Ele acordou sozinho em sua cama, em meio aos lençóis ainda bagunçados da noite passada. Procurou o vidro de vicodin, ainda de olhos semicerrados, e jogou duas pílulas na boca. A dor na perna não parecia melhorar, e a forte dor de cabeça parecia agravar ainda mais o martírio de acordar para um novo dia. Sempre o mesmo dia, sem grandes novidades ou mudanças. Com algum sacrifício ele se obrigou a levantar e executar as tarefas matinais.

Não havia mais sinal da garota da noite passada, ele gostava que fosse assim. Uma transa, o pagamento e rua. Sem sentimentos, só outro passatempo.

Alguns minutos depois e ele já estava entrando com toda sua autoridade pela porta da frente do Hospital. Notou que havia uma movimentação extra acontecendo naquele dia. Muitas pessoas de um lado para outro, algumas carregando objetos de decoração, todas pareciam bastante ocupadas.

House avistou de longe a Dra. Cuddy dando instruções para duas pessoas. Aproximou-se e interrompeu a conversa.

– O que está acontecendo aqui?

– House! Já era hora. Vá cumprir suas horas na clínica ou pegue um martelo para ajudar nos preparativos de nossa festa.

– Que festa?!? Vc vai deixar o Hospital?!?!??? – ele disse com um sorriso sarcástico.

– Hoje a noite teremos uma festa à fantasia para arrecadar fundos para o Hospital. À propósito, nem pense em faltar, ou vc cumprirá o triplo de horas na clínica durante o mês inteiro.

– Onde está meu martelo?! – ele respondeu de modo provocativo, tentando a todo custo evitar atender mais pacientes.

– Vc é mais útil na clínica. Vai logo! E antes que eu esqueça, arranje uma fantasia! – e saiu, deixando um House nada satisfeito, pensando.