_ Amor, eu já voltei ao peso de antes do Lucas, mas ainda to me sentindo uma porca. – reclamou Giane, em frente do espelho. Fabinho sorriu, deitado na cama com o filho ao lado. Ele colocou um travesseiro para proteger o bebê e se levantou, caminhando até a esposa e a abraçando por trás.

_ Pois eu acho que você voltou a ser gostosa, mais até do que antes do Lucas. – garantiu ele – O mesmo moleque de rua raquítico de sempre.

_ Vou te mostrar o moleque de rua. – Giane virou-se para o rapaz, começando a estapeá-lo. Ele apenas a apertou mais a si, selando seus lábios.

_ Você está linda, gostosa, com os maiores peitos que eu já vi e eu estou ansioso para acabar o seu resguardo, para eu poder me aproveitar deles. – a garota gargalhou, enquanto Fabinho a içava e ela passava suas pernas pela cintura dele – Quanto tempo falta?

_ Pouco, prometo. – ela começou a beijar o pescoço dele, fazendo-o gemer – Agora que tal cuidarmos do nosso filho e nos trocarmos para o casamento da sua irmã?

_ Claro, até porque sem nossa beleza e carisma, aquela festa não pode acontecer. – Fabinho caminhou até a cama com a esposa ainda içada a ele, ambos rindo – Não é filho? Nossa beleza é quase um item obrigatório naquela festa.

Lucas mordia a mãozinha, sinal de que logo estaria se esgoelando de fome. Ao constatar isso, Fabinho colocou a mulher na cama às gargalhadas.

_ Relaxa campeão, papai não vai competir com você pelos peitos da mamãe. Você tem prioridade sobre eles, ok? – o pai deitou ao lado dele, beijando sua cabeça. Giane começou a gargalhar com o que ouviu.

_ Agora meus peitos viraram território de disputa? Olha, se eu soubesse que ia ser assim, teria colocado silicone quando era mais nova. Teria me dado muito melhor. – ela provocou, recebendo uma fuzilada de Fabinho – Ah Fraldinha, nem vem ficar mordido vai.

_ Eu vou tomar banho enquanto você amamenta o Lucas. Depois eu troco ele para você se arrumar. – o rapaz levantou com a cara fechada, se dirigindo ao banheiro sem encarar Giane. Ela ficou incrédula, antes de levantar bufando e pegar o filho no colo.

_ Tenho dó dos seus futuros possíveis irmãos. Se você for ciumento e esquentado que nem eu e seu pai... – ela suspirou, sentando na cama e baixando a blusa para o filho – E se tiverem a sua fome, eu vou acabar mais despeitada do que era.

~*~

_ Mas estamos os dois lindos, não estamos? – Fabinho perguntou para o filho, terminando de vesti-lo com a roupinha social – Só não está mais gato que o papai aqui.

_ Tenho que concordar... Você fica muito gato de terno. – ele virou-se, vendo Giane escorada na porta com um vestido curto e que realçava sua silhueta de jovem mãe.

_ Acha que eu consigo algo melhor? – ele debochou, e a esposa bufou, se aproximando e o virando de frente para ela.

_ Você é o melhor que eu poderia querer e conseguir. E eu torço para que eu também seja o melhor para você. – ela sussurrou, acariciando o rosto dele – Eu te amo muito Fabinho, mais que tudo. E não importa quantos homens mais ricos ou bonitos possam vir a aparecer, você vai ser sempre a melhor escolha, porque você foi a minha escolha.

_ Também te amo pivete, também te amo. – sussurrou ele, selando os lábios de ambos em um beijo rápido – E você também, é a minha escolha. Para sempre.

Ela enterrou a cabeça na curva do pescoço dele, enquanto ele escondia o rosto no pescoço dela e a apertava contra si. Lucas deu um gritinho, fazendo os dois rirem.

_ A gente também te ama meu amor. – Giane pegou o bebê do trocador, o aninhando a si enquanto Fabinho os abraçava pelas costas – Nossa melhor escolha foi não ter usado camisinha.

_ Olha o que você tá falando pro nosso filho pivete, o menino vai crescer traumatizado. – o publicitário debochou, beijando a nuca da esposa – Acho que tem algo que ainda precisamos fazer. Sabe, para terminar aquelas fotos que fazíamos todas as semanas enquanto você estava grávida.

_ Vem... – ela saiu andando em direção ao quarto do casal, e ele foi atrás – Pega a câmera para mim.

Ele pegou, os dois se encaminhando para o espelho do armário. Giane aninhou Lucas, sendo abraçada por Fabinho. Ele passou os dois braços ao redor de Lucas, ajudando a esposa a sustentá-lo, enquanto com uma das mãos ela segurava a câmera e a apontava para o espelho.

_ Digam X família feliz. – pediu a corintiana. Lucas bocejou, Fabinho mordeu o pescoço dela, e Giane gargalhou.

~*~

_ Olha só, se não é a família comercial de margarina. – Camilinha veio com Caio em direção ao casal, assim que eles chegaram à Mansão Campana – Deixa eu ver essa gracinha.

_ Sem beliscar meu filho Camila. – pediu Fabinho, enquanto Giane passava o bebê para a modelete.

_ Vem aqui com a tia, vem meu lindo. – a moça aninhou o bebê em seus braços, começando a enchê-lo de beijos – Coisa mais gostosa.

_ Aproveite os segundos até minhas sogras, ou qualquer outra pessoa nos verem. Vão tentar roubar o Lucas de você rapidinho. – garantiu Giane aos risos – E você, Caio? Pronto para fotografar a cerimônia?

_ Você sabe que eu prefiro modelos e editoriais, mas acho o ritual do casamento lindo, e cheio de possibilidades para imagens lindas. – o fotógrafo comentou, enquanto tirava fotos da noiva com Lucas.

_ Como assim meu netinho chega, e vocês não o levam para me ver? – perguntou Margot se aproximando com Silvério.

_ Ai dona Margot, deixa eu babar um pouquinho no Lucas, por favor. – pediu Camila com um bico fofo – Quase nunca vejo ele.

_ Para de corujice mãe, cê babou no Lucas ontem até tarde. Deixa as outras pessoas verem ele também. – Fabinho abraçou a mãe e apertou a mão do sogro – A Malu já tá pronta?

_ Eu vou lá ver. – Giane avisou, dando um selinho no marido e saindo em direção ao interior da casa.

_ E eu vou pegar meu filho de volta, porque tá vindo a multidão da Casa Verde. E eu não quero o Lucas berrando nervoso porque vai ficar passando de colo em colo. – Fabinho pegou o filho de Camila, enquanto todas as mulheres da rua chegavam para paparicar o menino – Ai Giane, eu te mato mais tarde.

~*~

_ Alô cunhadinha, to entrando. – Giane abriu a porta do quarto de Malu, encontrando Irene, Emília, Madá, Luz e Dorothy com a noiva – Uau, que gata.

_ Me sentiria mais bonita sem uma barriga enorme dessas. – Malu fez bico – Mas eu to tão feliz que a Clarinha está aparecendo.

_ Parece que é carma nessa família Campana esse negócio de casar com filho a caminho. – a corintiana brincou – Cuidado vocês duas hein? Principalmente você Luz... Conheço o Jonas faz tempo, e sei que o moleque não dorme no ponto.

_ Giane. – a morena guinchou, envergonhada, enquanto todos riam.

_ Todos já chegaram Giane? – perguntou Malu, ansiosa.

_ Olha, eu perguntei pra Renata e ela disse que sim. Ela pediu para eu vir te avisar, que seu pai já está vindo. – explicou a corintiana sorrindo e abraçando a cunhada.

_ E o Lucas? Tá uma graça? – perguntou Irene, e Giane confirmou – Depois precisamos tirar uma foto dele e do Marcos com a mesma roupinha. Vão parecer mais ainda com irmãos.

_ Com licença, olha o pai da noiva aqui. – Plínio entrou com Marcos no colo, e parou sorrindo para a filha – Ah querida... Você está linda.

_ Nós vamos descer para dar um momento para vocês. – disse Emília, levantando com Madá. Todas se despediram e saíram do quarto, descendo as escadas rapidamente.

Maurício já estava no altar, conversando com Natan e Verônica. Os padrinhos do rapaz eram Luz e Jonas, assim como os de Malu eram Giane e Fabinho. Irene ficaria no altar com Plínio, já que a pedagoga não quis convidar a mãe. E Marcos e Lucas fariam companhia aos pais.

Malu entrou de braços dados com o pai, sorrindo de orelha a orelha. Ela levava apenas um lírio branco em frente a barriga, e Maurício sorria maravilhado para a cena. Plínio apertou a mão do genro e beijou a testa da filha, logo subindo para o altar com Irene e os outros dois filhos.

Porém, casamento que é casamento tem que ter um barraco. E naquele dia, o barraco ficaria por conta da mãe da noiva.

_ Como você ousa não me convidar para o seu casamento? – Bárbara Ellen veio esvoaçando um de seus vestidos superestampados, tirando os óculos escuros em uma pose dramática – Eu que te carreguei por nove meses, perdi noites de sono, te criei com todo meu carinho e...

_ Bárbara, corta essa que ninguém aqui é idiota. – pediu Fabinho, descendo do altar e caminhando até a ex-diva – E se manda daqui, que não quero você estragando o casamento da minha irmã.

_ Sua irmã. Você conhece a Maria Luiza não tem nem dois anos e vem querendo me dar lição de moral. Eu sou a mãe dela, eu deveria estar no altar. Não essa mulherzinha que... – Fabinho interrompeu a mulher novamente.

_ Dobra a língua para falar da minha mãe, ou eu corto ela fora. – rosnou o rapaz, segurando Bárbara pelo braço.

_ Fabinho, deixa. – pediu Malu, enquanto Maurício ia segurar o cunhado – Se é tão importante para você Bárbara, pode ficar no altar com o meu pai e a Irene. Mas ela não sairá daqui.

A antiga atriz empinou o nariz, se encaminhando para o altar e tentando empurrar o casal Campana, porém eles não se moveram e ela teve que se contentar em ficar entre os dois e Giane, que tentava não rir da cara da maluca. Fabinho voltou para seu lugar, de cara fechada, abraçando a mulher pela cintura e enterrando o rosto na cabeçinha do filho, tentando se manter calmo.

O casamento se seguiu tranquilo após isso. Trocaram alianças, fizeram votos, assinaram os papéis e afinal o noivo pode beijar a noiva, selando assim o início da nova família, que já crescia no ventre de Malu.

~*~

_ Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas acho que já deu a hora de ir para casa. – suspirou Fabinho, quando a madrugada já adentrava e todos os convidados já haviam ido embora – Vamos caçar onde minha mãe está com o Lucas e ir para casa?

_ Na verdade, sua mãe vai ficar com o Lucas hoje. – explicou Giane, puxando Fabinho pela mão rumo à garagem, onde o carro estava estacionado.

_ Giane, já conversamos sobre isso. Se deixarmos, elas se apossam dele. – o rapaz riu, abraçando a esposa.

_ Eu sei bezerrão. É que lembra quando você perguntou do meu resguardo? – Giane virou de frente para ele, abraçando-o pelo pescoço – O médico me liberou essa semana... Ai eu pensei que podíamos aproveitar hoje a noite só para nós...

_ Já falei que eu te amo mais que tudo? – perguntou Fabinho, sorrindo para a mulher, que riu de volta.

_ Menos papo e mais ação fraldinha. – pediu Giane – As paredes daquele apartamento ainda não foram batizadas.