City — Noite. — 8:00 pm

As boas vindas a Oliver Queen eram intensas. Muitos amigos antigos, novos amigos, associados da Queen Consolidate.


Moira Queen estava feliz por ter seu filho de volta, mas o pesadelo de lembrar do porque ele passou anos naquela maldita Ilha a perseguia.

Oliver por sua vez, recebia cada convidado, mas a memória do que seu pai fez por ele, do que ele havi recém-descoberto, ficavam pairando em sua mente. Era impossível focar em festas agora.
Ele tinha um trabalho a fazer. Tinha que ser alguém. Se tornar outra pessoa.

Subindo as escadas, caminha em direção ao seu quarto. Tinha que estar preparado. Haviam muitos inimigos naquela cidade. Muita coisa a ser feita a partir de agora.

Assim que entrou em seu quarto, Ollie estreitou as vistas.

— Eu acredito que não lhe conheça, então, não vejo razões para estar no meu quarto, senhorita...?

Emily parou e prendeu a respiração. Ela precisava saber. O surgimento do Capaz no mesmo momento em que Ollie voltou da ilha? Isso não poderia ser uma simples coincidência.

Quando a voz deste rompeu o silêncio do quarto, ela se virou imediatamente.

— Thorne. Emily Thorne! — Respondeu do modo mais gentil possível. - Eu procurava o toalete.

— Acredito que está na direção errada, senhorita Thorne! O banheiro fica a terceira de sua esquerda! — Oliver respondeu com certa frieza.

O coração de Emily disparou. Ela lembrou da ilha ao cruzar o olhar do "estranho". Era como se em poucos minutos, tudo voltasse com força total.

— Bem, nesse caso, com licença, senhor Queen! — E ela girou nos calcanhares pra sair do recinto.

No instante em que seus pés cruzavam a porta de saída, Oliver fora mais rápido.

A puxou pelo pulso com determinada força, e a trouxe de volta pra dentro, lhe pondo contra a parede assim que fechou a porta.

— Quem mandou você aqui? — Perguntou, furioso, encarando os olhos castanhos cintilantes da loura presente ali.

— É assim que costuma tratar uma dama, senhor Queen? — Perguntou Emily com um puro deboche.

— Apenas aquelas que me espionam em meu quarto, no meio da minha festa de boas-vindas, é claro, senhorita Thorne! — Ele devolveu o deboche sem pestanejar.

— É mesmo? — Ela perguntou encarando a íris azulada de Queen. — Então, sugiro... — Pausou e logo o segurou pelo pulso, dando a volta em torno do mesmo e o jogou contra a parede, acertando uma joelhada, levando assim o cotovelo contra a sua garganta. — Que guarde a sua defesa, porque eu posso esmagar a sua garganta agora mesmo, Capuz! — Provocou com um sorrisinho cínico em meio aos lábios carmim.

Oliver foi totalmente pego de surpresa e acabou por abaixar sua guarda quando a garota o puxou e virando ao jogo, o pôs contra a parede com a tal joelhada e a pressão a garganta com o cotovelo.

Aquilo não poderia ser possível. Ela sabia seu segredo! Mas, como?
Não havia contado nem ao mesmo ao seu guarda-costas, John Diggle.

A garota Thorne, o modo como ela o ameaçava. Era diferente e ao mesmo tempo tão familiar.
Rendido pela mesma, Oliver a olhou novamente em seus olhos castanhos tão expressivos e irônicos.
Eram como se, tivessem uma mensagem pra passar.
Algo que ele não captava.

— Quem diabos, é você? — Ele perguntou surpreendido pela forma de luta da mesma, a segurando pelo outro braço e logo a impulsionou a jogando contra o chão, apoiando de leve a sola do seu pé, na garganta da menina.

— Posso ser seu maior pesadelo! — Ela respondeu cinicamente.

— Manter a guarda, certo? Sobre qual dizia? - Usou o deboche novamente para com a mulher. — Essa? — E quando viu a tattoo em seu pulso, seus olhos empalideceram.

Emily sabia que Oliver era um vencedor. Mais do que isso, ele jamais iria a deixar fazê-lo abaixar a guarda outra vez.


Dito e feito. Em poucos segundos, ela era rendida.
Virada e jogada conta o chão, sentiu cada parte de seus olhos doerem. Uma dor tão familiar. Tão Lian Yu.

Quando este levou a sola do sapato ao pescoço dela, a ameaçando imediatamente e teve contato visual com a tatuagem dela, após a ironia em palavras, Emily esboça um de seus típicos sorrisinhos vingativos pelo modo que ele a olha, assustado e perdido.

— Amanda? — Ele ousou perguntar, incrédulo.

— Oi, querido! — Ela torna a provocar. — Quanto tempo, não é mesmo?

Oliver arregalando os olhos, tirou o pé da garganta da garota e a puxou com tudo pra cima, contra ele.

— Amanda Clarke? - Ele ainda pronunciava o nome dela em assombro. — Amanda!

— Bem vindo ao lar, Ollie! — E por fim ela sorriu. Um sorriso terno e doce, exatamente como ele lembrava sobre aquela garota morena, na ilha de Lian Yu.

— Como você...? — Ele começou a perguntar. — Não importa! — Ao notar a forma carinhosa com a qual ela lhe sorria, a puxou pra si no mesmo instante e a beijou.

O lado impulsivo de Oliver Queen. A paixão com a qual ele agia. Tudo estava de volta, naquele beijo único, correspondido pela vingativa. Tão cheio de significados. Tão esperado.

Ela poderia tê-lo evitá-lo se o quisesse. Deixá-lo ali por não ter lhe sido sincero sobre quem estava sendo desde que retornou.
Por nem ao menos tê-la procurado.
Mas, aquela seria Emily Thorne.

Lian yu e a vingança os uniu. Mas também, os separou.


Porém, quando se tratava de Oliver Queen, ao menos com ele, não existia vingança, ou ilha alguma que mudasse um simples fato: Não importa quanto tempo passasse, com o vigilante, ela sempre seria Amanda Clarke.

Delegacia de Starling — Madrugada — Pouco mais de 1:30 am.

Thea Queen nem sempre foi o tipo de garota problema. Era aplicada na escola, boa filha, educada para com os demais e venerava seu irmão, Oliver.

Após o desastre com o Queen Gambit onde, perdera pai e irmão numa tacada só, a vida da jovem virou de pernas por ar. Thea parou de se aplicar nos estudos, passou a se drogar, levava a vida sem muita importância e perdeu seu jeito meigo e carinhoso para com todos.

E foi então, que após cinco longos anos, a notícia da volta de seu irmão poderia lhe fazer algum sentido. Ela se sentiu conectada a alguma coisa, a alguém. Oliver era seu porto seguro, seu bote salva-vidas, mas com a maneira crua que ele tratava os a sua volta, Thea se afundou de vez.

Se sentiu pouca coisa para a mãe, o padrasto e o para o próprio irmão.
Se deixou levar pela irresponsabilidade, pelas coisas fáceis da vida, por todas as más influências que fosse capaz de captar.

Depois da festa de boas-vindas do irmão mais velho, ela se sentiu praticamente humilhada. Primeiro por ser a infantil da família, depois pelo fato de que mais uma vez, Oliver foi o total centro das atenções.

A única pessoa que pareceu olhar pra ela naquele dia, foi uma jovem, alguém que Thea nunca tinha visto antes.
Uma moça loura, perto de seus 20 e poucos anos, bastante amável, que embora tivesse feito algumas perguntas sobre Ollie, como todos ali, aliás, demonstrou se preocupar com a situação em que a jovem Queen se encontrava.

Em nenhum momento, Emily fora grosseira ou a tratou como uma criancinha. Procurou ouvir seus problemas, demonstrou que ela não a incomodava e no final de tudo, ainda lhe deu um cartão, com seu número de telefone caso claro, Thea viesse a precisar.

E era bem para esse cartão que a menina Queen olhava enquanto estava sentada na cela da cadeia de Starling por dirigir alcoolizada, ou quase, porque ao seu ver, nem tinha bebido tanto assim.

Sabia que se chamasse a mãe, tomaria um sermão e perderia sua vida boa, com mesadas e cartões sem limites. Já, se chamasse o irmão, viria mais um daqueles sermões de alto ajuda, coisa que ela nem sequer suportava pensar em ouvir.

Podendo fazer um telefonema da cadeia, eis que ela fez uma escolha.
Ao ouvir tocar do outro lado da linha, esperou que a moça loura simpática atendesse.

Assim que, ouviu a voz de Emily, Thea respirou fundo. Tinha medo que ela a evitasse também.

— Emily? Aqui é Thea Queen! — Ela começou se apresentando. — Sei que talvez me conheça pouco, muito pouco na verdade, mas eu preciso muito da sua ajuda!

A garota dizia baixinho, num tom de melancolia, buscando forças pra continuar aquele telefonema.

— Não foi minha culpa, okay? Mas estou presa! E....eu bom eu sei que se ligar para minha mãe, estarei ferrada e se eu ligar para meu irmão, também será pior, então, por favor Emily, seria pedir muito se viesse até aqui me buscar?

Pediu receosa. Sabia que não conhecia a estranha, mas sentia muita conexão de sua parte, embora, tivesse medo que não fosse igual da parte de Emily.

— Olha, eu prometo! Prometo não, eu juro, que se vier, vou tomar jeito! Vou tentar ser melhor! — A voz dela começava a ficar chorosa. — Eu só, não quero ficar aqui sozinha e Emi..... Emily, não sei mesmo o que fazer agora! — Thea segurou a respiração por segundos para não desabar. — Só, por favor, por favor, eu te imploro, me tira desse lugar!

A menina disse mais uma vez, esperando que do outro lado da linha, a loura boazinha respondesse.

O confronto com Oliver tinha sido intenso. Emily e ele disseram muitas coisas um ao outro enquanto ainda eram "perfeitos estranhos" e por fim, quando a revelação sobre quem era ela fora feita, trocaram carícias apaixonadas.

Emily sabia que se por ventura se deixasse envolver por Oliver de novo, acabaria mal. Não por ele ser má pessoa, mas sim porque cada um deles tinha um caminho traçado. Ambos os lados precisavam cumprir os juramentos feitos em Lian Yu e por mais que o carinho e a química existissem ali, não poderia passar daquilo.

Envolta em uma confusão de lençóis, Emily dormia, ao lado de Oliver. Este tinha um dos braços a sua volta, num tom protetor, como se não quisesse que ela fosse embora.

Ao ouvir o barulho do toque do celular, despertou-se aos poucos. Ollie permanecia abraçado a ela e percebeu isso no instante em que ele a deixou mais perto.

Não queria, não podia se envolver, mas e se já estivesse envolvida demais pra conseguir voltar atrás? Tateando com uma das mãos, puxa o celular até si, vendo o número desconhecido no visor.
Atendendo de pronto, imaginava que pudesse ser Nolan com alguma de suas idéias mirabolantes.

— Alô? — Soou sonolenta e cansada na linha.

Ao passo que a voz da jovem menina Queen vinha ao outro lado, Emily ficava surpreendida. Sim, tinha dado o telefone a mesma. E sim, tinha a ouvido com seus problemas pessoais, tentado aconselhar, por ter visto nela muito de Charlotte, irmã de Daniel Grayson.

Conforme ela se atrapalhava pra explicar, a loura percebia que estava mais constrangida e magoada. Talvez, se sentindo isolada, tanto quanto, Amanda Clarke se sentia algumas vezes.

Deixou que desabafasse, botasse pra fora seus sentimentos, fossem como fossem, dizendo o que precisava ser dito. Ao ouvir que não poderia procurar nem Moira ou Ollie porque ambos seriam duros, Ems percebe que aquele era um pedido velado de ajuda.

Tirando o braço de Oliver de sua volta, a mesma vai se levantando devagar, sem fazer barulho algum pra que ele não acordasse. Ao caminhar até o banheiro já pegando as roupas no meio do chão, ela sussurra de tom calmo e sincero:

— Thea presta atenção, eu estou indo para aí agora! Não precisa ficar constrangida ou se preocupar com coisa alguma! Não passará mais que os poucos minutos que levarei pra chegar a delegacia!

Ela ainda falava, implorava e aquilo deixava Emily sensibilizada. A menina estava mesmo, muito desiludida da vida.

— Não há porque ficar apreensiva! Fez certo por me ligar! Estou terminando de me arrumar ok? Já nos encontramos! E fique calma Thea! Um beijo.

Despediu-se da menina, terminando de se vestir. Oliver podia ser muito frio as vezes, Moira parecia conduzir a família com rédeas curtas algumas vezes e tudo o que Thea precisava agora nesse momento, era de uma amiga.

Alguém que a apoia-se. Alguém que não a julgasse. Apenas que lhe deixasse desabafar e mostrasse que era importante.

Após pouco mais de 20 e tantos minutos, depois de deixar um Oliver ainda adormecido, adentrava a delegacia de Starling.

Como o esperado, exigiram uma fiança que fora paga e houve certa resistência do capitão de lá: Quetin Lance.

— Eu receio que não seja da família, então não tenho como liberar Thea Queen, senhorita Thorne! — Quentin dizia com satisfação.

— Capitão Lance, conheço as regras! — Começou a vingativa. — Foi estipulado um valor de fiança, que eu paguei! Sou uma amiga próxima da família! E segundo a lei, isso faz com que Thea Queen possa sair da cadeia, o senhor achando viável ou não, o que honestamente, dispenso sua opinião! — Ela o enfrentou. Sabia que poderia usar a força policial, mas certamente não o faria assim de imediato.

— Você sabe que pode ser presa por desacato, senhorita Thorne? — Ele ameaça.

— E o senhor sabia que posso denuncia-lo por abuso de poder por não estar cumprindo de acordo com a lei, capitão Lance? — Emily rebateu, sem medo algum.

Quentin deu uma risadinha forçada e olhou para um dos guardas ali, a postos.

— Tragam logo a garota Queen! — E se voltou a Emily. — Se eu pegar essa garota dirigindo bêbada de novo, não haverá senhorita Thorne ou até o Papa que me faça mudar de ideia! Faço a mãe dela vir aqui! Estamos entendidos?

— Perfeitamente! — Foi tudo que Emily disse, num tom frio.

— E ah sim, antes que eu esqueça... — Quentiu usou o sarcasmo. — O carro dela só será devolvido amanhã!

— Eu já me encarreguei disso também, mas obrigada por se preocupar, capitão Lance! — Emily usou de todo sarcasmo possível de volta, pra rebater a ele quando Thea apareceu, seguida de um dos guardas.

Sem dizer uma palavra sequer, a loura apenas caminha até a menina e a abraça.

Queria fazê-la se sentir confortável por tudo, incluindo pelo mau-humor daquele capitão rabugento, que em sua opinião, aparentava demonstrar bastante animosidade com relação aos Queen, ousava até mesmo pensar, por Oliver.

Alisando as costas de Thea devagar, permaneceu calada, deixando assim que a mesma se acalmasse.

Thea avista Emily assim que os guardas a trazem. Sem pensar suas vezes, fica nos braços da mulher loira, a abraçando apertado.

Precisava de segurança e estranhamente Emily passava isso a ela.
Olhando para Quentin, ignorou seu olhar de deboche.

— Obrigada por vir! Não tinha mais a quem recorrer! Oliver não entenderia!

A morena confessa ao soltar o longo abraço.

— E como pode ver, não estou tão bêbada assim!

Thea fuzila Quentin com o olhar quando o diz e se volta a loura.

— Podemos ir embora daqui agora? Por favor, Emily?

Emily ouve confissão de Thea e olha na direção do capitão de modo furioso.

— Thea me espera lá fora, por favor!

Emily não tinha bem certeza se ela o faria, mas ao vê-la saindo, fica mais tranquila e para diante de Quentin.

— Eu só vou falar uma única vez, então capitão Lance eu peço a gentileza que preste bastante atenção: Deixe Thea Queen em paz! Seja lá o problema que tiver com Oliver, isso não é da conta dela! — Começou a vingativa a falar. — Se eu souber que o senhor fez mais alguma coisa que seja contra ela, vai se arrepender! Porque honestamente, não tenho medo do senhor e não faz ideia do que sou capaz! Estamos conversados? — Ela ironizou. — Ótimo!

E sem deixar que ele a impeça ou responda, Emily deixou o recinto, indo em direção ao seu carro.
Entrando no veículo, sorri docemente a Thea.

— Eu não sei você, mas estou morrendo de fome! Aquelas comidas da festa do seu irmão não enchem barriga não! — Brinca para a mais nova e pisca. — X-burguer com fritas e um milk-shake grande, então? — Sugere, esperando a resposta dela.

Thea sai da delegacia e segue até o carro de Emily, um dos únicos parados ali.

Fica aguardando a mulher encostada no veículo e seu celular toca.

Vendo no visor: Laurel, ela ignora.
Não queria falar com nenhum Lance no momento.

Quando Emily sai do local, Thea a espera pra que possam entrar no carro da loura.

Assim feito, ela ouve a proposta de Emily e ri.
Como alguém como ela podia ser tão simples?

— Só se puder ser um duplo, porque parece que não como nada há dias! Até me deram algo na delegacia, mas não quis só de pirraça!

Thea diz a Emily, dando um sorriso a moça. Tinha algo nela. Oliver a conhecia, com certeza. Mas, de onde? Era essa a questão.

Pondo o cinto de segurança, Thea pondera se deveria perguntar.

— Emily? De onde conhece mesmo o meu irmão?

Decidiu por querer saber.

Esperando Thea entrar no carro, a loura vingativa lhe deu um sorriso terno e singelo quando o fez. Emily entendia bem o que era se sentir sozinha e perdida. Passou muitos anos de sua vida assim.

Sorrindo ao ver que teve um pouco da animação de Thea para comer, voltou a observar com atenção e riu.

— Você é todinha seu irmão! — Brincou a moça e ao por o cinto, ouviu a nova pergunta de Thea, pensando no que responder.

Era complicado. Não sabia quase nada sobre o que Ollie disse aos familiares. Mal fazia ideia se ele havia mencionado sobre ela.
Agora era outra pessoa, não podia simplesmente dizer que o conhecera sendo "Amanda Clarke!"

— Bem.... somos amigos! Bons, amigos! — Preferiu por mentir. Explicar seria realmente muito muito muito confuso.

Thea esperou, pacientemente que Emily explicasse sua relação com Oliver.
Ela por sua vez, estava mesmo sem palavras. Thea podia ser nova, mas certamente nunca foi estúpida.

— Defina, bons amigos Emily, porque não me leve a mal, mas todas as boas amigas do meu irmão transaram com ele, então...

Usou de uma leve acidez e sarcasmo pra deixar claro que não tinha engolido aquela.

— ... Você seria o que? A amiga que nunca viu meu irmão sem roupas, ou a que já viu mais coisas do que se possa imaginar?

Pergunta num tom de divertimento, dando uma risadinha em seguida, fitando o olhar castanho de Emily, na cara de pau.

Emily ergue a vista e olha chocada para a menina. Direta no ponto.. Tão Oliver Queen, embora ela não quisesse admitir.

— Bem... — Emily precisava pensar. Isso a tinha deixado realmente surpreendida. "Todas as amigas?" Tinham outras? OUTRAS? Tentou não pirar, afinal, eles não tinham algo tão forte assim e certamente, ela iria precisar partir o quanto antes.

Mas lá estava Thea, esperando por uma resposta. Aguardando com seu olhar zombeteiro e sorriso maroto. Não havia mais escapatória.
Coçando a nuca, Emily se volta a menina Queen com o sorriso mais sereno que pode, estampado no rosto.

— Seu irmão e eu foi algo... — Pausou de novo. Como definir? — ... Bastante complicado na verdade!

Disse a vingativa e procurou olhar nos olhos esverdeados da menina pra que não restasse dúvidas de suas palavras.

— Já vi que transaram! — Thea rebateu de imediato. — E ele estragou tudo! — Disse com total desanimo. Havia mesmo gostado da garota.

Deu de ombros. Não que fosse da conta dela, mas Oliver não conseguia enxergar que só afastava todos que o amavam.

Suspirando, segura uma das mãos da loura simpática, com um sorriso mais terno e gentil.

— Por favor, não desiste do meu irmão! Eu sei que ele sempre ferra as coisas, mas é o jeito dele de dizer que tem medo! E eu gostei tanto de você!

Thea confessa enquanto volta olhar nos olhos da moça, apertando delicadamente sua mão.

Ouvindo a constatação da menina, a vingativa arqueou a sobrancelha. Era notório como ela gostava de testar os limites das pessoas. Parecia até um certo rapaz louro que Emily conhecia.

Ficando sensibilizada pela doçura de Thea ao se preocupar com Ollie, segura sua mão na dela e dá um sorriso verdadeiro, carinhoso até. Quando se tratava de Queen, Emily podia se deixar levar por emoções.

— Sabe Thea, as pessoas as vezes são um pouquinho confusas e perdidas, mas sempre acham um caminho pra si! — Ela buscava ajudar Thea a entender mais o irmão, assim dizendo. — E esse é o seu irmão! Talvez, não seja medo ou só insegurança, talvez seja um mecanismo de defesa dele, por tudo que já passou! As pessoas tendem a se auto-proteger, meu bem! Nem sempre leva a um bom resultado, outras vezes, pode-se melhorar mais o importante é nunca desistir!

Ela continua mantendo as mãos de Thea nas dela, com o mesmo semblante e sorriso cortês em meio aos lábios carmim.

— Você está me pedindo pra não desistir do seu irmão, certo! Mas eu lhe pergunto: Você já parou pra pensar se ao acaso não fez o mesmo? Quero dizer, Ollie pode ser bastante confuso e difícil, afastar todos como disse a mim, porém se ele tiver você Thea Queen, o restante? Ah o restante, será um bônus!

Emily se inclina e beija a testa da garota. Não sabia explicar, mas a afeição por aquela menina era grande.

— Vamos combinar uma coisa, só entre a gente!? — Pausou sutilmente e sorriu após a pergunta feita.. — Você não desiste do seu irmão e nem eu, combinado? — Tornou a perguntar, aguardando assim a resposta da mesma.

Thea apenas assentiu com a cabeça. Estava cansada, precisava de um pouco de calmaria e Emily entendera isso.
Sem nada mais dizer, seguiu com o carro. Era hora de fazê-la se sentir melhor. Cuidar dela tanto quanto Thea cuidava de Oliver ou até mesmo, da própria loura, como fora minutos antes.

Hamptons — Algum tempo depois. — Dia

Quando Emily terminou com Daniel, ele ficou devastado. Mas se ficou na empresa, pondo corpo e alma ali.

Apesar de que a frase: " Você está sendo tudo que nunca quis ser: Um Grayson. " nunca saiu da sua cabeça. Ashley estava o ajudando e agora namoravam. Ela parecia não se importar com isso.

Ele ainda se considerava amigo de Em, então, queria dar as boas novas. Quando viu a casa da praia aberta, bateu entrando.

— Hey vizinha! - Chama amistoso e com um sorriso carinhoso no rosto. — Adivinha quem conseguiu o investimento do século!?

Emily estava diferente. Ainda mais linda que a última vez que a viu. Daniel abre um sorriso mais largo assim que a vê e estica o jornal onde tinha a seguinte manchete: "Oliver Queen está em Hamptons!"

— Não é incrível? Eu consegui! Vou reerguer a Grayso Global de forma decente e sem trapaça alguma como fez meu pai! — Se gabava o jovem orgulhoso do seu feito. — Ollie é um amigo próximo da família e tá querendo mostrar a diferença também! Sabe como é né? Sair das asas dos pais! — Riu voltando assim a admirar a beleza da ex.

Estava abrindo a casa para tomar um ar.
Muito tempo fora não era bom.
Evitar o bolor e o cheiro forte era boa coisa.
Ouvindo a voz de Daniel, ergue a vista e tirando o anel do dedo, o põe no bolso.
Não queria que ele questionasse.
Não era hora ainda.
Sorri ao "vizinho" e ex.

— Daniel Grayson! O orgulho da família! — Emily sorri caminhando até este e o beija no rosto.

Ao ver o jornal, o pega sutilmente das mãos dele.
Lendo a manchete, disfarça o sorriso de satisfação e o olha.

— Wow! Parece que alguém vai se dar muito bem nesse verão! Parabéns Danny!

E o abraça apertado, abrindo um dos seus sorrisos vingativos.

Oliver era amigo de Daniel? Não fazia ideia disso. Imagina. Sabia que os Graysons conheceram os Queen um dia.

— Oliver Queen... — Ela entorta a boca dando un sorrisinho. — ... Hum. Ele é bem charmoso, não?

Provoca a vingativa com um meio sorriso ao se soltar de Daniel.

— Você também? — Perguntou ele entediado.

Daniel não entendia o que as mulheres viam em Oliver.
Sempre rodeado, tão aclamado e popular.

— Um aviso de amigo: Ele não serve pra você!

Disse com um tom de inveja por ela estar interessada.

— O que tem de "Charmoso" tem de mulherengo!! Então, fica longe dele! - Advertiu.

Emily estava se divertindo com o jeito de Daniel.
Negando com a cabeça, fala próxima a ele.

— Se eu não lhe conhecesse, diria que está com ciúmes!

Provoca a vingativa dando as costas a Daniel pra pegar um café ao mesmo enquanto se recorda de Oliver e sorri largo.

Ele era a parte que a conectava de novo ao lado que havia perdido.

— Ciúmes eu? — Daniel zombou. — Do Queen? — A viu ficar de costas. — Você ficaria com ele?

Perguntou interessado na resposta da vingativa.

— Porque ele me parece festeiro demais pra você, Em!

Emily ergue a vista. Era realmente ciúmes, ou talvez algo mais.

— Cheguei... — Thea entra cantando e dá de cara com Daniel.

O medindo dos pés a cabeça, a menina dá um sorriso malicioso, disfarçado.

— Daniel Grayson! Quem te viu quem te vê! — Emily estava de costas e Thea a observa. — Quando ia me dizer que conhecia o Danny?

Indaga Thea olhando de um ao outro.

— Você é mesmo cheia de surpresas Emily!

Emily sorriu forçado. Seria difícil sai daquela agora.

— Daniel e eu.... — A vingativa pausa, vistando Daniel e por fim Thea com um leve sorriso sem graça assim que servia café fresco a ambos. — Fomos noivos!

Explica ao entregar as xícaras, uma a cada um e olha na direção do rapaz Grayson, esboçando um sorriso sincero.

Falar de seus sentimentos por Daniel era confuso. Ela odiava o que ele fez por apoiar o pai, mas sentia pena porque no fundo ele era um garoto perdido em seus ideais e no fogo cruzado entre sua vingança e os Grayson.

— E agora somos melhores amigos! — Completa a loura, voltando sua atenção a Thea por alguns instantes. Queria deixar claro sua posição, não poderia por nada a perder. Nem com a vingança, tão pouco com a nova tentativa de se relacionar com Ollie.

Tinha de pensar rápido. Daniel certamente iria querer saber o que Thea fazia ali.

— Quanto a Thea, é a minha melhor amiga agora e sim, eu conheço o seu irmão também. Somos próximos como amigos, tem algum tempo. Embora, Oliver sendo como é, quase nunca nos falamos mais.

Explica ao rapaz ao passo que mentalmente, pedia que ele acreditasse naquilo assim como Thea acreditara.

Por um estranho milagre, Daniel apenas sorri. Sim! Graças a Deus! Ele havia entendido! Ou parecia ter.

Sorrindo educadamente a ele e depois Thea, Ems nada mais disse, apenas bebericou um longo gole de seu café, esperando que aquele clima confuso e estranho logo acabasse.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.