Years Of Love

Cinco Dias Com Jack


Virei-me olhando para o céu. Uma majestosa e única mistura de cores dançava por ele. Acho que os humanos a chamam de aurora-boreal, já nós guardiões a conhecemos como ‘’ Noel tem algo a dizer , e provavelmente é algo extremamente importante e preocupante ‘’.

XxX

Nem conseguia acreditar que meu feriado estava acabando. Após um acidente com a rede elétrica de minha escola tivemos folga por cinco dias! Os quais provavelmente foram os melhores de minha vida. E o ponto mais cômico deste fato é que eu praticamente não saí de casa. Com Jack sempre em minha cidade, a neve nunca parava, causando praticamente uma tempestade de neve. É claro que após dois dias de relutância Jack finalmente se afastou por um tempo para que a neve diminuísse em função da quantidade de acidentes. Eu já sentia que estava morrendo até Jack finalmente voltar falando que não gostava de ficar longe de mim. Nós rimos muito ao perceber que ele afastou-se apenas por três horas. Ele ficou comigo todos os cinco dias, passamos todo o tempo conversando, brincando, conhecendo mais um ao outro ao mesmo tempo que nunca sentira que conhecia alguém tão bem quanto conhecia Jack, nunca me sentira tão confortável junto a alguém quanto me sentia com Jack. Até desenvolvemos uma estratégia para conversarmos fora de casa, eu fingia estar falando no celular enquanto conversava com Jack, funcionava muito bem exceto quando ele resolvia me beijar ou me abraçar. Nunca me senti tão envergonhado quanto no momento que esqueci do fato que apenas eu vejo Jack e o beijei enquanto andava na rua, uma garotinha de cinco ou seis anos perguntou por que eu estava tentando pegar flocos de neve com a língua se a neve já havia parado de cair.

Agora estávamos sentados no sofá vendo alguma série sem graça na televisão, não que eu realmente ligasse para este fato, qual quer programa era legal com Jack, ele ria de toda a piada ruim que diziam e eu involuntariamente o seguia. Deitei minha cabeça sobre o ombro do loiro, sentindo seu cafuné em minha nuca. Meus pais sempre fizeram viagens de trabalho, viagens que às vezes duravam até duas semanas, e, mesmo depois de tantos anos convivendo com isto, eu sempre me sentia só à noite, sozinho em uma imensa casa branca. No entanto, agora que tinha Jack ao meu lado, sempre me sentia totalmente confortável e seguro.

– Certo?

– Hm?

– Não concorda comigo?

– Ah, sim, concordo.

Falei mexendo nas mangas de meu casaco. Outra estratégia que criamos para não nos afetarmos com a temperatura fria de Jack: Ele não suporta aquecedores e cobertores, assim como eu não suporto ficar por muito tempo em contato com sua pele gelada e a neve congelante, portanto, criamos um meio termo. Eu comecei a vestir casacos pesados e às vezes até luvas para não me afetar tanto com a pele gelada de Jack, ao mesmo tempo Jack começou a tolerar um cobertor sobre nós com a condição de sempre deixarmos uma janela aberta para que o vento do inverno entrasse.

– Serio, concorda sobre o fato de cobras voarem?

– Hein?

Jack riu arrumando minha franja.

– Estava tentando chamar sua atenção falando alguma besteira. Mas mesmo assim não prestou atenção em mim.

Falara fazendo um falso bico emburrado, ao mesmo tempo que realmente parecia estar ofendido. Ri de sua expressão abraçando-me em sua cintura.

– Desculpe, estava distraído.

– Posso saber com o que?

– Hm... Não.

Respondi sorrindo olhando para a expressão eu-realmente-estou-ofendido-Hiccup que Frost esboçava em seu rosto.

– Ótimo.

Ri de sua amargura beijando a bochecha gelada de Jack.

– Hm... Não vai me dizer?

– Não pretendo.

– Mesmo?

– Hmrum.

– Não quer mesmo me dizer?

– Nop.

– Ótimo, então parece que eu vou ter de te obrigar.

– Hein?

Jack me empurrou fazendo com que eu caísse deitado no sofá fazendo cócegas em minha barriga. Comecei a rir freneticamente tentando afasta-lo desesperadamente.

– J-Jack! Jack! Hahaha! Para! Para! Hahahaha!

Eu quase não tinha mais ar rindo como um louco, enquanto isso Jack se divertia me torturando cruelmente colocando suas mãos frias por baixo de minha blusa.

– J-Jack! E-eu não consigo respirar!

Falei rindo freneticamente tentando afasta-lo empurrando seus ombros, o que, claro, fora totalmente inútil. Já estava conformando com a teoria que nunca mais ia poder parar de rir até que senti os lábios gelados de Jack beijando minha bochecha e então meu pescoço. Me arrepiei involuntariamente deixando que se aproxima-se. Não lembro de Jack já ter me beijado no pescoço outra vez, mas, era bom, muito bom. Fechei os olhos permitindo a mim mesmo aproveitar o toque dos lábios de Jack. Senti sua mão passar por minha cintura me segurando com firmeza, automaticamente deslizei meus braços de seus ombros para o pescoço de Jack.

Sua mão direita lentamente deslizou por minhas costas, por baixo de meu casaco pesado sem ainda tocar minha pele. Arqueei minhas costas sentindo o frio de seus dedos ao mesmo tempo que sentia a língua de Jack tocar minha pele. Encolhi-me um pouco, era difícil acostumar-me com todas as novas sensações que Jack me proporcionava, mas era bom, sentia meu corpo esquentar e não queria que isto acabasse.

O senti se afastar e na mesma hora beijei o loiro segurando seu rosto, garantindo que não fugisse de mim. Jack sempre tinha tanto cuidado comigo, mesmo na hora de me beijar ou simplesmente quando me abraçava, querendo garantir que eu não sentia frio. Não quero que pare por se preocupar comigo, mas acho que ele rapidamente captou a mensagem, pois aproximou-se outra vez, deixando seu corpo muito próximo ao meu.

Lentamente, uma de suas mãos voltou a minha cintura enquanto a outra deslizava por minha coxa. Continuei a responder seu beijo, que aos poucos tornava-se mais intenso, distante de nosso habitual beijo doce. Senti a mão de Jack massagear a minha coxa. Obriguei-me a afastar o rosto, precisava desesperadamente de ar.

Jack beijou meu queixo, subindo a mão que estava em minha coxa para minha cintura. Fechei meus olhos novamente, senti sua mão descer outra vez, encostando as pontas de seus dedos em meu membro. Me arrepiei forçando meu corpo contra o sofá. Fechei meus olhos sentindo a mão de Jack deslizar massageando e apertando.

– A-ah...

Não consegui evitar que um gemido escapasse por minha boca, era tão gostoso...

– Gosta Hic?

Jack sussurrou em meu ouvindo fazendo com que eu me arrepiasse, massageando meu membro com mais força.

– H-hmrum. Faz mais Jack...

Ele sorriu.

– Seu desejo é uma ordem.