No frio da noite, duas pessoas se vêem o fim. Elfo e anão corriam desesperadamente. Hoktr nunca tinha visto um elfo expressar nenhum sentimento antes. Muito menos medo. O anão abraçou a saca que tinha em mão para que esta não caísse se ele caísse durante a corrida frenética. Ouviu-se, então, um estrondo.

-Droga!- exclamou o anão- Frthöel! Ele...!

-Eu sei! Achei que o nosso encanto duraria mais!

Atrás deles vinha uma criatura negra como a noite, rápida como o vento, perigosa como uma tempestade, e grande como um castelo. Em cima do dragão estava seu cavaleiro: ele. Seus olhos explodiam de raiva, sua face furiosa paralisaria um Kull de medo. Galbatorix e seu dragão negro estavam a quinhentos metros de distância dos dois quando Hoktr entregou a saca para Frthöel dizendo:

-Tome. Cuidado com eles. Fique com a pedra, e transporte a coisa pra um lugar seguro. Mande para ela, não vão achar lá.

-Compreendo. – Foi a última coisa que o elfo disse antes de começar a correr na sua velocidade real.

-GALBATORIX!

Com apenas uma palavra vinda do rei, o anão viu o mundo escurecer. Amaldiçoou o rei e seu reinado, e enfim, se foi.

Com sua velocidade sobre-humana, o elfo superava os quilômetros com facilidade. Os minutos se passavam. O elfo corria sem parar, sem descansar, sem pensar. O silêncio do deserto era penetrante, os únicos sons em um raio de um quilômetro eram o bater das asas do dragão e o som das passadas de Frthöel. Este avistou, então, um “oásis” meio quilômetro à frente. Isso!

Foi uma cena desesperadoramente rápida.

Um elfo passa correndo por algumas pequenas árvores no meio de um oásis. Levantando um objeto verde, viu-se duas luzes: a primeira vinha de trás, do alto. A segunda veio do objeto em suas mãos. Esta última desapareceu antes do elfo ser atingido pelo raio inimigo.



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