House largou o copo sobre o bar e caminhou devagar até o meio do salão, onde ela estava. Estava decidido a arrastá-la para outro lugar e constrangê-la quando estivessem a sós. Entretanto, no meio do trajeto ele se deparou com Foreman vestido de cantor de happer. O mediu de cima a baixo e já estava preparado para soltar alguma frase degradante, quando sentiu alguém chegando por suas costas, lhe puxando pelo braço.

– Dança comigo?

Ele virou e se deparou com uma Cameron com olhos brilhantes e lábios mal intencionados. Antes de responder, ele voltou seu olhar para Foreman, que ainda estava parado ali, aguardando o desfecho daquela conversa que se iniciara.

– Vai procurar um parceiro para compor músicas Foreman. Acho que o He-man ali ta disponível. – disse apontando para Chase.

Foreman deu um sorriso sarcástico e se afastou.

– Então? Dança? – ela insistiu.

– Eu não danço. Normalmente minhas “garotas” dançam para mim. – ele aguardou que ela falasse alguma coisa, mas ela não deu nada além de um olhar interrogativo pra ele. – vem comigo! – disse por fim.

Ele saiu na frente e ela foi atrás. Poucas pessoas perceberam enquanto eles se afastavam para longe da festa, até um dos bancos nas redondezas afastadas do Hospital. De longe ainda era possível ouvir a música.

Ela sentou ao lado dele tomando um certo cuidado ao cruzar as pernas. Ele a observava atento, sem perder qualquer detalhe.

– Prostitutas não têm tantos modos para sentar.

– O que vc costuma pedir que elas façam.. quero dizer.. antes de.. bom, vc sabe.. – ela estava completamente envergonhada. Todo o seu plano de parecer desinibida e confiante desmoronava quando ele a encarava daquele jeito e a desafiava com palavras e frases feitas.

Sem esperar mais um minuto, ele tomou a frente e escorregou uma das mãos pela perna dela, subindo lentamente até encontrar o tecido macio da saia que ela usava. Sem hesitar, ele continuou deslizando a mão por baixo do pano, provocando nela tanta surpresa que por reflexo ela se curvou um pouco para trás.

– Normalmente sou eu quem faço por elas primeiro. – ele estava tão próximo que quase era capaz de sentir o gosto do Cosmopolitan que ela havia bebido minutos antes.