O Andar térreo do Hospital estava muito movimentado e quase irreconhecível. Havia um grande espaço com mesas decoradas, comida, bebida e música. Quando House e Wilson chegaram puderam deslumbrar muita gente, porém não reconheceram metade delas. Estavam todos fantasiados, e alguns pareciam bastante convincentes em seus personagens.

Wilson caminhou com alguma dificuldade em sua enorme fantasia ao lado de um House que também caminhava com certa dificuldade devido sua perna ruim. Cruzaram com vários personagens da Disney, fadas, vampiros, bruxinhas e outras tantas “criaturas” que num dia normal nada mais eram que médicos e enfermeiras. Alguns cumprimentavam Wilson e House, mas este último se limitava a fazer alguma piadinha apropriada para cada fantasia. Ele não queria estar ali, mas já que fora obrigado, iria tirar algum proveito e divertimento daquela situação. Vinda do outro lado do salão, Cuddy vestida de Cleópatra surgiu com toda sua exuberância faraônica.

– Onde está sua fantasia?!??!

House virou-se para encarar a dona daquela voz tão conhecida e o que viu fez seus olhos saltarem e as mãos automaticamente conduzidas até a boca, em um claro sinal de admiração e espanto.

– Oh my Goooood! Esqueci minha fantasia no seu sarcófago.

– Já foi difícil arrastá-lo do jeito que ele está... – disse Wilson.

– Oh! Dr. Wilson!? Eu não tinha reconhecido vc! – disse Cuddy espantada, dirigindo-se ao amigo.

– Ah claro, como se vc estivesse uma verdadeira rainha do Egito. – House a olhou de soslaio. Depois outra pessoa lhe chamou atenção. – Quem é o He-man ali?!?!

Wilson e Cuddy se viraram para olhar a pessoa vestida numa tanguinha, com uma espada na mão e outros acessórios que complementavam a roupa.

– É o Dr. Chase. – explicou Cuddy.

– Heeeeeeeeiiii loirinho!!!!!!!!! Volta pro Castelo de Gleiskow! Com essa tanga é possível te confundirem com o Tarzan. – gritou. Metade das pessoas no salão viraram para olhar de onde vinha o alarde, e todas elas retomaram o que estavam fazendo após se darem conta do autor da piada.

House resolveu ir até onde estavam as bebidas. A recepção do Hospital havia se tornado um pequeno bar para servir os convidados àquela noite. Ele sentou num dos bancos postos ali, pediu uma dose de Whisky e avaliou as pessoas ao redor. Tomou um gole da bebida enquanto seus olhos percorriam o salão em busca de uma certa médica que até agora não havia chegado. Ele abaixou a cabeça pensativo, imaginando o que ela havia prometido para esta noite. Tomou outro gole, desta vez terminando todo o seu conteúdo e voltou sua visão para a porta de vidro no exato momento que ela entrava.