Capítulo 4: No caminho até em casa

Ele foi me deixar em casa como havia dito. Do nada, sinto meu coração acelerar rapidamente, e quando olho e vejo nossas mãos dadas, ele acelera mais, não sei como eu posso explicar algo assim. É inexplicável, além do mais, estava um silêncio maldoso entre nós dois. Yukki percebeu e quebrou me perguntando algo.

–Então Yandere, sabe dizer se eu sou bom em beijar? Sabe, só pra saber se a garota vai gostar... -Eu não sei como ele tem coragem de perguntar coisas desse tipo! Claro que sim seu idiota! Não viu minha cara corada que nem um tomate quando treinamos?! Seu beijo além de doce, é gostoso... O que eu tô pensando Deus?!

–Si...Sim. Ela vai gostar e muito, Yukki! Hehehehe. -Por que no fundo, eu sentia que ele estava falando de mim? Ou isso é só impressão minha?
O tempo parecia passar mais devagar desta vez, ou será por causa das paradas que fizemos para vermos algumas coisas? Que seja, foi ótimo este momento, parecia que estava combinado, vimos tantas coisas legais, nós divertimos juntos! Foi nessa hora que eu fiquei pensando que, tipo... Se eu ficasse com ele, ia ser, bom? Sabe, somos amigos desde de muito tempo, bem, quer saber, isso é só invenção da minha mente. Eu gosto dele sim e não consigo admitir, mas tipo, se ele gostar de mim e admitir eu fico com ele.
Continuamos o caminho e demos de cara com Clena com uma maquiagem muito feia, então pensei.... Será que consigo sentir pena dela e da Mayila? Acho que não, além disso, sou nem galinha pra ter pena! Eu e Yukki passamos por ela, eu virei meu rosto para ver a situação e não suportei a risada. Yukki meu viu rindo e me perguntou...

–Por que tá rindo? Não senti pena dela, nem um pouco? -Eu não falei nada, sem dúvidas, pelas risadas ele viu que eu não tinha nem se quer um pouco de dó, mas aposto que ele também não sentiu, só queria falar mesmo.

No meio do caminho, demos de cara com Charlie. Ele estava com muita raiva, foi então que notei que ele estava com cara de ciúmes, mas de quem? Do Senpai?! Ai, e se fosse? Notei novamente, que era de mim, ele olhava pro Senpai com cara de "Sai de perto dela caso não queira morrer!", porém considerei impressão minha. Ele estava tão bravo que quando chegou perto do Senpai, o empurrou.

–Ei, ele vai comigo, pode ir e nós deixar em paz!! -Eu não queria deixar ele fazer isso, mas também não queria falar desse jeito! E agora José?! Já foi, então deixa...

–Você sabia que não vai com ele, né? Bom, agora tá sabendo. Anda garota, você vai comigo! -Como é que é, Charlie?! Será possível que o que eu considerei impressão minha é na verdade a realidade?!

–O quê?! Nem pensar! Me solta! Aaaaaaah!! -Eu gritava com ele, mas parecia inútil... Até que Senpai se levantou e empurrou Charlie, será que ele estava me... Defendendo?

–Você não escutou a menina?! Ela não quer ir contigo! -Estou tendo uma má impressão de tudo isso. Charlie então o deu um soco e quando menos eu esperei, os dois já estavam brigando! Eu gritei então...

–Aaaaaaaaaaaaah! Parem de brigar vocês dois! -Pareceu que eu não estava gritando, eles não pararam. Sinceramente, nunca sonhei ou imaginei dois garotos brigarem por mim, bem, na real, um garoto e um meio...

Depois de um tempo, eu finalmente consegui separar os dois, e óbvio, me preocupando mais com o Senpai. Mesmo que quem estava na pior fosse o Charlie.

–Yukki, você está bem? Desculpa, era pra eu ter separado antes... -Disse eu, me culpando totalmente. Claro, que garota não faria isso em uma situação dessas?

–Es...Estou sim, não se preocupe tanto comigo assim. E você? -Acenei a cabeça em forma de "Sim..." e ele me respondeu com um sorriso como se falasse "Que bom que está bem!". Logo eu me virei para ver Charlie.

–Charlie, vai embora agora! Eu vou pra casa, mas eu vou com o Yukki! -Falando isso em voz alta, pra piorar a situação do Charlie, eu dei um tapa na sua cara mandando ele ir embora. Mas não imaginei que eu iria dar um tão forte, pois o deixou roxo escuro. E pra piorar mais ainda, nós estávamos em uma decida, e lá em baixo tem uma poça de lama, olhei para ele com um olhar irônico e o empurrei, o que fez ele sair rolando até lá e cair em cima da poça. Logo após comecei a rir, enquanto eu via o Yukki rindo com um olhar dizendo "Sério mesmo que fez isso? Nunca desconfiei que era capaz!"
Depois daquilo, cheguei em casa sã e salva, mas antes de entrar eu avisei algo ao Yukki...

–Tenho medo do Charlie estar por ai, toma cuidado então, ok? Promete? -Depois do que eu disse, ele soltou uma risada e falou...

–Prometo! -Ele falou com um olhar que falasse "Sei me cuidar, mas prometo, MAMÃE!". Não pudi suportar de dar um soquinho leve nele. Quando eu ia entrando, ele me chamou. -Yandere! Espera...

–Uh? O que foi? -Senti ele pegando minha mão e a beijando, então ele disse...

–Prometo também lhe deixar sã e salva o possível... -Cara, virei tomate, odeio quando isso acontece e ainda quando meu coração bate parecendo que tá sambando.

–Yukki... -Olhei para ele sem palavras...
Logo depois, eu prometi o mesmo a ele, e então, ele sorriu como respondesse "Obrigado."