(Andy’s POV)

Acordei completamente radiante.

A tarde (foi de tarde ou de noite?) passada tinha-me parecido um sonho, mas a minha nudez dizia o contrário.

Bem, o facto de estar nu e de estar abraçado à Sam.

Dei-lhe um beijo na testa e retirei os seus braços da minha cintura e levantei-me. Vesti o meu boxer e a minha calça . A minha camiseta estava perdida por que ela fez-me o favor de a rasgar.

Saí do quarto e enquanto passava pelo corredor dei de caras com o meu reflexo num espelho. Além de ter a make up toda borrada e parecer um palhaço, tinha um sorrisinho pateta no rosto e estava corado.

Desci as escadas e fui para a cozinha. Eram oito horas da noite, e porra, sexo dava fome!

Abri quase todas as gavetas e prateleiras à procura de tachos ou panelas para fazer o jantar. Não fiquem à espera de algo muito elaborado que eu não vou muito mais longe do que arroz de atum.

Receita do Andy: fazer o arroz, pôr 1 ou 2 ou 3 latas de atum. E para quem quiser que espetem lá maionese!

– Last night a little dancer, came dancin’ into my door… - agora imaginem um Andy radiante a cantar Billy Idol e a cozinhar!

Aqueci a água e coloquei o arroz lá dentro. Fui à procura do atum. Quando encontrei as latas fiz a minha dança sexy da vitória e acabei por tropeçar numa panela que deixei no chão e fiz um barulhão do caralho.

Meeeeeerda!


(Sam’s POV)

Acordei com o som de panelas a bater. Primeiro fiquei com medo, segundo quando fui para acordar o Andy para lhe dizer que se estava alguém lá em baixo, ele não estava lá.

Então eu não passei de mais um caso para ele? E não estou a ser dramática! As roupas dele desapareceram!

Enquanto pensava no Andy e no sexo magnífico de ontem (foi ontem ou foi hoje?) lembrei-me que ambos fizemos merda! Nem eu me lembrei do preservativo, nem ele! Merda! Tinha que ir à farmácia! Eu não queria ficar grávida, obrigado! Eu mal aguento cuidar da minha vida, quanto mais cuidar da de uma pobre criança!?

Ouvi novamente as panelas a fazerem barulho. Peguei nas minhas roupas e vesti-me o mais rápido possivel. Procurei o taco de baseball debaixo da cama e desci as escadas em bicos dos pés pronta para desfazer a cara a quem quer que se tivesse lembrado de me acordar/assaltar àquelas lindas horas!

O barulho vinha da cozinha (nunca tal! Onde mais é que eu tenho panelas?), então segui para lá. Quando passei a porta vi o Andy sem camisola de volta de uma panela.

Esperaaa! O Andy estava a cozinhar?

Ele virou-se e viu-me. Sorriu e deixou lá a panela e vei-o ter comigo dando-me um selinho fofo. (nota mental: eu acabei mesmo de pensar na palavra fofo para descrever algo?)

– O que é que estás a fazer? – perguntei meio assustada.

– O jantar. – disse encolhendo os ombros e apagando o bico do fogão. Acho que o meu queixo caiu até ao chão. Quem diria que o Andy cozinhava?

– Então eras tu!! – falei quando se fez luz na minha cabeça. Comecei a rir. Eu não acredito que o Andy estava a cozinhar! Desculpem mas na minha cabeça isso é meio que impossível, mas bem… o facto é que ele está a preparar o jantar!

– Eu não fiz nada! – disse ele levantando os braços em sinal de inocência.

– Então quem andou a fazer barulho com as panela? – perguntei levantando o taco.

– Arg… Sam, para que é isso?

– Eu achava que alguém estava a assaltar a casa ou assim… - disse encolhendo os ombros.

– Claro… e a primeira coisa que fizeste quando acordaste foi buscar esse taco? Agora estou com medo!

– Ahahahahahah! Vá lá, Andy, não sabia que eras tu!

– Então eu não vou ter que me preocupar com isso?

– Depende… - olhei para a janela tentando lembrar-me de uma coisa importante que eu me lembrei quando acordei – Andy… a que horas fecha a farmácia?

– Estás-te a sentir mal? – perguntou aproximando-se. Ele era tão fofo quando queria.

– Não, mas… bem, nós não usamos preservativo…

– Merda… e eu que nunca me esqueço… mas até seria engraçado.

– O que seria engraçado? – ele abraçou-me por trás e colocou a sua cabeça no meu ombro dando-me um beijo na bochecha. Mas será que os garotos dos Black Veil Brides são todos elásticos?

– Termos um mini-Andy… - eu ri.

– Andy, isso é sério?

– Por que estaria a brincar? Sam, eu amo-te. Qual seria o grande problema em querer passar o resto da minha vida contigo e, ter mini-Andys contigo?

– E por que não uma mini-Sam?

– Não sou eu que decido isso! – estava para falar que na realidade sim, era o homem que… ah, esqueçam! Eu era uma menina muuuito ligada às ciênicas antes.

– Hum… mas acho que isso se pode arranjar.

– Sério?

– Ah-han. – virei-me e beijei-o empurrando-o em direcção à sala. Caimos em cima do sofá e eu tirei-lhe a calça dele, deixando-o só de boxer. Ele despiu-me completamente. Agora não haveriam joguinhos. Sexo puro e duro. Tirei-lhe (não lhe ia rasgar o boxer dele, não é? Mesmo que fosse isso que me apetecesse!) o seu boxer e ele penetrou-me sem cerimónias.

– Sam…

– Diz…

– Por que eu te amo tanto?

– Eu não sei. Só sei que eu também te amo Andy.


(Andy’s POV)

– Por que eu te amo tanto? – perguntei.

– Eu não sei. Só sei que eu também te amo Andy.

Sorri. Sorri muito. Ela disse que me amava. Eu sabia que ela me amava, mas uma coisa é nós sabermos outra coisa era ela dizer.

Dei uma última estocada e ficamos abraçados.

A última coisa que pensei antes de adormecer foi que fui fazer o jantar para nada!