Hoje novamente chovia. O vento soprava, balançando meus cabelos negros como meus olhos sem alma. Haviam corpos em minha volta. Eu observava os corpos com muita atenção, observando cada detalhe de cada parte destas anatomias sem vida.

Meu celular tocou. Eu havia recebido uma mensagem de Info-chan.

"Hey, venha ao terraço. Você ainda não acabou. "

"Como assim, "não acabei?"... Eu já matei todas...", eu pensava, angustiada, enquanto subia as escadas que me levavam até o ponto de encontro marcado.

Eu já estava lá. Não havia nenhuma alma sequer.

— Haha... Bom trabalho, Ayano... — Ela disse, enquanto aplaudia — Ótimo trabalho, meus parabéns.

— ...Obrigada. — Eu respondi, friamente. Aquele encontro não me significava coisa boa. — Então... mostre-me minha última vítima. Onde ela está? Você irá traze-la para mim?

— Claro, Ayano, claro. — Ela saiu de trás de uma parede — Consegue enxergar sua "vítima" agora?

Eu fiquei em silêncio por segundos, tentando entender a situação

— O que quer dizer com isso? V-você...

— Haha, palmas! Você entendeu! — Ela disse, sorrindo de orelha a orelha.

— V-você... Você me usou! Você também quer o meu Senpai! — Eu disse, com sangue fervendo.

— Seu Senpai? pois saiba que ele nunca foi seu — Ela disse, se aproximando de mim. — e nunca será!

— Info-chan... você não foi capaz de sujar suas próprias mão para conseguir o que quer... Você é uma pessoa suja! Você não tem bom coração! — Eu disse, chorando.

— Pelo visto nem você, não é? Vejo o que você fez. Entenda uma coisa, Ayano: Bom coração não enche barriga. É assim que se consegue as coisas.

— Não... Não, não, não! Não é assim. Eu vou lhe mostrar como se consegue as coisas... haha. — Eu disse, puxando uma faca, com lágrimas em meus olhos sem vida.

Eu não estava dentro de mim. Não era mais a Ayano no comando. Agora, era só mais uma pessoa sem alma, sem coração, uma pessoa sangue frio.

— Ora, ora... pelo visto, você quer brincar... Okay, então vamos brincar — Ela disse, com uma faca em mãos.

Eu corri em sua direção, mirando minha faca em seu pescoço, mas ela conseguiu desviar, fazendo um pequeno corte em meu rosto com sua faca.

— Você não é muito rápida, não é mesmo? — Ela disse

Nesta hora, meu sangue ferveu, ferveu mais do que lava. Eu senti minhas veias pulsando. O corte sangrava, ardia.

Eu continuava à correr atrás dela, na intenção de esfaqueá-la e ficar com meu Senpai eternamente.

— Você não vai me vencer. Você não vai conseguir o meu Senpai. — Eu disse, correndo em sua diração

— Seu Senpai? Haha... ele nunca será seu!

— Veremos... — Eu consegui fazer um corte em seu braço.

— Boa mira você tem... — Ela disse com uma expressão facial dolorosa, segurando seu braço, como se quilo tivesse afetado-a.

Eu estava fazendo uma estratégia. Eu iria arrasta-la até as grades do terraço e a empurraria de lá. Ou, até mesmo a derrubaria e daria uma facada em seus pulmões... Agora, como eu a derrubaria eu não sei.

Ela corria em minha direção, como se já tivesse total certeza que iria me vencer. Mal sabia ela que eu não iria deixar. Eu nunca a deixaria pegar o meu Senpai.

Ela correu em minha direção, cortando meu pescoço. O corte ardeu. Eu coloquei as mãos sobre meu corte, tossindo e cambaleando de pé.

— V-você... é rápida... haha... — Eu disse, sorrindo. Estava doendo? Sim, mas não daria um gostinho à ela. Chorar? demonstrar dor? Jamais.

— É, é um dom que eu tenho. — Ela disse. Seus óculos brilharam, conforme a luz batia neles.

— ...I-info-chan... P-posso lhe fazer uma simples pergunta?... Haha... — Eu disse.

— Diga.

— Por que? por que está utilizando suas próprias mãos somente agora? Por que, ao invés de me usar, não sujou suas próprias mãos? — Eu perguntei, indo em direção à ela. — Será que é por que você sabe que eu posso conseguir o que eu quero? Será que é por que você sabe que eu posso roubar o Senpai? Ou seria apenas por que você é uma simples garotinha que gosta de usar as pessoas?

— Medo? de você? haha... isso é uma piada? Claro que não! Eu só não gosto de sujar minhas mãos. É assim que se consegue as coisas, Ayano. — Ela disse, se aproximando um pouco mais de mim

Eu soltei uma risada

— Não... não é assim que conseguimos as coisas. "Se você quer que lago saia perfeito, faça você mesmo." Não foi isso que você me disse? — Eu segurava a faca próximo a suas costas — Eu vou te ensinar como conseguimos as coisas... haha... — Eu a esfaqueei.

— V-você... você é... suja! C-como pode esfaquear alguém pelas costas? — Ela disse, deitando no chão.

— Haha... Bem, foi o que você fez comigo. Me atacou pelas costas. É bom, né? Agora, vou procurar o que é meu. Meu Senpai... — Eu disse, enquanto caminhava e a deixava morrer dolorosamente.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.