-Mano porque você ficou irritado com o que a Annie falou? – Perguntou Tyson enquanto entravam no elevador.

-Eu não fiquei irritado Tyson, eu só acho que não seria bom nos envolvermos emocionalmente com as meninas, só isso.

-Mas o Charles já está...

-Eu sei disso, por isso vamos ajudá-lo, mas por enquanto ninguém mais pode se interessar por elas.

-Mas Percy...

-Chega disso irmão. – Falou ele enquanto a porta se abria.

-Tudo bem. – Respondeu calmamente enquanto abriam a porta do apartamento.

-Percy, Tyson, que bom que chegaram meus filhos. – Disse Sally. – Tem uma visita pra vocês.

-Quem é mãe? – Perguntou Percy.

-Não o conheço, mas ele disse que encontrou sua carteira.

-Onde está?

-Na sala com Paul.

Percy e Tyson trocaram um breve olhar, o qual era uma mistura de suspeita com alívio e se dirigiram a sala de estar.

-Boa noite. – Disseram os dois.

-Olá. – Respondeu o jovem simpático. – Você deve ser o Perseu.

-Sim, sou eu. – Respondeu olhando-o. – E esse é Tyson, meu irmão.

-Prazer sou Chris. – Disse calmamente. – Eu estava caminhando pelo parque hoje, e encontrei essa carteira, fiquei sabendo que seu endereço era aqui e resolvi vir devolvê-la. – Sorriu.

-Ah... Obrigado. – Falou Percy enquanto pegava-a.

-Desculpe te-los incomodando. – Disse o jovem ao levantar-se. – Mas agora tenho um compromisso.

-Sem problemas meu jovem. – Disse Paul. – Lhe acompanho até a porta.

Após a saída do homem os jovens irmãos trocavam significativos olhares, até que Sally cansada disso resolveu ver o que acontecia com eles.

-Meninos o que aconteceu no dia de hoje?

-Nada demais mãe... – Começou Percy.

-Filho, eu quero que me digam.

-Tudo bem mãe. – Disse Tyson contando o que havia acontecido durante o dia.

-Então vocês acham que podia ser um paparazzi? – Perguntou Paul que havia chegado há pouco tempo.

-Sim, por isso gostaríamos de saber se vocês falaram algo sobre nós!

-Nada que as revistas pudessem usar meninos. – Respondeu Paul calmamente.

-Ok, então vamos nos arrumar. – Disse Tyson.

-Vão sair? – Pediu Sally os encarando.

-Sim mãe, temos que ajudar o Beckendorf com uma conquista. – Falou Percy sorrindo.

-A garota vale a pena? – Perguntou Paul.

-Sim Paul, e ela vai por o cara nos trilhos. – Disse Percy enquanto ia em direção a seu quarto.

-Onde será que aquele maluco vai levar ela? – Perguntou Bianca a Nico que procurava sua guitarra apressadamente.

-Amanhã te falo Bianca. – Respondeu ao coloca-la em sua caixa. – Agora tenho que sair.

-Vai onde? – Perguntou arqueando uma sobrancelha.

-Fazer uma surpresa pra alguém, mas antes tenho que passar no Percy ver se ele e o Tyson já estão prontos...

-Mas que surpresa? E por que eles precisam ir também?

-Amanhã possivelmente você irá saber, mas fique tranquila, é do Beckendorf pra Silena. – Disse abrindo a porta.

-Mas onde vai ser?

-É segredo! – Falou enquanto corria até o elevador.

-Queria saber o que a Silena e o Charles vão aprontar! – Disse Sophie rindo enquanto abriam o apartamento.

-Quer que eu te diga realmente? – Pediu Thalia a encarando.

-Não, deixa por assim que amanhã ela nos conta até os detalhes. – Falou Annabeth sorrindo.

-Mudando um pouco de assunto. – Disse Thalia ao deitar-se no sofá. – Vocês acham que vai sair à notícia de hoje no parque?

-Thalia, faça essa sua cabeça oca funcionar. – Disse Sophie sorrindo, o que fez com que sua amiga a olhasse de forma “mortal”. – Não me olhe assim, enfim, se haviam paparazzis lá e o Percy perdeu a carteira com seus documentos é ÓBVIO que estará nas revistas amanhã, até mesmo com o nome dele.

-Verdade Sophie, agora a gente deve esperar pra ver o que acontece. – Disse Annabeth. – Mas temos que manter a cabeça tranquila, porque podem acontecer mais coisas.

-Claro Annie. – Disse Thalia. – Até mesmo cair um meteoro aqui em cima de nós.

-Para Thalia! – Esbravejou ela. – Eu estou falando sério! Você sabe como é complicado ter vida pública...

-Ok mamãe, não preciso de sermão. – Falou ela ao se levantar. – Vou comer alguém quer alguma coisa?

-Eu quero um sanduiche. – Disse Sophie.

-Vem e faça então. – Disse Thalia rindo e indo para a cozinha.

-O que eu fiz pra merecer isso? – Perguntou Annabeth olhando para o céu.

-Não sei. – Falou Sophie. – Mas te dou certeza que pra termos que aturar a Thalia fizemos algo muito errado mesmo.

-Isso é. – Respondeu Annabeth rindo enquanto Sophie ia para a cozinha.

-Charlie onde estamos indo? – Perguntou Silena enquanto passavam por diversas ruas.

-Pra um lugar especial princesa. – Respondeu ele segurando sua mão esquerda e com a outra guiava.

-Que tipo de lugar? – Pediu com os olhos brilhantes.

-Si, eu já disse que é surpresa e você deve manter a calma por favor. – Falou desviando o olhar da estrada e a olhando.

-Charlie, presta atenção no trânsito. – Falou sorrindo.

-Eu não consigo quando você está ao meu lado. – Respondeu enquanto parava o carro.

-Onde estamos?

-Calma princesa. – Respondeu. – Já estamos perto.

-Charlie, isso esta me assustando.

-O que princesa? Fiz algo que possa te assustar? – Perguntou olhando-a com calma.

-Não, mas é que estamos quase saindo da cidade, e eu acho que essa não é uma boa.

-Tudo bem. – Disse ele olhando para seu celular. – Vamos pra minha casa assistir um filme então? – Perguntou.

-Pode ser. – Falou olhando-o.

-Que foi? – Perguntou sorrindo.

-Estava pensando em uma coisa... Mas deixa por assim. – Disse sorrindo.

-Certeza que não quer falar Si? – Perguntou enquanto a olhava.

-Não sei. – Sorriu. – Me de motivos e te digo o que era.

-Me deixa ver... – Fez suspense. – Tem haver comigo?

-Sim.

-E com você também. – Disse aproximando seu rosto do dela.

-É. – Falou com a respiração entrecortada.

-Talvez, pelo fato de você ser muito linda pra mim? – Perguntou enquanto colocava uma mexa do cabelo dela trás da orelha e acariciava seu rosto calmamente.

-Não fale bobagens Charlie, você é lindo também. – Respondeu de olhos fechados.

-Se não era isso. – Disse ele aproximando seu rosto ainda mais. – Era isso? – Perguntou instantes antes de beija-la, um beijo doce e calmo, o qual representava os sentimentos que estavam surgindo entre os dois, algo além de interesse ou paixão.

Após sair de sua casa, Nico, partiu em disparada para o elevador do prédio onde morava, pois precisava encontrar-se com Percy e Tyson para que pudessem cumprir o combinado com Charles:

-Oi tia. – Disse Nico a Sally.

-Oi querido, os meninos estão no quarto do Percy. – Falou abrindo espaço para o jovem passar.

-Valeu. – Disse indo em direção á ultima porta do corredor, de onde era possível ouvir vozes.

-Então ele manda a mensagem quando estão estacionando o carro e nós apagamos tudo...

-Nós o que? – Perguntou Nico entrando no local.

-Oi primo. – Disse Tyson. – O Percy estava me passando as instruções de como vamos começar a surpresa do bobo apaixonado do Charles.

-Ah certo, mas nós temos que ir galera. – Falou ele. – Lembrem-se a casa dele é longe e ainda temos que instalar os equipamentos...

-E arrumar o jantar. – Continuou Percy.

-Pra que tanta coisa hein? – Perguntou Tyson enquanto pegava seus instrumentos musicais.

-Não sei, mas o Beckendorf sabe o que quer. – Disse Percy.

-E ele prometeu nos ajudar quando precisarmos. – Terminou Nico.

-Isso seria bom.

-Muito. – Falou Percy. – Mas agora vamos que ainda tenho que tirar o carro da garagem.

-Vamos de carro? – Pediu Nico.

-Sim, o Paul me emprestou o dele por hoje, mas temos que estar de volta antes da meia noite.

-Vamos estar cara. – Disse Nico.

Os jovens despediram-se de Sally que estava preparando o jantar, quanto a Paul o mesmo estava ocupado preparando a aula para o dia seguinte. Os jovens foram em direção ao estacionamento, onde seguiram com o prius preto em direção a casa onde Beckendorf residia com sua mãe, a qual passava grande parte do tempo viajando a trabalho.

-Vamos acabar logo com isso. – Disse Nico ao descer do automóvel.

-E fazer com que o Charles conquiste a garota. – Disse Tyson indo em direção ao porta-malas.

-Tomara que ele consiga. – Falou Percy abrindo a porta.

-Ele vai. – Afirmou Tyson pegando os instrumentos musicais com ajuda de Nico e os levando para dentro.

-Si... – Falava Charles entre os beijos que trocava com a jovem. – Acho que devemos ir.

-Por quê? – Espantou-se. – Fiz algo de errado?

-Não princesa, mas se queremos ver o filme seria bom irmos logo. – Respondeu ele enquanto afastava-se um pouco dela.

-Verdade. - Disse ela sorrindo. – Mas estava tão bom aqui.

-Eu sei. – Sorriu. – Por isso vamos pra lá.

-Tudo bem. – Disse a jovem pondo o cinto de segurança. – Mas espero que você não me faça ver filmes de terror.

-Concerteza não será. – Respondeu ele enquanto ligava o carro.

O trajeto foi feito em silêncio, onde cada um estava envolvido em seus pensamentos. Após vinte minutos, Charles percebeu que estavam aproximando-se rapidamente de sua casa, e fez o planejado com os garotos, avisando-os.

-Si, você confia em mim? – Perguntou olhando-a.

-Claro Charlie. – Respondeu com um olhar curioso. – Porque fez essa pergunta?

-É que... – Começou ele.

-Termine logo, por favor. –Pediu sorrindo.

-É que eu queria te vendar.

-Tudo bem. – Respondeu sorrindo.

Charles desceu do carro e ajudou-a a fazer o mesmo, após isso, o jovem vendou-a como havia projetado e a levou em direção a porta de sua casa, abriu-a calmamente e olhou para dentro, onde era possível ver diversas velas espalhadas na sala, as quais iam em direção a cozinha como combinado. O jovem deu um leve beijo na testa de Silena e sussurrou em seu ouvido. “Espere eu chama-la, então tire a venda e siga na direção demarcada.”

Silena estava ficando confusa, o que Charlie estava fazendo? Por que estava sendo tão misterioso com ela? Mas para descobrir isso ela iria fazer o que ele pedisse. Algum tempo depois da saída dele, foi possível ouvir seu nome ser chamado, calmamente retirou a venda de seus olhos e seguiu a direção das velas que estavam no chão e da música que tocava calmamente no ambiente ao lado.

Beautiful girls all over the world, I could be chasing
But my time would be wasted,
they got nothing on you, baby
Nothing on you, baby

No local era possível ver uma mesa posta para duas pessoas e mais ao canto localizavam-se três figuras, um deles tocando guitarra, outro uma meia-lua e o terceiro somente cantando.

Cause they got nothing on you, baby
Nothing on you.

If I wrote you a symphony,
Just to say how much you mean to me (what would you do?)
If I told you were beautiful
Would you date me on the regular (tell me, would you?)

Silena estava impressionada com tudo o que acontecia, “é realmente pra mim?” pensava enquanto olhava por sua volta admirando o ambiente, o local era simples, porém havia diversas velas espalhadas pelo local e algumas pétalas de rosa iam até a mesa, onde formavam um belo coração.

This ring here represents my heart
But there's just one thing I need from you (say "I do")

Nesse momento Charles desceu calmamente as escadas, parando em frente a jovem que o olhava atentamente, o garoto ajoelhou-se tranquilamente e retirou de seu bolso uma caixinha de veludo vermelho, parou-a no ar em frente a ela e pediu:

-Silena, sei que faz pouco tempo que nos conhecemos, e ficamos somente uma vez, mas eu sinto que é o certo a fazer, pois algo aqui dentro. – Disse pondo a mão sobre o peito. – Faz com que eu não queira me afastar de você, então eu queria saber, quer namorar comigo?

They might say hi, and I might say hey
But you shouldn't worry, about what they say
Cause they got nothing on you, baby
Nothing on you

O olhar da jovem era um misto de surpresa com admiração, ela não sabia o que responder, afinal Charles a havia pego desprevenida.

-Se não quiser aceitar não tem problemas... – Começou ele.

-Nem termine Charlie, porque minha resposta é sim. – Falou sorrindo.


Would that make you want to change your scene
And wanna be the one on my team (tell me, would you?)

O jovem então se levantou, tomou a mão da garota onde pos o pequeno anel e ela repetiu o gesto, após esse momento, sem haver necessidade de expor em palavras o que estavam sentindo, olharam- se calmamente e com a música ao fundo, beijaram-se de forma tranquila, pois sabiam que teriam muito tempo para repetir.